Já aqui tinha feito menção a este título, mas volto hoje ao mesmo assunto para vos relembrar que a mais recente aposta d' A Seita no género mangá deu-se recentemente com o lançamento de O Preço da Desonra, de Hiroshi Hirata!
É um lançamento de peso, não só pela qualidade da obra, como também pelo facto de ser um volume com quase 400 páginas! E que marcou todo um género nas histórias de samurais.
Foi lançado no Amadora BD e já pode ser encontrado nas livrarias portuguesas.
Mais abaixo, deixo-vos com a nota de imprensa da editora e com algumas imagens promocionais.O Preço da Desonra, de Hiroshi Hirata
A promessa firmada com uma nota de dívida implica pôr a vida em jogo. Quem não cumpre a promessa, comete um acto sem perdão.
Japão, período Edo. Os clãs e os seus líderes disputam território e guerreiam por poder. No calor da batalha, guerreiros samurais evitam a morte a troco de quantias de dinheiro exorbitantes pagas aos seus executores. Ao longo de sete histórias, observamos Hanshiro, o implacável cobrador de dívidas, exigir que cumpram as suas promessas. Com um desenho magistral, Hirata mostra-nos como a glória e honra associadas aos códigos samurais caem por terra, revelando-se a corrupção, mentira e hipocrisia.
Assim como Akira Kurosawa imortalizou as histórias de samurais no cinema, Hirata deu-lhes realismo e grandeza no mangá.A Seita e a sua chancela de Mangá, a Ikigai (生きがい), tem a honra de apresentar, pela primeira vez em português de Portugal, um dos maiores mangakás da história da arte de banda desenhada, Hiroshi Hirata.
Trata-se de um ilustre desconhecido em terras lusas, mas com um peso na nona arte que iguala gigantes como Kazuo Koike e Goseki Kojima, os autores do seminal Lone Wolf & Cub, Sanpei Shirato, de Kamui-Den e mesmo Katsuhiro Otomo, do conhecido Akira.
A obra que vos trazemos é O Preço da Desonra, um verdadeiro tratado do que são histórias de samurais, que nada deve a outras artes e a outros mestres como Akira Kurosawa (Ran; Yojimbo).
Remete-nos para um dos mais importantes momentos da história do Japão, o período Edo, alvo de tanta curiosidade, não só pelos próprios japoneses, como também pelo resto do mundo.Samurais e ronins, e os poderosos chefes de clãs nobres e guerreiros do Japão da época do final das guerras, no início do século XVII, quando se inicia o período Edo, são algumas das imagens e nomes que mais ressoam em todos os entusiastas de literatura de guerra e de aventura. É neste ambiente que decorrem as histórias de Kubidai Hikiukenin, O Preço da Desonra, um dos mais famosos mangás ambientados num período histórico. E se a imaginação dos leitores se empolga com os feitos dos samurais, das batalhas e conflitos em que se regiam pelo bushido, a via do guerreiro, toda ela feita de honra e desprezo pela morte, o próprio título deste volume anuncia que as histórias aqui incluídas se afastam, e bem, dessas premissas: O Preço da Desonra. Porque é dos traços opostos aos do bushido que estas histórias tratam: do medo de morrer, de promessas de dinheiro a troco de ter a vida salva, da vergonha e da desonra que isso acarreta para aqueles que assinaram no campo de batalha essas notas promissórias...
É desse modo que Hanshiro, o cobrador de dívidas que vem reclamar esse dinheiro que comprou vida a troco de vergonha e desonra, funciona como um observador imparcial, mas sensível, da verdadeira realidade da vida dos samurais num dos períodos mais conturbados da história do Japão.
É desse modo que Hanshiro, o cobrador de dívidas que vem reclamar esse dinheiro que comprou vida a troco de vergonha e desonra, funciona como um observador imparcial, mas sensível, da verdadeira realidade da vida dos samurais num dos períodos mais conturbados da história do Japão.
A edição portuguesa conta ainda com dois posfácios, um pelo próprio Hiroshi Hirata, e outro por Pedro Bouça, entusiasta da BD e da cultura japonesa em geral e do mangá em particular.
O Preço da Desonra
Autor: Hiroshi Hirata
Editora: A Seita
Páginas: 396, a preto e branco
Encadernação: Capa mole
Formato: 15,5 x 22,6 cm
PVP: 22,99€
Sem comentários:
Enviar um comentário