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sexta-feira, 19 de julho de 2024

TOP 20 - Mulheres Portuguesas Autoras de BD!


Começo com uma nota pessoal!

Gerir um blog verdadeiramente ativo - e não um daqueles que faz um post quando o rei faz anos - e, ao mesmo tempo, tentar que os conteúdos tenham qualidade e sentido crítico - e que não se resumam a meras publicações de press releases - não é tarefa fácil e exige muita perseverança e dedicação.

E serve esta primeira afirmação para dizer que não tenho conseguido fazer tantos artigos como os que desejaria. Para além da leitura de banda desenhada, também o trabalho, a família, o desporto e a música ocupam boa parte do meu tempo. E embora recentemente tenha estado a haver bastante atividade aqui no Vinheta 2020, com a publicação de novidades, antevisões e as análises que, bem sei, os visitantes deste espaço tanto valorizam, tenho falhado na publicação de um outro tipo de artigos que é muito agradecido pelos visitantes deste espaço: os TOPS temáticos.

Por isso, estou a tentar voltar à publicação de TOPS. Temas para esses TOPS é algo que não me falta... o que me falta é tempo. Mas tentarei, durante os próximos tempos, fazer um por semana. Ou de duas em duas semanas, vá.

Mas chega de conversa sobre mim ou sobre o Vinheta 2020

Hoje, para este regresso, trago-vos um tema que me é especialmente querido: o da presença das mulheres portuguesas na criação nacional de Banda Desenhada. De autoras de BD, portanto. 

Sendo a Banda Desenhada muitas vezes apelidada como algo "de homens" ou, pior ainda, "para homens", o que é certo é que talvez isso seja apenas e só mais um estereótipo sem correspondência na realidade, pois são muitas as mulheres que dão cartas na banda desenhada nacional. Como, aliás, este artigo o comprova. 

Melhor dizendo, e como nota pessoal, considero que as mulheres dão cartas em tudo aquilo em que quiserem dar cartas. Não são inferiores em nada. E para que possam dar cartas, apenas basta que a sociedade não lhes feche as portas. Porque se as oportunidades forem iguais, as mulheres ocuparão tão bem ou, em alguns casos, melhor esses espaços do que os homens.

Com efeito, temos muitas mulheres na Banda Desenhada nacional cujo trabalho é digno de nota e merece ser (re)conhecido.

Por isso, trago-vos hoje o meu TOP 20 - Mulheres Portuguesas Autoras de BD!

Já não devia ser necessário dizer isto, mas digo-o novamente: este - e qualquer outro TOP ou artigo de opinião deste espaço - reflete apenas e só as minhas escolhas, os meus gostos e as minhas opiniões. Não sou dono da verdade e não o almejo, sequer, ser. E, com vista ao debate, até incentivo toda a gente a participar, aqui ou nas redes sociais, partilhando também as suas escolhas, os seus gostos e as suas opiniões.

Ora, posto isto, eis, mais abaixo, o meu TOP 20 - Mulheres Portuguesas Autoras de BD. Não se tratam propriamente das únicas 20 autoras nacionais. Há outros nomes relevantes que poderia ter igualmente considerado, mas diria que as 20 autoras que vos trago são aquelas cuja obra mais valorizo ou, noutros casos, que considero serem jovens promessas para o género, mesmo que ainda não tenham muita obra editada.

Convém ainda dizer que, em vez de uma lista de 20 autoras, poderia ter feito uma lista com 15, 10 ou até 5 autoras, mas optei por fazê-la propositadamente extensa para que fique claro como são muitas as autoras relevantes e com potencial em Portugal. 


TOP 20 - Mulheres Portuguesas Autoras de BD



Alice Prestes


Alice Prestes é uma das autoras desta lista - mas não a única - com pouca prova dada ao nível de quantidade de obra editada. Na verdade, até só editou um livro e foi um "mini-livro" de 16 páginas, intitulado Vinil Rubro, que teve em Mário Freitas o argumentista da história. Mesmo assim, foi o suficiente para que o meu "radar de talento alheio" apitasse. Alice Prestes, enquanto ilustradora, parece vir mais da escola do design do que, propriamente, do universo da banda desenhada e, também por isso, é uma lufada de ar fresco e um talento a ter em conta. Encontra-se neste momento a preparar um novo livro com Mário Freitas. Mal posso esperar para que o mesmo veja a luz do dia!



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Amanda Baeza


Dividindo a nacionalidade entre Portugal e o Chile, Amanda Baeza é uma autora com um registo demarcadamente autoral em que a estética e o design gráfico assumem a relevância primária do registo visual, mesmo que a sua abordagem narrativa possa não ser para todo o tipo de públicos. Ainda assim, isso não invalida a qualidade e relevância do seu trabalho. E a sua obra Bruma, uma antologia que reúne algumas das suas histórias curtas, é um bom exemplo das potencialidades da autora. Refira-se também a antologia Zona de Desconforto - que acabou por ser premiada no Amadora BD - em que a autora também participou.



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Ana Pessoa


Ana Pessoa ainda só lançou dois livros de banda desenhada, mas cada um deles conquistou o seu lugar de relevância na BD nacional e, claro, conseguiu surpreender-me pela positiva. Primeiro foi Desvio que chegou mesmo a conquistar alguns prémios e nomeações -  quer nos Prémios de Banda Desenhada da Amadora, quer nos VINHETAS D'OURO - e, mais recentemente, Ana Pessoa lançou Mar Negro, outro excelente exemplo do que a banda desenhada portuguesa (também) pode ser. Ana Pessoa é argumentista e tem trabalhado com o ilustrador Bernardo P. Carvalho. O que me parece de excelente louvor, é que os esforços conjuntos de ambos os autores parecem trazer uma abordagem nova e moderna à banda desenhada nacional.



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Bárbara Lopes


Bárbara Lopes é, quanto a mim, uma das autoras mais "fugidias" da banda desenhada nacional. Quero com isto dizer que a autora é alguém de quem pouco se sabe e que, se aparece nos eventos de banda desenhada por cá organizados, nem se dá muito por ela. É, portanto, alguém muito low profile e de quem se escreve e fala pouco. No entanto, uma coisa é certa: sempre que leio uma história da sua autoria, fico extremamente agradado! É frequente que a autora publique histórias curtas em antologias como Umbra ou nas TLS Series. Todas essas suas histórias, sem exceção, e quer no argumento como no desenho, me agradaram e me fizeram desejar ler um livro de grande fôlego de Bárbara Lopes!



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Carla Rodrigues


Tenho um forte problema com Carla Rodrigues: é pouca - pelo menos para as minhas necessidades - a sua criação em Banda Desenhada que me chega às mãos. E digo isto por um motivo muito simples: sou um grande admirador do seu estilo muito "cartoonesco", com que é fácil de criar empatia. E, lá está, sempre que dei de caras com o seu trabalho numa história curta que apareceu numa ou outra antologia - estou a lembrar-me da antologia Casulo, de André de Oliveira, ou do mais recente volume de Ditirambos - fiquei sempre muito bem impressionado com este estilo tão próprio de Carla Rodrigues. Que tem, diga-se, um enorme potencial comercial que gostaria de ver publicado num livro de grande fôlego.



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Filipa Beleza


Filipa Beleza é apenas mais um bom exemplo de uma autora que começou por dar os seus primeiros passos numa outra variante que não a banda desenhada. No caso concreto, Filipa Beleza deu-se a conhecer com os livros de cartoons Somos (Mesmo) Uma Merda a Crescer e Entalados. Se o requinte, modernidade, personalidade e beleza dos seus desenhos foram, logo nessas obras, algo que saltou à vista, foi com o seu mais recente livro Amor, o primeiro livro de banda desenhada, propriamente dita da autora, que Filipa Beleza me deixou realmente impressionado com o seu talento para contar belas histórias e criar profundas e divertidas personagens. Considero-a uma das grandes revelações do ano no que à banda desenhada diz respeito!



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Inês Garcia


Inês Garcia é a autora da obra Sintra, com argumento de Tiago Cruz, que rápida e eficazmente apanhou muita gente desprevenida. E isso também justifica que já tenham sido publicadas diversas edições desse livro de maior fôlego de ambos os autores. Além disso, a Inês Garcia também já colaborou  noutras antologias, demonstrando o seu potencial. Se a sua obra tem orbitado no género do terror, a autora também é coordenadora do curso de banda desenhada do Museu Bordalo Pinheiro, o que revela o seu vasto conhecimento e experiência na criação de banda desenhada. Sei que, juntamente com Tiago Cruz, Inês Garcia tem vindo a trabalhar numa nova obra que espero que venha a ser lançada tão depressa quanto possível.



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Joana Afonso


São várias as "Joanas" que dão cartas na criação de banda desenhada em Portugal. Quatro, para ser mais exato. E começo por Joana Afonso que é a minha autora favorita de banda desenhada em Portugal! Isto, sem desprimor para todas as autoras desta lista, como é óbvio. Todas elas são boas, se não não figurariam nesta lista. A razão da minha enorme admiração por Joana Afonso é pelo seu estilo de desenho tão próprio e singular, que consegue ser comercial e autoral ao mesmo tempo. Não é um feito fácil! E, bem, já são muitos os livros relevantes da autora, como Living Will, O Baile, Auto da Barca do Inferno, Bestiário da Isa, Pedro e o Imperador, Zahna e Deixa-me Entrar. Neste momento, a autora encontra-se a trabalhar num dos álbuns dos Clássicos da Literatura Portuguesa em BD, da editora Levoir. Deverá sair em breve!



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Joana Estrela


Joana Estrela tem uma voz muito própria e que, juntamente com Ana Pessoa - que curiosamente é publicada pela mesma editora, a Planeta Tangerina - e Joana Mosi,  pode muito bem vir a constituir uma via de entrada na banda desenhada por aqueles que, especificamente, não têm por hábito a leitura de banda desenhada. Se é que tal feito já não foi conseguido! O estilo de ilustração de Joana Estrela é muito naïf e simples, mas as suas narrativas visuais e os seus enredos trazem uma sensação de frescura que é louvável. O seu último álbum, Gato Comum, deixou-me particularmente bem impressionado, se bem que também as obras Pardalita ou Miau! já haviam deixado boas notas. Julgo que Joana Estrela tem um futuro muito promissor enquanto autora de banda desenhada!



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Joana Mosi


Joana Mosi já tem um número generoso de trabalhos publicados e tem, quanto a mim, a valência de ser uma autora bastante eclética em termos de obra publicada. O seu mais recente trabalho O Mangusto foi objeto de críticas muito positivas - com as quais concordei, está claro - mas os seus livros Nem Todos os Cactos têm Picos, My Best Friend Lara ou Altemente também deixaram muito boas impressões. Joana Mosi é uma das grandes promessas da banda desenhada nacional. As suas narrativas são adultas, modernas na linguagem visual e contemporâneas nos temas que retratam e, por tudo isso junto, é uma autora a que todos nós, adeptos de banda desenhada, devemos dar atenção.



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Joana Rosa


Joana Rosa tem dado cartas como a autora da série The Mighty Gang. O seu estilo de ilustração é bem próximo do estilo que geralmente associamos ao mangá, e esta sua série tem todos os condimentos que o público apreciador de mangá juvenil normalmente aprecia. O que é uma boa notícia porque se o mangá está a crescer tanto - não só em Portugal, como no resto do mundo - parece-me pertinente que surjam autores nacionais com propostas para este ávido público. Esta é uma série em andamento e que deverá ser longa. Por agora, já foram publicados os primeiros dois volumes, estando Joana Rosa a trabalhar no próximo volume. Quanto a mim, reconheço muito talento e profissionalismo a esta autora!



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Kachisou


Já que estamos a falar de mangá, Kachisou também é um talento nacional a ter em conta neste subgénero visual. Na verdade, Kachisou, o pseudónimo de Cátia Costa, até já conquistou sucesso além fronteiras quando foi vencedora de vários prémios de mangá no Japão, portanto, o seu talento parece ser consensual. Além disso, a sua primeira obra de grande fôlego, Quero Voar, também deixou bons apontamentos! Aprecio especialmente o seu traço que, embora tenha forte inspiração no traço típico do mangá, consegue não ser uma mera reprodução do mesmo, tendo igualmente influências da banda desenhada europeia e americana.




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Margarida Madeira


Margarida Madeira chegou, viu e venceu! Sendo o seu percurso oriundo da animação, 7 Senhoras, lançado em 2023, deu-nos o seu primeiro trabalho na banda desenhada. E depois de lançado, logo a aclamação foi sentida por muitos, com o livro a ganhar vários prémios de revelação, quer nos Prémios de Banda Desenhada da Amadora, quer nos VINHETAS D'OURO. E não é de admirar, pois o seu livro de histórias curtas apresentou-nos uma contadora de histórias nata que sabe depois pontilhar as mesmas com belas e singulares ilustrações. Eu fui apenas mais uma das pessoas que se rendeu ao seu 7 Senhoras e posso dizer que espero que a autora volte a lançar mais obras de BD no futuro.



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Marta Teives


Marta Teives é dona de um traço muito belo e próprio que, carregado do chamado "signature style", é facilmente reconhecível. Embora a autora já tenha participado em várias antologias de banda desenhada - e sempre com um trabalho portador de selo de qualidade - foi com Pedro Vieira de Moura, na obra de maior fôlego conjunta intitulada Os Regressos, que se tornou ainda mais inequívoca a qualidade, beleza e charme das ilustrações de Marta Teives. Neste momento, a mesma dupla de autores encontra-se a trabalhar num novo trabalho que deverá sair pela editora Iguana, o que é ótima notícia para aqueles que, como eu, admiram o seu trabalho!



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Patrícia Costa

Patrícia Costa tem um percurso muito especial e original na produção de banda desenhada já que, a meu ver, é das autoras indie mais bem sucedidas por cá. E por "indie" entenda-se aquilo que a palavra quer mesmo dizer: ser-se independente. Fazer-se as coisa à própria maneira, sem ter editora. De forma errada, quer na música, quer na banda desenhada, muita gente utiliza esta palavra quando se quer referir a um registo mais autoral e menos comercial. Não, "indie" quer dizer, ser-se independente. E a série Crónicas de Enerelis foi originalmente lançada por Patrícia Costa através de duas campanhas bem sucedidas de crowdfunding. Os restantes volumes que, até à data deste artigo, são cinco, têm sido vendidos de forma direta pela autora, depois de conquistado o seu público. O que é algo digno de todos os louvores! O universo narrativo criado por Patrícia Costa é vasto e as suas ilustrações, de inspiração mangá, são muito belas. O sucesso da série não é, portanto, fruto do acaso, mas de muito trabalho, talento e dedicação!




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Raquel Costa

Sendo verdade que o trabalho de Raquel Costa tem estado mais visível na feitura de livros ilustrados, a verdade é que a autora (também) já demonstrou todo o seu potencial para a produção de banda desenhada nas antologias Ditirambos. Portanto, não me passa pela cabeça fazer um artigo com os talentos femininos na banda desenhada nacional e não incluir Raquel Costa! Digo muitas vezes - e até já tive a oportunidade de o dizer à autora - que desejo muito que ela venha a criar uma obra de grande fôlego de banda desenhada. Julgo que, quando isso acontecer, a obra abalará positivamente a banda desenhada nacional. Até lá, podemos contentar-nos com as suas histórias curtas com argumento de Nuno F. Cancelinha que foram publicadas em Ditirambos ou com o mais recente trabalho da autora, 25 Mulheres, que sendo um álbum de ilustração, é verdadeiramente lindo e obrigatório.



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Raquel Sem Interesse


A obra de Raquel Sem Interesse tem tudo menos falta de interesse! Até à data, a autora já publicou dois livros para a personagem baseada na sua pessoa. O primeiro livro, Vida de Adulta, foi um conjunto de gags humorísticos, enquanto que o segundo e mais recente livro, E Agora?, demonstrou uma autora que não perdeu o seu humor e tiradas divertidas, mas que também tem uma vertente mais séria e de storyteller, já que o livro nos fala do seu percurso pessoal e profissional de forma honesta e impactante. Acresce ainda que aprecio bastante o género descontraído e aparentemente rápido do traço da autora, em que as personagens são verdadeiramente expressivas. Facilmente fiquei a admirar o trabalho de Raquel Sem Interesse!



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Rita Alfaiate


Rita Alfaiate já não é uma das maiores promessas da banda desenhada nacional, pois é um talento consumado para qualquer leitor atento. Mesmo assim, ainda gosto de olhar para a autora enquanto promessa, pois parece-me que não há muitos limites para aquilo que Rita Alfaiate ainda poderá fazer. A autora é dona de uma técnica de ilustração verdadeiramente impressionante em que o traço é dinâmico e expressivo e a utilização de cores é magnífica. Tem também o condão de parecer estar a melhorar de livro para livro. O seu O Caderno da Tangerina já era bom, mas o seu mais recente trabalho, Neon, deixou-me totalmente conquistado! Portanto, é das minhas autoras portuguesas favoritas e posso dizer que estou muito curioso com o seu novo trabalho que será uma adaptação de um clássico da literatura portuguesa, em parceria com Carina Correia, publicado pela Levoir.



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Sofia Neto


Sofia Neto é um autora com uma longa e vasta experiência na produção de histórias curtas que têm saído em antologias de banda desenhada. O seu estilo de ilustração tem-se revelado bastante eclético, com a autora a revelar ter um estilo experimental que é rico e que procura não se repetir muito a si mesmo. Coisa que é digna de valor. Se as suas contribuições para antologias apresentam quase sempre boas ideias, a sua obra de grande fôlego Cicatriz deu-nos um autora completa, com uma força narrativa bastante impactante. Deixou-me a desejar por mais. E espero, portanto, que a autora regresse ao lançamento de obras de maior fôlego!



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Susa Monteiro


Susa Monteiro é um autora cujas ilustrações são belas e de um registo poético e ímpar! Normalmente, é a ilustradora das belas imagens do Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja. Além disso, também participou em várias antologias de banda desenhada e livros ilustrados. Mas foi com Mensagem, de Fernando Pessoa, adaptada por si e por Pedro Vieira de Moura, que tivemos uma prova mais concreta e física, em álbum, do talento e singularidade das ilustrações de Susa Monteiro. Quanto a mim, este livro foi uma prova de algo muito simples: precisamos de mais livros de banda desenhada de Susa Monteiro!


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