Já não há dúvidas para ninguém que o ano de 2023 será um ano de regresso (a sério) por parte da editora Levoir! E quando digo "a sério", admito que ainda não sei se será um ano que estará ao nível dos anos com maior fluxo editorial por parte da Levoir. Ainda assim, e pelo menos face aos últimos 3 anos, parece óbvio que este é um ano de regresso. A sério.
Senão vejamos:
A editora tem continuado o trabalho encetado na Coleção dos Clássicos da Literatura. Desta coleção, merece especial destaque o livro Auto da Barca do Inferno, que foi hoje lançado, e cuja adaptação para banda desenhada da obra original de Gil Vicente, é feita pelos autores portugueses João Miguel Lameiras e Joana Afonso.
Recentemente, a Levoir também lançou, de forma avulsa, o álbum Destemidas - Mulheres que só fazem o que Querem - Vol. 2, de Pénelope Bagieu.
A editora também surpreendeu muita gente quando anunciou que vai lançar uma série de mangá com 44(!) volumes - As Gotas de Deus, da autoria de Tadashi Agi e Shu Okimoto.
Para além disso, e ainda no mangá, a editora já lançou Os Três Mosqueteiros, de Néjib e Cédric Tchao, e lança, exatamente neste dia, 4Life - Crepúsculo I, de Antoine Dole e Vinhnyu.
Mais recentemente, falei aqui do lançamento de uma das obras que, quanto a mim, é um dos lançamentos do ano. Falo de Moby Dick, de Chabouté, que a editora lançará em dois volumes na sua coleção de Novelas Gráficas que regressa este ano. Sim, o regresso desta coleção é também uma das grandes notícias do ano! É que a coleção de Novelas Gráficas da Levoir é, e não me canso de o repetir, "o acontecimento editorial mais relevante no mercado nacional da banda desenhada".
Face a isto, e regressando ao tema principal deste breve artigo, a editora já anunciou mais duas obras. Uma delas é Alexandra Kim, a Siberiana, de Keum Suk Gendry-Kim. Da mesma autora, a editora deverá lançar, de forma avulsa a obra L' Arbre Nu.
Para além destas duas obras, que estão referenciadas como sendo de qualidade - embora eu tenha que assumir que ainda não as li - a Levoir anunciou ontem mais um livro, que será a adaptação para BD, por parte dos autores Matteo Mastragostino e Alessandro Ranghiasci do clássico livro Primo Levi. Sobre este livro há uma coisa curiosa: é que em França houve um lançamento da obra a preto e branco e um lançamento a cores. Mas, tendo em conta que as imagens a preto e branco que a Levoir partilhou da obra, é esperado que, por cá, a obra seja lançada a preto e branco.
A editora tem apresentado estas obras, em forma de teasing, sem indicar concretamente se serão obras lançadas de forma independente, como Destemidas, ou se serão lançadas dentro da coleção de Novelas Gráficas que a editora vai trazer no verão com o Jornal Público.
Mesmo assim, diria que há 99% de hipóteses em que estes 5 livros componham parte da coleção das Novelas Gráficas. Se assim for, começamos bem, diria.
Deixo-vos, portanto, com a lista de obras já anunciadas pela Levoir e que deverão integrar a Coleção de Novelas Gráficas:
Moby Dick - Volume 2, de Chabouté
Alexandra Kim, a Siberiana, de Keum Suk Gendry-Kim
Primo Levi, Matteo Mastragostino e Alessandro Ranghiasci
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De forma avulsa, a editora deverá lançar, até ao final do ano, os seguintes livros:
L' Arbre Nu, de Keum Suk Gendry-Kim
Dissident Club, de Taha Siddiqui e Hubert Maury
Kobane Calling, de Zerocalcare
Eu percebo que a parceria da Levour com p Público obriga a determinadas decisões para que as obras não ultrapassem um cero valor. Só assim se percebe que, sendo qual seja a obra, a cores ou preto e branco, que tenha um papel difenciado ou extras, tudo isto seja indiferente e na produção fique tudo mais em conta. Portanto, que esperar?
ResponderEliminarPelo menos na impressão não se saiam mal e na tradução/legendagem, não se cometa horrores. De resto pouco mais espero
Estou ansioso pelo Moby Dick
ResponderEliminarÉ uma grande obra!
EliminarComics dc é que nada,qualquer dia cópia a g floy e envîa. as sobras de novo nas bancas
ResponderEliminarPode ser que este ano ainda haja novidades! :)
EliminarTodas estas obras são adaptações para BD de obras literárias. Será que a Levoir está a cair na "armadilha" da submissão da BD á literatura como vemos na generalidade das editoras nacionais (mesmo as que não são de BD)? Será esta outra "Grandes Clássicos da Literatura/RTP"? Onde está a valorização da BD como arte autónoma? Isto deixa-me inquieto...
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