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sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Polémica inacreditável na atribuição das Bolsas de Criação Literária em BD!



Aqueles que me conhecem, bem como ao meu trabalho em prol da banda desenhada, saberão que não tenho como princípio ou agenda pessoal, criar polémica, intrigas ou denegrir o trabalho dos outros. Por vezes, até me acusam de ser compreensivo e "bomzinho" em demasia, face ao trabalho dos outros. Nem será preciso escrevê-lo aqui. É um facto.

Tomara eu - e digo-o do fundo do coração - que houvesse, por vezes, um maior sentimento de camaradagem entre os agentes do meio da banda desenhada nacional. Não gosto muito de conflitos, de intrigas ou de coisas negativas.

Não obstante, considero que, em tudo o que fazemos, devemos ter um sentido ético, um sentido de justiça e um sentido de transparência. E eu, com o Vinheta 2020, que chega a alguns milhares de leitores que se interessam pela banda desenhada, também sinto que é meu dever - não obrigação, ressalve-se! - falar sobre as coisas negativas do universo da banda desenhada. Ou não vivêssemos nós em Democracia.

Isto para dizer que a DGLAB (Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, para quem não sabe), um órgão sob a alçada do Ministro da Cultura, divulgou, no início desta semana, os vencedores das Bolsas de Criação Literária 2022. Esta iniciativa, cuja génese é de louvar, assinale-se em letras garrafais!, atribui bolsas para a criação literária em variadas áreas da literatura, sendo elas a Dramaturgia, a Ficção Narrativa, a Poesia, a Literatura para Infância e Juventude e a Banda Desenhada. No total, neste ano 2022, foram atribuídas 24 Bolsas: 12 Bolsas Anuais, no valor de 15.000€, e 12 Bolsas Semestrais, no valor de 7.500€. 3 dessas 24 bolsas foram atribuídas para a banda desenhada. Tudo perfeito até aqui.

Mas é quando chego à composição do Júri deste Programa de Atribuição de Bolsas que, relembro, é uma iniciativa pública e que, portanto, opera com dinheiros públicos, que a minha incredulidade se instala. Citando a informação veiculada no site da DGLAB, "o Júri é composto por Paula Morão (professora universitária), que presidiu ao júri, Teresa Sousa Almeida (professora universitária), Fernando Pinto do Amaral (escritor e professor universitário), José Maria Vieira Mendes (dramaturgo e professor universitário), Maria Teresa Maia González (escritora) e Marcos Farrajota (bibliotecário na Bedeteca de Lisboa e especialista em Banda Desenhada)".

Portanto, como representante da banda desenhada, temos Marcos Farrajota. E embora a DGLAB, voluntária ou involuntariamente, omita na sua página oficial que Marcos Farrajota, para além de "bibilotecário na Bedeteca de Lisboa" e "especialista em Banda Desenhada", também é editor de banda desenhada, acho que qualquer pessoa minimamente informada, saberá que Marcos Farrajota está à frente de uma editora de Banda Desenhada que, neste caso, é a Chili com Carne.

Ou seja, aqui já temos duas coisas inadmissíveis: primeira, o facto da DGLAB, na apresentação do seu Júri, omitir que Marco Farrajota é um editor de Banda Desenhada parece-me tudo menos algo ético e em consonância com os padrões pretendidos e requeridos para um concurso público. Em segundo lugar, e mesmo que tal informação não fosse omitida, como é possível que se escolha alguém para contribuir para a decisão de quem vai receber dinheiro público, quando a atividade desse jurado passa por editar banda desenhada? 

Mas em que país do terceiro mundo vivemos? Isto é semelhante a escolher para um júri de melhor Clube de Futebol em Portugal, um sócio-cativo de um Clube de Futebol a concurso para o prémio. Ou é semelhante a escolher para um júri de melhor destino turístico português, um autarca de um dos destinos a concurso. Ou é semelhante a escolher para um júri de Miss Portugal, alguém que está casado com uma das concorrentes. Podia estar aqui todo o dia com os exemplos mais caricatos porque, afinal de contas, isto é uma situação caricata. Mas estamos a brincar com quem?

Isto está errado e acho que é demasiado polémico para ser verdade.

Mas, preparem-se para o melhor, pois não ficamos por aqui. A coisa piora e não é pouco.

Querem saber a quem serão atribuídas estas Bolsas de Criação Literária 2022?

Façam rufar os tambores!

As Bolsas serão atribuídas a Mariana Pita (autora de Lá fora com os fofinhos, editado pela Chili com Carne); a Gonçalo Duarte (autor de Parícutin, editado pela Chili com Carne); e a Ana Biscaia (autora de Quadradinhos : Looks in Portuguese Comics, editado pela Chili com Carne).

Isto não é uma piada. Hoje não é dia 1 de Abril. E não estou a gozar convosco. Isto aconteceu mesmo. 

Portanto, recapitulemos: uma Bolsa Literária, que resulta de dinheiros públicos, para os quais contribuo eu e todos os que me estão a ler e pagam os seus impostos, foi atribuída a três autores da Chili com Carne por um Júri, cujo representante da banda desenhada, é o editor da Chili com Carne. Isto contado assim parece uma anedota, não é? 

Note-se que não está aqui em causa se os três autores e respetivos projetos que apresentaram para estas Bolsas serão ou não merecedores destes dinheiros públicos. Até podem ser os melhores autores portugueses de sempre. Até podem merecer que lhes sejam feitas estátuas nas localidades de onde são naturais. Não é, de todo, isso que está em causa.

O que está em causa é que há aqui um enorme, gritante, inacreditável, polémico e chocante conflito de interesses.

1) Omitir que Marcos Farrajota é um editor de banda desenhada na página oficial do DGLAB é mau; 
2) nomear um editor - que, logicamente, não é nem poderá ser uma pessoa idónea, dado o conflito de interesses óbvio - para o júri é ainda pior. 
3) Mas, depois disso tudo, ainda se ter o desplante, a coragem, a audácia de atribuir as bolsas a três autores que pertencem à editora do membro do júri é para lá do aceitável. Note-se que, quanto a mim, já seria condenável mesmo que nenhum autor vencedor da bolsa fosse da Chili com Carne. Ou mesmo que só um autor ganhasse a bolsa já era chocante. Agora, ganharem os três?! Nem sei se devo rir ou se devo chorar. É que, mesmo não sendo ético, há que saber fazer as coisas. Que apoteose de amadorismo vem a ser esta?

Vergonhoso e merece ser sublinhado porque, bem sei, estas coisas às vezes passam por entre os pingos da chuva.

Não sei se este conflito de interesses está ou não a acontecer nas demais categorias de atribuição de bolsas. Sobre isso não posso tecer comentários. Só posso falar sobre o que conheço.

A meu ver, deveria ser dada uma justificação cabal sobre este concurso, os resultados do mesmo deveriam ser impugnados e as pessoas responsáveis por esta iniciativa deveriam cessar funções. Não é assim que evoluímos, não é assim que fazemos as coisas bem, não é assim que procedemos com ética.

Haja decoro. Haja profissionalismo.

64 comentários:

  1. Boas Hugo. Antes de mais agradeço a sua oportuna denúncia de uma situação que se reveste, no limite, de ilegalidade. Não sou jurista mas parece-me óbvio que ter numa posição de decisão uma pessoa com interesses próprios no resultado da mesma será motivo mais que justificável para que outros concorrentes possam impugnar a mesma. Infelizmente quando se trata de dinheiros públicos o que temos observado nos últimos anos são repetidos casos de corrupção, nepotismo, tráfico e influências, entre outros, a que não são alheios interesses partidários. Esta poderá ser, a escala menor, uma situação dessas. Denuncie pois e junto das entidades responsáveis e, se possivel, da Comunicação Social.

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    1. Obrigado pelo comentário, caro António. Acho que é um assunto que merece ser dado a conhecer.

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  2. Lamento informar mas não é de agora que o meio da BD em Portugal é opaco e movido por interesses obscuros. Esta incapacidade de partilhar os vários conflitos de interesse, naturais de quem se move em qualquer meio específico, é apanágio da BD portuguesa desde os editores aos vários blogs. Deixo a pergunta: quantos blogs em Portugal deixam claro que estão a fazer a uma crítica a um livro oferecido pela editora? Quantos autores de blogs em Portugal deixam claro que estão a fazer uma “análise” a um livro de uma editora para a qual já trabalharam ou trabalham? Se calhar um ou dois… Isto é impossível em qualquer outro meio e é razão por que jamais leio esses textos nesses blogs. Desculpa a afirmação taxativa, mas quem não se dá ao respeito não merece consideração. Vou-te contar uma história: um famoso “especialista” dos blogs da praça respondeu-me numa discussão parecida, que não tinha nada de partilhar que os livros oferecidos porque não lhe pagavam. Eu inquiri se ele ficava com todos os livros que lhe ofereciam ou se vendia em segunda mão alguns… Fui expulso do grupo de Facebook sem obter resposta. Quanto ao assunto exposto, tens obviamente toda a razão. Da minha parte só te posso dizer que não comprarei mais livros da editora em questão, nem seguirei os respectivos autores caso se confirme que aceitam esse dinheiro.

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    1. Obrigado pelo comentário. Pois, é bastante preocupante que o universo da BD seja, como dizes, opaco e movido por interesses obscuros. Quanto à questão dos blogs e das suas análises, cada espaço terá a sua forma de estar. No meu caso, posso dizer-te que praticamente 100% dos livros que recebem análises no Vinheta 2020 são oferecidos pelas várias editoras. Não é segredo e já o disse várias vezes mas também não preciso de o andar a apregoar, parece-me. Parece-me óbvio que as editoras queiram que os blogs falem sobre os seus lançamentos e que enviem os seus livros. Também sou músico nas horas vagas e sempre enviei os meus discos novos para os meios de comunicação. E, mais uma vez, quanto ao Vinheta 2020, sempre que recebo um livro, limito-me a escrever o que achei do mesmo. Não há qualquer garantia que a análise seja positiva ou negativa. Face à editora em questão, ainda esta semana dei muitíssimos louvores ao Companheiros da Penumbra. E acho que é um livro que merece e deve ser comprado. Uma coisa não invalida a outra. O que é certo é que me parece vergonhosa a forma como esta atribuição de bolsas está a ser conduzida. E até pode não ser o editor da Chili com Carne a pessoa a criticar mas sim quem decide que o editor da Chili com Carne pode fazer parte de um júri que toma decisões sobre como aplicar dinheiros públicos.

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  3. Muito teríamos nós para conversar acerca destes mundos opacos que te referes... Mas eles não se circunscrevem à BD, também a ilustração vive (ou sobrevive) nesta redoma dos "eleitos" que na realidade não passam de pobres assalariados de mão estendida. Não é um país "terceiro-mundista", é uma aldeia enquistada, cinzenta e cada vez menos criativa. Enquanto não me hipotecarem a minha mesa de trabalho, vivo bem com isso. Abraço e parabéns pela coragem.

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  4. A situação parece de facto ter bastantes conflictos de interesse. Mas considerando que a CCC é das poucas editoras nacionais a apostar em novos autores, não admira assim muito que a maioria de novos autores que submeteram pedidos de bolsa tenham muito provavelmente passado pela CCC a dada altura. E não me admiraria também nada que a participação tenha sido bastante superior por parte de autores da CCC por estes terem sido informados (legitimamente pelo Marcos) que o processo estava a decorrer enquanto que outras editoras e autores não tenham prestado atenção aos prazos. Concordo que é na mesma uma questão alarmante de conflicto de interesses que deveria ser evitada, mas não acredito ser preto no branco uma tentativa de sacar dinheiros públicos como tu acusas de ser. Não é o Marcos e a CCC que estão a concurso, são autores que já chegaram a editar na CCC como podiam ter editado noutra qualquer. Precisas de alguém no juri que conheça o mundo para poderem avaliar e discutir o mérito devidamente não? Ou vais desclassificar toda a gente com quem o Marcos trabalhou no passado para ele poder fazer parte do juri? Ou desclassificar qualquer pessoa que trabalha com BD. Então qualquer outro membro do juri que tenha escrito ou editado algo também não deveria lá estar. E depois vais escrever um artigo sobre como os juris das bolsas de BD não atribuem bolsas com nexo por não estarem por dentro do mundo da BD em Portugal? Compreendo e aceito a indignação, mas há outro lado da história, e convém ouvi-lo antes de cruxificar.

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    1. Obrigado pelo comentário que levanta questões pertinentes. Depois de escrever este artigo fiz alguns contactos e recebi informações de que foram mais de 20 as participações. Não sei se houve ou não mais participações por parte dos autores da CCC mas sei que houve participações de alguns autores com nome na nossa praça. Atenção que eu não acusei de "ser uma tentativa de sacar dinheiros públicos". Apenas digo (e isso é factual) que não há ética ou transparência na escolha deste jurado pois há enormes conflitos de interesses. Se o jurado já trabalhou com muitos autores, não faz sentido que seja jurado. E uma coisa é ter trabalhado, tipo a paginar ou a legendar... outra coisa é ter sido o seu editor. Consigo pensar em vários nomes que poderiam ter feito parte deste júri - e que também são "especialistas" em BD - e onde não haveria conflito de interesses.

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    2. Filipe, permita-me fazer algumas observações ao seu post.

      A CCC é das poucas editoras a apostar em novos autores??? Desculpe?? E A Seita? E a Escorpião Azul? E a Polvo?? A Seita/Comic Heart desde o seu início que publicou imensas primeiras obras de autores antes inéditos!

      E TODOS os anos eu informo TODOS os meus autores da bolsa, dos prazos, etc .. Aliás... informo mesmo os que NÃO são meus autores e de quem tenha o contacto, coisa que imagino que a maioria dos editores não faz...

      Eu entendo o que diz: o meio é pequeno, não há assim tantas pessoas habilitadas a falar ou opinar sobre BD, mas... editores arrastam conflitos de interesse específicos. A DGLAB devia acautelar a situação, seleccionado melhor quem escolhe, e os escolhidos deveriam pensar no que implica aceitarem. Confesso que não me passaria pela cabeça aceitar ser membro de um júri destes, como editor da Comic Heart. E por terem havido situações deste género no passado entre sócios d'A Seita já mudámos o nosso regulamento de modo a impedir que sócios nossos aceitem este tipo de cargos.

      "À mulher de César não lhe basta ser séria, tem de parecer que é séria" é uma máxima que infelizmente é pouco seguida em Portugal.

      Não me pronuncio sobre os autores seleccionados, embora tenha uma opinião - e aceito que é subjectiva e é da alçada exclusiva do membro do júri... desde que seja isenta... e para isso não pode sequer existir a possibilidade de haver suspeições.

      O erro de base vem do facto da DGLAB não ter acautelado estes conflitos de interesse. Que são maiores do que parecem. Como editor, não acho piada nenhuma a um concorrente meu ter acesso aos dossiers de 21 candidatos e ter a possibilidade de escolher livros muito antes dd mim.

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  5. Lendo isto parece que o Farrajota é a única pessoa a fazer isto.

    Existem editores que são responsáveis pelos livros que vão para o PNL, existem pessoas que estão no júri dos prémios do Amadora BD que depois escrevem em Jornais, existem pessoas que recebem livros de editoras e depois escrevem críticas sobre os livros.

    Da mesma forma que eu leio este blog (ou outros do género) e tenho de partir do pressuposto que quem escreve não está a agir como se tivesse sido comprado (o que no fundo já foi, quando aceitou o livro).

    Parece que no contexto da BD Portuguesa, criticar o Farrajota é algo que acaba por ser, voluntária ou involuntariamente uma hipocrisia.
    É a BD que temos, os concursos que temos e no fundo o que merecemos.
    Porque é que na BD teriamos de ser melhores ou fazer diferente que noutras áreas?

    No cenário nacional, o Farrojota fez bem, protegeu os amigos. O que os "especialistas de BD" acabam todos por fazer. Nesse sentido e sabendo bem onde está, fez o que é normal fazer.


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    1. Sim isto é verdade. O Farrajota é só o mais frágil dos tubarões do oceano, que os restantes amigos vão agora deixar cair para não sujarem as mãos. Basta ver que não houve uma única palavra de surpresa da parte dos editores da praça, foi tudo feito com a sua conivência. O Hugo é novo, ainda se surpreende com esta máfia. Grande Hugo, investiga agora como se destruiu a Goody e a Levoir desde dentro e que editoras proliferaram e ascenderam a partir disso, mas com cuidado que, com a lama que vais ter de escavar, ainda deixas de ser leitor de banda desenhada!

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    2. "(...)o Farrojota fez bem, protegeu os amigos." - está tudo dito!

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    3. Deixe-me dar-lhe um par de respostas, como editor d'A Seita.
      1) o "editor" responsável pela selecção dos livros ao PNL é nosso sócio-cooperante, e desde que ele é o responsável, nós n'A Seita deixámos de propor livros ao PNL

      2) quanto ao jurado dos Prémios da Amadora que escreve nos jornais, deixe-me dizer-lhe em primeiro lugar que é provavelmente por ele escrever em jornais que foi escolhido (chama-se "jornalista" e não implica qualquer conflito de interesses, e em segundo lugar essas são as pessoas que devem ser escolhidas para ajuizar das bolsas.

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  6. Olá. Permita-me o abuso deste espaço de comentários para lhe solicitar que, a bem do bom nome da Associação Chili Com Carne, dos seus associados e pelo bom nome dos seus fundadores, altere no seu texto a seguinte afirmação: passo a citar " editora de Banda Desenhada que, neste caso, é a Chili com Carne." A vulgarmente conhecida por CCC ou Chili Com Carne é uma associação cultural e não uma editora. De facto, ao longo das suas décadas de trabalho, a CCC tem assumido um papel de edição de livros de banda desenhada, mas não é isso que faz dela uma editora. Cumprimentos. Pepedelrey

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  7. Pepedelrey, a CCC é uma editora! Travestida de associação cultural por questões de finanças, apenas por isso. Por favor não nos tentes atirar areia para os olhos. Exemplos assim são aos magotes, e no mundo editorial, então nem se fala!

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    1. Não sei quem você é, mas vou responder-lhe. Na sua ignorância afirma que a CCC - para facilitar a comunicação - é uma editora que está a cometer uma ilegalidade ao declarar como actividade nas Finanças um registo de Associação. De facto não sei quem você é, mas explique-me, se não for inconveniente para a sua ignorância esclarecida, quais as actividades já desenvolvidas pela CCC ao longo de décadas. São todas um produto editorial? Ou desconhece do que estou a falar? Por favor, os seus problemas com o Marcos ou qualquer outro associado, não podem definir o que está estabelecido por Lei. Mesmo que não goste ou não se identifique com o trabalho desenvolvido pela Associação, não pode difamar sem prova concreta. Pepedelrey

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    2. não referi ser uma ilegalidade, pepedelrey. a "associação" é uma forma de aceder a subsídios ou apoios muito mais facilmente. as questões de facturação, despesas e stocks também estão muito facilitadas. para não falar nas viagens e parcerias no estrangeiro... não deixa de ser significativo que nestas décadas a "associação" tenha sido sempre gerida pelo mesmo. há listas, eleições ou tem os estatutos muito bem desenhados para o evitar? eu posso inscrever-me na associação, desenvolver trabalho lá dentro e concorrer à direcção? mas a questão que aqui interessa é esta: MF escolhe, nós pagamos... e ele depois edita! :D

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    3. Resta dizer que a Chilli com Carne não é única a usar esse esquema, supostamente a Seita também é uma "associação". Não é ilegal, é só eticamente discutível.

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    4. Quer dizer, este artigo e a maioria dos comentários aqui publicados são um assassínio de carácter sem qualquer fundamentação e que claramente não foram precedidos de uma pesquisa reflectida, o que sugere que são movidos por motivos ideológicos (porquê esta atenção desmesurada ao Marcos Farrajota, quando poderíamos encontrar os mesmos "conflitos de interesse" em muito dos membros do júri anteriores—a pesquisa não é difícil). O "anónimo" aqui em cima, por exemplo, faz perguntas em tom acusatório como quem *obviamente* não sabe do que está a falar. Enfim, a internet. Como membro associado da Chili Com Carne, que já publicou uma curta de BD e um ensaio nessa estrutura, e tendo participado em assembleias da Associação, posso confirmar que funciona como qualquer Associação sem fins lucrativos tem que funcionar. Agora, o Marcos funciona muitas vezes como editor das publicações (não de todas) porque ele é um membro fundador da Associação, tem muitos anos de experiência, e trabalho em que os associados confiam. E confiamos porque ele claramente é muito bom no que faz, tem um enorme conhecimento (aliás, ele já foi uma ajuda preciosa para o meu trabalho de investigação) e tem uma paixão enorme por banda desenhada. Enfim, esta ideia de que podiamos agora procurar totais outsiders de um meio que é minúsculo, para evitar ter uma pessoa que já publicou muitos artistas novos e independentes porque a Chili é o único outlet consistente em Portugal para esse efeito, é absurda. Deixem-se de merdas.

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    5. A Seita não é uma associação, é uma cooperativa, ou seja, é exactamente igual a uma empresa qualquer, com duas diferenças: os sócios têm quotas exactamente iguais com o mesmo peso nas votações, um sócio um voto, e as vendas da cooperativa para sócios não contam para apuramento de IRC. É isto, sem mais nem menos.

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  8. Sendo as coisas como se sabe, permito-me imaginar este cenário: "Marcos Farrajota, decida você a quem se atribui a bolsa, que afinal de contas é quem percebe disso da bonecada!"

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    1. no FB, o Lameiras disse que já foi júri de algo semelhante e que quem decidia era a pessoa da própria área. ou seja, aparentemente confirma-se. é da única responsabilidade de MF a atribuição das bolsas. e a escolha recai sobre quem a CCC/MF edita.

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  9. De 15 comentários 7 são anónimos…. Significativo.

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    1. claro... MF é uma espécie de eucalipto, que seca tudo à sua volta!

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  10. pera lá, tão a descrever A Seita: milhares de euros em subsídios (Milhares!) dos nossos impostos, facilidades em viagens e parcerias, o Miguel Lameiras que é da Seita, G.floy, Levoir e que tem a loja de BD Dr. Kartoon FAZ parte do Júri do PLANO NACIONAL de LEITURA (ou seja ele escolhe os livros que edita e vende numa instituição pública que diz o que é bom os putos lerem!? não é 1 de abril - e de certeza que é pago com os nossos impostos), uma editora que seca tudo (saca autores e séries de outras editoras) granda LOL, esse tal de Farrajota é uma granda menino comparando com a seita!!

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    1. A Seita concorreu, como dezenas de empresas, ao projecto Garantir Cultura, e recebeu dinheiro que usou para pagar aos autores de oito livros os respectivos direitos e trabalho de desenvolvimento; A Seita pagou do seu bolso a impressão e produção desses livros, ou seja, praticamente TODO o dinheiro que recebeu do Estado foi para autores e outros profissionais (legendadores, designers, etc...).

      Os MILHARES! com ponto de exclamação, foram 50,000€, é público, pode ser consultado e c. de 90% foram para os autores, etc... De notar que nós, A Seita, investimos também c. 30,000€ do NOSSO dinheiro para imprimir esses livros, dinheiro que o Estado não nos pagou e representou a nossa contribuição para o projecto. Tudo isto é público, expliquei-o em apresentações na Amadora, em posts no nosso site e no nosso Facebook há muito tempo.

      Relativamente ao PNL, desde que um sócio nosso é responsável pela selecção que deixámos de apresentar livros ao PNL, para não potenciar conflitos de interesse.

      Tanto quanto saiba "viagens e parcerias" não existem, os sócios d'A Seita pagam do seu bolso as idas a Angoulême, etc... Penso que isso poderá mudar, e talvez para o futuro a cooperativa possa pagar essas viagens.

      Quanto a sacar autores e séries, não sei do que está a falar, mas se isso aconteceu, terá provavelmente sido porque, ao contrário de muitas outras editoras, pagamos os direitos dos nossos livros a tempo e horas, e pagamos logo o equivalente de 90% da tiragem. Creio que muitos autores preferem isso.

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  11. Deixo um desafio a todos os interessados... E que tal organizarmos um encontro para discutirmos este assunto de uma forma construtiva e corajosa? Sem anónimos e com factos? Já não estamos todos fartos deste protecionismo medieval em que se move a BD e a ilustração neste país? O que temos a perder? Deixo uma correção... o PNL (plano Nacional de Leitura) é coisa do passado recente. Ponham os olhos no PNA (Plano Nacional das Artes) perguntem aos seus responsáveis o que andam a fazer no país, com que interesses se movem e quem está envolvido.

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  12. “Gente a tentar queimar o Marcos na fogueira” devia entrar para o reduzido conjunto de certezas com que se pode contar nesta vida, juntamente com os impostos e a morte. E sobre os os “seus” impostos: parece que o uso de dinheiros públicos não maculam o zelo selectivo deste blog quando financiam alguns dos livros a que dedicou resenhas.
    O Hugo Almeida já se pronunciou quanto ao funcionamento interno da CCC; corroboro o testemunho dele: enquanto coordenador de uma antologia (Querosene, 2021) e participante noutra (All Watched Over By Machines of Loving Grace, 2019) que não tiveram intervenção do Marcos, o que concluo deste post e da esmagadora maioria dos comentários é que há um conjunto de pessoas que continua a subordinar os autores e as autoras às chancelas com que decidem publicar, como se estas fossem suas proprietárias.
    Segundo a narrativa deste post, a Mariana Pita, o Gonçalo Duarte e Ana Biscaia são “autores CCC” e não pessoas com trabalho feito à priori. Por exemplo: uma pesquisa rápida revelaria que o livro da Mariana na CCC está na colecção Mercantologia, que reúne trabalhos espalhados por várias publicações pré-existentes (o que significa que já era autora antes da Chili). Uma dessas histórias, pasme-se, foi publicada na antologia NOW!, da Fantagraphics (concretamente, no número 6, para quem não tiver pachorra para pesquisar). Idem para o Gonçalo, para a Ana e para os vários vencedores de edições anteriores desta bolsa que, pasme-se outra vez, também publicaram trabalhos pela Chili. Para mim, isto comprova que, como também já foi dito algures nos comentários, a Chili está atenta a quem vai querendo fazer BD em Portugal. O facto de uma fatia considerável dos artistas que se propõem a estas bolsas desde 2017 ter publicado por lá é sintoma disso mesmo.
    Não devia ser supresa para quem se dedica a um blog de BD publicada em PT que o meio é pequeno. Ver nos vencedores deste concurso sinal de uma conspiração é ignorância ou, pior, má-fé; a mesma que, gesticulando pela não-discriminação do estatuto do Marcos como ”editor” este ano, dá o facto como pioneiro e sem fazer o TPC de ir olhar para os júris de edições anteriores.
    Que fique claro: sou da opinião que o retomar das bolsas de apoio à criação literária, em 2017, foi uma iniciativa excelente. Ver a banda desenhada ser incluída em pé de igualdade com outros domínios da escrita foi um marco importante, não só para o seu reconhecimento cultural mas principalmente por oferecer a oportunidade de um ano (ou seis meses) de trabalho digno a quem, no fim das contas, é o responsável pela existência destes livros: os autores e as autoras. O mesmo se aplica ao uso dos impostos do autor deste blog no apoio à publicação de livros, independentemente de eu gostar deles ou não.
    E para quem nestes comentários fala da “opacidade” e dos “interesses” do meio da BD em Portugal como se de toda uma indústria se tratasse: poupem-me. Continuar a falar da “BD portuguesa” como se ela fosse um monólito que reúne tudo o que se faz neste rectângulo estreito de país é pura ignorância. Há uma data de publicações a passar-vos ao lado.
    Da próxima vez que quiserem arrastar o nome de alguém na lama, ao menos façam o trabalho de casa.

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    1. André, o facto de isto ser um meio pequeno, e de não haver assim TANTA gente para integrar um júri é um problema, de facto. Haverá sempre quezílias. Mas... aqui o problema e a responsabilidade é da DGLAB, que devia ter acautelado estas situações e previsto a existência de conflitos de interesse.

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  13. O Gonçalo Duarte é o mesmo deste livro?

    http://www.gfloy.pt/catalogo/cidades-the-lisbon-studio-series-vol-1

    isto é pior do que parece: gonçalo duarte com g.floy com chili com bolsas com seita com PNA com reptilianos com carne de porco à alentejana

    já vou investigar essas mulheres, aposto que é conspirações também!

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  14. a tal Ana Biscaia está no livro "Quadrinhos", que é um projecto que nem é bem da chili mas de um festival de máfia italiana, vamos encontrar o Nuno Saraiva (outro que ganhou bolsa!!!), Filipe Abranches (outro!), Joana Afonso (grande artista!), Jorge Coelho (que desenha para os judeus da Marvel), Miguel Rocha (que manchou Salazar!), André Oliveira, João Fazenda, ou seja, a maioria nunca publicou um livro a solo pela Chili... parece que a chili é uma associação que divulga e apoia a BD portuguesa até de forma bem mais aberta do que se escreve por aqui.

    esperava o pior! estou confuso! se calhar é tudo escumalha do ISIS-MOSSAD-CIA: nuno saraiva, ana biscaia, jorge coelho, farrajota, lameiras, seitas, tudo uma grande arranjinho para nos mandar areia aos olhos, destruir a virilidade nacional da nossa BD e invadir-nos o nosso belo país! afinal Marrocos já nos deu sova no Mundial! Um claro indício de que as peças estão-se a mexer! cuidado! obrigado Hugo por nos abrir bem os olhos! da nossa parte estamos prontos prá luta!!
    卐PT

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    1. este comentário, Marcos, é típico de propaganda e desinformação. misturar tudo, para melhor se enganar. a lista de autores premiados é vasta e os júris variados. mas nunca aconteceu o que aconteceu este ano, com um "editor" a seleccionar os autores que publica/publicou. é aqui que está a tua falta de carácter!
      vejamos alguns exemplos (retirados do site central comics):
      Filipe Abranches (Selva!!!; Umbra Edições, 2019) e Miguel Rocha (A Rainha dos Canibais vol.1; A Seita, 2022) (2018, com João Paulo Cotrim no júri).
      Francisco Sousa Lobo (Gente Remota; Chili com Carne, 2021) e Sofia Neto (2019, com Carlos Pessoa no júri), João Sequeira (como flutuam as pedras – por editar), José Smith Vargas e Paulo Monteiro (2020, com João Miguel Lameiras no júri).
      escolheres os teus próprios autores quando és júri é mais um tique de egocentrismo - tão bom és que na atribuição de uma bolsa aos melhores tinham de ser os teus os escolhidos. devias era ter vergonha!

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    2. foda se que blogue e assunto de merda. Azeiteiros da bd com dor de cotovelo

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    3. sempre que o MF escreve um palavrão um "punk" vai para o inferno.

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  15. O Marcos Farrajota é júri habitual, ou só este ano?... Seria interessante poder comparar-se os bolsistas anteriores com os actuais...

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    1. foi só este ano... nas edições anteriores há autores seleccionados que não orbitam a CCC... AH AH AH

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    2. por acaso não é verdade: Nuno Saraiva, Filipe Abranches, Miguel Rocha, Francisco Sousa Lobo, Sofia Neto, José Smith Vargas e Mosi foram publicados pela CCC, quase todos em antologias e no caso do Lobo uns 6 ou 7 livros! Até o João Sequeira foi publicado pela Farrajota na Lx Comics! E como alguém apontou a Ana Biscaia só tem uma BD numa antologia de Itália, que nem é visto pelos próprios como "produto chili com carne".
      isto é um blogue de borregos da internet do bota-abaixo de invejas. deviam ter vergonha!
      nunca mais cá volto!

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    3. Pode ver aqui a lista dis vencedores dos últimos anos (e a lista dos anteriores jurados), bem como amostras do trabalho dos seleccionados deste ano.

      https://www.centralcomics.com/vencedores-das-bolsas-de-criacao-literaria-2022-em-bd/

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    4. os bolsistas de outros anos podem ter ligações à CCC, mas o júri não era o MF - Não está em causa o valor dos autores, mas o descaramento e falta de vergonha do MF nas suas escolhas. a sério que tem capacidade de chamar borregos a quem aqui comenta, mas não de perceber isso?...

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  16. a questão é se ele seria tão suicida ao ponto de fazer algo tão parvo como eleger os amigos sendo uma posição institucional? se calhar o que ele escolheu era o que merecia ganhar, não? não conheço os autores que escolheu mas se um deles até publicou na Fantagraphics, é de tirar o chapéu!

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    1. Foram 21 candidatos, e teoricamente a DGLAB deveria ter publicado as notas de todos eles e divulgado aos candidatos a classificação geral final, o que não aconteceu (sei porque já falei com outros candidatos).

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  17. Isto é tudo um espetáculo… para o ano deixarem de haver bolsas… burrice completa estas atitudes 🤦‍♀️

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    1. burrice é o que dá origem a isto!!!

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    2. Exatamente
      O que queria dizer com burrice é ter sido feita a escolha assim só olhando para o umbigo e não pensando no global. Depois por uns vão pagar os outros…

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  18. BD portuguesa sucks e este blogue é merda se vai começar a entrar nisto de divulgar autores portugueses e atrair nazizada

    tomem boas novas de um site como deve ser:
    https://www.centralcomics.com/novidades-a-seita-e-promocoes/

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  19. Acho que a votação para as bolsas deveria ser: 50% júri presencial devidamente cardenciado e os outros 50% júri do público.

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    1. ó papa-merda, se o público votasse só tinhas big show SIC, Luís Louro e Wolverine!

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  20. NOTA: fiz uma leitura de todos os comentários e é curioso verificar que os excessos de linguagem - borregos, merda, nazis, azeiteiros... - são de quem defende MF e CCC...

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  21. É lamentável o recurso a ofensas e vulgaridades. Tão lamentável como a demonização de alguém.
    Se quisermos ser rigorosos, há que ler o regulamento do concurso às bolsas.
    Eu não li, nem tenho paciência. Por isso, não vou escrever do que não sei.
    Não havendo um vinculo a priori, na candidatura para a bolsa, para editar com uma determinada editora, a tónica desta celeuma muda bastante: um editor não pode fazer parte do júri.
    É como o Zé de Freitas escreve - e bem - não é agradável que um editor tenha acesso a 21 obras/projectos/ideias antes dos seus colegas editores, devido a uma posição de vantagem, como júri. ESSE é o problema.
    Analisando a parca lista publicada no Central Comics, PRAGMATICAMENTE, saltam outras coisas à vista:

    - em 14 nomes, apenas se conhecem os títulos de 3 obras produzidas. Quais são os restantes? Quem os editou?;

    - A Rainha dos Canibais, só foi editada 4 anos mais tarde;

    - a obra do João Sequeira não foi editada;

    Das restantes não existem dados. Ora, com dinheiros públicos, convém existir essa transparência.
    Senão, levantam-se as questões clássicas:
    - todas as bolsas produziram trabalho?
    - esse trabalho foi editado?

    Mas isso também não compete ao Farrajota (nem ao júri, nem aos autores) divulgar. Mas era transparente. Era sério. Era legítimo e expectável, por serem dinheiros do erário público.
    Para mim, o Farrajota só não esteve bem ao aceitar ser júri. Não sei se foi com dolo. Pode ter sido. Pode não ter. Mas, inegave)mente, existem potenciais conflictos de interesses. Não pode aceitar.
    Sejamos pragmáticos e objectivos.

    Outra coisa que continua patente é um entrincheirar no no-mainstream apenas porque sim. E não importa se é um não-mainstream "mau que até dói", só porque é (bolso)(in)dependente. "Independente ma non troppo"...

    Ser mainstream não é sinónimo de "mau". Chega de imaturidades do "bom" e "mau" gosto. Eu gramo Wolverine e Luís Louro. Não gramo Big Show Sic. Mas também gramo do Sousa Lobo. Sou melhor que alguém? Sou pior?
    Deixemos as pseudo-intelectualizações (independentes, senão é m€rd@!) que nunca foram garantia de qualidade.

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    1. Excelente comentário, Estranho. Tocas da forma certa em todos os pontos.

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  22. que vergonha de comportamento, como levar a BD nacional a sério? só desinformação e calúnias que não levam a nada. porque não conseguem ser todos amigos e portarem-se como pessoas sensatas!
    se não há paz na BD como haver paz no mundo?

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  23. Que nível CM tv que isto está. Cheios de razão e conhecimento "polémico inacreditável". Antes de falares de dinheiros públicos hugo podias pensar em pagar os livros que pedinchas armado em jornalista e assim apoiar as editoras e os artistas

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    1. Assim, também não melhora o nível.
      Dois errados não fazem um certo.
      Sim, o "tom" do Hugo foi mais inflamatório do que seria aconselhável. Não esteve bem, aí.
      Contudo, só existe uma extrapolação incorrecta feita por ele, no ponto 3) (...) atribuir as bolsas a três autores que pertencem à editora do membro do júri (...).

      Isso não está correcto porque:
      a) não existe causalidade;
      b) não é GARANTIDO que editar pela CCC torne o autor exclusivo da associação/editora. Nem de qualquer outra editora, A MENOS que exista um contracto celebrado entre as duas partes.

      Também não está correcto demonizar o Hugo. Nunca o vi pedinchar. Há PROVAS disso? O que já vi (mais do que uma vez) foi o Hugo a assistir a lançamentos/palestras/apresentações para cobrir esses temas no seu blog. Isto enquanto outros conhecidos bloggers da nossa praça estão na fila de autógrafos e não sentam o rabiosque numa cadeira para cobrir uma conversa ou apresentação com os autores. Excepção feita ao pessoal da JuveBêDê! A pelo menos 5 dos restantes bloggers conhecidos na comunidade, MUITO RARAMENTE os vejo na assistência. 3 deles nunca vi. Façam as contas.
      O Hugo promove passatempos em que oferece livros. Algum dos restantes bloggers o faz? Não.
      O Hugo ANALISA os livros que publica no blog. Raramente se limita a colocar uma "ficha técnica"/promo release info. Um dos restantes bloggers faz QUASE SEMPRE isso. Outro faz MUITO FREQUENTEMENTE.

      De ressalvar que os livros das editoras não são "dinheiros públicos". As editoras oferecem a quem quiserem, se e quando quiserem.

      E, se calhar, é melhor não entrar pelo caminho da "seriedade", quanto a livros... Senão, teremos de recordar um vendedor, no Coisas, que dava pelo nickname de "Mmmnnnrrrg" e que vendia o Deserto/Nuvem a €40 e o Desenhador Defunto a €50. Livros "supostamente" esgotados. E muitas mais coisas do catálogo da CCC.
      Facto. Sem insinuações nem conclusões.

      Mas, se calhar fui só eu que vi... É o mal de gostar do trabalho do Sousa Lobo... Só pode.

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    2. Olha, mais um Rambo da Internet anónimo. :D Visto estar a (tentar) caluniar-me, ponderei eliminar o comentário deste ilustre Anónimo. Mas rapidamente achei que seria melhor utilizar esta oportunidade, não só para mostrar a idiotice, ignorância e ressabiamento de quem o escreveu, como para tornar transparente a situação de eu receber livros e que, aparentemente, muito condiciona este "ilustre anónimo que não tem coragem de se identificar". Pois bem, eu recebo livros gratuitamente. É um facto. É público. As editoras oferecem-me livros. Porquê? Terão que lhes perguntar mas, se me pedirem a opinião, acho que tal se deve a eu ter uma base de leitores que cresceu muito, em pouco tempo, e por fazer um trabalho minimamente satisfatório ao nível das análises dos livros e da divulgação dos mesmos. Não será pelos meus belos olhos, diria. Nem por favores ou cunhas opacas. Portanto, se o "ilustre anónimo que não tem coragem de se identificar" sente que isto é algo fácil de alcançar, sabe o que tem a fazer. "Pedinchar" significa, segundo um dicionário, "pedir impertinentemente" ou "pedir muito". Se assim o é, nunca pedinchei livros a ninguém. A nenhuma pessoa. Até porque não precisaria de o fazer. Se já contactei editoras, apresentando o meu trabalho, e dizendo que gostaria de receber as suas notas de imprensa e livros que me pudessem disponibilizar para que, depois de lidos, os mesmos pudessem ser analisados no blog? OBVIAMENTE que SIM. A TODAS AS EDITORAS. Aliás, quando criei o blog, foi a primeira coisa que fiz. Apresentar o meu projeto e dizer o que tentaria fazer. Fi-lo apenas uma vez. Algumas editoras enviaram logo livros. Outras nem por isso. Mas, passado algum tempo, não precisei de ser eu a pedir mais nada. Passaram a ser as editoras que me enviavam os livros. Alguma coisa boa eu devia estar a fazer. Hoje em dia, acho que TODAS as editoras portuguesas já me enviaram livros. Umas enviam-nos a todos e umas enviam apenas alguns. Fazem como melhor entendem. Não há nada de errado ou polémico nisto. Assim é feito em qualquer objeto artístico lançado. Se uma editora lança discos, envia exemplares promocionais para que os críticos de música se pronunciem sobre eles. É assim desde o Elvis Presley. E não é algo que se faça apenas em música. Faz-se em cinema, em literatura, em BD, em restaurantes e em qualquer coisa onde o público valoriza a opinião de um crítico. Ou quer saber a opinião do crítico, vá. Portanto, o que diz, caro "ilustre anónimo que não tem coragem de se identificar", é uma mentira. A verdade está reposta. Quanto ao apoio às editoras e aos artistas portugueses, acho que nem me merece uma resposta, depois das várias iniciativas que faço, em prol do apoio à banda desenhada (BD Censos, VINHETAS D'OURO, Entrevistas, Artigos de Opinião, Painéis que modero, etc). Ah, e uma coisa que não sabe mas que posso partilhar consigo: mesmo aqueles livros que me são oferecidos... eu costumo comprar para os oferecer. Alguns deles - os que mais aprecio - até os compro várias vezes para oferecer a várias pessoas. Passe bem, caro "ilustre anónimo que não tem coragem de se identificar".

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    3. Caro Estranho, obrigado pelas simpáticas palavras. Mas não te preocupes comigo porque eu convivo bem com este tipo de comentários. Divertem-me. E não digo isto de forma retórica... divertem-me mesmo! :D

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    4. Caro Hugo,

      Não estou NADA preocupado contigo. Pelo contrário.
      Mas, por uma questão de coerência (essa linha de conduta cada vez mais subvalorizada), não posso deixar de trazer "para cima da mesa" FACTOS.
      E não assistir, "calado", a caças-às-bruxas e/ou demonizações.
      Sejam de quem forem.

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  24. Isto é apenas a fractura exposta de uma longa tradição de favoritismo iniciada na Bedeteca pelo farrajota, em que amigos, acólitos e lambe-cus eram publicitados de forma mais favorável, sob o aval santa casa da bd, em detrimento de quem o criticava e confrontava . Isto durou anos e anos.
    Basta ler as criticas que fazia aos "seus"e aos "outros", só que há bastante mais por trás; uma tradição de amiguismo como se vê em todo o panorama, político perversamente disfarçada de alternativa e "mania-que-é-punk".
    Que editor / autor poderia desejar melhor poleiro para se publicitar gratuitamente e favorecer o que lhe interessa?
    Basicamente o lema de décadas foi " je suis bedeteca et le roi c'est moi"
    A única coisa a dizer é; fora com a fruta podre, o que não falta são editoras e autores.
    Funcionário público corrupto! Fora com ele!
    Aqui uma quantidade de anónimos a dizer que toda a gente faz isso como se tornasse o assunto mais aceitável, tenham juízo anónimos!
    Teresa Câmara Pestana

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  25. Pelos vistos muitos de vós simplesmente não leram o que o Marcos Farrajota escreveu logo nos dias a seguir à saída dos resultados da atribuição das bolsas literárias:

    https://mesinha-de-cabeceira.blogspot.com/2022/12/1000-paus-da-chili.html?m=1

    Deviam.
    Não só foram bolsas muito bem atribuídas, como talvez toda esta polémica sem argumentos válidos poderia ter sido evitada caso os seus autores tivessem vergonha na cara e sobretudo, espinha dorsal. 

    De resto, quem mete na lama a associação CCC, mete também na lama todos os seus parceiros editoriais, instituições de ensino parceiras, o próprio Marcos Farrajota e o que todos os associados fizeram colectivamente... Que é só infinitamente mais do que o que qualquer um de vós fez pela representação dos interesses dos próprios artistas, do público e da arte e cultura em primeiro lugar. Vivam com isso.
    O vosso desprezo irracional por quem escolheu a banda desenhada enquanto forma de expressão e faz tudo para a engrandecer e explorar enquanto disciplina e linguagem artística de forma horizontal ao celebrar a sua diversidade sem fronteiras nem limitações intelectuais, revela apenas uma profunda falta de humildade, ignorância e desinteresse crónico apenas digno de uma criança mimada. 
    Outros aqui, com suposta responsabilidade e protagonismo, ao não reconhecerem o papel da associação CCC e o impacto positivo que tem tido numa comunidade artística que se desenvolve de norte a sul e se projecta além fronteiras estão por vossa conta quanto a serem levados a sério em qualquer discussão acerca de banda desenhada enquanto disciplina artística, pelo menos na minha presença.
    Se não compreendem qual é o vosso problema é porque são parte dele, porque quando se trata de defender e proteger o interesse dos artistas não há argumentos. 
    Devia poder haver um lugar para todas as pessoas a trabalhar em Portugal, afinal, ainda é um país livre.
    Se agem como donos da BD, não se admirem se forem duramente criticados por isso, argumentos não nos faltam.
    De resto, não se desonra o nome de ninguém em público sem consequências a não ser que se seja um anónimo ou um troll, de pura cobardia está feito o mundo.
    Nenhum cobarde tem argumentos, apenas sintomas de estupidez e problemas mentais.

    Até à vista,

    Rodolfo Mariano

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    1. Rodolfo Mariano, eu nem sabia que existia banda desenhada em Portugal, a minha área é outra, mas se todos os autores demonstrarem a mesma ausência de moral e carácter que tu, não deve servir nem para limpar o rabo. Felizmente, a julgar pela denúncia de vigarice e corrupção exposta nesse site, parece que não é assim e até haverá coisas de valor. Tem vergonha na cara, tu e esse corrupto desse Farrajota, que não conheço de lado nenhum, mas obviamente é uma pessoa sem ética nenhuma, um parasita.
      José António Batista

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    2. Espero que isto seja sátira. Se for, é da melhor. Mostra bem como é o tipico tuga: Não sabe nada do tema, não conhece nenhum dos envolvidos, mas sabe que são todos uns corruptos. Só ele é sério e puro.

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  26. Vamos tentar não recorrer às ofensas gratuitas só porque sim, ok?

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