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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Uma Nota sobre o Amadora BD 2020




Uma Nota sobre o Amadora BD 2020

Está a decorrer, caso não tenham dado por isso (é possível), o Amadora BD - Festival de Banda Desenhada da Amadora. Este ano é um ano atípico a todos os níveis – bem o sei – e, por esse motivo, temos o festival a acontecer de forma virtual, com algumas conversas a sucederem de forma digital. 

Ora bem, podemos sempre dizer – e com alguma razão – que é melhor haver isto do que nada. A Organização poderia simplesmente ter cancelado a edição deste ano, tal como muitos outros eventos têm vindo a ser cancelados ao longo de 2020. Também podíamos dizer que organizar um evento destes, num formato tão diferente, é algo novo e sem precedentes por parte da Organização. Tudo isso é verdade. Estou de acordo.

Porém, olho para este evento com um certo sabor amargo pois parece-me que há pouco envolvimento da Organização para levar o Amadora BD a bom porto. Seja ele um porto "físico" ou "virtual". Porque mesmo tendo em conta todas as condicionantes que referi, é lamentável que os eventos sejam tão poucos, tão mal divulgados e tão pouco inspirados no seu cerne. A imagem do site, os materiais promocionais, a maneira como é feita a comunicação, a quantidade de conversas/entrevistas… é tudo muito fraco. Sinceramente, o Amadora BD deste ano parece-me um projeto de área-escola (ainda se usará este termo?) montado por um grupo de adolescentes do ensino secundário. 

E, tal como disse Saramago, “a oportunidade é como ferro: devemos batê-lo enquanto estiver quente”. É verdade que existem condicionantes para a organização do evento, mas também é verdade que existem oportunidades. E uma delas seria o convite de autores internacionais para as tais "conversas". Num ano em que, apesar de tudo, se lançaram tantas (e de tanta qualidade) obras em Portugal, nacionais ou internacionais, deveriam ter sido organizadas muito mais conversas com autores internacionais. Até porque se havia algo positivo é que não seria necessário gastar-se dinheiro com viagens e alojamento. Bastava contactar com antecedência os autores/editoras e, estou certo, isto seria possível. Se houvesse vontade, claro. São manifestamente insuficientes – não em qualidade, mas em número – as entrevistas propostas pela organização. Se não me enganei na contagem, apenas há 6(!) conversas/entrevistas e os dias do evento são 16! Ou seja, há mais dias em que não acontece nada do que dias em que acontece algo! 

Já para não falar nas editoras portuguesas e lojas de banda desenhada que, atravessando um período difícil, em que, devido ao confinamento a que a pandemia de covid-19 levou, tiveram que superar o problema das lojas estarem fechadas, se vêem relegadas para um plano mais que secundário por parte da Organização. Essas editoras e lojas que, ao longo dos anos, tiveram tanta responsabilidade e relevância para que o Festival tivesse sucesso e visitantes, pois muitas vezes eram os editores - e autores - que asseguravam as próprias exposições de vários espaços. Mais! Uma das principais causas de visita ao Amadora BD por parte dos visitantes, era o espaço de lojas que lá existia. Ora, mesmo não tendo uma existência física, bem que a Organização do evento poderia ter um espaço virtual, uma loja online que permitisse a compra dos livros por parte dos visitantes. Seria bom para os profissionais e para o público. Não era difícil, não era dispendioso e não demorava assim tanto tempo a fazer. Nem se dignaram a colocar links para os sites das editoras dos livros que estão a concurso! Ou, pelo menos, para as lojas que os vendem e que costumam marcar presença no evento. Incrível! 

E por falar em concurso. Este ano a Organização ainda teve a brilhante ideia de retirar algumas das categorias que faziam parte do concurso. Até 2018 existiam 11 categorias a concurso mas em 2020, optou-se por apenas se ter 6 categorias, deixando de fora categorias importantes e relevantes, quer para público, quer para autores. 

Ora, se tivermos em conta que não há prémio monetário para os vencedores, a Organização não lucra nada com a retirada destas categorias. E quem perde são os 1) autores e editores, que tinham nestes prémios a possibilidade de chegarem a um público maior e ganharem visibilidade; e 2) os leitores de banda desenhada e público em geral, que devido a estes prémios, poderiam conhecer novos autores e obras. Não se entende e não faz sentido. Será que há um vírus de preguiça a contagiar a Organização? 

Não é portanto de admirar que rapidamente tenha surgido uma petição online contra a Redução das categorias nos Prémios do Amadora BD. Naturalmente, já assinei a referida petição e convido todos os leitores do Vinheta 2020 a fazê-lo. 

E já nem vou tecer opiniões sobre a nomeação das obras Desvio e A Época das Rosas para os prémios de ilustração, quando são inequivocamente obras de banda desenhada. Enfim. 

Quanto tempo foi gasto no desenvolvimento da imagem do evento? 15 minutos? 

Quanto tempo foi gasto no desenvolvimento do website do evento? 2 horas? 

Quanto tempo foi gasto na preparação das conversas com os autores? 6 chamadas telefónicas de 5 minutos, convidando os autores? 

E ainda por cima, retiram categorias dos prémios? 

Como sou otimista, acho que é sempre preferível fazer do que não fazer… mas caramba! Pede-se mais. Há que fazer mais. A bandeira da promoção da banda desenhada por parte da Câmara Municipal da Amadora já é mais teórica do que, propriamente, prática. Termino com as palavras célebres do meu ídolo Elvis Presley: "A little less conversation, a little more action, please!". 



Abaixo, deixo os nomeados para os Prémios Nacionais de BD e Ilustração 2020




Banda Desenhada


Melhor Obra de BD de Autor Português 

Raizes - colectivo autores do The Lisbon Studio - A Seita 

Mindex - Fernando Dordio e Pedro Cruz - Kingpin Books 

Sentinel - Luís Louro - ASA 

Toutinegra - André Oliveira e Bernardo Majer - Edições Polvo 

Conversas com os putos e com os professores deles - Álvaro - Insónia 



Prémio Revelação 

Zé Nuno Fraga - Assembleia de Mulheres - A Seita 

Paulo J. Mendes - O Penteador - Escorpião Azul 

Jacky Filipe - “Relatividade”, antologia Apocryphus - Sci-Fi - Mighell Publishing 


João Gordinho - O Filho do Fuhrer - Escorpião Azul 




Melhor Obra Estrangeira de BD editada em Português 

Dois Irmãos - Fabio Moon e Gabriel Bá - G.Floy 

Criminal – Livro II - Ed Brubaker e Sean Philips - G.Floy 

O Homem que matou Lucky Luke - Mathieu Bohomme - A Seita 

Undertaker #1 - Xavier Dorison e Ralph Meyer - Ala dos Livros 

O Número 73304-23-4153-6-96-8 - Thomas Ott - Levoir 



Melhor Fanzine / Publicação Independente 

Tequila Shots - Cláudio Yuge e Juan Burgos - Comic Heart 

Apocryphus Sci-Fi - colectivo - Mighell Publishing 

H-alt #9 - colectivo - Sérgio Santos 







Ilustração 

Melhor Obra de Ilustrador Português 

Troca-Tintas - Gonçalo Viana 

O Protesto - Eduarda Lima 

Desvio - Bernardo P. Carvalho 

Fernão de Magalhães - O Homem Que Se Transformou em Planeta - António Jorge Gonçalves 

1.º Direito - Nicolau 



Melhor Obra de Ilustrador Estrangeiro 

Mvsevm - Javier Sáez Castán e Manuel Marsol 

Endireita-te - Rémi Courgeon 

Histórias da Mamã Ursa - Kitty Crowther 

HNHAM - Nuppita Pittman 

A Época das Rosas - Chloé Wary

Lançamento: A Solidão do Executivo




Amanhã chega às bancas o 11º volume da coleção de Novelas Gráficas da Levoir e do Jornal Público, intitulado A Solidão do Executivo, da autoria de Hernán Migoya e Bartolomé Seguí, dupla de quem a Levoir já publicou, em 2018, a obra Tatuagem.

Mas se olharmos apenas para Bartolomé Seguí, esta já é a sua quarta obra a figurar na coleção de novelas gráficas da Levoir, tendo sido lançadas, para além das duas obras supramencionadas, As Serpentes Cegas, com argumento de Felipe Cava Hernandez, e Histórias do Bairro, com argumento de Gabi Beltrán.

Fiquem com a nota de imprensa da editora e com as imagens promocionais.




A Solidão do Executivo, de Hernán Migoya e Bartolomé Seguí

O detective Pepe Carvalho, a personagem mais universal do escritor e jornalista Manuel Vázquez Montalbán, regressa à colecção Novela Gráfica com A Solidão do Executivo, em banca a 31 de Outubro.

Este romance inédito em Portugal foi adaptado por Hernán Migoya e ilustrado por Bartolomé Seguí, a dupla responsável por Tatuagem, que a Levoir e o Público editaram na colecção de 2018.

Neste novo caso, Carvalho terá de regressar à sua juventude como agente da CIA quando, numa viagem aos Estados Unidos, conheceu Antonio Jaumà, o responsável pela multinacional Petnay. 

Anos mais tarde Jaumà aparece morto em estranhas circunstâncias. Carvalho, contratado pela viúva para investigar o caso, vai descobrir que o que parecia um crime passional esconde algo muito mais sombrio e complexo.

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Ficha técnica
A Solidão do Executivo
Autores: Hernán Migoya e Bartolomé Seguí
Editora: Levoir
Páginas: 96, a cores
Encadernação: Capa dura
PVP: 10,90€


Análise: Homem-Grilo

Homem-Grilo, de Cadú Simões, Ricardo Marcelino e Alex Rodrigues - Flávio C. Almeida – FA


Homem-Grilo, de Cadú Simões, Ricardo Marcelino e Alex Rodrigues - Flávio C. Almeida – FA
Homem-Grilo, de Cadú Simões, Ricardo Marcelino e Alex Rodrigues 

Aqueles que são adeptos da banda desenhada independente, com todas as características clássicas inerentes que isso pressupõe, têm fortes probabilidades de gostar deste Homem-Grilo. Do projeto, em si. Afinal, este super-herói tem todos os ingredientes que uma publicação independente de banda desenha costuma ter. 

Diga-se que o Homem-Grilo, criado pelo brasileiro Cadú Simões, com desenhos de Ricardo Marcelino e Alex Rodrigues, já tem um período de vida assinalável. Na verdade, comemora 20 anos de existência. Começou no ano 2000 sendo, primeiramente, uma banda desenhada publicada na internet. Mais tarde, teria o seu primeiro lançamento em formato físico. Em Portugal, chegou-nos há umas semanas, pelo selo editorial independente Flávio C. Almeida – FA, numa edição que procura assinalar os 20 anos do herói. 

Homem-Grilo, de Cadú Simões, Ricardo Marcelino e Alex Rodrigues - Flávio C. Almeida – FA
Por detrás deste super-herói está a personagem Carlos Parducci, que era um jovem banal até que acabou mordido por um grilo radioativo, que lhe conferiu super-poderes. Começa então a combater o crime e a proteger os vulneráveis na sua terra natal, Osasco City. Onde é que já leram isto, certo? Os autores servem-se à vontade dos clichets das histórias dos super-heróis norte-americanos utilizando, com sátira, alguns dos momentos e frases que ficaram mais célebres no género, sendo que, possivelmente, os heróis mais visados são O Homem-Aranha, Batman, ou o Super-Homem, entre vários outros. 

E, reconheça-se, algumas piadas, mesmo sendo expectáveis, funcionam bastante bem, mantendo o leitor divertido. É uma obra que não se leva muito a sério e isso é um claro trunfo para que a mesma fique mais credível nos seus intentos. Como não parece passar de uma banda desenhada jocosa, ao invés de uma bd com pretensões narrativas mais elevadas, acaba por afirmar-se bem, com o seu registo light, e algumas das suas fraquezas acabam mais desculpáveis pelo registo de brincadeira que assume. 

Homem-Grilo, de Cadú Simões, Ricardo Marcelino e Alex Rodrigues - Flávio C. Almeida – FA
Em termos de arte, como há vários ilustradores ao serviço do Homem-Grilo, com uma parte da obra a ser ilustrada por Ricardo Marcelino e a outra por Alex Rodrigues – e onde até o próprio Flávio C. Almeida faz uma “perninha” no segundo capítulo-, o estilo de traço e acabamento das ilustrações sofre várias alterações ao longo do livro, o que, consequentemente, não contribui tanto para a homogeneidade e fluidez da obra. Mesmo assim, o estilo de traço mais presente é derivante do estilo comics, com algumas influências do mangá. Destaque positivo para a planificação de algumas páginas, com bastante dinamismo. Várias cenas de ação também estão muito bem ilustradas, mesmo que, várias vezes, se sinta que essas ilustrações mereciam mais algum polimento na arte final. Acredito também que, se em vez de ser a preto e branco, o livro fosse editado a cores, essas pranchas mais dinâmicas, ganhariam em qualidade. 

A ação da narrativa é rápida o que também é característico das obras clássicas de super-heróis. No entanto, a passagem entre sequências de ação nem sempre apresenta um bom seguimento, denotando-se uma certa falta de experiência dos autores na gestão sequencial do argumento. 

Homem-Grilo, de Cadú Simões, Ricardo Marcelino e Alex Rodrigues - Flávio C. Almeida – FA
Quanto à edição, se olharmos para este lançamento, comparando-o com os lançamentos das editoras profissionais, veremos que esta edição carece de algum profissionalismo no trato da obra. A qualidade da impressão e da encadernação do livro, não sendo má, também não é, propriamente boa. É aceitável. Mas lá está, como disse acima, isso é uma característica comum nas bandas desenhadas mais independentes e pode até ser algo que é apreciado por vários amantes deste tipo de bd mais indie, como referi no começo desta análise. 

Também em termos de revisão, me parece que os textos deveriam ter recebido mais cuidado na correção de erros ortográficos que, aqui e ali, povoam a obra. Se os custos de produção podem obrigar um editor independente a lançar uma obra com uma edição mais humilde, a questão da revisão do texto e da correção dos erros ortográficos já não é algo que acarrete, obrigatoriamente, custos monetários e, por esse motivo, é mais dificilmente desculpável. 

Não obstante o que referi, se olharmos para esta edição como uma edição independente e amadora – afinal de contas, estamos a falar de uma edição de autor – talvez alguns dos pequenos erros e imperfeições deste Homem-Grilo sejam mais aceitáveis. Se há bastantes coisas a melhorar em lançamentos futuros, também é verdade que considero que devemos saber acarinhar os autores e os editores mais independentes. Há que começar por algum lado, afinal de contas. 


NOTA FINAL (1/10): 
5.0 



Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020


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Homem-Grilo, de Cadú Simões, Ricardo Marcelino e Alex Rodrigues - Flávio C. Almeida – FA
Ficha técnica 
Homem-Grilo 
Autores: Cadú Simões, Ricardo Marcelino e Alex Rodrigues 
Editor: Flávio C. Almeida 
Páginas: 58, a preto e branco 
Encadernação: Capa mole 
Lançamento: Setembro de 2020

Lançamento: Striker Force 7 - Vol. 2



Cristiano Ronaldo até pode estar ausente dos relvados, no momento, mas volta a estar presente na banda desenhada Striker Force 7, da editora Oficina do Livro.

Este, que é o volume 2 da série, da autoria do próprio Cristiano Ronaldo, em parceria com Sharad Devarajan, Navin Miranda e Ashwin Pande, já se encontra nas livrarias portuguesas há alguns dias.

Fiquem com a sinopse da editora e imagens promocionais.

Striker Force 7 - Vol. 2, de Cristiano Ronaldo, Sharad Devarajan, Navin Miranda e Ashwin Pande 

O maior herói do desporto mundial é agora o próximo grande super-herói! 

Após a maior fuga de criminosos de sempre, liderada pela organização Cartão Vermelho, todos os supervilões andam à solta e com os seus superpoderes restaurados! 

A agência secreta Striker Force 7 tem como missão detê-los, mas, para isso, precisa da ajuda de alguém com agilidade, um poderoso remate e que saiba trabalhar em equipa. 

Só há uma opção: recrutar a superestrela do futebol mundial, Cristiano Ronaldo. 

Agora que a equipa está completa, tem as aptidões essenciais para proteger a Terra dos supervilões!

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Ficha técnica
Striker Force 7 - Vol. 2
Autores: Cristiano Ronaldo, Sharad Devarajan, Navin Miranda e Ashwin Pande 
Editora: Oficina do Livro
Páginas: 112, a cores
Encadernação: capa dura
PVP: 14,90€


Lançamento: Os Cinco - Voltam à Ilha e Os Contrabandistas

 


 


A série d'Os Cinco, publicada pela Oficina do Livro, recebeu nos últimos dias mais dois volumes: Os Cinco Voltam à IlhaOs Cinco e os Contrabandistas.
No total já são quatro os números que compõem esta série, mais destinada a um público juvenil.

Fiquem com as imagens promocionais e as notas de imprensa.


Os Cinco Voltam à Ilha, de Nataël e Béja
Neste verão, tudo corre mal. 

A mãe da Zé está doente e é a antipática senhora Stick que se encarrega da casa. 

Ela dificulta a vida ao Júlio, à Zé, ao David, à Ana e ao Tim, que decidem fugir de barco para se refugiarem no castelo da ilha de Kirrin. 

Mas os Cinco rapidamente se apercebem de que não estão sozinhos…






Os Cinco e os Contrabandistas, de Nataël e Béja
Para os Cinco, as férias da Páscoa começam mal: uma árvore caiu sobre o Casal Kirrin. 

O Júlio, a Zé, o David, a Ana e o Tim têm de se instalar no Monte dos Contrabandistas, junto à sinistra ilha do Desterro, onde acontecem coisas muito estranhas…









Fichas técnicas
Os Cinco vol. 3: Os Cinco Voltam à Ilha
Autores: Nataël e Béja
Adaptação da obra de Enid Blyton
Editora: Oficina do Livro
Páginas: 32, a cores
Encadernação: capa dura
PVP: 10,90€

Os Cinco vol. 4: Os Cinco e os Contrabandistas
Autores: Nataël e Béja
Adaptação da obra de Enid Blyton
Editora: Oficina do Livro
Páginas: 32, a cores
Encadernação: capa dura
PVP: 10,90€


quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Passatempo: Hoje Aconteceu-me Uma Coisa Brutal



GIVEAWAY / PASSATEMPO - Hoje Aconteceu-me Uma Coisa Brutal!!! 


O Vinheta 2020 tem um exemplar de Hoje Aconteceu-me Uma Coisa Brutal, de El Torres e Julián López, para te oferecer!


Para te habilitares a ganhar este livro só tens de seguir estas condições de participação.





Regras de participação:


1) seguir o Vinheta 2020 (Facebook ou Instagram);


2) colocar LIKE nesta publicação;


3) identificar 3 amigos nesta publicação;






Cada comentário que faças, dá direito a uma participação portanto, podes participar as vezes que quiseres, identificando amigos diferentes. Podes fazê-lo através do Facebook ou do Instagram.


Válido para Portugal Continental e Ilhas.


O vencedor será anunciado no dia 5 de Novembro!


Boa sorte!

Lançamento: 1984 - A Novela Gráfica




Já está disponível nas livrarias a adaptação para banda desenhada do clássico da literatura, 1984, da autoria de George Orwell. O autor desta obra é o brasileiro Fido Nesti e a edição portuguesa está a cargo da editora Alfaguara.

Tendo em conta que 1984 é um dos meus livros de literatura favoritos de sempre, estou com bastante expectativa em relação a esta banda desenhada.

Abaixo, fiquem com a nota da editora e imagens promocionais.


1984 - A Novela Gráfica, de Fido Nesti

A BD oficial da obra mais célebre de George Orwell, uma distopia absolutamente genial.

No ano 1984, Londres é uma cidade lúgubre, em que a Polícia do Pensamento vigia de forma asfixiante a vida dos cidadãos. O mais grave dos crimes é ter uma mente livre.

Winston Smith é um peão nesta engrenagem perversa e a sua função é reescrever a História para adaptá-la ao que o Partido considera a versão oficial dos feitos. É o que faz, até decidir questionar a verdade do sistema repressor. Na ânsia de liberdade e verdade, arrisca a vida, ao apaixonar-se por uma colega, a bela Julia, e rebelar-se contra o poder vigente.

Publicada originalmente em 1949, a obra mais poderosa de George Orwell é adaptada à banda desenhada, no traço do artista brasileiro Fido Nesti, que capta magistralmente os rostos, corpos e cenários de um mundo que, cada dia, é menos difícil de imaginar.

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Ficha técnica:
1984 - A Novela Gráfica
Autor: Fido Nesti (adaptado da obra de George Orwell)
Editora: Alfaguara
Páginas: 224, a cores
Encadernação: capa dura
PVP: 21,90€

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Análise: Karmen



Karmen, de Guillem March
 

A 10ª obra publicada na coleção de Novelas Gráficas da Levoir e do Público, é Karmen, da autoria de Guillem March. Não é a primeira vez que uma das obras deste autor aparece nesta coleção da editora portuguesa. Já na edição do ano passado, a Levoir lançou Monika que o autor maiorquino assinou em parceria com Thilde Barboni. Mas desta vez, com Karmen, Guillem March assegura argumento e ilustração. 

E digo, desde já, sem rodeios, que Karmen é um forte candidato a ser a melhor obra desta coleção! E é, também, uma das melhores obras de banda desenhada a serem lançadas em 2020, em Portugal. 

O tema desta história é o suicídio. É verdade que é um tema que já vai sendo bastante comum e presente na nossa sociedade, passando, também, para o universo das criações artísticas como filmes, livros, entre outros. No entanto, também é verdade que é um tema que, pela sensibilidade que, compreensivelmente, acarreta, acaba, muitas vezes, por receber um tratamento emotivo e melodramático que parece explorar mais a tristeza inerente ao suicídio do que ser, efetivamente, uma reflexão profunda sobre o tema. E nisso, este Karmen – também – se transcede! A forma como March decidiu abordar a temática do suicídio apresenta uma grande objetividade e inteligência, sem descurar um olhar sensível sobre o assunto. 

A história arranca com o suicídio de Catalina, que corta os seus pulsos na casa de banho do apartamento onde vive com a sua flatmate. Depois, aparece a personagem de Karmen que funciona como uma espécie de anjo da guarda, que pertence a uma sociedade(?) de seres que guiam os mortos para a sua nova vida, numa espécie de realidade paralela entre a vida e a morte. Um limbo. Sim, estamos a falar de reincarnação. Mas se os meus leitores, perante este tema, já começaram a franzir a testa, deixem-me acalmar-vos e dizer que, March é inteligente o suficiente para mergulhar de forma suave nestes temas. Não é uma obra que nos tente “evangelizar” com determinada(s) crença(s) acerca do pós-vida. A obra leva-se a sério, mas sem querer ter a pretensão de nos levar a acreditar em algo. O tema da religião está totalmente ausente. 

Karmen vai acompanhar Catalina mostrando-lhe como reagirão as pessoas que lhe são próximas, após tomarem conhecimento do seu suicídio. Devido a este acompanhamento de Catalina, por parte de Karmen, uma figura metafísica, julgo que é impossível não relembrar a obra-prima da literatura, Um Conto de Natal, de Charles Dickens, em que o velho Scrooge também é visitado por vários fantasmas ou espíritos que lhe permitem tomar conhecimento do passado, presente e futuro, levando-o a refletir sobre os seus actos. Mas é curioso – e inteligente – que o próprio March tenha feito alusão à obra de Dickens, colocando, logo de parte, eventuais comparações inflamadas. A auto-consciência dos autores quase sempre funciona a seu favor. 

A concepção, quer gráfica, quer narrativa, de Karmen está maravilhosa. A personagem tem cabelo cor-de-rosa, um rosto jovial, sarapintado de sardas, e o seu corpo permite visualizar o seu esqueleto. Em termos visuais é bastante impactante mas é na sua forma de enfant terrible de atuar, quebrando algumas das regras que lhe são impostas pelo grupo a que pertence, que a personagem ainda se torna mais memorável, remetendo-me para Harley Quinn, de Batman, e para a forma, aparentemente infantil e desprovida de inteligência que aparenta, inicialmente, ter. Já Catalina, que vive de amores por Xisco, é uma personagem igualmente interessante e que vai, ela mesma, fazer esta viagem ao fundo de si própria, para conhecer que coisas são essas que a levaram a tomar uma decisão tão drástica como acabar com a própria vida. 

Também a mim, esta questão do suicídio é um tema que me faz pensar muito. E acredito que, senão em todas as vezes, pelo menos, em muitas delas, quando as pessoas decidem terminar com a própria vida, acabam por tomar uma decisão – sem retorno! - de forma pouco pensada ou pouco racional em que, apenas o mau, o desagradável e o dissabor é tomado em linha de conta. No fundo, parece-me que a visão das pessoas está toldada pela negritude à sua volta e só conseguem vislumbrar esta saída. É triste e lamentável. Mas é uma condição humana, diria. E Guillem March, sem grandes moralismos mas aparentando, ainda assim, fazer desta obra um exemplo de apoio a pessoas que sofrem com tendências suicidas, procura, com Karmen, trazer luz, perspetiva e racionalidade à forma como olhamos para nós mesmos. Sinceramente, acho que esta obra fantástica deveria ser recomendada pelos profissionais que prestam apoio a cidadãos em vias de suicídio. É magnífica na história e na ideia que pretende passar. 

Mas, se até aqui, já temos um argumento inteligente, bem temperado com questões metafísicas mas querendo, também, ser uma história acessível e mundana, em termos gráficos, esta é uma obra de enorme fôlego artístico! 

A forma como March desenha é de loucos! E explico porquê o “de loucos”: a maneira como o autor utiliza os planos de câmara, isto é, o ponto de vista de observação, parece obedecer a uma regra: ser difícil! Ou seja, com planos picados e contra-picados, ou com efeitos fisheye, o objeto a ser desenhado torna-se muito mais difícil de desenhar, certo? E é isso que March faz. Opta pelas situações mais difíceis e executa-as de forma soberba. Um verdadeiro mago da ilustração. 

Devido ao meu background pessoal, em que sou músico nas horas vagas, a forma virtuosa como March ilustra, remete-me bastante para a música. Exemplificando: enquanto baterista, tendo algumas noções musicais, é relativamente simples acompanhar uma qualquer música, oferecendo-lhe percussão. No entanto, os melhores bateristas, aqueles que são mais virtuosos, conseguem, para além desse objetivo primordial de dar batimento a uma música, introduzir técnicas, nuances, alterações que enriquecem a música. E claro, quanto mais técnico for o baterista, mais desses pormenores colocará na sua prestação. Por vezes oiço alguns bateristas e penso: “Ui, que escolha arriscada que este baterista fez mas que conseguiu resolver de forma majestosa”. Pois bem, neste Karmen, esta sensação assaltou-me muitas e muitas vezes. Ao visualizar certos planos, certas perspetivas que March escolhia, tinha exatamente essa sensação: “Ui, que escolha arriscada que este ilustrador fez mas que conseguiu resolver de forma majestosa”. 

E não é apenas na escolha da posição dos pontos de vista que o autor é incrível. A concepção das personagens, a emoção nas suas caras, os cenários - sejam interiores ou exteriores, tudo está feito de forma exímia. E a planificação, com uma dinâmica vertiginosa, que consegue surpreender constantemente o leitor, é fantástica também. O facto de Catalina conseguir voar pelos céus, também foi mais um golpe de génio do autor, pois possibilitou que visualmente as situações criadas sejam de enorme fulgor, com a personagem a voar – ou a nadar pelos céus? - ao longo de Palma de Maiorca, local onde a história se desenrola. 

Mais uma coisa ainda. O poder que Catalina recebe de, quando toca numa pessoa viva, conseguir visualizar o percurso de vida dessa personagem, não só graficamente está feito de forma muito inspirada e original como, narrativamente, é mais uma forma inteligente e criativa de ter estas subplots que nos fazem mergulhar na história. Tudo muito bem feito e muito bem pensado! 

A edição da Levoir apresenta capa rija e papel fino de boa qualidade, tendo uma capa com uma ilustração muito apelativa, também. A editora portuguesa está de parabéns pela aposta nesta obra fantástica. Pelo preço mais que convidativo a que é lançada, chega a ser pecaminoso não a adquirir. É um dos melhores livros do ano. Não só da Levoir como da totalidade de livros de bd lançados em 2020, no mercado português. 
Muito recomendável! 


NOTA FINAL (1/10): 
9.3 


Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020


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Ficha técnica 
Karmen 
Autor: Guillem March 
Editora: Levoir 
Páginas: 168, a cores 
Encadernação: Capa dura 
Lançamento: Outubro de 2020

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Análise: Os Escorpiões do Deserto – Vol. 2

Os Escorpiões do Deserto – Vol. 2


Os Escorpiões do Deserto – Vol. 2
Os Escorpiões do Deserto – Vol. 2, de Hugo Pratt 

Falar da obra de banda desenhada de Hugo Pratt é como falar de poesia, aplicada a banda desenhada. Os seus locais. As suas personagens. O que dizem, o que pensam, o que fazem, faz da obra de Pratt algo único. Não dá para imitar a obra de Hugo Pratt... porque não se é Hugo Pratt. Hugo Pratt foi único. 

E embora o nome do autor esteja quase sempre a associado a Corto Maltese, a verdade é que a sua fantástica criação não se finda em Corto. E prova disto é a série Os Escorpiões do Deserto que, comemora 50 anos de existência e que, em boa hora, a editora Ala dos Livros resolveu publicar numa fantástica versão integral, a preto e branco. Este já é o segundo volume – de um total de três – e traz consigo as histórias Um Fortim em Dancália e Conversa Mundana em Moulhoule

A narrativa é ambientada em África, durante o período da Segunda Guerra Mundial, e mostra-nos várias individualidades, de fações diferentes, que procuram simplesmente sobreviver. Falar de heróis e vilões em Os Escorpiões do Deserto torna-se irrelevante porque Pratt vai bem além desse binómio de conteúdo. 

Os Escorpiões do Deserto – Vol. 2
Se há coisas onde existe uma forte e declarada dualidade é pois na bicromia claramente marcada a preto e branco, sem espaço para cinzentos. Porque, no que à história, às personagens - e suas pretensões - diz respeito, estamos numa grande grey area, como dizem os ingleses. O que até torna mais real esta história. Num contexto de guerra, aquilo que Hugo Pratt nos dá, são personagens em constante luta individual pela sua sobrevivência. Não é que tenham mau carácter, mas também não são personagens que procuram fazer o bem. Mais do que a intenção de moralismo, Pratt apenas pretende narrar, apresentar e retratar estas personagens que, segundo ele, quase todas tiveram existência real, tendo o autor travado conhecimento com as demais. E mesmo sendo no oficial polaco Koinsky que temos o protagonista desta saga, isso não quer dizer que a história seja construída à sua volta. Pelo contrário, até. Porque várias são as vezes onde Koinsky até assume uma posição secundária, face aos eventos decorrentes. E mesmo admitindo que Koinsky não consegue ter o carisma de Corto, considero que é uma personagem muito interessante também. Mas mais interessante do que ele é, consegue ser o Capitão Palchetti. Uma personagem inesquecível, muito cómica, com claros problemas do foro psicológico, que teima em cantarolar árias enquanto comanda soldados! 

Os Escorpiões do Deserto – Vol. 2
Também como em Corto Maltese, Os Escorpiões do Deserto apresentam várias personagens de proveniências geográficas diferentes, o que atribui um certo exotismo à obra, nas personalidades e gentes que vão aparecendo em ambas as histórias. Se na primeira história a narrativa parece caminhar para uma apoteose, marcada pela invasão do fortim, no segundo capítulo, Conversa Mundana em Moulhoule, é a paixão que várias personagens parecem nutrir por uma mulher que não é, sequer, dada a conhecer ao leitor, que povoa a narrativa, bem como a aparição marcante do Major Fanfulla. 

Do ponto de vista do estudo do trabalho de Pratt na ilustração, uma coisa que me parece verdadeiramente genial é a “racionalidade” do seu traço. Coisa de que raramente se fala. Se olharmos, por exemplo, para a forma como ilustra veículos, mais concretamente, os aviões que aparecem na primeira história deste Os Escorpiões do Deserto, verificaremos que o seu nível de detalhe na caracterização destes objetos é incrível. No entanto, muitas vezes o horizonte do deserto africano pode não ser mais do que um mero traço a preto. Ou as personagens podem ter uma caracterização muito menos detalhada na sua fisionomia e/ou expressões faciais. Porquê? Bem, a meu ver, esta característica de Pratt não será, certamente, por ausência de virtuosismo técnico ou capacidade de desenho mas sim, por opção estético-narrativa. Parece que o autor tem uma certa "economia" de tempo e trabalho na forma como desenha. Se o que interessa é sublinhar uma pequena coisa, então é essa pequena coisa que o autor sublinhará, simplificando toda a restante envolvente ilustrativa. Mesmo que isso implique ser minimalista, de vez em quando. Embora o autor seja famoso pela forma como aplica as aguarelas aos seus desenhos, acho que a sua arte funciona muito bem só a preto e branco. Parecendo até, mais “moderna”, se é que me faço entender. Por outras palavras, parece-me que a sua obra “envelhece” melhor a preto e branco, do que a cores. E já na série a preto e branco de Corto Maltese, que a editora Arte de Autor tem vindo a publicar, fico com a mesma ideia. 

Os Escorpiões do Deserto – Vol. 2
De facto, é quando nos salta à lembrança que, afinal, esta obra está a comemorar 50 anos de existência que o fascínio e admiração por Hugo Pratt mais se faz sentir. Aceito que me digam que alguns elementos na obra de Pratt, podem já acusar alguma idade e estarem obsoletos, como certos desenhos, certos planos utilizados e algumas expressões faciais. Mas, meus caros, isto foi feito há dezenas de anos! E tendo em conta esse pequeno – grande! - pormenor, estamos perante uma obra que era vanguardista e que abriu territórios inexplorados na banda desenhada. E, portanto, é compreensível que Hugo Pratt seja um nome incontornável da banda desenhada. 

Na minha opinião, parece-me que é nas cenas onde há mais ação que o trabalho de Pratt mais acusa a sua idade, pois nem sempre a sequência entre os planos de ação me parece tão bem conseguida. Quando aplicada aos standards de hoje em dia, claro está. Será nos diálogos – e nas coisas que ficam por dizer – e, também, nas cenas que colocam o leitor a pensar, onde a obra de Hugo Pratt menos parece envelhecer. Está como nova, na verdade. 

A edição da Ala dos Livros é uma maravilha. Tem uma capa magnífica, perfeita, com verniz aplicado na personagem de Koinsky. Daquelas capas que já são meio caminho andado para que um potencial interessado no livro o queira segurar nas mãos e adquiri-lo. O papel é de qualidade máxima, boa espessura e a dimensão do livro é em grande formato. Como extras, temos ilustrações de Pratt, a cores, e textos que contextualizam a obra de Pratt. Um livro impecável, muito bem preparado pela Ala dos Livros, e que se assume como totalmente recomendável para admiradores do autor. E não só, toda a gente deveria conhecer esta série Os Escorpiões do Deserto


NOTA FINAL (1/10): 
9.0 


Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020


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Os Escorpiões do Deserto – Vol. 2
Ficha técnica 
Os Escorpiões do Deserto - Obra Completa – Volume 2 
Autor: Hugo Pratt 
Editora: Ala dos Livros 
Páginas: 112 páginas, a preto e branco (incluindo algumas páginas a cores) 
Encadernação: Capa dura 
Lançamento: Setembro de 2020

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

TOP 15 – As Melhores BD’s portuguesas de sempre



TOP 15 – As Melhores BD’s portuguesas de sempre 

Ui! Este TOP não será certamente consensual. E ainda bem que assim é. Nem eu, nem ninguém, é dono da verdade e qualquer opinião, por mais conhecedora e formada que seja, é sempre passível de ser contrariada pelos demais. 

Vasculhando a minha biblioteca pessoal, e mesmo tendo noção de que a maioria dos meus livros é, compreensivelmente, de origem estrangeira, a verdade é que já li quase duas centenas de livros portugueses de banda desenhada. 

E, como tal, achei que faria sentido fazer este TOP 15. Desta vez, como a minha escolha era muita, não são 10, mas sim um lista com os 15 melhores. E até porque, quanto maior vai sendo a oferta no mercado, mais difícil se torna a escolha e, por esse motivo, mais importantes são estes TOPs para aqueles que estão indecisos em apostar em autores/livros novos. Claro que este TOP 15 deu-me imensas “dores de cabeça”, por ter que deixar de fora algumas coisas que também adoro. Obras como as de José Carlos Fernandes, Luís Louro ou muitos lançamentos da Escorpião Azul. E, também, obras como Jardim dos Espectros, O Baile, Assembleia das Mulheres ou Amadeo, por exemplo, quase entraram neste TOP. E já agora, Portugal, de Cyril Pedrosa, iria ocupar uma posição cimeira neste TOP, pois eu achava que ele tinha dupla nacionalidade portuguesa e francesa. Mas depois de investigar, verifiquei que eu estava equivocado e que o autor, embora filho de pais portugueses, é unicamente francês e, por uma questão de coerência, vi-me forçado a retirá-lo do TOP

Mesmo sendo um dos TOPs mais difíceis que já fiz, no derradeiro momento, a minha escolha é sempre efetuada com base nisto: se as minhas estantes de bd estivessem em chamas e eu só pudesse salvar 15 livros de bd portuguesa… quais seriam? 

Esses livros seriam estes: 

domingo, 25 de outubro de 2020

Lançamento: Lucky Luke - Um Cowboy no Negócio do Algodão



Já está disponível para compra o novo livro de Lucky Luke, que é lançado pelas Edições ASA e assinado pela dupla Achdé e Jul! 

Trata-se do volume Um Cowboy no Negócio do Algodão que tem a tarefa difícil de abordar, pela primeira vez, o tema da escravatura, adicionando-lhe, presumivelmente, uma boa dose de humor.

A expetativa é grande para este livro!

Fiquem com as imagens promocionais e nota da editora.


Lucky Luke - Um Cowboy no Negócio do Algodão, de Achdé e Jul

Um Cowboy no Negócio do Algodão é um álbum que vai ficar para a História. Ao abordarem pela primeira vez a temática da escravatura, Jul e Achdé oferecem um grande tema a um grande herói. 

Quando Lucky Luke trata a história dos Estados Unidos sem rodeios, isso resulta numa aventura tão divertida como profunda, que traz para o panorama da banda desenhada um álbum que fazia falta.

O nosso cowboy solitário herda uma imensa plantação de algodão na Luisiana! Acolhido pelos plantadores brancos como um dos seus, Lucky Luke vai ter de enfrentar vários obstáculos para redistribuir esta sua herança pelos quinteiros negros. 

Nesta luta contra os poderosos da região e contra a segregação racial, ele vai ser apoiado, contra todas as expetativas, pelos irmãos Dalton, cujo objetivo inicial todavia era eliminá-lo, e pelos Cajuns, os habitantes brancos do pântano, marginalizados à custa da prosperidade do Sul. 

Mas será apenas graças à ajuda de uma surpreendente figura do Faroeste que ele vai conseguir efetivamente repor a justiça: um herói de nome Bass Reeves, personagem real que entrou para a História como o primeiro Marshall adjunto negro nomeado a oeste do Mississípi, e um dos melhores «gatilhos» do seu tempo. 

Uma região, a Luisiana, até agora inexplorada pelo «cowboy que dispara mais rápido do que a própria sombra», uma história que gira em torno de uma amizade incomum e uma sólida base histórica que muito tem a ver com a atualidade: eis alguns dos inesperados ingredientes que dão corpo a esta nova aventura! 

Depois do sucesso de Um Cowboy em Paris, a dupla Jul e Achdé assina o seu terceiro álbum de Lucky Luke.

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Ficha técnica
Lucky Luke - Um Cowboy no Negócio do Algodão
Autores: Jul e Achdé
Editora: ASA
Páginas: 48, a cores
Encadernação: Capa dura
PVP: 10,90€

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Lançamento: Karmen




Amanhã chega às bancas a 10ª Novela Gráfica da Levoir e do Público. Trata-se da obra Karmen, de Guillem March, de quem a Levoir já publicou o interessante Monika, na passada edição das novelas gráficas.

Fiquem com a nota de imprensa e imagens promocionais.

Karmen, de Guillem March

A Novela Gráfica Karmen, de Guillem March, tem estreia marcada para o dia 24 de Outubro. Editada pela Levoir e pelo Público, surge no seguimento de Monika, de 2019.

O maiorquino March é um ilustrador consagrado, ligado à DC Comics e bem conhecido pelos seus trabalhos em Batman e Catwoman.

Em termos gráficos, trata-se de um livro notável.

Karmen tem cabelo cor-de-rosa, um rosto sardento e veste um maiô de esqueleto. 

Ela é um “anjo da guarda”, pertencente a um grupo de seres que guiam os mortos para a sua próxima vida. 

Enviada para acompanhar a jovem Catalina, a protagonista, que acabara de cortar os pulsos e se encontra entre a vida e a morte, Karmen vai mostrar-lhe a vida dos seus amigos e daqueles que ama, numa viagem alucinante.

Nesta fantasia moderna, Guillem March trata o suicídio, um assunto de difícil abordagem, de uma forma terna e não desprovido de humor.

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Ficha técnica
Karmen
Autor: Guillem March
Editora: Levoir
Páginas: 168, a cores
Encadernação: Capa dura
PVP: 10,90€