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terça-feira, 12 de março de 2024

VINHETAS D'OURO 2023 - O Rescaldo


Depois de mais uma Gala dos Prémios de Banda Desenhada VINHETAS D'OURO, é tempo de fazermos um breve rescaldo naquela que foi a iniciativa portuguesa do género que mais autores internacionais reuniu... de sempre! (Corrijam-me se estiver equivocado)

De facto, numa Gala em que procurámos manter uma certa continuidade face àquilo que tínhamos alcançado na Gala do ano passado, o grande feito deste ano deveu-se mesmo ao enorme contributo de autores de BD com renome internacional. 

Para isso, contou, não só que os autores internacionais vencedores tenham decidido participar na Gala, como também, claro está, que a personalidade homenageada no Prémio Carreira deste ano fosse a editora Maria José Magalhães Pereira, um dos nomes mais relevantes da banda desenhada em Portugal e, como ficou provado, bastante acarinhada por vários autores.

Os autores internacionais que participaram nesta Gala foram, portanto, Achdé (Lucky Luke), Alix Garin (Não Me Esqueças), Antonio Altarriba (Trilogia do Eu, A Arte de Voar, A Asa Quebrada), François Boucq (Bouncer, O Guardião, Little Tulip, New York Cannibals), Georges Bess (Drácula, Frankenstein, Juan Solo), Juan Cavia (Balada para Sophie, Dog Mendonça e Pizzaboy), Miguelanxo Prado (Ardalén, Traço de Giz, O Pacto da Letargia) e Vitor Cafaggi (Turma da Mónica - Laços). Sim, leram bem, todos estes autores participaram na Gala dos VINHETAS D'OURO 2023!!!

Em termos de autores nacionais, a Gala deste ano contou com as curiosas e originais contribuições de Álvaro (Porra... Voltei!), Filipe Melo (Balada para Sophie, Dog Mendonça e Pizzaboy), Joana Mosi (O Mangusto), Jorge Coelho (O Grande Gatsby) e Margarida Madeira (7 Senhoras).

Além disto, ainda pudemos contar com a participação de Teresa Pinto, filha do autor José Ruy, e de Sidney Gusman, um ilustre editor e jornalista brasileiro.

Se, quando iniciei estes Prémios, me dissessem que esta iniciativa iria ter este número de autores participantes tão importantes para a banda desenhada nacional e internacional, eu rir-me-ia dessas pessoas, recusando-me a acreditar nisso. Mas, enfim, parece que isso chegou mesmo a acontecer e que é, atualmente, uma realidade, incrementando a legitimidade e relevância dos VINHETAS D'OURO

Como tal, agradeço a todos os que se têm envolvido com os prémios: criadores de conteúdos de outros sites e plataformas, editores e autores. E, claro, obrigado a todos os leitores portugueses de BD que me têm dado os parabéns através de tantas mensagens, que me encheram o e-mail, o telefone e as caixas de mensagens!

Fico feliz porque, de facto, isto não é para mim... é para vós.

Aos que ainda não viram, não deixem de ver a Gala neste link.



Mas avancemos, mais abaixo, para quem foram os grandes vencedores dos VINHETAS D'OURO 2023!




OS VENCEDORES

Aproveito para dar os parabéns, não só a todos os nomeados e vencedores desta 4ª edição dos prémios, como também às obras que receberam Menções Honrosas.  

Fiquem a conhecer os vencedores para cada uma das categorias, aqui:


















Análise à Estatística dos Prémios

Este ano, a editora que arrecadou mais prémios foi A Seita que, em termos nacionais, venceu os três prémios para Melhor Obra Nacional, Melhor Argumento e Melhor Ilustração, com as obras O Mangusto, de Joana Mosi, que venceu as duas primeiras categorias referidas, e O Grande Gatsby, de Jorge Coelho, que arrecadou o prémio para Melhor Ilustração. Além disso, A Seita ainda venceu nas categorias de Melhor Capa, com Frankenstein, de Georges Bess, e na categoria de Melhor Obra Infanto-Juvenil, com Turma da Mónica - Laços, de Vitor e Lu Cafaggi.

Mas não foi apenas A Seita a grande vencedora da noite. A Ala dos Livros também o foi, ao ganhar os prémios para Melhor Editora, Melhor Edição (com A Passagem Impossível, de José Ruy) e Melhor Série de BD (com Mattéo, de Jean-Pierre Gibrat). Além de que, o Prémio Revelação, ao ser atribuído a Maria José Magalhães Pereira (que faz parte da Ala dos Livros) também foi mais uma distinção alcançada pela editora, podemos considerar.

2023 também foi um ano bom para a editora ASA que, pela primeira vez, ganha um VINHETA D'OURO. E fê-lo logo com um dos dois prémios mais desejados: o de Melhor Obra Estrangeira, que foi vencido por Alix Garin, com o seu Não Me Esqueças.

A Devir voltou a vencer na categoria de Melhor Mangá, desta feita, com Monster, do autor Naoki Urasawa.

A editora Companhia das Letras, do grupo Penguin Random House, venceu o seu primeiro VINHETA D'OURO, com a reedição de As Aventuras Completas de Dog Mendonça e Pizzaboy, de Filipe Melo e Juan Cavia.

Voltámos a apresentar a Hall of Fame dos prémios, com os números atualizados por esta quarta edição.

Em termos de autores nacionais, Luís Louro, que este ano acabou por não ganhar nenhum dos quatro prémios a que estava nomeado, continua a liderar a lista de Autores Nacionais mais premiados pelos VINHETAS D'OURO.




Em termos de editoras, o domínio continua distribuído por três editoras: Ala dos Livros, A Seita e Arte de Autor, que partilham números muito equilibrados a nível de prémios e nomeações alcançados ao longo destes quatro prémios VINHETAS D'OURO.


Termino, como no ano passado, dizendo duas palavras a todos os envolvidos: PARABÉNS e OBRIGADO.

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