Rubricas
quarta-feira, 31 de janeiro de 2024
VINHETAS D'OURO 2023 - Nomeados para Melhor Reedição de BD!
VINHETAS D'OURO 2023 - Nomeados para Melhor Edição de BD!
terça-feira, 30 de janeiro de 2024
VINHETAS D'OURO 2023 - Nomeados para Melhor BD Infanto-Juvenil!
VINHETAS D'OURO 2023 - Nomeados para Obra Revelação!
Hoje trago-vos os nomeados para mais duas das categorias dos Prémios de Banda Desenhada VINHETAS D'OURO 2023!
E começamos, por agora, pela categoria dedicada às Obras Revelação da Banda Desenhada Nacional!
São estas as quatro obras que, nesta edição dos prémios, disputam este relevante VINHETA D'OURO:
segunda-feira, 29 de janeiro de 2024
VINHETAS D'OURO 2023: Nomeados para Melhor Argumento de Autor Português!
Se de manhã anunciei as obras nomeadas a Melhor Ilustração de Autor Português, agora trago-vos os nomeados para Melhor Argumento de Autor Português!
Amanhã serão conhecidos os nomeados para outras categorias!
Por agora, deixo-vos, então, com os nomeados para a categoria que premeia o melhor argumento em banda desenhada de autor português, publicado no ano 2023, que são:
A Ala dos Livros vai lançar nova obra de Manu Larcenet!
Debaixo da chuva, da neve e do frio, dirigem-se para a costa sul, receando que hordas de selvagens canibais estejam a aterrorizar o que resta da humanidade.
Já estão escolhidos os nomeados para os VINHETAS D'OURO 2023!
Como tal, nos próximos dias partilharei os nomeados para cada uma das categorias a concurso!
E começamos por uma categoria bastante relevante: a MELHOR ILUSTRAÇÃO DE AUTOR PORTUGUÊS!
sexta-feira, 26 de janeiro de 2024
Análise: A Arte da Guerra - Uma Aventura de Blake e Mortimer em Nova Iorque
quinta-feira, 25 de janeiro de 2024
Análise: Estômago Animal e Espelho da Água
Iguana prepara-se para lançar a primeira BD de 2024!
Tempo - Em Busca da Felicidade Perdida, de Jorge Pinto, Evandro Renan e Talita Nozomi
quarta-feira, 24 de janeiro de 2024
Comparativo: Lydie pel' A Seita e Arte de Autor e pela Norma Editorial
E como não há duas sem três, esta semana ainda vos trago um terceiro comparativo entre edições da mesma obra de banda desenhada.
Desta vez, foco-me na edição portuguesa e na edição espanhola do livro Lydie, da autoria de Zidrou e Jordi Lafebre, do qual já falei aqui no Vinheta 2020. Aconselho, aliás, a (re)leitura desse artigo, onde dou conta do quanto a obra me tocou. Este é um lindo livro, onde a escrita e argumento de Zidrou são verdadeiramente inspirados e onde, mais uma vez, o trabalho de Jordi Lafebre impressiona. E não tenho nem uma dúvida de que Lydie merecia ser editado em Portugal!
Por esse motivo, e mesmo já tendo na minha coleção pessoal a versão espanhola da obra, pela Norma Editorial, foi com enorme satisfação que soube que este livro iria ser publicado em Portugal através da parceria formada pelas editoras A Seita e Arte de Autor.
Esta é, aliás, a primeira obra que Zidrou e Jordi Lafebre fizeram em colaboração, ainda antes da belíssima série Verões Felizes, por cá publicada também pela Arte de Autor.
Passarei agora, então, a analisar as diferenças entre as edições portuguesa e espanhola deste Lydie.
E, desta vez, por muito que eu tenha sempre um especial carinho pelas edições portuguesas em detrimento das edições estrangeiras - porque, caramba, mesmo que eu consiga ler bem em inglês, espanhol e, mais ou menos, em francês, prefiro sempre ler em português, a minha língua mãe e, portanto, aquela onde se consegue maior profundidade na real captação dos significados, por vezes, complexo das palavras e expressões - por uma questão de honestidade intelectual, tenho que dizer o óbvio: em quase todas as valências, a edição espanhola supera a edição portuguesa.
Até porque, convenhamos, eu tinha a versão especial espanhola, o que pode, por si só, desnivelar um pouco este comparativo.
Mesmo assim, também há algumas coisas na edição portuguesa que superam, quanto a mim, a edição espanhola.
Em primeiro lugar, as duas edições têm capas diferentes. E, neste ponto, a edição portuguesa vence facilmente. A capa portuguesa da obra é muito mais apelativa, não só em termos de ilustração como, até mesmo, ao nível do grafismo do arranjo gráfico. A capa portuguesa vende por si só... a capa espanhola, não. Portanto, neste ponto, tenho que dar os parabéns às duas editoras portuguesas.
Mas, olhando para as duas capas, há também uma outra coisa que salta à vista: o formato dos dois livros. A edição espanhola é substancialmente maior em relação à edição portuguesa. E, neste ponto, mantenho-me firme no que sempre digo: prefiro sempre que as edições tenham a dimensão maior possível (salvo raras e concretas exceções), embora também não ache que uns cms a mais, ou a menos, arruinem a experiência de leitura. Não é isso que me faz deixar de comprar uma edição. Portanto, preferindo a edição maior, também é verdade que não me sinto ultrajado pela edição relativamente mais pequena portuguesa.
Imagino que, como o plano das duas editoras portuguesas é lançarem uma coleção de obras de Zidrou, tenham tido a ideia de estandardizar as dimensões dos vários livros. Pelo menos, o Emma G. Wildford, já lançado pel' A Seita e pela Arte de Autor, tem a mesma dimensão deste Lydie. Portanto, goste-se ou não, pelo menos parece haver uma certa lógica nesta opção da dimensão dos livros.
Gorila Sentado lança novo volume de Sweet Wind!
Outros que aceitaram passar pela mesma experiência em troca de imortalidade. Neste segundo volume iremos aprofundar mais as suas memórias e de que forma ele se lembra do passado.
Já se conhecem os novos jurados dos VINHETAS D'OURO 2023!
Como já vai sendo uma tradição, com o início de cada ano temos o regresso dos prémios VINHETAS D'OURO, os únicos prémios de banda desenhada em Portugal que são escolhidos por um conjunto independente e heterogéneo de jurados que são criadores de conteúdos relacionados com banda desenhada. Os prémios da "crítica especializada", como muita gente já lhes chama, se quiserem.
Os VINHETAS D'OURO têm vindo a crescer, de ano para ano, conquistando o seu espaço e relevância junto do público nacional de banda desenhada.
A forma calorosa e participativa como os autores, nacionais e internacionais, têm acarinhado esta iniciativa, também tem sido especial.
Ao longo deste anos, já participaram nas Galas dos VINHETAS D' OURO autores incontornáveis da BD portuguesa como José Ruy, Luís Louro, Filipe Melo, Nuno Saraiva, Paulo J. Mendes, Joana Afonso e muitos outros. E, mesmo em termos de nomes internacionais, já participaram nestas Galas nomes incontornáveis da banda desenhada mundial como Régis Loisel, Zidrou, Alain Ayroles, Thierry Joor, Jordi Lafebre ou Jean-Louis Tripp. Coisa que me deixa muito feliz.
Quando comecei esta iniciativa, de forma meio tímida, nunca achei que a mesma crescesse a este nível.
Portanto, para a 4ª edição dos VINHETAS D'OURO, referente ao ano 2023, posso começar por vos dizer que já estamos a trabalhar na matéria há algumas semanas e que até já apurámos as obras nomeadas, que tentarei dar a conhecer ainda durante esta semana.
Para já, deixo-vos com uma informação referente aos jurados para esta nova edição dos prémios. Conseguimos assegurar o mesmo número de jurados do ano passado (17!), mas houve algumas alterações.
Saíram - por indisponibilidade - alguns jurados e entrou novo sangue, o que, quer parecer-me, é bom e positivo para que se assegure a tão desejada democratização das escolhas nestes prémios.
Sem mais demoras, apresento-vos, então, os jurados para os VINHETAS D'OURO 2023:
terça-feira, 23 de janeiro de 2024
Levoir lança nova obra de Keum Suk Gendry-Kim!
Um dia, conhece Ok Heedo, um pintor que tinha fugido do norte do país e que trabalhava em retratos encomendados pelos GI’s para alimentar a família. Kyung apaixona-se imediatamente por este homem tocada pela sua diferença e pelo seu talento. Acima de tudo, este amor ajuda-a a esquecer a terrível tragédia que acaba de atingir a sua família... Infelizmente, Ok Heedo é casado.
Comparativo: A Fórmula da Felicidade - Nova e Antiga Edição
Hoje é oportunidade para mais um comparativo entre diferentes edições para a mesma obra.
E, desta vez, trago-vos uma das minhas bandas desenhadas portuguesas preferidas de sempre: A Fórmula da Felicidade, de Nuno Duarte e Osvaldo Medina.
Lançado originalmente em 2009, depressa este trabalho absolutamente soberbo, se tornou um clássico da banda desenhada nacional, quanto a mim. Por essa altura, a obra foi lançada em dois volumes pela Kingpin Books. E é essa mesma Kingpin Books que, passada mais de uma década, volta a colocar no mercado esta obra que há muito se encontrava esgotada e virtualmente impossível de encontrar à venda.
Só por isso, já há mérito e sentido de oportunidade por parte da Kingpin Books. Há livros que, na minha opinião, e na medida do possível, devem estar sempre disponíveis no mercado. A Fórmula da Felicidade é um desses livros.
Já não o lia há muito tempo e, agora que voltei a ler este livro, posso dizer que a obra envelheceu muito bem e continua obrigatória. A escrita e argumento de Nuno Duarte continuam profundos e marcantes; e as ilustrações de Osvaldo Medina - que aqui nos dá, à boa maneira de Blacksad, um mundo com personagens antropomorfizadas - continuam um deleite para os olhos. Muito aprecio o trabalho de ambos os autores noutras das suas obras mas, a meu ver, esta continua a ser a melhor BD escrita por Nuno Duarte e a melhor BD desenhada por Osvaldo Medina. Já para não falar na própria premissa da história que é verdadeiramente inteligente e bem explanada por Nuno Duarte. Enfim, se estão a ler este artigo e não conhecem este livro, façam um favor a vós mesmos e vão comprá-lo... agora! Thank me later.
Olhando, então, para a nova edição, há bastante a dizer.
Em primeiro lugar, e já o referi, o facto de uma obra de referência que estava esgotada voltar a estar novamente disponível justifica, por si só, a existência desta reedição.
Mas há mais coisas boas para além disso. A obra que antigamente era formada por dois volumes, passou a estar disponível neste volume integral, que reúne os dois tomos e, adicionalmente, acrescentou-lhe uma nova história curta que serve como complemento à história principal e onde, novamente, a escrita de Nuno Duarte é um verdadeiro sopro de leveza e beleza. E, quanto a Osvaldo Medina, este volta a não desiludir.
Esta história adicional que se intitula "Era uma vez um Epílogo que era um Prólogo" contém 16 páginas e funciona como uma prequela da história ao permitir explorar melhor duas das personagens d' A Fórmula da Felicidade. É um extra muito bem-vindo e que acrescenta bastante à história.
Outra das novidades desta nova edição, é a nova capa que apresenta uma linda ilustração de Osvaldo Medina. Eu gostava das capas dos dois volumes originais, especialmente da capa do primeiro volume, mas acho que esta nova ilustração ainda é mais bonita e impactante. E é colorida com belas cores, também. E o próprio lettering utilizado para o título está inspirado, cativante e faz uma ponte clara para os temas matemáticos que encontramos na história. Esta nova capa é lindíssima!
Além disso, os livros originais tinham capa mole e esta nova reedição é em capa dura, o que atribui à obra o requinte que ela merece.
Tudo muito bem feito, portanto.
Se, no que mais importa, tudo foi feito para melhor, nos detalhes há algumas questões que, quanto a mim, poderiam ter sido feitas de uma outra forma.
O novo formato é mais pequeno do que o formato original. Não consigo perceber muito bem o porquê desta opção. Talvez tenha que ver com a tentativa de não encarecer os custos de produção ou de, comercialmente falando, tentar aproximar o livro do posicionamento mais de "novela gráfica" do que de "banda desenhada" - mas este tema daria pano para mangas e não me quero alargar muito nesta questão. Seja como for, lamento que o formato tenha sido reduzido, embora também não ache que seja algo que destrua o prazer da leitura.
A legendagem e as fonts escolhidas para o texto também sofreram alterações nesta nova edição. Na colocação das legendas e balões parece-me que a nova edição está mais bem feita e profissional. E parece-me também que a font utilizada nos balões de fala funciona melhor do que a font original. No entanto, na font das legendas utilizadas para os monólogos e narração de Victor, a personagem principal da obra, não apreciei tanto a nova font utilizada. Parece-me que a anterior trazia mais familiaridade e aconchego ao texto que nos era dado.
Também em termos de papel houve alterações. Passámos de um papel baço (mate) para um papel brilhante (couché). Não tem muito brilho, mas tem algum. Ora, bem sei que esta escolha do acabamento do papel é algo muito subjetivo. Mas devo dizer que prefiro o papel baço utilizado na versão original da obra que se coadunava bem mais ao estilo de traço e cores da obra em questão. Basta folhear um e outro livro e a sensação é inequívoca. Mas subjetiva, concedo.
Por fim, e imagino que isto aconteça por algum tipo de dificuldade em ter disponíveis (ou digitalizados) os ficheiros originais da obra, algumas das cores da nova versão da mesma parecem-me algo garridas e com saturação a mais. Mais uma vez, não é nada que belisque a qualidade da obra ou a fluidez da leitura, mas, lá está, tendo as duas versões em mãos, sente-se a diferença.
De resto, é pena o lapso na página 55 - que nos dá uma legenda em polaco em vez da mesma estar em português - e o estranho desaparecimento, na página 47, do quadro afixado na parede da casa de Victor que, miraculosamente, volta a aparecer na página 82 do livro.
Como nota final, acho que teria sido pertinente a inclusão de algum tipo de material de extras nesta edição, de forma a torná-la ainda mais definitiva, como esboços do autor (que no primeiro livro original até apareciam) e - porque não? - um texto de análise à obra ou alguma entrevista com os autores. Lamento ainda a ausência dos prefácios de Nuno Artur Silva e Filipe Homem da Fonseca que os volumes 1 e 2, respetivamente, continham. Mesmo não querendo repetir-se os mesmos textos para o prefácio, poder-se-ia ter criado um novo prefácio. A obra merecia-o.
No entanto, foi com satisfação que vi que, nesta nova versão da obra, as duas páginas com o estudo para a fórmula matemática da felicidade tenham sido mantidas. Como gostei da página com as biografias dos autores.
Em suma, e apesar de alguns pequenos detalhes que poderiam ter tornado a edição perfeita, volto ao que já disse no início: o simples facto desta nova edição de A Fórmula da Felicidade (re)colocar uma obra tão relevante como esta no mercado nacional, já é motivo de regozijo! Além disso, a inclusão de uma nova história curta - com real valor e não apenas com o objetivo de ser um mero filler - bem como a belíssima nova ilustração da capa e a opção pela capa dura, fazem desta edição um trabalho verdadeiramente meritório.
Deixando o tema da edição de lado, o importante a manter presente é o seguinte: se não conhecem esta obra ou se já ouviram falar dela mas não a leram... o meu conselho é muito simples: não deixem de a adquirir!