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terça-feira, 12 de dezembro de 2023

À Conversa Com: A Seita - Novidades para 2024!


Hoje trago-vos as novidades que a editora A Seita está a preparar para o próximo ano 2024! 

Foram vários os pedidos que fui recebendo por parte de leitores do Vinheta 2020 para que esta entrevista acontecesse, portanto, acho que é justo dizer que há uma franca expetativa e/ou curiosidade dos leitores para o que aí vem.

Numa conversa com o meu amigo, o sempre simpático e transparente José de Freitas, um dos responsáveis do projeto editorial, falámos sobre o ano 2023 - e respetivas oportunidades e desafios -, bem como das novidades e novas apostas que A Seita prepara para 2024!

Devo dizer que o próximo ano será, certamente, um ano forte para a editora em termos de novas obras a lançar! 

Eis uma entrevista que não podem perder!



ENTREVISTA



1) A Seita tem vindo a afirmar-se como uma das editoras de banda desenhada mais importantes em Portugal e isso é ponto assente. Em poucos anos, cresceram de ano para ano ao nível do número de lançamentos e, imagino e espero, ao nível da faturação. No entanto, no início deste ano, quando falámos do plano editorial d' A Seita para 2023, foi deixada a ideia que a editora superaria os 30 livros lançados em 2022. Porém, e corrijam-me se os meus cálculos estiverem equivocados, até agora a editora só lançou cerca de 15 livros (exceptuando os da coleção BD Palop, que somam 7 títulos). A que se deveu esta disparidade entre o plano editorial e o número de obras que acabou por ser efetivamente editado?

Sim, de facto editámos muito menos livros este ano do que no ano passado, e mesmo considerando que ainda temos três lançamentos em Dezembro (Noir Burlesco #2 e os volumes um de duas novas séries de mangá, Gannibal e Butterfly Beast II), vamos acabar o ano com 17 livros publicados, e sim, também não meti os BD Palop nas contas, porque não estava incluído na previsão do ano passado, de certa maneira é um projecto à parte.

Na verdade, os melhores planos de qualquer editora podem ser perturbados por acontecimentos inesperados, e no nosso caso, tivemos um ano bastante atribulado com imprevistos. Em particular, o facto da FNAC ter passado muitos fornecedores de um regime de compras a firme para um regime de consignação, bem como um problema complicado que tivemos com o sistema electrónico de troca de documentos, levaram a que não só tivéssemos estado quase dois meses sem fornecer à FNAC, mas também recebemos uma devolução enorme, e basicamente isso significou que ficámos meses sem receber da FNAC para compensar essa devolução. Mas devo ressalvar que, no meio da confusão, a FNAC deu bastante apoio e inclusive se prestou a fazer pagamentos antes para ajudar.

Mas não foi só isso. Em Abril fomos informados pelo nosso operador de logística que ele ia encerrar as suas operações em Portugal e que tínhamos de esvaziar o armazém até finais de Junho... tivemos de arranjar novo operador de logística em menos de dois meses, proceder a transferências de stock - mais duas semanas sem poder vender! - e tivemos, claro, o custo dessa mudança, transporte de paletes, inserção em stock, etc... Por esses motivos todos, tomámos algumas decisões que nos custaram um bocado, nomeadamente adiar livros talvez menos comerciais, ou com custos de produção muito altos, para 2024.


Portanto, já sabes o nosso rol de problemas e as razões de termos o calendário de lançamentos e novidades completamente de pernas para o ar! Mas ao mesmo tempo, podemos dizer que foi um ano positivo: com bastantes menos lançamentos, a editora progrediu em termos de facturação, a nossa relação com alguns dos clientes melhorou muito, devo dizer por exemplo que a Wook tem estabelecido uma colaboração excelente connosco e que se tornou num dos nossos melhores clientes, tivemos uma participação verdadeiramente positiva em termos de vendas e actividades no Amadora BD, etc... No final, com muitas perturbações pelo meio, acho que podemos dizer que 2023 não foi um ano mau de todo. E a prová-lo estão outros acontecimentos que para nós, na editora, marcaram o ano: a entrada de alguns novos sócios, uma participação importante de vários sócios na organização do festival Maia BD, entre outras coisas. Esperamos um 2024 melhor!


2) Falando em obras concretas que tinham sido anunciadas, mas que acabaram por não ser editadas, como Blueberry - Amargura Apache, Nevada 3, A Fera 2, Macho Alfa 3, O Homem de Lugar Nenhum 2, Rainha dos Canibais 2, A Vida Oculta de Fernando Pessoa, ou Dom Quixote, é expectável que as mesmas sejam lançadas em 2024?

Sim, todos estão nos nossos planos. A questão do Blueberry do Blain e do Sfar está um pouco pendente de negociações com a editora francesa, porque estamos a ver se publicamos os dois volumes num só integral ou não, mas claro, o lançamento do volume 2 já foi adiado duas vezes...

Blueberry - Amargura Apache, de Joann Sfar e Christophe Blain


Relativamente aos álbuns de autores portugueses, o que podemos dizer é que o Macho Alfa 3 está totalmente desenhado e estamos a rever textos, etc... (aliás, o volume 4 também já está praticamente acabado de desenhar), mas falta acabar as cores, a coisa atrasou um pouco porque os autores estiveram envolvidos noutros projectos que lhes consumiram tempo, e o mesmo relativamente ao Homem de Lugar Nenhum, o Fábio Veras foi convidado a participar em comics da DC e isso atrasou o livro. A Rainha dos Canibais é que não chegou a estar previsto para tão cedo, o Miguel Rocha ainda tem de compilar as pranchas adicionais que fez e decidir como quer proceder.


Macho-Alfa #3, de Filipe Pina e Osvaldo Medina


O Homem de Lugar Nenhum #2, de Tiago Barros e Fábio Veras 

A Rainha dos Canibais #2, de Miguel Rocha


E o André Morgado, que é sócio d’A Seita está a trabalhar na nova edição do A Vida Oculta de Fernando Pessoa, mas lá está... foi contratado pela Levoir para escrever vários dos clássicos da Literatura que serão lançados em 2024, e o tempo é escasso!

A Vida Oculta de Fernando Pessoa, de André F. Morgado e Alexandre Leoni



3) Mesmo assim, houve espaço para que A Seita surpreendesse, anunciando o lançamento de mais duas novas séries de mangá: Made in Abyss e Gannibal. Eram séries cuja negociação já vinha a ser feita há bastante tempo e que só há pouco tempo se concretizaram? Nessa senda, poderemos esperar o lançamento de outras séries de mangá em 2024?

Sim, eram séries que já estavam faladas e apalavradas desde meados/finais de 2022, mas estas coisas com os agentes e editores japoneses levam tempo. E também representam um grande investimento, pelo que às vezes os timings são morosos. 

Novas séries? A verdade é que as já anunciadas, Gannibal, Butterfly Beast II e Made in Abyss representam um compromisso de uma quinzena de livros por ano, e ainda estamos a rodar a nossa capacidade de produção, pelo que diria que, salvo alguma oportunidade excepcional que surja de repente, não, embora possam surgir coisas mais pontuais.

Posso adiantar que temos uma mini-série de dois volumes já comprada, e que a seu tempo anunciaremos, mas são só dois livros, é um tipo de produção mais simples. Gostávamos também de fazer mais um ou outro mangá auto-contido, mas não há nada programado por enquanto.


4) Outra coisa surpreendente e, quanto a mim, muito positiva, foi a aposta no lançamento das Graphic MSP, através do lançamento da obra Turma da Mónica - Laços, que coincidiu com a vinda de Maurício de Sousa ao Amadora BD. É expectável que a aposta no lançamento de mais Graphic MSP venha a ser feita em 2024 por parte d' A Seita? Há já alguma(s) obra(s) assegurada(s) para o próximo ano?

Essa colecção tem vindo a ser falada no seio d’A Seita há muito tempo mesmo, muitos de nós somos grandes fãs, e inclusive chegaram a existir contactos com a Embaixada do Brasil no sentido de ver programas de apoio, isto mesmo antes de existir A Seita propriamente dita, etc... 

E esses livros fazem também parte de um universo de livros de BD para leitores mais jovens, um público que gostávamos de desenvolver. Isso e o facto de existir uma grande amizade entre mim e outros sócios d’A Seita, como o André Morgado, o João Miguel Lameiras, ou o Bruno Caetano e o João Antunes, e o Sidney Gusman, ajudou. 

Neste momento, o plano é concentrarmo-nos nos livros desta série da Turma propriamente dita criados pelo Vítor e pela Lu Cafaggi. Mais para a frente, e consoante as vendas corram, ampliaremos ou não o leque dos nossos interesses.


Turma da Mónica - Lições, de Vitor e Lu Cafaggi


Turma da Mónica - Lembranças, de Vitor e Lu Cafaggi



5) Algo digno de assinalar é que a editora avançou com a iniciativa BD Palop que, além de lançar autores oriundos de países de língua lusófona, como Moçambique, Angola ou Cabo Verde, também serve de ponto de contacto cultural entre o que se faz em banda desenhada nos países envolvidos. Como tem estado a ser aceite esta iniciativa? Há planos para que a mesma se mantenha em 2024?

O projecto BD Palop é um projecto que tem uma duração de três anos, ou seja, estes primeiros sete livros são apenas a primeira de três vagas de livros a publicar ao longo dos próximos anos. O projecto basicamente está articulado à volta de duas empresas principais, a Anima (ligada a marketing, web design, animação, etc...) em Moçambique, e a Comic Heart, um dos selos d’A Seita, com alguns parceiros adicionais: a BomComix em Angola, a Jovemtudo em Cabo Verde, e o estúdio Guará e a editora Faria e Silva no Brasil. 

A cada ano, apoiamos três duplas de autores em cada país: Angola, Cabo Verde e Moçambique, pagamos uma bolsa para se dedicarem à BD, damos formação e mentoria, em modo de acompanhamento constante. A ideia é que todos os anos saiam nove (9!) livros, 3 para cada país. Às vezes, os livros não chegam a tempo, e por isso é que só saíram sete livros em edições “físicas” este ano, os outros dois estão atrasados e serão disponibilizados em formato digital.

Assim, este ano podem adquirir os primeiros sete livros, para o ano.. espero que mais nove!


6) Os livros estão mais caros. É um facto. Pelo aumento do preço da matéria-prima – em especial, do papel – mas também por outros fatores. Sentes que isso, bem como a conjectura económica que vivemos, está a afetar as vendas da editora ou as pessoas continuam a fazer um esforço para comprar os livros?

Há muitos factores que contribuem para o aumento do preço dos livros. Desde logo, esse do aumento dos preços em termos de gráfica, matérias primas, transportes, etc... Mas a diminuição geral das tiragens também contribui para isso. Nós sentimos uma certa desaceleração, embora, como disse acima, as vendas em números totais não estejam más. É verdade que durante uns anos houve a percepção de que possivelmente valia a pena imprimir 1.400 ou 1.800 de certos títulos, e depois as vendas não acompanharam, pelo que as tiragens médias em Portugal devem ter levado um corte substancial em todas as editoras. Obviamente, todas as editoras têm um ou outro título que terá tiragens maiores, 2.000, 2.500 ou mais, mas pelo menos nós n’A Seita, e nas conversas que temos com outras editoras, sentimos que as tiragens médias de quase tudo em Portugal neste momento serão 800 a 1.200 exemplares. Claro que o que é distribuído com jornais, os projectos da ASA e da Levoir e assim por diante, têm tiragens maiores. E preços de vendas bem inferiores...

Por essas razões, acho que os preços não vão voltar a baixar. Seria necessário que pelo menos os preços das gráficas não subissem, ou baixassem um pouco, e que as tiragens aumentassem, o que pressupõe que as vendas aumentem, claro, o que é complicado quando se avizinha uma recessão e um período mais difícil em termos económicos.

E como me farto de dizer, os preços dos livros em Portugal são baratos para aquilo que deveriam ser para garantir que as editoras tivessem a capacidade de se capitalizarem e poderem trabalhar melhor, fazer investimentos, etc... Quando um livro custa 22€ em França, com uma tiragem de 10.000 exemplares, e custa 28€ em Portugal com uma tiragem de 1.200 exemplares, a diferença da tiragem, e o impacto dos custos fixos sobre a produção, fazem com que a margem por livro seja de certeza menor nos livros da editora portuguesa do que nos livros franceses, apesar do livro português custar muito mais.



7) O ano de 2023 ainda não terminou e estou ciente que os resultados das vendas dos livros acabam por só ser percebidos vários meses depois. De qualquer maneira, e tendo em conta a tua própria sensibilidade do mercado, que livro consideras ter sido o vosso campeão de vendas de 2023?

É difícil dizer assim no absoluto, sem números reais na mão, pelo simples facto de que alguns dos nossos principais lançamentos, e dos que em princípio serão mais “vendáveis” saíram mesmo no fim do ano. 

O que posso dizer é que claramente o mangá vende melhor, mesmo para títulos menos conhecidos ou comerciais, do que a maioria dos livros que editamos. Em parte, o preço pode ser uma influência grande, claro, mas O Preço da Desonra foi um dos nossos maiores sucessos este ano, e ficámos sem stock no armazém em menos de um mês, o que significa que vai ser um grande sucesso para nós, e é um livro mais caro do que o normal dos mangás. Para além disso, os livros que correram bem foram obviamente o Frankenstein do Georges Bess, cujas vendas não foram tão fortes como as do Drácula, mas que estão a ser óptimas, e já se tornou claro que O Grande Gatsby vai ser um sucesso também. E numa escala menor, porque os títulos de autores portugueses têm tiragens menores, mas (e como esperávamos) Umbigo do Mundo #2 será também um título bastante forte.



8) E em que livro é que as vendas ficaram aquém do esperado?

Nós editamos bastantes títulos que sabemos que levarão o seu tempo a vender, pelo que aqui foco-me nos livros que nós achamos que deveriam ter vendido mais, e que esperávamos que funcionassem melhor. 
O livro que ficou mais aquém do que esperávamos foi o Macbeth: Rei da Escócia.


9) Até ao final do ano 2023, ainda serão lançadas algumas novas obras? Quais?

Serão disponibilizados alguns títulos para venda directa e em livrarias especializadas (e possivelmente na Bertrand e Wook num caso), que apenas serão depois distribuídos em Janeiro. Sairá o segundo volume de Noir Burlesco, que conclui a saga policial dos anos 1950 de Marini, e os primeiros volumes de duas séries novas de mangá, Butterfly Beast II e Gannibal.


10) E que novas obras poderemos esperar para 2024?

Vamos passar alguns meses a tentar recuperar o nosso calendário de lançamentos, e estamos a preparar os lançamentos das várias séries que temos em curso: Nautilus #2 e #3, Nevada #3 e #4, A Fera #2.

Nautilus #2 - Mobilis in Mobile, de Mathieu Mariolle e Guénaël Grabowski


Nautilus #3, de Mathieu Mariolle e Guénaël Grabowski


Nevada #3 - Blue Canyon, de Duval, Pécau e Wilson


Nevada #4 - Jack London, de Duval, Pécau e Wilson


A Fera #2, de Zidrou e Frank Pé


Antecipamos também os títulos óbvios, que estão em discussão, mas cujos contratos ainda não estão acertados, mas que com toda a certeza iremos querer publicar. É o caso do novo “Lucky Luke visto por...” do autor Blutch, Os Indomado; do novo livro de Georges Bess, O Corcunda de Notre Dame; iremos continuar Thorgal, provavelmente lançando por agora um dos volumes de homenagem a Thorgal; teremos logo em Janeiro um novo Dylan Dog, o vol. 7, e já temos um Tex programado para a primeira parte do ano, etc...

Lucky Luke - Os Indomados, de Blutch


O Corcunda de Notre Dame, de Georges Bess


Thorgal - Adieu Aaricia, de Robin Recht e Gaétan Georges


Dylan Dog - Picada Mortal, de Ostini e Ripoli


E claro, outros livros que entretanto vão aparecer, bem como os mangás que já anunciámos Butterfly Beast II e Gannibal, com uma regularidade bimensal, e Made in Abyss, com uma regularidade trimestral. Temos já uma outra série pequena contratada, dois volumes para lançamento na primeira metade do ano, e possivelmente mais alguma coisa, em negociação.

Butterfly Beast II - Volume 1, de Yuka Nagate


Gannibal - Volume 1, de Masaaki Ninomiya


Made in Abyss - Volume 1, de Akihito Tsukushi


Quanto a livros de autores portugueses, e para além das continuações que já discutimos mais acima, temos uma série de livros em andamento, mas é difícil às vezes dizer exactamente o quê, porque o tempo de produção é complicado e estamos dependentes de ver o livro já perto do fim. 

Posso anunciar no entanto que teremos o segundo volume do Conversas de Banda Desenhada, da Carina Correia e do João Miguel Lameiras, com mais uma série de entrevistas a autores portugueses, provavelmente mais para a segunda metade do ano, e também um novo livro de João Mascarenhas, A Norte de Sul Nenhum, a partir de poemas de Fernando Cabrita, esse na primeira metade.


A Norte de Sul Nenhum, de Fernando Cabrita e João Mascarenhas


11) Embora a parceria entre a A Seita e a Arte de Autor tenha dado origem à recente edição das excelentes obras Emma G. Wildford e Lydie (todas com argumento de Zidrou), comparativamente com o ano passado, esta parceria foi menos frutífera em número total de lançamentos. E algumas das obras iniciadas pela parceria A Seita/Arte de Autor ainda estão incompletas como Noir Burlesco (lançaram um de dois tomos) e Nautilus (lançaram um de três tomos). Também tinha sido anunciado Naturezas Mortas e o muito aguardado Na Cabeça de Sherlock Holmes. Podemos esperar que todas estas obras sejam lançadas em 2024? E, além dessas, que outras novidades surgirão da parceria entre A Seita e a Arte de Autor em 2024?

Na verdade, tivemos o mesmo número de livros em parceria, três. 

Em 2022 foram Nautilus #1, O Cavaleiro do Unicórnio e Noir Burlesco #1. Este ano foram Lydie, Emma G. Wildford, e Noir Burlesco #2

Neste momento, já começámos a trabalhar nos dois livros que mencionaste, e que deverão ambos sair na primeira metade de 2024, e tal como referi acima, planeamos completar o Nautilus ao longo do ano de 2024.

Na Cabeça de Sherlock Holmes, de Lieron e Dahan


Naturezas Mortas, de Zidrou e Oriol


Mas podemos anunciar outro projecto que temos em parceria com a Arte de Autor, e que sairá com o selo Nona Literatura d’A Seita: iremos editar para o ano duas magníficas adaptações literárias, uma do Inferno de Dante, e a outra do D. Quixote de la Mancha, duas obras-primas do desenho a preto e branco, criadas por uma dupla de autores franceses, os irmãos gémeos Paul e Gaëtan Brizzi.


Inferno de Dante, de Paul e Gaëtan Brizzi


Dom Quixote de La Mancha, de Paul e Gaëtan Brizzi


Bom Natal e Boas Leituras a todos os fãs de BD, e do Vinheta 2020!

2 comentários:

  1. Confesso que A Seita foi a editora que mais esperanças me alimentou no sentido de apresentar um proposta de catálogo diferenciadora. Essa expectativa, infelizmente, não se concretizou. O que vemos aqui é uma continuação das linhas extremamente conservadoras dos seus competidores, nas temáticas, nos géneros, nas linhas gráficas. A ideia que fica é a de que as editoras nacionais compram nos mesmos lugares, procuram os mesmos autores e propostas gráficas e dali não saem. Salvam-se algumas propostas já, por demais, anunciadas (o Hugo sabe do que falo...) e o 2º volume da "Fera". Não deixa de ser irónico que a estreia nacional de um dos melhores autores de BD franceses, Blutch, seja feita através de uma obra contratada...Lucky Luke. Enfim...

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    1. Caro António. Não esqueçamos que, conforme mostram as razões apontadas na entrevista, A Seita teve um ano atípico em 2023 e, como tal, também procurará acompanhar alguns lançamentos que foram deixados em standby. Se isso pode ser menos "entusiasmante" para quem esperava novas obras, também revela comprometimento com os leitores que, certamente, quererão terminar séries.

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