segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Os VINHETAS D'OURO 2022 já mexem!


Aproximando-se o fim do ano 2022 aproxima-se também o início da preparação da próxima edição dos prémios VINHETAS D'OURO.

As engrenagens já estão a mexer-se e o início da preparação de aquela que será a terceira edição dos prémios de banda desenhada atribuídos pela crítica, já começou há algumas semanas.

Por agora é cedo para revelar grandes novidades mas posso adiantar já duas coisas.

A primeira é que o Painel de Jurados foi aumentado, o que fará com que este seja o maior painel de sempre nos VINHETAS D'OURO até agora. A segunda notícia é que teremos algumas novas categorias de prémios.

Por agora, é tudo. A seu tempo apresentarei os novos jurados e as novas categorias.

Fiquem atentos.

Um olhar sobre a Comic Con 2022

Um olhar sobre a Comic Con 2022

Um olhar sobre a Comic Con 2022
É só passados alguns dias do término da última edição da Comic Con que, à semelhança do que se passou no ano passado, teve lugar no Parque das Nações, no espaço Altice Arena, e que ocorreu entre 8 e 11 de Dezembro, que vos dou algumas notas sobre o evento.

Não farei considerações tão grandes como as que já fiz no ano passado - e que convido os leitores do Vinheta 2020 a (re)lerem - pois parece-me que, do ano passado para este ano, a estrutura do evento foi razoavelmente mantida da mesma forma. O "esqueleto" foi o mesmo, vá.

Parece-me que esta localização ainda é o melhor sítio para que este evento decorra convenientemente, embora não seja um espaço perfeito. Mas nenhum o seria, lá está.

Um olhar sobre a Comic Con 2022
Em termos de transporte, é difícil pensar num local em Portugal que esteja mais bem servido do que o Parque das Nações. Há comboio, metro, autocarros e bons acessos para quem vai de carro. Até há ciclovias para que alguns lisboetas possam ir de bicicleta. O estacionamento também não é um problema, embora seja difícil estacionar sem pagar preços avultados.

Este espaço também permite que a Comic Con seja um evento híbrido (que ocorre em espaço fechado e aberto, ao mesmo tempo), o que leva a que as atrações acabem por não ficar concentradas num só espaço - o que tem coisas boas e coisas más, naturalmente. Consequentemente, torna-se um pouco difícil circular pelo evento sem que acabemos perdidos, muito embora me pareça que, nesta última edição, tenha havido um esforço da organização em melhorar a sinalética do evento. Os acessos para deficientes - se existirem - parecem-me mal sinalizados e algo que tem mesmo que ser melhorado.

Um olhar sobre a Comic Con 2022
De resto, continuamos a ter o mega-auditório, um espaço de "ativações de marca", a área comercial, outros auditórios mais pequenos, a zona do gaming, a zona dos autógrafos dos autores de BD, a zona infantil e a Artist's Alley que, infelizmente, está longe de tudo e todos, carecendo de uma mudança de espaço urgente já para a próxima edição do evento. Desculpem mas ali, naquele sítio, não pode continuar. A título de curiosidade, posso dizer que encontrei neste Artists' Alley o autor Luís Louro, a autora Patrícia Costa e um espaço que vendia bd em segunda mão.


Um olhar sobre a Comic Con 2022
Por falar em vendas, este ano a área comercial mudou de sítio, passando da sala Tejo para uma tenda própria. Embora a tenda me tenha parecido algo pequena para tantos expositores, gostei que a mesma tivesse ligação direta para o pavilhão. Em caso de chuva - o que acabou por acontecer - isto possibilitava que os visitantes não tivessem que andar à chuva entre o espaço comercial e a Altice Arena. 

Mas, se isto foi bom, acho que também incrementou uma das principais mudanças face ao ano passado. É que, embora o evento tenha tentado ser híbrido na questão de ter coisas a acontecer dentro e fora do pavilhão, a verdade é que fora do mesmo pouco ou nada acontecia. O espaço exterior estava, assim, bem mais vazio do que no ano passado. Vazio de gente e vazio de atrações, entenda-se. Havia alguns espaços de restauração e uma tenda da FNAC que achei mesmo triste e isolada. Não acredito que os responsáveis de Marketing da FNAC estejam satisfeitos com a Comic Con este ano. E, se voltarem a participar no evento no próximo ano, estou certo que a Organização terá que tratar a empresa melhor.

Um olhar sobre a Comic Con 2022
Houve, como dizia, uma reajuste do espaço, colocando o espaço de merchandising numa tenda e trazendo o espaço de gaming para o local onde no ano passado estava o espaço comercial.

Não vou opinar muito mais sobre aquilo que não é BD na Comic Con. Vejo muitas críticas ao evento. Umas parecem-me legítimas. Outras, nem tanto.

No seu todo, e digo isto como crítica construtiva, o evento parece-me excessivamente caro para a oferta que tem. E quando falo em "oferta" falo naquilo que o evento tem para dar, efetivamente. Parece muito mas não é assim tanto. Só consigo lembrar-me de um evento mais superficial e "para a fotografia" do que a Comic Con: a Web Summit

Um olhar sobre a Comic Con 2022
E sei do que falo porque já participei por várias vezes em ambos os eventos. A Comic Con é, por isso, um bom exemplo de uma "mão cheia de nada". Parece que está carregada de milhentas coisas para fazer, de milhentas atividades, de um sem número de entretenimento... mas quando se olha com frieza para o todo que é este evento, fica claro uma de duas coisas: ou nós, sociedade, estamos a tornar-nos cada vez mais superficiais, apreciando coisas mais frívolas e que servem, apenas, para uma boa fotografia do instagram, ou então, são os próprios criadores de conteúdo e Organização que não se esforçam devidamente. Acho que era possível que a Organização fizesse mais e melhor em todas as áreas. Não vai ao fundo em nenhuma delas.

Um olhar sobre a Comic Con 2022
Não interpretem estas minhas palavras como arrogantes ou como de uma pessoa que se considera mais do que os outros ou de uma elite de qualquer coisa. Não. Nada disso. Acho que faz todo o sentido que haja um evento de cultura pop, tendo em conta a relevância que a mesma tem. Simplesmente, olhando para a Comic Con, fico com a ideia de que praticamente tudo é feito muito à superfície, sem aprofundar, sem ir mais longe.

No entanto, tenho algumas coisas boas para dizer sobre a Comic Con. Nomeadamente sobre a banda desenhada que será aquilo que mais interessa aos leitores do Vinheta 2020.

Um olhar sobre a Comic Con 2022
Em primeiro lugar, há que dizer que tivemos, mais uma vez, uma boa seleção de autores. Tivemos nomes relevantes como Miguelanxo Prado, Paco Roca, Joseph Homs, Mike Deodato Jr., Jean Bastide e Philippe Fenech (criadores de Ideiafix), Cary Nord, Wes Craig, Gene Ha, António Gonçalves e Joana Rosa. Uma oferta de autores bastante alargada e boa, diria, embora me pareça que também poderia ter sido dado mais destaque a mais autores nacionais.

Outra das coisas que, em termos de banda desenhada, melhorou face à edição do ano passado, foi que a zona de autógrafos foi retirada da barulhenta e confusa sala Tejo, onde estava no ano passado, e foi deslocada para um espaço mais recôndito. Bem, por um lado, retirou-se destaque à BD para o público mais generalista. Mas, por outro lado, permitiu-se que os autógrafos pudessem decorrer numa zona mais serena, onde dava para falar melhor com os autores. Portanto, acho que foi uma alteração para melhor. E, ainda por cima, este espaço dos autógrafos aproximou-se fisicamente do auditório onde decorriam as apresentações de banda desenhada, o que foi mais um ponto a favor.

Um olhar sobre a Comic Con 2022
Portanto, falando de banda desenhada, o que é que a Comic Con 2022 fez bem? Teve um bom cartaz de artistas presentes e boas apresentações. Ou seja, para os adeptos de autógrafos e para os adeptos das apresentações e entrevistas com os autores, a Comic Con cumpriu e bem.

No entanto, acho que deveria ter sido feito mais. E para não parecer que me estou a focar apenas numa opinião pessoal neste ponto, até me vou servir dos resultados obtidos nos BD Censos 2022, em que ficou claro que os autógrafos são a coisa que a maioria dos visitantes de um evento de BD menos valoriza. E aquilo que é mais procurado é a possibilidade de comprar banda desenhada, especialmente se for a um bom preço, e, claro as exposições de/sobre banda desenhada.

Um olhar sobre a Comic Con 2022
Ora, e é exatamente  aqui que a Comic Con falha. Não há qualquer exposição e não há muitos sítios para comprar banda desenhada. Sim, havia alguma BD na isolada tenda da FNAC, num stand da Leya, num stand da Wook e num stand da Panini Comics. Mas era uma oferta muito fraquinha e completamente dispersa. Acho que não seria complexo arranjar um espaço mais bem pensado para se vender a principal BD editada em Portugal.

E já quanto à área da exposição, onde já no ano passado eu tinha referido que era necessário criar um espaço de exposição no evento, lembro-me que foram várias as pessoas que me disseram que "num evento como a Comic Con não seria viável ter um espaço deste tipo". Bem, qual não foi o meu espanto quando, este ano, o espaço da Nickelodeon me deu razão e força à minha ideia. 

Um olhar sobre a Comic Con 2022
Este ano, a Nickelodeon criou um espaço de exposição com divertidas reinterpretações de obras clássicas da pintura com as personagens do Sponge Bob. Que tem isto a ver com o espaço de exposição da banda desenhada? Bem, permite perceber que, se dúvidas ainda houvesse, se a Organização quiser, dá para criar algo semelhante para a banda desenhada. Nem precisa de ser um espaço enorme. Quatro paredes, postes separadores de segurança entre o público e as obras et voilà, temos a Comic Con a fazer aquilo que a maioria do público mais quer num evento sobre BD. Não sou eu que o digo apenas, portanto.

Assim sendo, a minha sugestão para a área da banda desenhada no próximo ano.

Um olhar sobre a Comic Con 2022
A repetir:
1) manter um bom cartaz de autores, com boas sessões de apresentação e debate;

2) manter a zona de autógrafos no mesmo espaço (mas não permitir que os leitores apresentem mais do que 2 livros para autografar, o que infelizmente, não foi feito nesta edição)

A introduzir:
1) área de exposição de BD (se possível, junto à zona de autógrafos, onde este ano estava um espaço infantil que, esse sim, pode ser deslocado para outra localização). Isto não é nada de muito difícil para fazer. Se o Sponge Bob consegue, também devem conseguir as obras dos autores que cá vêm;

Um olhar sobre a Comic Con 2022

2) garantir que há mais banda desenhada a ser vendida no evento. Há muitas formas de fazer isto: não praticar preços tão elevados para lojas de BD; ter uma loja própria do evento que vende BD (como é feito no Festival de Beja); juntar num só sítio as lojas que vendem BD, etc. A forma de fazer isto caberá à Organização. Mas é bem possível fazê-lo.


Nota final: tive também o prazer enorme de ser o moderador da apresentação de Paco Roca. Era uma conversa que já estava planeada para ocorrer na edição passada mas que lamentavelmente, e devido a motivos de doença, Paco Roca teve que cancelar em 2021, não marcando presença nessa edição. 

Mas, felizmente, em 2022 isso foi reposto e posso dizer-vos que foi uma conversa memorável. Eu sou suspeito neste ponto pois fui eu que conduzi a entrevista. Mas o que foi especial não foi o que eu perguntei mas as respostas profundas e genuínas com que Paco Roca me brindou a mim e a todos os presentes nesta conversa. Como tal, só posso agradecer à Organização por este privilégio. Foi das conversas mais interessantes que já tive com um autor.

Um olhar sobre a Comic Con 2022


10 Livros de BD Portuguesa para oferecer no Natal 2022!


Bem sei que, há poucos dias, vos dei um Guia de Compras de Natal em que escolhi 3 livros para cada uma das principais editoras de banda desenhada em Portugal. 

Mesmo assim, e porque me parece óbvia a melhoria de qualidade que se tem registado na banda desenhada nacional durante os últimos anos, bem como é visível - convém não esquecer! - o reforço da aposta nos autores portugueses por parte de cada vez mais editoras portuguesas, acho que é merecido que vos apresente 10 livros que considero que são ótimas prendas para oferecer no Natal! Ou, se não para oferecer, para que os leitores do Vinheta 2020 comprem para si próprios.

Devo dizer que, se me foi fácil chegar a 5 ou 6 posições deste TOP 10, foi-me bastante difícil deixar algumas boas obras de fora. Mas, lá está, falar de todos os bons livros seria mais fácil. Como sei que o dinheiro não dá para tudo, deixo-vos com as minhas 10 recomendações de livros de BD nacional, lançados em 2022.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Guia de Compras de Natal 2022 - 3 Livros por Editora



Como já vem sendo tradição, por alturas do Natal preparo um Guia de Compras de Natal, relativo aos lançamentos de banda desenhada que as principais editoras portuguesas do género foram lançando ao longo do ano.

O ano 2022 foi rico no lançamento de boa banda desenhada e, por esse motivo, posso dizer-vos que não foi fácil fazer este Guia. Mas, lá está, podendo recomendar apenas 3 livros (ou séries) por editora, estas são as minhas recomendações para este natal.

A saber: não quer dizer que os livros que apresento abaixo sejam aqueles que considero os melhores livros de cada editora. São apenas 3 livros (ou séries) que foram lançados em 2022 e que considero excelentes compras por serem, a meu ver, excelentes adições a uma boa biblioteca de banda desenhada. Simplesmente, impus-me a regra de 3 livros/séries por editora. E, em alguns casos, foi difícil deixar de fora algumas obras de muita qualidade, acreditem.

Tentarei ainda, se a minha agenda o permitir, fazer nos próximos dias um guia de compras baseado apenas em banda desenhada portuguesa.

Deixo-vos, então, mais abaixo, o meu Guia de Compras de Natal para 2022.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Mais de 20 livros de BD para os mais jovens!

 


Não, de facto, as bandas desenhadas que coloco acima, na imagem, não são forçosamente para crianças. Muitas delas - como Diário de Um Ingénuo, por exemplo - até podem apontar para um público mais maduro.

Não obstante, considero pertinente fazer um apanhado de alguma da banda desenhada que li nos últimos dois anos e que, quanto a mim, pode ser uma boa porta de entrada na banda desenhada, por parte dos mais novos. Quando digo "mais novos" não me refiro apenas a crianças abaixo dos dez anos de idade. Refiro-me, também, a jovens com idades entre os 11 e os 17 anos.

É sabido que o público infanto-juvenil parece estar algo desligado da banda desenhada. Pelo menos, se compararmos o grau de ligação que havia há algumas décadas, quando a BD era escape e entretenimento para tantas crianças e jovens. Como eu, por exemplo.

Hoje, esses leitores que cresceram nos anos 70, 80 e 90 terão os seus 30, 40, 50, 60 anos e muitos continuam a ser adeptos do género, alimentando o mercado nacional. Porém - e isto é algo que me preocupa - as gerações mais novas parecem ocupar mais o seu tempo com outras atividades que não a banda desenhada, como a televisão, o cinema, os videojogos, os telemóveis, os tablets, as redes sociais e um sem número de outras coisas. Se há algum mal nisso? Nem por sombras! Longe de mim estar aqui a pregar sobre como hão-de os jovens ocupar o seu tempo. Não obstante, e porque sou um apaixonado e militante da banda desenhada enquanto arte, preocupa-me que a BD possa vir a perder cada vez mais relevância nas próximas décadas.

Portanto, acho que cabe às escolas e, principalmente, às famílias a promoção do género junto dos mais novos. E quando falo em escolas, até não me estou a referir concretamente ao contexto do programa educativo - se bem que também seria de louvar que algo fosse feito nesse cômputo. Se houver abertura das escolas em receber, por exemplo, ações de promoção por parte das editoras/autores ou, pelo menos, se se organizarem visitas de estudo a locais como os vários festivais de banda desenhada e eventos congéneres que se realizam por cá, isso já será muito positivo. 

Voltando a essas ações de promoção, posso dizer-vos que acredito (mesmo) que isto poderia ter um papel importante na promoção da BD junto das crianças. 

Dou-vos até um exemplo concreto e pessoal que, não sendo propriamente sobre a implantação de hábitos de leitura na minha pessoa, foi, ainda assim, um bom exemplo da implantação de hábitos de consumo na minha vida. 

Sou o filho mais novo de quatro irmãos. E os meus três irmãos nunca foram muito adeptos de comer cereais ao pequeno almoço. Comiam outro tipo de alimentos e, portanto, os meus pais não compravam cereais. E, portanto, foi só quando a Nestlé fez ações promocionais na minha escola primária - promovendo, ainda me lembro, os cereais Nesquick Cereais e Trio da Nestlé - e oferecendo, a todas as crianças, uma pequena amostra do produto que tive contacto com o produto. Depois de o levar para casa e provar, passei a ser consumidor para o resto da vida. Estão a ver? Se não fosse aquele primeiro contacto com um potencial público-alvo, eu não teria tomado contacto com o produto e não teria alterado os meus hábitos de consumo.

"E que tem isto que ver com banda desenhada", perguntam vocês? Bem, mesmo admitindo que mudar o consumo de cultura não será algo tão fácil como levar ao consumo de um produto que, ainda por cima, está carregado de açúcar, a verdade é que a banda desenhada é constituída por desenhos e desenhos são, por regra, apelativos para as crianças. Para mim, o problema não é que a BD não seja apelativa para os jovens. O problema é que não chegam até eles. E o preço, vá, mas isso é um outro assunto. Se os jovens não se interessam por BD é (também) porque a mesma não está a chegar verdadeiramente até junto das crianças. Ou, pelo menos, porque todas as outras coisas que roubam o interesse das crianças se estão a colocar no caminho entre elas e a BD.

Portanto, sim, acredito mesmo que é necessário uma intervenção ao nível das escolas para atrair crianças para a banda desenhada.

Mas, claro, para além disso, há algo que todos nós, individualmente podemos fazer e que poderá ter igual força junto dos mais novos: oferecer-lhes BD. Com o Natal à porta, diria que é a ocasião perfeita! Em vez de mais um carro telecomandado, uma boneca que diz olá em 3 línguas, mais um Lego ou mais um Playmobil, que tal oferecermos livros de banda desenhada?

Há para todos os gostos, se soubermos procurar. E como me parece que os diferentes meios de comunicação que falam de banda desenhada em Portugal (refiro-me a blogs, a vlogs, a páginas de instagram, etc) parecem não dar muita atenção à banda desenhada para um público mais jovem, decidi criar este artigo especial onde selecciono alguns títulos que me parecem uma boa forma de introduzir os mais novos à BD.

Bem sei que podia ser taxativo e dizer simplesmente: ofereçam os clássicos Astérix, Lucky Luke, Tintin e Spirou aos mais novos e o trabalho fica feito. E, lá está, não ficaria mal feito, diga-se.

Porém, e não descurando minimamente a enorme qualidade dos exemplos que referi acima, acho que talvez haja outros caminhos e propostas mais recentes que, devido à sua contemporaneidade, possam ser do agrado dos mais novos.

Por isso, aqui vamos nós.

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Análise: A Polaroid em Branco

A Polaroid em Branco, de Mário Freitas - Kingpin Books

A Polaroid em Branco, de Mário Freitas - Kingpin Books
A Polaroid em Branco, de Mário Freitas

Em outubro de 2022 história foi feita quando Mário Freitas, um conhecido autor e editor de banda desenhada da nossa praça, lançou A Polaroid em Branco, a primeira obra portuguesa feita através – ou com – Inteligência Artificial. E este é um daqueles casos em que, a priori, e independentemente do quão bom ou mau o livro pudesse ser, já representava algo histórico para a banda desenhada nacional.

E também por todo o debate que a Inteligência Artificial tem gerado nos últimos meses, é difícil falar de A Polaroid em Branco, fugindo a esse tema. São muitas as vozes que defendem cegamente a utilização da IA, mas também são muitas as vozes que defendem que a utilização deste tipo de tecnologias é em tudo menos ética, especialmente tendo em conta que, aparentemente, estes softwares recolheram o estilo de ilustração de muitos autores e o sintetizaram virtualmente. E quando alguém pede à máquina, através de um prompt, para criar determinada imagem, a máquina está a “roubar” os estilos de outros autores que não são remunerados por tal. A apropriar-se da arte de outrem, vá. No outro lado da barricada, os defensores da IA contra-argumentam que mesmo quando é o homem o desenhador, este também está, de forma consciente ou não, a apropriar-se de estilos e técnicas já perpetrados no tempo por outros autores.

A Polaroid em Branco, de Mário Freitas - Kingpin Books
Sou-vos sincero: ao contrário de muita gente que é "totalmente contra" ou "totalmente a favor", eu não tenho, ainda, uma opinião muito formada sobre o tema. Como é algo novo, tenho estado atento a todos os argumentos e acho que percebo as diferentes fações. Simplesmente, e por agora, é-me difícil ser totalmente a favor ou totalmente contra neste assunto. Tendo em conta que sou alguém que não sabe desenhar, gosto de olhar para a IA como uma ferramenta que me permitirá desenhar ou, pelo menos, chegar ao desenho que eu quero. Bem o sei, e neste livro, Mário Freitas refere-o, não é a máquina que faz tudo. Depois é preciso tratar as imagens, alterando-as a bel gosto do autor. A máquina não faz, por isso, a papinha toda.

Não obstante, e porque sou alguém que respeita a criação do autor original, também não sei se não será uma apropriação não ética da criação de outros autores. Preocupa-me que o criador original de algo não seja remunerado – ou, no mínimo, creditado ou bonificado – pela sua criação visto que, sem ele, essa criação não existira. Mas, dito isto, entra em cena a fação “pró-IA” e diz: “ah, mas nenhuma criação é totalmente original. Somos sempre influenciados por toda a envolvente e é humanamente impossível, creditarmos todas as nossas influências”. Pois, como vêem, o assunto dá pano para mangas.

Eu acredito que, se usado como ferramenta e tentando acautelar a criação dos autores humanos da melhor forma possível (não me perguntem qual), a IA pode ser algo muito positivo. Já quanto àquele argumento do “ah… mas isto vai tirar trabalho aos desenhadores”, não concordo tanto. Quanto a mim, estas máquinas representam apenas mais uma forma de fazer algo. Admito que a IA possa até fazer com que mais argumentistas se aventurem a fazer um livro de BD (ou ilustrado) que, de outra forma, não conseguiriam. Todavia, continuará a ser necessário o trabalho humano. 

Na música, as mesas de loops de ritmo também iriam acabar com os bateristas, não era? Ou os ProTools e as suas enormes bibliotecas de instrumentos em MIDI também iriam acabar com os instrumentistas não era? Também se dizia que os condutores da UBER iriam acabar com os taxistas e continuo a ver táxis em todo o lado, certo? As coisas novas geram sempre algum medo, mas daí a dizermos que uma tecnologia, ainda por cima artística, vai exterminar com uma profissão já existente… vai uma longa distância. 

Até porque o facto de uma tecnologia assegurar que eu consigo ter desenhos para ilustrar as minhas histórias, não pressupõe que, depois, os leitores as apreciem. A palavra final, em termos comerciais, cabe sempre ao mercado. E se, por ventura, os leitores preferirem ilustrações feitas por humanos, então essas serão mais apreciadas e valorizadas, comercialmente falando. Aliás, e tal como já escrevi anteriormente, continuo a achar que a grande razão da polémica pela utilização de ilustrações geradas por IA é o facto de o resultado final ser verdadeiramente impressionante. Estou certo que se a qualidade do output da IA não fosse tão boa, não haveria qualquer polémica.

Portanto, e como julgo ter deixado claro, ainda me é difícil ter uma opinião fechada sobre o tema. Pelo menos, para já.

A Polaroid em Branco, de Mário Freitas - Kingpin Books
E focando-me mais em A Polaroid em Branco, há que dizer que Mário Freitas merece, em primeiro lugar, o meu louvor pela tentativa, pela coragem e pelo passo em frente que deu, ao atirar-se para fora de pé e proporcionar-nos esta primeira BD feita com o auxílio da Inteligência Artificial.

Este é um curto livro de 16 páginas em que o autor nos convida a uma divagação narrativa – chamemos-lhe assim - de teor onírico sobre a procura de uma identidade e a tentativa de rutura com aquilo que é suposto ser, só porque é o pré-estabelecido. Aquilo que os outros esperam de nós e aquilo que nós mesmos queremos ser. É um bom mote, diria.

A partir daí, o autor leva-nos para um mundo abstrato, onde o bigode e a posterior ausência e procura pelo mesmo simbolizam esta tal sede de autoconhecimento e de identidade. Ao longo da caminhada do protagonista, surge uma peculiar e algo sinistra Fada dos Bigodes que, narrativamente falando, funciona bem, ao permitir ao protagonista interessantes diálogos e a presença de um metatexto naquilo que nos é dado, não só pela personagem principal como, e especialmente, pela própria Fada dos Bigodes.

Em termos de argumento, e sabendo de antemão que foram as experiências visuais de Mário Freitas que o levaram a construir, posteriormente, uma história que ligasse todos os pontos, acho que este A Polaroid em Branco encerra em si um belo exercício criativo. Logicamente, isto também faz com que, de certo modo, a história possa parecer algo "amarrada" e que navega ao sabor da corrente visual.

Talvez por isso, a história deste A Polaroid em Branco acabe por ser, e como o próprio autor o admite, no início do livro, um certo devaneio narrativo. O texto é bom e bem tecido, e está carregado de mensagens subliminares e vários piscares de olhos. Alguns deles, como algumas frases que parecem autobiográficas ou a referência a Tintin, são mais facilmente percetíveis. No entanto, há depois um conjunto de afirmações ou referências que, certamente, por serem mais abstratas ou menos lineares, servirão muito mais como capricho criativo do próprio autor do que como reais complementos à história que nos é dada.

Visualmente, temos a presença de todo um universo imagético que achei deveras interessante. Fica clara a inteligência do autor em ter sabido fazer uma história que pudesse navegar ao bom sabor, algo do fantástico e do abstrato, que as imagens nos passavam. A história encaixa bem nas imagens e as imagens encaixam bem na história, por assim dizer.

A Polaroid em Branco, de Mário Freitas - Kingpin Books
Em termos de desenho, podemos então dizer que o resultado é muito interessante. Estranho, mas no bom sentido da palavra. Estranhamente interessante ou interessantemente estranho. Há vários casos em que os bigodes parecem tão reais e palpáveis, que parecem feitos a partir de colagens, remetendo-me, por exemplo, para alguns trabalhos de Dave Mckean. Também em termos de cor, onde predominam os amarelos e os laranjas, a obra assume um tom bastante surrealista. 

Posso dizer que o grande desafio de utilizar um software de Inteligência Artificial para gerar uma história em banda desenhada será, sem sombra de dúvidas, o alcance – ou não – de um fio condutor imagético, isto é, que de umas imagens para outras fiquemos com a noção de que estamos a ler uma história com princípio, meio e fim, e com uma sequência constante em termos visuais. Acho que, bem vistas as coisas, Mário Freitas consegue com este A Polaroid em Branco, superar essa dificuldade maior.

É verdade que há alguns casos onde a arte visual talvez mude de forma mais abrupta do que aquilo que seria recomendável. Contudo, e como o autor teve a inteligência de escolher uma história do universo onírico e surrealista, acaba por ser mais fácil de aceitar esta certa heterogeneidade gráfica. Estes desenhos não serviriam para contar uma história mais mundana, mais terra-a-terra. Mas servem bem para navegarmos por este universo abstrato.

A Polaroid em Branco, de Mário Freitas - Kingpin Books
Mas se Mário Freitas consegue nesta obra um bom equilíbrio entre argumento e ilustrações oníricas, devo dizer que foi na forma como a obra foi planificada - e, com isto, refiro-me ao desenho das páginas - que me senti mais defraudado. Especialmente porque sei que o autor muito valoriza este tipo de questões. 

Explico: são muitas as páginas onde - inexplicavelmente, diria - Mário Freitas opta por não colocar divisões ou margens entre vinhetas e creio que isso faz com que haja uma menor orgânica entre as mesmas, ficando a parecer que as ilustrações foram ali coladas sem grande preocupação. No par de páginas em que a Fada dos Bigodes se dá a conhecer, o autor colocou (e bem) margens brancas entre as vinhetas. E é nestas duas páginas que o arranjo de página melhor funciona. Infelizmente o autor não o volta a fazer. E aquilo que mais temos são largas margens pretas verticais, mas sem margens entre vinhetas. Ou quando há divisão entre vinhetas, aparece apenas um fino traço preto. Faz com que tudo pareça muito “all over the place”, claustrofóbico e desarrumado. 

Conhecendo o autor como conheço, e a sua (bendita) preocupação com o detalhe, custa-me a crer que este desenho das páginas não tenha sido bem pensado por Mário Freitas. Talvez tenha sido um experimento seu ou talvez tenha pretendido passar algo ao leitor, que eu não fui capaz de alcançar. Seja como for, é a minha principal “queixa” em relação ao livro.

A Polaroid em Branco, de Mário Freitas - Kingpin Books
Em termos de edição, o livro apresenta capa mole com agrafos e um bom papel couchê. Convém dizer também que este é o livro que inaugura uma nova chancela do autor, intitulada Mário Breathes Comics. Aparentemente, o autor terá outras ideias de histórias curtas de banda desenhada para lançar nos próximos tempos. Que venham elas.

Ainda sobre a edição, posso dizer que achei curiosa a não tão breve explicação que o autor dá sobre a forma como usou a Inteligência Artificial nesta obra. Tendo em conta o processo pioneiro para o mercado português, acho que foi uma boa explicação mesmo que, de certa forma, o autor me parecesse estar a justificar-se. Não creio que o autor o tivesse que fazer. É legítimo - e digno de respeito - o trabalho do autor neste livro.

Em suma, acredito que este A Polaroid em Branco vale mais pelo statement que traz consigo e por ser um livro que, aconteça o que acontecer, ficará na história da banda desenhada portuguesa como a primeira BD ilustrada com o auxílio da IA. Aparte esse grande feito, é bom que o autor Mário Freitas, que andava meio afastado da criação enquanto argumentista, volte ao lançamento de novas histórias. Devido ao seu carácter experimental, não será um livro perfeito. Mas, tal como tudo aquilo que é pioneiro, traz consigo essa mesma valência de ser o primeiro em algo o que, certamente, influenciará novas tentativas de outros autores no futuro. Que assim seja.


NOTA FINAL (1/10):
7.0



Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020



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A Polaroid em Branco, de Mário Freitas - Kingpin Books

Ficha técnica
A Polaroid em Branco
Autor: Mário Freitas
Editora: Kingpin Books
Páginas: 16, a cores
Formato: 16,5 x 23,5 cms
Lançamento: Outubro de 2022

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Lançamento de uma obra que promete encher o olho!



Finalmente, a terceira aposta conjunta das editoras A Seita e Arte de Autor, para este final do ano é a obra O Cavaleiro do Unicórnio, um one shot dos autores Stéphane Piatzszek e Guillermo González Escalada.

Tal como em Nautilus, não conheço a obra original mas já pude constatar que em termos visuais, este O Cavaleiro do Unicórnio parece ser um álbum que enche o olho. Por esse motivo, estou bastante curioso para o ler.

Abaixo, deixo-vos com a sinopse da obra e com algumas imagens promocionais.


O Cavaleiro do Unicórnio, de Stéphane Piatzszek e Guillermo González Escalada

Temos também um one-shot, O Cavaleiro do Unicórnio, uma das mais belas BDs do ano, desenhado pelo lamentado Guillermo Escalada (recentemente falecido) e com argumento de Stéphane Piatzszek. 

1346, Crécy. 

Juan de la Heredia, cavaleiro da Ordem dos Hospitaleiros, veste com orgulho as cores do rei de França, neste dia sangrento, o da batalha de Crécy e do início da Guerra dos Cem Anos. 

Animado pela sua honra e pela sua fé, oferece ao rei de França o seu cavalo num momento de dificuldade, e despe a sua armadura, soltando a sua raiva num momento de fúria louca. 
A visão de um unicórnio parece salvá-lo de uma morte certa, mas irá assombrar a sua vida e animar uma demanda em busca da esperança, da paz e da redenção.


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Ficha técnica
O Cavaleiro do Unicórnio
Autores: Stéphane Piatzszek e Guillermo González Escalada
Editoras: A Seita e Arte de Autor
Páginas: 56, a cores
Encadernação: Capa dura
Formato: 210 x 285 mm
PVP: 17,95€

A nova série de BD Nautilus homenageia Júlio Verne e Rudyard Kipling!



Outra das outras novidades que as editoras Arte de Autor e A Seita têm reservadas para este final do ano é o lançamento da mini-série Nautilus!

Não conheço bem esta mini-série na sua versão original, cujo segundo álbum já foi editado, mas posso dizer que, desde que esta obra foi anunciada, há quase um ano, no Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja, que fiquei bastante empolgado com os belos desenhos. 

Esta é uma mini-série em três volumes e, mais abaixo, partilho a sinopse do primeiro tomo, bem como algumas imagens promocionais.

Nautilus #1 - O Teatro das Sombras, de Mathieu Mariolle e Guénaël Grabowski

E se Júlio Verne tivesse unido forças a Rudyard Kipling para escrever um James Bond ambientado no final do século 19…?

A sua sombra aterrorizou os oceanos e fez tremer nações inteiras durante anos. Génio científico, cego pela vontade de vingança e justiça, nunca quis ser conhecido de ninguém. Mas a posteridade gravou o seu nome: Nemo. E agora, perto da alvorada do século XX, chegou o momento da sua maior criação, o Nautilus, regressar à luz. Nautilus é uma série de aventuras em 3 volumes, em que os autores prestam homenagem a dois dos maiores autores do século 19, colocando em cena as suas personagens numa aventura tremenda.

Kimball O’Hara, o Kim do romance de Kipling, agora adulto e ao serviço da espionagem do Império Britânico, vê-se envolvido no Grande Jogo que opõe ingleses ao Império Russo, e é falsamente acusado de trair o Império. Para provar a sua inocência, só lhe resta ir em busca da única pessoa que o pode ajudar… o Capitão Nemo, e o seu submarino, o Nautilus, que lhe permitirá chegar ao segredo desta conspiração.

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Ficha técnica
Nautilus #1 - O Teatro das Sombras
Autores: Mathieu Mariolle e Guénaël Grabowski
Editoras: A Seita e Arte de Autor
Páginas: 68, a cores
Encadernação: Capa dura
PVP: 19,95€

Noir Burlesco, de Marini, acaba de ser lançado!



A Seita e a Arte de Autor, mesmo já bem perto do natal, ainda nos presenteiam com vários lançamentos, dos quais falarei durante o dia de hoje!

O primeiro deles é o muito aguardado Noir Burlesco, de Marini. Sou um confesso admirador do traço do autor. Em termos de argumento, nem sempre os seus livros me têm deixado totalmente satisfeito mas, no que concerne às ilustrações, este é um dos autores que me enche as medidas. Mas, como também adoro a temática noir, estou muito empolgado para ler este livro.

Noir Burlesco é um díptico cujo segundo e último volume foi originalmente lançado há cerca de um mês. Como tal, e esperando que as editoras A Seita e Arte de Autor não demorem muito tempo entre o lançamento do primeiro e do segundo volume, julgo que não faltará muito tempo para que possamos ter os dois volumes publicados por cá. O que é algo muito bom.

Mais abaixo, apresento-vos algumas imagens promocionais, bem como a nota de imprensa sobre a obra. 

Noir Burlesco, de Marini

Noir Burlesco (vol. 1 de 2) é o primeiro romance gráfico a solo de Marini, uma das maiores estrelas da BD europeia! O autor de Rapaces, O Escorpião, Águias de Roma e muito outros grandes sucessos faz aqui a sua grande homenagem ao cinema noir da Hollywood dos anos 50.

O regresso de uma das lendas da BD europeia ao mercado nacional: Marini mergulha num thriller noir ambientado nos anos 50, com os clichés típicos do género, mas distorcidos e revistos com uma surpreendente frescura, e claro, ilustrados com o traço maravilhoso de um autor conhecido pela sensualidade das mulheres que desenha e pela dureza das cenas de violência que descreve. 

Filadélfia, 1950. Um policial sombrio q.b., povoado de mulheres fatais e sensuais, em que o crime e a violência se alimentam do ciúme e da traição… 

O primeiro romance gráfico de Enrico Marini, uma obra-prima da banda desenhada, e uma homenagem perfeita ao filme noir americano.

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Ficha técnica
Noir Burlesco
Autor: Marini
Editoras: A Seita e Arte de Autor
Páginas: 104, a cores
Encadernação: Capa dura
Formato: 210 x 285 mm
PVP: 24,00€


sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

G. Floy vai editar o terceiro volume de Faithless!




É, também, na próxima quarta-feira, dia 14 de Dezembro, que é lançado pela G. Floy Studio o terceiro volume da série Faithless, dos autores Brian Azzarello e Maria Llovet.

Quer o volume 1 como o volume 2 da série já aqui foram analisadas no Vinheta 2020.

Mais abaixo, deixo-vos com a sinopse da obra e com algumas imagens promocionais.


Faithless #3, de Brian Azzarello e Maria Llovet
Faith e o diabo enfrentam-se neste último capítulo da série com grande carga erótica, o best-seller do New York Times de Brian Azzarello (Moonshine, Batman Maldito) e Maria Llovet (Luna, Heartbeat) sobre despertares sexuais e mágicos, e aqueles que são apanhados na mira do bem e do mal.

Depois dos quadros de Faith tomarem o mundo da arte de assalto, Faith desaparece tão depressa quanto apareceu, deixando um rasto de má-língua. Será que o seu desaparecimento é um golpe publicitário louco, um pedido de ajuda de uma artista inexperiente, ou outra coisa demasiadamente sinistra para se imaginar? Com Louis Thorn por detrás da sua catastrófica ascensão ao estrelato... quem sabe?

Reúne os números #1-6 de Faithless III.

“[Faithless III] continua a explorar a habilidade do homem de corromper o amor, acrescentando mais subtileza enquanto expande excepcionalmente as personagens.”
—Comics Bookcase

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Ficha técnica
Faithless #3
Autores: Brian Azzarello e Maria Llovet
Editora: G. Floy Studio
Páginas: 160, a cores
Encadernação: Capa dura
Formato: 18 x 27,5 cm
PVP: 22,00€

Segundo volume de A Velha Guarda prepara-se para ser lançado!




No próximo dia 14 de Dezembro, chegará às bancas e às livrarias especializadas e generalistas o novo volume de A Velha Guarda, dos autores Greg Rucka e Leandro Fernández.

Relembro que o primeiro volume, também lançado pela G. Floy Studio, já aqui foi analisado.

Mais abaixo, deixo-vos com a sinopse da obra e com algumas imagens promocionais.


A Velha Guarda - Livro Dois: Força Multiplicada, de Greg Rucka e Leandro Fernández
Greg Rucka, o escritor vencedor do prémio Eisner (Stumptown, Lazarus, Lois Lane) e o artista Leandro Fernández (American Carnage, Deadpool, Punisher: MAX) continuam a história de A VELHA GUARDA, agora um filme de enorme sucesso com Charlize Theron e KiKi Layne.

É uma história sobre o tempo, e a idade, e as idades, sobre a amizade e o amor, e o arrependimento. É a história de duas mulheres e três homens que não podem morrer. A maioria das vezes. Os seus nomes são Andy, Nicky, Joe, Booker e Nile. Durante imenso tempo, Andy estava sozinha. Depois Andy conheceu Noriko. Os outros apareceram mais tarde. E, depois, Noriko afogou-se -- ou assim pensavam eles. Nile juntou-se a eles. Booker deixou-os. E o sofrimento de Noriko deu-lhe uma visão bastante sombria da humanidade. É tudo demasiado para uma jovem imortal como Nile. Isto é o que acontece depois...
Reúne os números #1-5 de The Old Guard: Force Multiplied.

“A VELHA GUARDA mergulha no trauma duradouro da guerra através da experiência de personagens incapazes de parar de combater.”
- THE AV CLUB


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Ficha técnica
A Velha Guarda - Livro Dois: Força Multiplicada
Autores:  Greg Rucka e Leandro Fernández
Editora: G. Floy Studio
Páginas: 168, a cores
Encadernação: Capa dura
Formato: 18 x 27,5 cm
PVP: 24,00€