Estive à conversa com Jorge Deodato, responsável da editora, com quem falei sobre os 10 anos da Escorpião Azul, sobre o recente prémio, no Amadora BD, para Melhor Álbum de Autor Nacional que o livro Elviro, de Paulo J. Mendes, arrecadou e, claro, sobre algumas das novas obras que a editora prepara o próximo ano.
Falámos até um pouco do meu livro Muitos Anos a Virar Páginas, que é expetável que saia ainda durante este último mês de 2023. Já agora, e a este propósito, aproveito para dizer que ainda não falei sobre este livro e projeto aqui no Vinheta 2020 mas, naturalmente, falarei mais sobre o mesmo assim que estiverem reunidas as condições para tal. Mas posso dizer-vos que será algo muito especial e que já falta pouco para que o mesmo seja lançado!
Por agora, deixo-vos com a entrevista à Escorpião Azul, mais abaixo.
ENTREVISTA
O balanço é claramente positivo, fomos construindo ao longo de uma década um catálogo bem diversificado a nível de autores nacionais e não só.
Hoje em dia a Escorpião Azul é vista por todos como a casa dos novos desenhadores portugueses.
2. Os livros estão mais caros. É um facto. Pelo aumento do preço da matéria-prima – em especial, do papel – mas também por outros factores. Sentes que isso, bem como a conjectura económica que vivemos, está a afetar as vendas da editora ou as pessoas continuam a fazer um esforço para comprar os livros?
Claro que o custo das matérias-primas e da eletricidade tem a sua influência, mas o aumento das taxas de juro tem ainda mais influência na bolsa de cada um.
3. Poderá haver um retrocesso no preço dos livros, e voltarmos aos preços de 2020/2021 ou não acreditas que isso venha a acontecer?
Não acredito que possa haver redução do preço dos livros ao leitor final nos próximos tempos.
4. O ano de 2023 ainda não terminou e estou ciente que os resultados das vendas dos livros acabam por só ser percebidos vários meses depois. De qualquer maneira, e tendo em conta a tua própria sensibilidade do mercado, que livro de BD consideras ter sido o vosso campeão de vendas de 2023?
Devido aos problemas que tivemos com a distribuição, acho que todas as obras que lançámos este ano brilharam à sua maneira.
5. E em que livro é que as vendas ficaram aquém do esperado?
Não ficou nenhum aquém daquilo que estávamos à espera.
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Foi espetacular, foi bem recebido por todos os membros desta casa editorial.
Para nós, foi uma bela prenda de anos, o reconhecimento do imenso trabalho que temos realizado por esta arte a que damos o nome da banda desenhada de autores portugueses.
Ficámos imensamente felizes pelo reconhecimento do Paulo J. Mendes como um grande criador nacional de BD.
Penso que os prémios podem fazer alguma diferença no aumento de vendas do título que ganhou.
8. Em 2023, a Escorpião Azul não lançou ainda nenhuma obra de autor estrangeiro. A que se deve essa opção?
Este ano a editora celebrou os seus 10 anos de existência e nada melhor do que lançar só obras de autores portugueses para comemorar.
9. Até ao final do ano 2023, ainda serão lançadas algumas novas obras? Quais?
Em princípio temos uma obra na calha para lançar em dezembro, Muitos Anos a Virar Páginas em que o autor és tu, Hugo Pinto!
Um livro que nos fala dos editores de banda desenhada portuguesa.
10. E que novas obras poderemos esperar para 2024?
No próximo ano iremos publicar uns sete livros.
Só vamos revelar os livros que vão aparecer no primeiro semestre do ano.
A sair no LouriBD, que vai decorrer em Março, vamos lançar A Língua do Diabo, do autor italiano Andrea Ferraris [autor de Churubusco e de A Cicatriz - Na Fronteira entre o México e os Estados Unidos] e ainda E Depois do Abril, da dupla Filipe Duarte (desenho) e André Mateus (argumento).
A Língua do Diabo, de Andrea Ferraris
[Capa provisória]
E Depois do Abril, de André Mateus e Filipe Duarte
[Capa provisória]
Em Maio iremos lançar a primeira obra da Inês Fetchónaz, com o título Paciência é o Meu Nome do Meio.
Paciência é o Meu Nome do Meio, de Inês Fetchónaz
[Capa provisória]
Obrigado!
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