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sexta-feira, 31 de julho de 2020

O Vinheta 2020 vai de férias!



Durante as próximas duas semanas, o Vinheta 2020 estará de férias, em boa companhia.

Não se prevêem novas entradas no blog durante este período.

De qualquer maneira, serão muitas as leituras de bd a fazer nestes dias portanto, o regresso deverá ser marcado por muitas análises e artigos.

Até lá.

Vinheta 2020

Análise: Homem-Aranha: Caído Entre os Mortos e Herói da Resistência




Homem-Aranha: Caído Entre os Mortos e Herói da Resistência, de Mark Millar, Terry Dodson e Frank Cho

Estes dois livros de Homem-Aranha Caído Entre os Mortos e Homem-Aranha: Herói da Resistência reúnem os 12 números que foram produzidos por Mark Millar, Frank Cho e Terry Dodson para a revista Marvel Knights Spider Man. As edições em análise pertencem à Coleção Definitiva do Homem-Aranha, que foi lançada no Brasil, pela Salvat e Panini Comics, durante o ano de 2017, e posteriormente distribuídas, há cerca de um ano, nas bancas portuguesas. Caído Entre os Mortos foi o primeiro álbum desta coleção que reúne 40 livros, enquanto que Herói da Resistência é o sexto volume.

Nesta história, dividida pelos dois livros, Mark Millar apresenta-nos uma narrativa que levará o Homem-Aranha ao limite das suas capacidades físicas e emocionais. 

O homem por detrás da máscara, Peter Parker, leva agora uma existência mais pacata, sendo um professor de secundário e vivendo com a sua bonita namorada Mary Jane. Recentemente, a sua tia May descobriu a verdadeira identidade do Homem-Aranha e, embora chocada ao início, apoia Peter na sua luta contra o mal. Mas, entretanto, há outra pessoa que descobriu a verdadeira identidade do Homem-Aranha e pretende usar essa informação para destruir tudo o que Peter Parker mais ama. O protagonista terá então que lutar contra o mal e, ao mesmo tempo, tentar proteger os seus entes queridos, nomeadamente a sua tia e a sua namorada. Mas quando a sua tia May é raptada, o Homem-Aranha inicia uma batalha – quase desesperada – para a encontrar. Não sabe bem contra quem está a lutar. 

Nisto há espaço para quase todos os vilões do universo do Aranha (12, no total) participarem na história, nomeadamente: Duende Verde, Dr. Octopus, Venom, Electro, Coruja, e muitos outros. Ao longo de ambos os livros, o Homem-Aranha é acompanhado por Felicia Hardy, a Gata Negra, que parece ainda estar apaixonada por Peter. Do lado dos bons, também o Capitão América, o Homem de Ferro, o Demolidor e o Quarteto Fantástico se juntam ao festim de super-heróis.

Os diálogos são muito bons e parecem muito reais. Por exemplo, as conversas entre Peter e Mary Jane soam muito verosímeis. E claro, à semelhança do que Millar faz em Kick-Ass, muito me agrada a maneira como utiliza o discurso na primeira pessoa do protagonista, permitindo-nos criar uma maior conexão com o mesmo, pois percebemos claramente os seus receios, as suas valências, as suas opiniões e o seu humor. 

É uma história com bastante violência e este Homem-Aranha fica com graves danos físicos nas várias lutas que trava, chegando mesmo a ir parar a uma cama de hospital. No entanto, para os níveis habituais de Millar, até não é uma história muito violenta. E, por isso, há tempo – especialmente no primeiro livro – para o desenvolvimento da relação amorosa de Peter Parker - com todas as discussões e desacordos que isso pressupõe - e há oportunidade para mergulharmos na psique de Peter e percebermos como a personagem tem certos recalcamentos causados pela morte de pessoas próximas a si. E isso é muito bem feito. Torna a história madura e com boa consciência de si mesma. Embora muitas vezes se considere o Homem-Aranha como uma personagem “leve”, talvez devido às suas tiradas cómicas constantes, a verdade é que este Peter Parker de Millar, é leve e brincalhão por fora mas, interiormente, apresenta uma certa tristeza e desilusão para consigo mesmo, colocando muitas vezes em cima da mesa, a hipótese de deixar de vestir o fato do Aranha.

Devo dizer que esta história arranca muito bem, sendo dado tempo ao leitor para absorver a envolvente narrativa. A primeira parte da obra chega a parecer uma história de detectives porque, quer Peter Parker, quer o leitor, estão sem saber muito bem o que pensar em relação ao rapto da Tia May. Quem o fez? Porquê? Este clima de dúvida é bastante longo, o que adensa bem a trama. E entretanto, nesta busca incessante pela sua tia, Peter Parker vai tendo alguns confrontos físicos que aparecem de forma bastante bem conseguida. Há algumas sub-plots, como o neto com cancro do Abutre; a recompensa que o Clarim Diário oferece a quem encontrar a identidade do Homem-Aranha; a relação entre Peter e Felicia; uma guerra ideológica governamental contra os super-heróis; ou os traumas psicológicos de Venom. Gostei particularmente da sub-narrativa do Abutre que mostra que também os vilões têm entes queridos a quem querem fazer o bem. Mas infelizmente, estas sub-plots acabam por ser insuficientemente exploradas. E no final, a sensação com que se fica, é que Mark Millar não se conseguiu conter e acabou por criar um "guisado" de personagens – com demasiados heróis e, especialmente, vilões – que se conseguem atropelar narrativamente umas às outras. A partir do momento em que Venom surge na história, é o momento em que Mark Millar perde as rédeas da narrativa que estava – até aí – tão bem montada. É pena, porque quando se lê o primeiro volume, fica-se com a esperança de que este poderá ser um livro essencial do Homem-Aranha – daqueles que definem uma personagem. E, embora existam muitas coisas bem feitas e esta história seja – apesar de tudo – extremamente recomendável para os fãs do Aranha ou mesmo de Super-Heróis, no final fica-se com uma sensação de "remate ao poste". E isto – apenas e só – porque a história ficou demasiado over the top. Como diria Robert de Niro, "less is more". Bem que Mark Millar deveria falar com Robert de Niro sobre este tema.

A arte é magnífica para uma história do Homem-Aranha. Bons desenhos, boas cores, boa planificação, boas cenas de ação, alternadas entre cenas mais calmas. É a arte que uma personagem emblemática como o Homem-Aranha precisava. Terry Dodson e Frank Cho fazem um trabalho exemplar nestes livros. Não tenho muito mais a opinar sobre a componente ilustrativa, pois considero-a excelente para o tipo de história que temos em mãos.

Quanto às edições, pode-se dizer que são de boa qualidade. São livros robustos, com boa encadernação, e papel adequado para este tipo de comic americano. Têm extras interessantes que contextualizam as personagens e a história. Nota positiva para, antes de cada livro começar, haver uma página, denominada “a história até aqui” que dá aos leitores mais desatentos - ou àqueles que não estão à vontade com as personagens e tramas do universo do Homem-Aranha – uma sintética contextualização da história. Ainda para mais, tendo em conta que estes dois livros não foram publicados de seguida – com 4 livros pelo meio – diria que foi um pequeno detalhe muito acertado. As lombadas dos livros formam também uma imagem cativante. Mas neste ponto, a Salvat apenas está a distribuir 40(!) dos 60 volumes da coleção original portanto, a imagem formada da lombada fica incompleta, o que é uma coisa totalmente incompreensível. É a editora a ficar refém da sua própria cartada que procura deixar igualmente reféns os leitores que não resistem a uma lombada apelativa. Neste caso, acredito que muitos desses leitores que se vêm tentados a adquirir coleções (também) por causa da lombada, não o tenham feito por saberem, de antemão, que a lombada estaria incompleta. É caso para dizer: vira-se o feitiço contra o feiticeiro. 

Gostaria que a série tivesse sido distribuída em português de Portugal e não em brasileiro. Compreendo que para a Salvat - devido aos custos inerentes a adaptar a série ao português de Portugal - talvez não compensasse mas, do ponto de vista da leitura, seria bem melhor. Ainda assim, pela história em si, penso que os portugueses lerão estes livros sem problemas.

Concluindo, para os fãs de comics, de histórias de super-heróis ou do Homem-Aranha, diria que estes dois livros Homem-Aranha Caído Entre os Mortos e Homem-Aranha: Herói da Resistência são mais do que obrigatórios. Para os fãs de banda desenhada em geral, diria que esta proposta é bastante interessante para mergulhar no universo deste célebre super-herói. Com mais moderação na utilização de certos personagens, poderia ser uma obra perfeita. 


NOTA FINAL (1/10)
8.6


Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020


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Fichas Técnicas
Homem-Aranha: Caído Entre os Mortos
Autores: Mark Millar, Terry Dodson e Frank Cho
Editora: Salvat - Panini Comics
Páginas: 168, a cores
Encadernação: Capa dura
Lançamento: 2017

Homem-Aranha: Herói da Resistência
Autores: Mark Millar, Terry Dodson e Frank Cho
Editora: Salvat - Panini Comics
Páginas: 160, a cores
Encadernação: Capa dura
Lançamento: 2017

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Lançamento: Operação Overlord 3: A Bateria de Merville



Hoje sai, com o Jornal Público, o terceiro volume da Coleção Operação Overlord, da ASA.
Chegámos a meio da coleção. O Volume 1 e o Volume 2 já receberam análises no Vinheta 2020.

Imagens promocionais e resumo da história abaixo.

Operação Overlord 3: A Bateria de Merville, de Bruno Falba e Davide Fabbri 

Uma missão em que a derrota não é permitida!

1944, Bulford Camp, Inglaterra. 

Adrien Bellefontaine, voluntário canadiano e artista nos tempos livres, faz esboços dos seus camaradas durante o treino para a Operação Overlord. 

No coração do countryside inglês foi reconstituída com todo o rigor a bateria de Merville, um objectivo estratégico crucial. Esta peça de artilharia alemã que ameaça Sword Beach tem de ser desmantelada a todo o custo para facilitar o desembarque das forças aliadas nas praias da Normandia. 

A unidade de pára-quedistas de Adrien tem como missão proteger o flanco esquerdo do batalhão encarregado de se apoderar da bateria. 

Embora não fosse essa a sua missão inicial, o jovem canadiano irá participar no ataque contra a sua vontade…

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Ficha técnica
Operação Overlord 3: A Bateria de Merville
Autores: Bruno Falba e Davide Fabbri
Editora: ASA
Páginas: 48, a cores
Encadernação: capa dura
PVP: 9,90€ 





Lançamento: Ciclos de Sono



Acaba de ser lançado o livro Ciclos de Sono, do autor brasileiro Lucas Moreira. Este livro teve uma primeira versão em inglês e terá a segunda versão em português.

Fiquem com a sinopse da obra e imagens promocionais.



Ciclos de Sono é uma banda desenhada sobre uma rapariga presa num constante estado de lucidez e sono que busca a ajuda de um médico que a levará para uma jornada entre a cidade antiga e as artes obscuras.

Lucas Moreira (30 anos) é um artista brasileiro focado em animação, motion graphics, e ilustração, atualmente a viver no Porto, Portugal.

Ficha técnica
Ciclos de Sono
Autor: Lucas Moreira
Editora: Blurb Books
Páginas: 124, a cores
Encadernação: capa dura

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Vencedor do Passatempo "A Ordem Mágica"



Pois é!

Já temos o vencedor para o primeiro passatempo/giveaway do Vinheta 2020!

Após mais de 100 participações, feitas através do facebook e do instagram, foi feito um sorteio através de um site para o efeito (Sorteador.com.br) que, aleatoriamente, escolheu o seguinte participante:

daniitomas

Muitos parabéns! Este A Ordem Mágica, lançado em Portugal pela G. Floy Studio, já é teu!

Quanto aos outros, resta-me agradecer pelas participações. 
Se concorreste e não ganhaste desta vez, não desanimes porque o Vinheta 2020 terá muitos mais passatempos nos próximos tempos.

Só tens que ir passando no blog e acompanhando as redes sociais do mesmo, para saberes que prémios haverão para oferecer aos leitores deste espaço.

Até já!


terça-feira, 28 de julho de 2020

Análise: Os Passageiros do Vento - Vol. 8 - O Sangue das Cerejas (Livro 1)



Os Passageiros do Vento – O Sangue das Cerejas – Livro 1, de François Bourgeon

A Ala dos Livros tem sido uma editora que sabe surpreender os leitores, apresentando, de forma, por vezes, quase abrupta, as suas novidades, que deixam os fãs de banda desenhada franco-belga entusiasmadíssimos. E fê-lo, novamente, quando há pouco mais de uma semana, anunciou que iria lançar o 8º livro da série Os Passageiros do Vento, de François Bourgeon. Trata-se de O Sangue das Cerejas, que é o primeiro tomo de um álbum duplo que, espera-se, conclua a série. A série está dividida em três ciclos. O primeiro ciclo, constituído por 5 livros (A Rapariga do Tombadilho, O Pontão, A Feitoria de Judá, A Hora da Serpente e Ébano), foi previamente publicado pela Meribérica. Mais recentemente, esse mesmo ciclo foi reeditado pela ASA, juntamente com a publicação do 2º Ciclo, A Menina de Bois-Caïman (dividido em 2 livros). A série encontra-se por isso totalmente publicada em Portugal. O que é um bom indicador.

Neste O Sangue das Cerejas, a história desenrola-se em Paris, em 1885, no período da história de França em que a Comuna de 1871 ainda dividia a cidade de Paris e acabou por marcar um período de repressão social. Traz-nos Zabo, que já tinha sido a protagonista de A Menina de Bois-Caïman, e que agora se encontra em Paris, utilizando o nome de Clara. Apresenta-nos também uma jovem bretã, Klervi, que chega à cidade das luzes completamente desorientada e sem saber falar a língua francesa. Invariavelmente, esta jovem solitária e perdida, acaba nas garras de um proxeneta que lhe controla a vida. Klervi é então ajudada por Clara, que lhe dá guarida na sua habitação em Montmartre. E é na relação entre ambas as personagens, que o desenvolvimento da trama deste primeiro tomo se torna muito agradável de ler. Primeiramente, Klervi apresenta uma forte desconfiança em relação a Clara mas, mais adiante, perceberá como ela é tão importante na sua vida, muito embora, Clara se mantenha muito fechada em relação a contar-lhe detalhes da sua vida íntima. É aos poucos que Clara vai contando a sua história pessoal a Klervi. A narrativa vai-se, pois, adensando e, no final deste primeiro tomo, embora se resolvam algumas questões na narrativa, é deixado muito em aberto para o segundo tomo. O que é um bom motivo para que os leitores queiram terminar a história.

Sendo uma banda desenhada do estilo histórico, e mesmo tendo em conta que se centra em acompanhar as aventuras e desventuras das personagens Clara e Klervi, as referências históricas estão muito presentes, o que imprime veracidade e maturidade a toda a história que nos é dada. Não obstante, diria que algumas das referências históricas me parecem algo forçadas. Ou, melhor dizendo, frequentemente, parece-me que alguma da informação que nos é dada, não é muito auto-explicativa, deixando o leitor comum – que certamente saberá algo sobre este período da história de França mas sem ser um expert – um pouco à deriva. Não é algo que estrague a leitura de todo, mas considero que 1) ou as informações histórias deveriam ter sido introduzidas com um cariz mais informativo ou, 2) caso o objetivo da presença de tais informações históricas fosse apenas o de criar uma contextualização para a narrativa, as informações poderiam ser menos detalhadas. Assim, parece que se fica a meio da ponte.

Quanto à arte aqui presente, vai ao encontro daquilo a que o autor já nos habituou. Também aqui, Bourgeon, um nome célebre na banda desenhada europeia, presenteia-nos com um desenho realista de mestre. Com uma tónica clássica na execução, diria que se trata de uma arte, quiçá, mais destinada a um público mais maduro e com uma cultura de banda desenhada franco-belga já bem presente. A maneira como desenha os cenários, as personagens ou as situações que se vão passando com o desenrolar da história, é muito convincente e atenta ao detalhe. Sendo eu um amante da cidade de Paris, foi também com especial gosto que vi esta representação fiel da cidade durante o período da Belle Epoque, em que merecem destaque, por parte do autor, as transformações arquitetónicas e paisagistas que a cidade recebeu durante este período, com a construção da Basílica de Sacré-Cœur, bem como, com a construção da Torre Eiffel, a propósito da organização da Exposição Universal de 1889. O ambiente boémio da zona de Montmartre, com os cabarés e libertinagem noturna que lhe são conhecidos, também está muito bem representado por Bourgeon. Aparecem algumas personagens famosas da cultura francesa durante este período, tais como Renoir, Satie ou Lautrec, que são mais um detalhe apetecível na obra. 

Embora o livro seja fantástico, há, no entanto, um ponto negativo que, infelizmente, condiciona bastante este O Sangue das Cerejas: é que muitos dos diálogos são em bretão e a solução encontrada para isso, não foi a melhor. Por opção do autor - uma vez que no livro original tal também acontece e, por esse motivo, isto não deva ser imputado à editora Ala dos Livros – os diálogos em bretão não estão traduzidos, e acabamos por ser obrigados a rumar constantemente às três últimas páginas do livro, que reúnem um glossário, para saber o que se está a querer dizer, sempre que há um diálogo em bretão. Ora, isto foi claramente uma escolha mal acertada por parte do autor. Estraga por completo a fluidez na leitura. E havia muitas outras opções para fazer isto de uma forma melhor para o leitor. Se o objetivo era dar a ideia de que se estava a falar numa outra língua, que não o francês, poder-se-ia ter utilizado balões de uma cor diferente, como foi feito, por exemplo, na recentemente publicada série Operação Overlord, que utiliza balões doutra cor, sempre que os soldados alemães falam entre si. Na minha opinião, isso funciona muito bem. Mas mesmo que o objetivo - mais purista - do autor passasse por nos dar as expressões em bretão dentro dos balões de diálogo, julgo que as traduções para essa mesma língua, e eventuais notas do autor e/ou tradutor, deveriam - e poderiam - ter sido colocadas na própria página onde os diálogos acontecem, para que os mesmos fossem automaticamente retidos pelo leitor. Assim, como está, os leitores ver-se-ão obrigados a estar constantemente com um dedo, ou um marcador de livro, a marcar as últimas páginas para irem descodificando os diálogos em bretão com que se deparam. Este é um daqueles caprichos dos autores que me ultrapassam. Incompreensível mesmo.

Mas, seja como for, tirando este percalço na leitura, esta é uma obra verdadeiramente recomendável para os amantes de banda desenhada franco-belga. Este O Sangue das Cerejas marca o bom regresso de Bourgeon à mítica série Os Passageiros do Vento que deverá terminar, no próximo segundo tomo. 

Quanto à editora Ala dos Livros, esta assume uma vez mais, que "está aqui para as curvas", com a tomada de mais uma série de prestígio para o seu catálogo de bd, que vai sendo gradualmente maior e melhor. A edição da obra está feita em grande formato e com um papel de boa qualidade, à semelhança daquilo a que a Ala dos Livros já nos tem habituado.

Em suma, esta é mais uma proposta de qualidade que os amantes de bd franco-belga acharão imperdível.


NOTA FINAL (1/10):
8.7

Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020

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Ficha Técnica
Os Passageiros do Vento - Vol. 8 - O sangue das cerejas (Livro 1)
Autor: François Bourgeon
Editora: Ala dos Livros
Páginas: 96, a cores
Encadernação: capa dura
Lançamento: Julho de 2020  

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Análise: Operação Overlord Vol: 2 - Omaha Beach



Operação Overlord Vol: 2 - Omaha Beach, de Bruno Falba, Davide Fabbri e Christian Dalla Vecchia

Depois de analisado o primeiro volume de Operação Overlord, a série mais recentemente publicada pela editora ASA com o jornal Público, e após algumas coisas menos bem conseguidas nesse primeiro tomo, foi com algum cepticismo que agarrei neste Omaha Beach. Mas, felizmente, as coisas melhoram (e muito!) neste segundo livro. 

E a principal razão para essa mudança positiva, prende-se com a alteração na equipa de autores que nos dá Operação Overlord. Enquanto que no primeiro tomo, Sainte-Mère-Église, o argumento era assegurado por Michaël Le Galli, neste Omaha Beach, o argumento fica a cargo de Bruno Falba, que passa a ser o responsável pela história até ao final da coleção, dividada em 6 volumes.

E se no primeiro volume a narrativa pareceu quase sempre parcamente explorada e insuficientemente aproveitada por Le Galli, neste segundo volume, Falba faz um melhor trabalho, com mais clareza e assertividade na forma como constrói a narrativa.

Desta vez, somos remetidos para aquele que será, certamente, o desembarque bélico mais conhecido na história da civilização, em Omaha Beach, que originou igualmente, uma sangrenta batalha entre alemães e americanos, com milhares de mortes. 

Os autores fazem uma coisa que considero muito positiva, que é mostrarem-nos não só o lado americano, como também o lado alemão, revelando que - expectavelmente! - o comum do cidadão que tinha que se alistar no exército, quase nunca tinha qualquer ódio pelo exército adversário. Não se tratava de uma escolha ou de uma ideologia. Tratava-se, antes, de uma obrigação ou uma necessidade e era isso que dava – ou tentava dar ânimo – aos soldados. Quer fossem americanos, ingleses ou alemães. E neste Omaha Beach, isto está muito bem conseguido. Tenta-se ser factual, sem se tomar partidos e isso, é coisa rara nos livros e filmes que se vêem sobre a Segunda Guerra Mundial. 

Esta opção de mostrar os dois lados foi, até, muito mais bem conseguida do que aquilo que foi feito no álbum anterior em que se tentou mostrar o background de 5 soldados americanos, oriundos de realidades muito díspares. A ideia até era interessante mais foi mal aproveitada, como referi nessa análise. Aqui, essa opção foi posta de lado e foi, portanto, uma escolha acertada.

Em termos narrativos, o livro também faz uma coisa muito interessante. É que a primeira parte do mesmo – sensivelmente metade da história – mostra-nos a preparação da operação, revelando-nos dificuldades inerentes a esta empreitada bélica e contextualizando muito bem os acontecimentos. E à semelhança do que, muitas vezes, é feito no cinema, esta demonstração da operação, aumenta o interesse e ansiedade(?) do leitor em relação aos acontecimentos que se avizinham. Depois, quando o desembarque é iniciado, temos ação total em muitas páginas, ora mostrando o lado americano, ora mostrando o lado alemão.

Quanto à arte ilustrativa, também houve alterações na equipa. Davide Fabbri passou a ser responsável pelo storyboard e os desenhos ficaram a cargo de Christian Dalla Vecchia. Neste cômputo as alterações não são tão significativas como na mudança de argumentista. O trabalho de ilustração mantém-se fiel ao primeiro volume. E também neste segundo livro, há alguns desenhos impressionantes mas também há outros que parecem "rabiscos" feitos meio à pressa. 

Quando um ilustrador nos dá umas ilustrações muito boas e outras que são "fraquinhas", só há uma de duas conclusões a tirar: ou o ilustrador não é assim tão bom e apenas teve um momento de inspiração para criar as tais ilustrações boas; ou então, e parece-me ser isso que se passa em Operação Overlord, o ilustrador é bom mas não teve tempo, inspiração ou força de vontade para fazer melhor. Infelizmente, isso acontece aqui. E tal como referi na análise ao volume anterior, "este é um livro que, à partida, pode enganar um pouco. É que, na verdade, e se folhearmos rapidamente, é fácil ficarmos seduzidos pela arte dos desenhos e das cores. No entanto, uma análise mais pormenorizada às ilustrações deste livro, permite-nos ver que, por vezes, a arte parece feita algo à pressa, delegando para o processo de arte final e cores, a função de “salvar” o desenho."

De referir ainda que neste Omaha Beach, aquele problema das personagens serem demasiado idênticas entre si, confundindo, por vezes, o leitor, não está tão presente. O que, naturalmente, é algo mais positivo para a fluidez da leitura.

Não sendo perfeito, é sobejamente melhor do que o primeiro volume da série. E para aqueles que apenas desejam conhecer Operação Overlord, diria que é por este volume que devem começar. Uma história mais bem explanada do que a anterior e um testemunho sólido em banda desenhada, duma das batalhas mais célebres de sempre.


NOTA FINAL (1/10):
8.5


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Ficha técnica
Operação Overlord Vol: 2 -  Omaha Beach
Autores: Bruno Falba, Davide Fabbri e Christian Dalla Vecchia
Editora: ASA
Páginas: 48, a cores 
Encadernação: capa dura
Lançamento: Julho de 2020

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Análise: Universo Negro



Universo Negro, de Luís Louro e Tozé Simões

Depois de lançar o muito esperado O Corvo – Inconsciência Tranquila, pela editora Ala dos Livros, cuja análise já aqui foi feita; e depois de ter sido anunciado, pela mesma editora, o lançamento da edição comemorativa dos 25 anos de Alice, Luís Louro tem-se revelado muito ativo com o lançamento diário das suas tiras humorísticas Covidiotas – a propósito da Pandemia de Covid-19 – que, espera-se, ainda veja edição em livro. 

Mas como se isto tudo não fosse já mais do que suficiente para um ano de extrema atividade para o autor, a Escorpião Azul ainda editou este Universo Negro, que reúne algumas relíquias da dupla criativa Luís Louro e Tozé Simões – famosa por nos ter dado a personagem incontornável da banda desenhada portuguesa, Jim del Mónaco.

Universo Negro é uma compilação de 8 histórias curtas. Algumas são inéditas e outras chegaram a ser publicadas num passado já bastante distante em fanzines e revistas (Protótipo, Mundo de Aventuras ou Selecções BD). 

As histórias são independentes entre si embora, a meu ver, haja uma certa harmonia entre elas, pois o tipo de discurso – já para não falar na componente gráfica – é sempre bastante semelhante entre si, assegurando uma linha de continuidade entre histórias. O que contribui para que o todo seja mais do que uma mera compilação de contos. Por outras palavras, estas oito histórias valem mais assim, compiladas, do que isoladamente. Mesmo, relembrando mais uma vez, que são histórias independentes entre si.

Existe algum absurdo nestas narrativas, mas depois de ler o prefácio de Tozé Simões, percebemos que isso também é algo que ambos os autores quiseram criar assim, pois, afinal, e nas palavras de Simões, “nada é sério, para isso já basta um universo negro”. Mais do que ser um objeto de reflexão, este livro pretende ser um objeto de entretenimento. E isso é sobejamente conseguido.

Revela um Luís Louro que já tinha encontrado a sua identidade de ilustração embora a mesma, e compreensivelmente, não estivesse tão bem desenvolvida como está, nos dias de hoje. 

Uma das coisas de que mais gosto no livro é que, embora o mesmo tenha sido lançado há poucos meses, sentimos que estamos com um objeto que parece uma cápsula do tempo, tendo em conta que nesta obra estão tão bem contidas as ideias puras que os autores congeminaram na sua parceria criativa, há muitos anos atrás. Por esse motivo, acaba por ser um produto genuíno porque estas histórias não continham em si, qualquer objetivo comercial por parte dos autores. O livro funciona como um autêntico repositório da sua criatividade. E é essa, a grande mais valia deste livro. 

Também é mais interessante olhar para o livro mais como um exercício criativo por parte dos autores do que, algo mais pretensioso do que isso.

A Escorpião Azul em boa hora apostou na reunião deste material. A edição é apropriada. A capa está espetacular. Como nota negativa, destaco o título da capa “Universo Negro”, que deveria ter mais legibilidade.

Sendo uma compilação interessante, vale pelo registo de histórias que tinham ficado perdidas por aqui e por ali. E diria que este livro é como um bootleg de uma banda de rock. Sem dúvida que é mais recomendável para aqueles que já são fãs da banda – ou, neste caso, da dupla Luís Louro e Tozé Simões. 


NOTA FINAL (1/10):
7.0

Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020


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Ficha técnica
Universo Negro
Autores: Tozé Simões e Luís Louro
Editora: Escorpião Azul
Páginas: 64, a cores e preto e branco
Encadernação: capa mole
Lançamento: Maio de 2020

Lançamento: Paper Girls Vol. 4



A série Paper Girls, de Brian K. Vaughan e Cliff Chiang, e lançada em Portugal pela editora Devir, acaba de receber o seu 4º volume.

Fiquem com a nota de imprensa da editora.


Paper Girls Vol. 4, de Brian K. Vaughan e Cliff Chiang

Na maior e mais estranha das aventuras de Paper Girls até ao momento, Tiffany e as suas colegas distribuidoras de jornais são atiradas dos tempos pré-históricos para o ano 2000, onde finalmente conseguem obter algumas respostas para aquilo que se está a passar.

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Ficha técnica
Paper Girls Vol. 4
Autores: Brian K. Vaughan & Cliff Chiang
Editora: Devir
Páginas: 128 páginas, a cores
Encadernação: Capa mole
PVP: 14,99€

Lançamento: My Hero Academia Vol. 6 - Rastejando



A editora Devir prossegue com o lançamento do volume 6 da série de mangá My Hero Academia.

Fiquem com as imagens promocionais e a nota de imprensa.


My Hero Academia Vol. 6 - Rastejando, de Kohei Horikoshi

Após o Festival Desportivo, os alunos da classe 1-A começam os seus estágios. 

Midoriya tem muito a aprender com Gran Torino, que foi antes mentor de All Might. 
Noutro sítio, a Liga dos Vilões desencadeia um novo ataque aterrorizante!

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Ficha técnica
My Hero Academia Vol. 6 - Rastejando
Autor: Kohei Horikoshi
Editora: Devir
Páginas: 192, a preto e branco
Encadernação: capa mole
PVP: 9,99€

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Análise: Série Sky Doll




Sky Doll é uma série de banda desenhada que, até à data, tem 4 tomos no arco principal da sua história, e que, em Portugal, viu os seus primeiros três volumes a serem publicados pela extinta editora Vitamina BD. O quarto volume, Sudra, foi publicado em 2017. Será que alguma editora portuguesa resgata esta série? Veremos.

Os volumes aqui em análise são, pois, os três primeiros, respetivamente: A Cidade Amarela, Aqua e A Cidade Branca. Será feita uma análise aos três livros enquanto um todo, e não um conjunto de mini-análises como foi feito, por exemplo, na análise a Parker, porque neste caso, a série segue uma só história. 

Escrita e desenhada por Alessandro Barbucci e Barbara Canepa, Sky Doll é uma série de ficção científica, que também aborda as temáticas da religião e do poder dos mass media.

A ação passa-se num universo futurista em que os papados de Agape (o símbolo do amor espiritual) e Ludovica (o símbolo do amor sexual) entram em conflito, fazendo com que Agape seja colocada fora da equação. Para conseguir controlar alguns resistentes apoiantes de Agape, Ludovica reina a galáxia controlando os meios de comunicação e usando "milagres", que não passam de grandes produções televisivas de efeitos especiais – para impressionar a população.

A protagonista da história é Noa, que é uma Sky Doll. Ou seja, um andróide sintético, com um corpo extremamente sensual e com formas impressionantes, que foi criado com o único fim de satisfazer os desejos dos seus clientes. Uma prostituta de plástico, feita para dar prazer a quem pague pelos seus serviços, basicamente. Embora aparentemente as sky dolls não tenham a capacidade de guardar memórias – imaginem o deboche que seriam as memórias de uma boneca sexual! – a protagonista Noa parece ser diferente e ter alguns poderes especiais, conseguindo contactar com vozes que ouve e que lhe dão uma consciência de si, enquanto ser individual. Entretanto, acaba na nave espacial de dois jovens, Roy e Jahu, que têm como missão viajar para o Planeta Aqua (e aqui já estou a tocar nos acontecimentos do segundo livro) e anular o crescimento da nova religião, considerada herege pelo papado de Ludovica.

A história sendo do universo da ficção científica é bastante centrada no mundo humano, tal como o conhecemos. Parece que os autores se preocuparam em fazer-nos viajar para uma outra galáxia, fictícia, que, afinal de contas, não passa de um espelho – talvez hiperbolizado, reconheço – da sociedade onde vivemos, onde a religião é utilizada, tantas vezes, como um meio para atingir um fim. 

Se a Papisa Ludovica apresenta milagres que são meras ilusões transmitidas pela televisão para impressionar a população fanática, a verdade é que a religião alternativa que se pratica no Planeta Aqua, que é centrada em fazer as pessoas serem calmas, relaxadas e estarem de "bem com a vida", também não é mais, do que uma cadeia de lojas de spa, cujo objetivo é vender os seus produtos.

A sexualidade enquanto negócio também está mais do que presente, com os autores a fazerem uma crítica à repressão sexual, num mundo onde os andróides são criados para satisfazer os desejos mundanos da população. Já o universo dos meios de comunicação, está caracterizado como sendo um grande espaço de mentiras e que procura entreter e condicionar o livre pensamento dos telespetadores.

Se parece que os temas são adultos – e são! – a forma como a narrativa está montada, acaba por ser bem leve de ler e de acompanhar. E se os temas têm uma amplitude crítica muito grande e - infelizmente! - sempre presente, desde que há religião e mass media no mundo, parece-me que a narrativa poderia ser mais consistente e levar-se mais a sério. Ou seja, dar o passo, sem medo, para um público e uma dimensão mais madura e mais pesada. Ainda assim, é uma história bem montada, que vale a pena conhecer.

Mas ao falar da história, tenho-me estado a conter para não falar da arte ilustrativa. E vou pôr isto de uma forma muito linear: a arte de Sky Doll é tão boa, tão extraordinária, que esta é uma daquelas séries que mesmo que tivesse a pior história do mundo, já valia a pena conhecer, para poder absorver a arte majestosa que os seus desenhos apresentam. Ambos os autores italianos estiveram ligados à escola Disney de alguma forma e isso transparece para a sua arte ilustrativa da melhor forma possível. As personagens aqui presentes, são extremamente expressivas e detalhadas e o cuidado ilustrativo é máximo. Tendo as personagens olhos tão grandes e tão expressivos, diria também que há aqui alguma influência do mangá, nesse cômputo. Todas as personagens, sem exceção, estão soberbamente bem desenhadas e muito bem explanadas do ponto de vista de originalidade entre si. E isso é uma coisa que merece destaque: se todas as personagens fazem parte de um mesmo universo ilustrativo em termos de género, traço e estética, não é menos verdade que todas elas conseguem ter muita personalidade e serem facilmente identificáveis pelo leitor.  

As personagens são mesmo muito carismáticas na forma como são desenhadas. O olhar é penetrante e as expressões faciais fazem incidir no leitor, tudo aquilo que as personagens sentem. O desenho dos corpos – com destaque para a concepção dos corpos luxuriantes, de formas mais que generosas, das personagens femininas - também são impressionantes. Numa curta frase: é uma série extremamente bem desenhada, com uma arte que ronda a nota máxima. E mesmo pesando o facto de que há sempre uma certa subjetividade para opinar sobre uma ilustração que "é maravilhosa", ou não, diria que muito me surpreende se alguém me disser que não acha estes desenhos espetaculares.

Refira-se que o trabalho de equipa dos autores está muito bem dividido, com Barbucci a assegurar as ilustrações e Canepa a ser responsável pelas cores. Estas, dão a tónica colorida que um universo tão futurista e sintético pediria. Também nesta vertente, tudo muito bem feito.

Faço notar que não sou especial adepto de ficção científica ou de histórias passadas no espaço sideral. Mas, neste caso, é impossível não ficar rendido a uma banda desenhada tão gratificante, do ponto de vista visual.

As edições da Vitamina BD são boas, em papel adequado, com o volume dois, Aqua, a incluir ainda um pequeno dossier de esquissos dos autores.

Em termos artísticos esta é uma obra-prima. Uma série que devia aparecer sempre na lembrança dos leitores de banda desenhada, quando se fala de artes espectaculares no género. É verdade que a história, se fosse mais concentrada e mais obstinada no caminho para onde pretende ir, seria melhor. Ainda assim, Sky Doll é uma série espectacular que merece ser lida e - já agora! – integralmente publicada em Portugal, tendo em conta que, até à data, só falta publicar um terço de toda a história. Um livro em quatro, portanto. Julgo também que um volume integral de toda a história, com os quatro tomos, com cerca de 200 páginas, seria um lançamento muito interessante.


NOTA FINAL (1/10):
9.2


Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020

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Fichas técnicas
Sky Doll 1: A Cidade Amarela
Autores: Alessandro Barbucci e Barbara Canepa
Editora: Vitamina BD
Páginas: 46, a cores
Encadernação: Capa dura
Lançamento: Outubro de 2002

Sky Doll 2: Aqua
Autores: Alessandro Barbucci e Barbara Canepa
Editora: Vitamina BD
Páginas: 56, a cores
Encadernação: Capa dura
Lançamento: Maio de 2003

Sky Doll 3: A Cidade Branca
Autores: Alessandro Barbucci e Barbara Canepa
Editora: Vitamina BD
Páginas: 50, a cores
Encadernação: Capa dura
Lançamento: Maio de 2006

Lançamento: Operação Overlord 2: Omaha Beach



Hoje sai, com o Jornal Público, o segundo volume da Coleção Operação Overlord, da ASA.

Imagens promocionais e resumo da história abaixo.


Operação Overlord 2: Omaha Beach

A morte não escolhe facções!

1944, praias das areias de ouro, Normandia. O General Rommel dá as últimas instruções aos membros das forças de Axe para a defesa da frente normanda. Entre eles quatro jovens soldados alemães. Do outro lado, Robert Capa, fotógrafo de guerra, Hard Gund, alemão naturalizado americano e dois outros G.I. da Easy Company, recebem o briefing sobre a Operação Overlord. Dali a pouco tempo, entre o barulho das balas e das explosões de morteiros, tanto alemães como americanos vão conhecer o medo, as lágrimas e a morte. O seu sangue vai tingir de vermelho a areia daquela que ficou tristemente célebre como "Omaha Beach".

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Ficha técnica
Operação Overlord 2: Omaha Beach
Autores: Davide Fabbri, Domenico Neziti e Michaël Le Galli
Editora: ASA
Páginas: 48, a cores
Encadernação: capa dura
PVP: 9,90€ 

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Vinheta 2020 passa a ter passatempos onde oferecerá livros aos seus leitores!



Desde que o Vinheta 2020 foi lançado no final do mês de Janeiro, que tem vindo a crescer exponencialmente. 

Os números de leitores têm vindo a multiplicar-se e são várias as mensagens encorajadoras que me dizem que "fazia falta um espaço assim" ou que "as análises aqui publicadas são cada vez mais tidas em conta, antes de se avançar com a compra de um livro".

Também as editoras se têm aproximado do blog, disponibilizando as suas novidades e mostrando-se disponíveis para conversar, tal como tem acontecido na rubrica "À Conversa Com:", por exemplo. Isso é importantíssimo para que este espaço possa ser um verdadeiro ponto de contacto entre editoras e leitores. 

Além disso, também têm sido disponibilizados vários livros ao Vinheta 2020 para que, depois, possa ser feita uma análise transparente às obras.

Como tal, reitero o meu OBRIGADO aos leitores e editoras. Sem eles, o blog não se teria tornado tão relevante, em tão pouco tempo.

Isto tudo para dizer que o Vinheta 2020 vai passar a ter passatempos onde oferecerá livros aos seus leitores! Isto será outra das mais valias para os leitores que poderão ganhar um livro, sem qualquer custo para a sua carteira. Numa época onde - FELIZMENTE(!) - há cada vez mais livros a serem editados em Portugal, os leitores têm que fazer escolhas, pois nem sempre conseguem adquirir tudo aquilo que gostariam de ter na sua biblioteca pessoal. 

O Vinheta 2020 dará uma ajuda nesse sentido. E para isso, sublinho, conta a boa vontade das editoras em colaborarem com este espaço.

Finalizado o disclaimer, avancemos para o primeiro passatempo!

Trata-se de A Ordem Mágica, de Mark Millar e Olivier Coipel.


GIVEAWAY / PASSATEMPO - A ORDEM MÁGICA!!! 
O Vinheta 2020, em conjunto com a G. Floy, tem um exemplar de A Ordem Mágica, de Mark Millar e Olivier Coipel, para te oferecer! 

Para te habilitares a ganhar este livro, recentemente publicado em Portugal, e que já mereceu uma análise no Vinheta 2020, só tens de seguir estas condições de participação.

Regras de participação:
1) seguir o Vinheta 2020 (Facebook ou Instagram);
2) colocar LIKE nesta publicação;
3) identificar 3 amigos nesta publicação;
4) se participares através do Instagram, partilha esta imagem nas Storys, identificando a página do Vinheta 2020;

Cada comentário que faças, dá direito a uma participação portanto, podes participar as vezes que quiseres, identificando amigos diferentes. Podes fazê-lo através do Facebook ou do Instagram.

Válido para Portugal Continental e Ilhas.

O vencedor será anunciado no dia 29 de Julho! 

Boa sorte!