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sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Lançamento: As Paredes Têm Ouvidos – Sonno Elefante





Amanhã chega às bancas o 5º volume da coleção novelas gráficas: As Paredes Têm Ouvidos – Sonno Elefante, do italiano Giorgio Fratini. 

Apesar de não ser uma novidade no mercado português, a Levoir alega que a obra se encontra há muito esgotada. 

Fiquem com a nota da editora e com as imagens promocionais.


As Paredes Têm Ouvidos – Sonno Elefante, de Giorgio Fratini
As Paredes têm Ouvidos – Sonno Elefante do italiano Giorgio Fratini, é uma obra que vai surpreender os leitores. Apesar de não ser uma novidade no mercado português encontra-se há muito esgotada. A Levoir e o Público incluíram-na na colecção Novela Gráfica certos de que esta Banda Desenhada, primeira obra do autor, vai trazer à memória um período da História de Portugal que muitos querem esquecer, mas que outros têm de conhecer. Em banca a 19 de Setembro.


Giorgio Fratini é licenciado pela Faculdade de Arquitectura de Florença, onde vive e trabalha. Autor de banda desenhada, viveu em Portugal no ano 2000 ao abrigo do programa ERASMUS, tendo voltado nos anos seguintes. Foi numa dessas visitas a Lisboa que descobriu que o edifício da rua António Maria Cardoso, ao Chiado, que albergou a sede da PIDE, ia ser demolido e transformado num condomínio de luxo. Este acontecimento inspirou-o a escrever a sua primeira novela gráfica, com o objectivo de resgatar do esquecimento a memória dos que passaram por aquele sinistro edifício.

O enredo contempla uma história de resistência anti-fascista e o seu acompanhamento da delação e prisão, em dois momentos históricos distintos, 1970 e 2006.

Partindo das recordações de Marisa, uma imigrante cabo-verdiana cozinheira no restaurante Filho da Mãe Preta, seguimos os destinos de duas vítimas da PIDE: o seu filho Zé, estudante de arquitectura, a quem as teorias construtivistas deixaram em apuros, e o pintor Léon, caricaturista clandestino, que depois de ter falado uma primeira vez após ter sido torturado decidiu nunca mais abrir a boca fechando-se para o mundo, adormecendo como o elefante mutilado da canção de Paolo Conte para só se deixar acordar pela morte.


Roberto Francavilla é professor de Literatura Portuguesa e Brasileira, e escreveu no posfácio, intitulado Sobre Elefantes e Abutres, «(...) A cidade é Lisboa, a de ontem. E as cidades são assim, com as paredes das casas e dos quartos. Assistem e testemunham em silêncio. E se acordam do sono do esquecimento, podem contar a história das vozes, dos gritos e dos silêncios que foram obrigados a acolher (...)».


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Ficha técnica
As Paredes Têm Ouvidos – Sonno Elefante
Autor: Giorgio Fratini
Editora: Levoir
Páginas: 120, a preto e branco
Encadernação: capa dura
PVP: 10,90€


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