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segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

VINHETAS D'OURO 2022 - Nomeados para Melhor Editora de BD!


Durante esta semana, que hoje começa, ficaremos a conhecer todos os nomeados para as diversas categorias dos VINHETAS D'OURO 2022.

E hoje começo por vos apresentar uma das novas categorias desta terceira edição dos prémios: a de MELHOR EDITORA DE BANDA DESENHADA.

Esta é uma das 4 novas categorias a concurso e devo dizer que, quando foi feita a consulta pública, perguntando aos seguidores dos prémios quais as novas categorias que gostariam de ver incluídas nestes prémios, esta foi a categoria em que mais pessoas votaram.

Sendo estes prémios escolhidos pela "crítica de banda desenhada", isto é, por aqueles que criam conteúdos sobre banda desenhada, é natural e óbvio, diria, que haja uma estreita ligação entre editoras e criadores de conteúdos. Não obstante, isso não invalida que não se saiba dar mérito às editoras, valorizando o seu trabalho global efetuado no ano transato. Mais não seja porque permite ao público dos VINHETAS D'OURO e, em última análise, às próprias editoras, uma bitola de benchmarking, de como fazer um bom trabalho ao serviço da banda desenhada.

Cito o texto presente no Regulamento dos Prémios para que melhor se percebam os requisitos escolhidos para a eleição das Melhores Editoras de 2022: "nesta categoria pretende-se premiar aquela que foi, segundo o consenso do PAINEL DE JURADOS, a melhor editora portuguesa de banda desenhada, durante o ano transato. Critérios não só como a quantidade de obras publicadas mas, também, a qualidade das obras lançadas, bem como o cuidado na qualidade de edição (ao nível gráfico, de materiais utilizados e/ou de investigação e desenvolvimento de conteúdos extra), deverão ser tidos em conta pelo PAINEL DE JURADOS na sua eleição."

E, sem mais demoras, aproveito para dar os parabéns às 4 Editoras nomeadas para esta categoria.









11 comentários:

  1. A Gradiva que, ou por falta de conhecimento do mercado, ou por falta de planeamento, cancela séries que mal tinham começado (Gus)? Ou quue começa séries a meio, ignorando artistas sérios (Tardi) só porque acha que o público português prefere banda desenhada a cores, mesmo que os livros sejam inferiores (Nestor Bruma)? Ou que parte obras únicas (A Bomba) em dois volumes só para fazer mais dinheiro? Para esta editora ser uma nomeada, vejo três opções: ou é uma piada, ou precisavam duma quarta editora para serem quatro na categoria, ou o mercado de bd em Portugal não vai assim tão bem como os números globais fazem crer...

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    1. Não me cabe a mim, apenas um jurado em 17, justificar o porquê das escolhas que o painel de jurados faz. Acredito que o porquê da Gradiva estar neste conjunto de melhores editoras estará relacionado com o facto de ter sido das editoras portuguesas mais ativas durante 2022, aumentando (em muito) o número de obras de BD editadas por cá e finalizando algumas coleções em pouco tempo. Acho que também se presenciou que a editora tentou diversificar o seu catálogo, apostando em algumas obras de qualidade superior. Mas, lá está, isto sou eu apenas a dizer o que acho que foram os critérios dos jurados para eleger esta editora. Os jurados não conversam nem discutem entre si para eleger os nomeados. Simplesmente votam. E a Gradiva ficou entre as 4 editoras mais votadas. Tão simples quanto isso.

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    2. Não estava a pedir justificações. Apenas aproveitei o comentário para partilhar a minha percepção da realidade da BD em Portugal, usando o caso da Gradiva. Se esta está entre as 4 melhores do que se faz em Portugal, não estamos assim tão bem como nos tentam fazer crer. Não constando entre os 17 jurados, creio que como leitor de BD tenho à mesma direito à minha opinião e a expressá-la.

      Aproveito ainda para contrariar a argumentação: "quantidade" não equivale a "qualidade", bem sabemos. É verdade que tem várias "colecções acabadas", mas isso para mim é uma sine qua non, quando uma editora começa a lançar uma colecção, está implicito que a terminará (o que não foi sempre o caso com a Gradiva, como a série Gus demonstra). E por fim, se está a lançar "obras de qualidade", podia aproveitar para o fazer com um formato de qualidade também, e não dividir um lançamento em dois e com um acabamento inferior, só com a desculpa que "é mais fácil de ler", como foi o caso da Bomba.

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    3. Obrigado pela opinião. Tem todo o direito a expressá-la e, apenas para que conste, até acho que argumentou muito bem e até concordo consigo em vários pontos.

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  2. Boas Hugo aproveito para complementar a opinião do comentador anónimo (seria bom que as pessoas se identificassem...), a qual partilho a 100%, para indicar outras duas séries interrompidas ou "arruinadas" pela Gradiva: a séries "Os Cadernos de Esther" (já vai em 7 volumes, no original..) criminosamente repartida pela Gradiva em 2 volumes na horizontal (o 1º volume) e a excelente "La Petite Bedetheque des Savoirs" (29 volumes no original...) da qual publicaram 2 volumes. Avaliando a qualidade, regularidade e consistência nas edições compreendo as outras 3, esta não.
    NOTA - Riad Satouf foi indicado este ano como grande vencedor do Festival de Angoulême, mas as suas obras continuam a ser maltratadas pelos editores locais (Teorema, Gradiva...). Não há ninguém que se chegue á frente e readquira os direitos das obras deste autor?...

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    1. Tem toda a razão, é relevante que as pessoas se identifiquem. Eu fui o autor da mensagem anterior.

      Este tema das séries deixadas a meio, ou com muitos pára-arranques na sua edição, é dos maiores males na edição de BD em Portugal. Parece que está a ser resolvido aos poucos (com excelentes trabalhos por exemplo da Ala dos Livros ou da Arte de Autor, justas nomeadas, devo dizer), mas ainda não me dá a segurança que gostaria quando começo uma série. Insisto no caso do Gus, porque confesso, fiquei extremamente desiludido com toda essa situação.

      Foi aliás esse momento que me fez transitar para cada vez mais comprar apenas a minha BD na lingua original (principalmente francês). Infelizmente, é um "luxo" não acessivel a todos, e muitos leitores ficam dependentes das estratégias das editoras (ou falta delas)...

      PS: interessante sugestão da Petite Bedetheque des Savoirs. Dei uma olhada no BDGest, e parece-me ser uma série com qualidade.

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    2. @MrMelodica Agradeço o comentário. As minhas compras actuais dividem-se pelo inglês, castelhano e também françês e embora o meu conhecimento do idioma não seja o mais profundo, é o suficiente para compreender. Quanto à série "La Petite Bedetheque des Savoirs" recomendo sem dúvida. Os temas abordados são relevantes (e actuais) e os autores são todos de 1ª água. As edições da Le Lombard, (ao contrário das da Gradiva) são em capa cartonada e de excelente qualidade.

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    1. Posso dizer que a Devir ficou a um voto de ser uma das 4 editoras nomeadas. Tal como a G. Floy Studio, curiosamente. Mas, no fim, as 4 editoras nomeadas são apenas as que reuniram mais votos dos jurados.

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  4. Melhor editora ou a editora apenas de alguns? Nao ter a Devir ou G-floy nessa lista , mostra que o suposto premio nao deve ser levado a serio .

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    1. "Editora de alguns?" Como assim? De algumas obras? Como disse acima, a Devir ficou a um voto de ser uma das 4 editoras nomeadas. Tal como a G. Floy Studio, curiosamente. Mas, no fim, as 4 editoras nomeadas são apenas as que reuniram mais votos dos jurados.

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