sexta-feira, 26 de abril de 2024

Ala dos Livros lança novo livro de Undertaker!



A Ala dos Livros acaba de lançar o novo volume da série Undertaker!

O lançamento ocorreu ontem, no Coimbra BD, onde tive a oportunidade e privilégio de apresentar o livro com o editor, e meu amigo, Ricardo Pereira.

Posso dizer que já tive a oportunidade de ler este sétimo tomo, que dá pelo nome de Mister Prairie, e que é um dos melhores da série - que já por si é excelente!

O livro deverá chegar às livrarias a partir da primeira semana de Maio, mas já se encontra em pré-venda no site da editora.

Para já, deixo-vos com a sinopse da obra e com as imagens promocionais da mesma.
Undertaker #7 - Mister Prairie, de Dorison, Meyer e Delabie

Um inesperado telegrama, a solicitar os seus serviços numa pequena povoação do Texas, vai levar Jonas Crow a largar tudo. Esse telegrama apresenta duas características muito peculiares: a primeira, é que lhe pedem que para fazer um caixão para um bebé ainda por nascer; a segunda, é o facto de a mensagem estar assinada por R. Prairie…

Mas nem tudo é o que parece… E rapidamente serão precisos mais caixões para além do pequeno caixão que inicialmente lhe pediam para executar. Para além disso, quando na cidade surge um novo adversário que quer proteger “a moral e os bons costumes”, Jonas terá de recorrer a muito mais do que o seu sarcasmo e os seus evangelhos para conseguir enfrentar toda uma cidade que fica em polvorosa.

“MISTER PRAIRIE”, o sétimo tomo da série, onde o texto saído da fértil imaginação de Xavier Dorison é uma vez mais servido pelo magistral grafismo de Ralph Meyer, associado nas cores ao talento de Caroline Delabie, reafirma o lugar de Undertaker como uma das melhores séries de western da banda desenhada europeia.

Esta série, difundida em 14 países entre os quais se inclui Portugal, obteve desde o início da sua publicação em França, em 2015, numerosos prémios e distinções. Salientam-se, o Prix Saint Michel 2015 du Meilleur Dessin, o Prix Le Parisien 2015 de la Meilleur BD, o Prix 2015 des rédacteurs de scenario.com e ainda a distinção Album preferé des lecteurs de BD Gest 2015.
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Ficha técnica
Undertaker #7 - Mister Prairie
Autores: Xavier Dorison, Ralph Meyer e Caroline Delabie
Editora: Ala dos Livros
Páginas: 64, a cores
Encadernação: Capa dura
Formato: 235 x 310 mm
PVP: 18,50€










Análise: E Depois do Abril

E Depois do Abril, de André Mateus e Filipe Duarte - Escorpião Azul

E Depois do Abril, de André Mateus e Filipe Duarte - Escorpião Azul
E Depois do Abril, de André Mateus e Filipe Duarte

O mais recente lançamento da editora Escorpião Azul traz-nos o regresso dos autores André Mateus e Filipe Duarte que, além de outras colaborações, já nos tinham dado, pela mesma editora, a obra A Última Nota. Desta feita, a dupla portuguesa traz-nos um livro onde traça um interessante exercício de reflexão através de uma premissa simples: que seria de Portugal se a revolução do 25 de Abril tivesse fracassado? Em que ponto estaríamos agora?

Tendo em conta a atualidade sócio-política que vivemos em Portugal - e também em muitos outros países - em que as mais recentes eleições revelam uma população mais próxima dos valores de direita do que aquilo que se poderia antever há uns anos, o lançamento deste E Depois do Abril, numa clara alusão à emblemática canção E Depois do Adeus, de José Niza e António Calvário, imortalizada pela voz de Paulo de Carvalho, revela-se particularmente oportuno e assume-se como um aviso à navegação. Sem ser demasiado panfletário, diga-se, pois mais que assumir uma posição política, a obra assume um tom de elogio da liberdade. E é esse o valor que, quanto a mim, mais interessa reiterar.

O protagonista da história é Alfredo Loureiro, um soldado que havia servido sob as ordens do Capitão Salgueiro Maia, e cuja ex-mulher, Celeste Horta, é líder do partido político clandestino FLOP (Frente da Libertação do Operariado Português). Apesar de, por estes motivos, Alfredo estar intimamente ligado a iniciativas anti-regime, é igualmente agente da PIDE, estando perto de alcançar a almejada reforma. Mas tudo muda quando a sua ex-mulher é capturada. A partir daqui, a viagem de Alfredo a tudo o que já viveu na luta pela liberdade, na relação com a sua ex-mulher e com o filho de ambos, vai-se tornando mais profunda até que desemboca numa cena final, bem ao jeito de filmes de ação.

E Depois do Abril, de André Mateus e Filipe Duarte - Escorpião Azul
O embalo inicial narrativo é forte e a (re)construção do espírito e vida de uma sociedade lisboeta fechada em si mesma e presa às amarras do Estado Novo, é bem captado por André Mateus no relato que aqui nos é oferecido. O autor é também bem sucedido na forma como utiliza a técnica de voz-off para melhor arrastar o leitor para a trama.

Não obstante, e mesmo sendo verdade que este mundo alternativo de ficção especulativa me cativou, com personagens cheias de portugalidade que nos remetem, com facilidade, para os anos 70 portugueses, confesso ter ficado algo desapontado com a resolução da trama que o autor dá à história a partir dos acontecimentos na Torre de Belém. Percebo a sugestão e clara influência de V de Vingança, de Alan Moore, mas, mesmo assim, pareceu-me que a história é subitamente acelerada. Até estava a gostar do rumo da mesma, mas achei que, do meio para a frente, a história carecia de mais tempo (páginas) e os eventos que nos são dados necessitariam de um desenlace mais convincente.

No entanto, também é justo dizer-se que é na voz-off que o texto de E Depois do Abril parece mais inspirado e onde a obra consegue assumir-se mais marcante. Porque, afinal de contas, é através desse texto que nos é dada uma segunda leitura, assente nas várias menções a estar-se numa realidade alternativa, a ser um “pesadelo” aquilo que Alfredo sente. Como se a obra encerrasse uma meta-comunicação em si mesma que considera demais nefasta a simples possibilidade de um Portugal sem democracia, de um Portugal sem liberdade, de um Portugal sem 25 de Abril.

Quanto ao trabalho de Filipe Duarte, devo dizer que, daquilo que conheço do autor, este é o trabalho que mais me impressionou. Adotando um registo a preto, branco e vermelho, o autor conseguiu oferecer à obra um belo ambiente noir e dramático, que se adequa muito bem à história. O vermelho só é usado em pequenos detalhes, como numa gravata, num automóvel, num fundo, no sangue e, claro, nos cravos. Funciona extremamente bem, dotando as ilustrações de um cariz um pouco mais artístico. O trabalho de Filipe Duarte impressionou-me especialmente nos momentos iniciais mais introspetivos da história. 

E Depois do Abril, de André Mateus e Filipe Duarte - Escorpião Azul
Marcelo Caetano é representado de forma caricatural por motivos óbvios, diria, o que também encaixa bem na ideia do livro. Destaco duas das páginas duplas que o autor nos oferece que trazem consigo alguns dos pontos mais altos da ilustração presente no livro. Falo da cena em que a Torre de Belém explode, visualmente impactante, e, especialmente, da página dupla em que Alfredo nos relata o seu pesadelo. Não só os desenhos de Filipe são muito impressionantes, com uma excelente gestão gráfico-narrativa, como o texto de André consegue ser verdadeiramente impactante. São estas, aliás, as duas páginas onde a sintonia entre a palavra de André e o desenho de Filipe conseguem atingir o seu melhor nível.

Mesmo sendo verdade que, tal como já disse, fiquei bastante bem impressionado com os desenhos de Filipe Duarte, considerei apenas que nem sempre os mesmos se apresentam ao mesmo nível. Por vezes, no que ao desenho diz respeito, sente-se alguma falta de coesão de uma vinheta para outra, com o aparecimento de algumas expressões faciais, linguagem corporal ou anatomia das personagens menos bem conseguidas. Dito por outras palavras, há neste E Depois do Abril desenhos bastante bons, mas também há desenhos que ficam aquém desse mesmo nível de qualidade. Não é que seja algo de grave ou que contamine a boa fruição da leitura, atenção, mas é algo que afasta a obra de ser ainda melhor e mais emblemática. Porque, de facto, quando Filipe Duarte está em pleno das suas capacidades, o seu trabalho não nos deixa indiferentes. É, portanto, pena que o autor não se apresente sempre ao mesmo nível ao longo de todo o livro.

A edição da Escorpião Azul é em capa mole, com badanas, e com bom papel baço no interior. A impressão e a encadernação são boas, também. As bordas das páginas são pintalgadas pela cor vermelha, o que se torna agradável à vista e encaixa, claro, muito bem na vertente gráfica da obra. No final do livro, há um dossier de extras de 9 páginas onde nos são mostradas capas alternativas, estudos de personagens, exercícios visuais de contexto e uma versão alternativa da morte de Salgueiro Maia. No início do livro, há ainda uma nota introdutória dos autores e um prefácio de Ana Gomes, ex-deputada do Parlamento Europeu. Devo dizer que o trabalho da Escorpião Azul se tem revelado melhor nos últimos livros lançados, como disso são exemplo as obras Elviro, Neon, O Breve Passado e Outras Histórias ou este E Depois do Abril.

Em suma, E Depois do Abril é um passo em frente para os autores André Mateus e Filipe Duarte e, ao mesmo tempo, traz consigo um exercício e uma reflexão pertinentes para um Portugal onde as divisões binárias e extremistas ocupam um lugar cada vez mais presente, não só em questões políticas, como um pouco por todo o tipo de temas com que nos deparamos num país que assinala por estes dias o 50º aniversário da sua nova democracia.


NOTA FINAL (1/10):
8.0


Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020



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E Depois do Abril, de André Mateus e Filipe Duarte - Escorpião Azul

Ficha técnica
E Depois do Abril
Autores: André Mateus e Filipe Duarte
Editora: Escorpião Azul
Páginas: 96, a duas cores
Encadernação: Capa mole
Formato: 17 x 24 cm
Lançamento: Março de 2024

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Análise: A Vida Secreta dos Escritores

A Vida Secreta dos Escritores, de Miles Hyman - Gradiva

A Vida Secreta dos Escritores, de Miles Hyman - Gradiva
A Vida Secreta dos Escritores, de Miles Hyman

Começo por dizer o óbvio: A Vida Secreta dos Escritores, uma adaptação para banda desenhada de Miles Hyman, baseada no romance homónimo do francês Guillaume Musso, é - com alguma facilidade até, diria - uma das melhores bandas desenhadas publicadas pela Gradiva! De sempre.

Este é um livro que traz consigo um argumento de estilo thriller de investigação, que é depois ilustrado com uma arte diferente de tudo aquilo que, normalmente, nos é dado em banda desenhada.

Esta é uma história que, mesmo sendo de cariz policial, com uma boa pitada, nas entrelinhas, de uma componente política, é um romance em que as questões amorosas estão bem presentes e uma obra muito bem pensada e escrita, onde a arte da literatura parece sempre muito constante e onde, inclusive, até há espaço para relembrar e homenagear vários autores universais da literatura como Milan Kundera, Agatha Christie, Margaret Atwood, Umberto Eco, Franz Kafka, entre vários outros. O que acabo mesmo por achar (mais) incrível neste livro, é que faz muita coisa bem feita. Não sendo uma história nada simples, cruza muitas coisas. Sempre com personalidade, astúcia e beleza. No fundo, é um daqueles livros que poderia ter corrido mal por variados fatores. Mas, correndo bem, torna-se num livro imperdível!

A Vida Secreta dos Escritores, de Miles Hyman - Gradiva
A trama centra-se em Nathan Fawles o célebre e misterioso escritor que, depois de publicar três romances que se tornaram em obras de culto da literatura mundial, decide deixar de escrever, retirando-se para Beaumont, uma ilha selvagem e paradisíaca do Mediterrâneo. Passados vinte anos, o escritor é confrontado por Mathilde Monney, uma jovem jornalista que procura descobrir qual o segredo de Fawles. Entretanto, a trama é-nos narrada por Raphael Bataille que ambiciona ser escritor. Mas nada do que começamos por ler neste livro é o que parece. Rapidamente a trama assume laivos de policial, com o aparecimento de um cadáver na pacífica ilha que tudo coloca em alvoroço.

Esta é, pois, uma obra que mergulha nas complexidades da criatividade, fama e segredos do mundo literário, através de uma trama intricada com muitas e boas reviravoltas surpreendentes, numa história envolvente que mantém o leitor intrigado do início ao fim. São explorados os temas da ambição, da obsessão, da traição e da redenção, enquanto nos é dado a nós, leitores, um profundo mergulho nas vidas complexas dos personagens que aqui circulam. Nada (nem ninguém) é o que aparenta ser.

A Vida Secreta dos Escritores, de Miles Hyman - Gradiva
Com efeito, foram várias as vezes que achei que a história me estava a levar por um caminho para, de repente, sentir que, afinal de contas, as coisas não eram o que pareciam. É verdadeiramente inteligente a forma como a história nos é dada. É verdade que não li o romance original de Musso e, portanto, não conheço a quantidade de eventos do texto original que foi deixada de fora por parte de Miles Hyman. Não obstante, e isso é algo a não esquecer, tendo em conta a complexidade desta trama, posso antever sem problemas que o trabalho da adaptação foi muito bem conseguido. Era fácil deixar a história com pontas soltas ou com ideias mal desenvolvidas. Mas não é isso que Hyman faz. Com um belo texto, na quantidade certa, e separando muito bem os quadros e aquilo que precisa – e não precisa – de ser revelado ao leitor, o trabalho do autor roça a perfeição.

Um dos pontos fortes do livro é a existência de personagens muito bem construídas, revelando ser, à medida que vamos avançando na leitura, ricamente desenvolvidas, com vários níveis de nuances psicológicas que as tornam complexas e cativantes. Se há leituras que são feitas por muitas camadas, este A Vida Secreta dos Escritores é, sem dúvida, um livro que oferece uma dessas experiências.

A Vida Secreta dos Escritores, de Miles Hyman - Gradiva
Mas se até aqui me tenho concentrado no argumento do livro, há que dizer que é difícil que se fique indiferente à componente visual desta obra. Já que o autor americano Miles Hyman assume um estilo de ilustração, num traço a lápis, que é verdadeiramente singular e impactante.

Ao folhearmos este livro, não parece que estejamos perante ilustrações de banda desenhada, mas antes perante uma galeria de pequenos quadros que poderiam estar num museu e que aqui assumem a forma de vinhetas alinhadas. E o nível de detalhe que Hyman deposita em cada um dos seus desenhos consegue ser arrebatador. As cores, em tons pastel, assumem um calor muito próprio que nos remete facilmente para os dias solarengos em pleno Mediterrâneo, onde a luz solar banha o ambiente captado pela obra.

Reconheço que, por vezes, este universo visual muito estilizado e plástico, torna certas expressões das personagens menos dinâmicas ou verossímeis, podendo ficar a ideia de que se tratam de figuras de cera. Mesmo assim, isto é apenas um detalhe e uma consequência desculpável de um estilo tão próprio e rico porque a verdade é que, em muitos dos momentos da leitura me senti maravilhado perante o trabalho de Hyman.

A Vida Secreta dos Escritores, de Miles Hyman - Gradiva
E nota para o facto de, em termos de planificação, o autor nos dar um bom trabalho que nunca trai os segredos que a narrativa encerra em si mesma.

Em termos visuais, acho apenas que a capa do livro poderia estar mais bem urdida. O facto de apresentar o nome dos autores com uma dimensão desproporcional, rouba beleza à ilustração e destaque ao próprio nome da obra. E nem é algo que possamos apontar à edição portuguesa pois a capa já assim o era na edição original francesa. Julgo que esta aposta com o nome dos autores tão gigante e desprepositado, terá estado relacionado com o facto de Guillaume Musso ser atualmente o romancista cujas obras mais vendem em França.

A edição da Gradiva apresenta capa mole com badanas e bom papel brilhante no miolo. A encadernação e impressão são de boa qualidade. Quanto a mim, considero que este livro merecia capa dura e também acho que o papel adequar-se-ia melhor ao estilo de ilustração de Miles Hyman, se fosse baço em vez de ser brilhante. No final da obra, há ainda um extenso epílogo escrito por Guillaume Musso que acende ainda mais o interesse (e dúvidas, quiçá) do leitor perante o porquê da feitura desta obra.

Em suma, A Vida Secreta dos Escritores é um livro notável, quer a nível de argumento, quer a nível de ilustração, e que entra com altivez para o conjunto de melhores bandas desenhadas lançadas pela Gradiva. Uma das grandes surpresas do ano e verdadeiramente obrigatório!


NOTA FINAL (1/10):
9.8



Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020


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A Vida Secreta dos Escritores, de Miles Hyman - Gradiva

Ficha técnica
A Vida Secreta dos Escritores
Autor: Miles Hyman
Adaptado a partir da obra original de: Guillaume Musso
Editora: Gradiva
Páginas: 192, a cores
Encadernação: Capa mole com badanas
Formato: 21,5 x 28,5 cm
Lançamento: Abril de 2024

Antologia de BD sobre o 25 de Abril é lançada esta semana!



A Câmara Municipal de Montijo volta a apoiar o lançamento de banda desenhada nacional!

Desta feita, e muito a propósito da comemoração dos 50 anos do 25 de Abril, é lançada a antologia Abril, Cravos Mil – Histórias de Liberdade, que conta com o contributo dos autores Daniel Maia, Patrícia Costa, José Macedo Bandeira, Mário André, entre outros. Esta edição marca também a estreia do novo grupo autorial TágIIde que sucede ao anterior Tágide.

No dia 26 de Abril a obra é apresentada no Montijo e, no fim de semana, será apresentada no Coimbra BD.

Mais abaixo, deixo-vos com a nota de imprensa deste lançamento e com algumas imagens promocionais.

Abril, Cravos Mil – Histórias de Liberdade

Abril, Cravos Mil é uma antologia de banda desenhada criada para a Câmara Municipal de Montijo e integrada nas festividades da cidade do quinquagésimo aniversário do 25 de Abril de 1974.

A edição marca a estreia do novo grupo autoral TágIIde. Os autores são Jorge ‘RoD!’ Rodrigues (Cruzada Negra), José Macedo Bandeira (Aurora Boreal em Reflexos Partilhados), Mário André (Quaresma, o Decifrador), Patrícia Costa (Crónicas de Enerelis), António Coelho (Capitão Morsa e seus Amigos), Maria João Claré (BD Montijo: Antologia I) e Yves Darbos (BD Montijo: Antologia I), mais os artistas convidados Daniel Maia (CoBrA: Operação Goa) e Susana Resende (ilustração de capa/contracapa).

Em Abril, Cravos Mil – Histórias de Liberdade, celebra-se os 50 anos da Revolução dos Cravos com oito BDs de abordagens variadas, do humor ao drama e da acção histórica à alegoria. As narrativas são baseadas em momentos-chave do movimento militar e em visões pessoais da data, e ainda em explorações especulativas sobre a sociedade nacional.

O livro repete o apoio cultural da autarquia montijense no sector da banda desenhada, depois de em 2022 publicar BD Montijo: Iniciação à Arte Sequencial - Antologia I, com os trabalhos finais dos alunos dos cursos ministrados pela autora Susana Resende entre 2018-2020, a convite da autarquia. 

O livro foi finalista no 4º Prémio Bandas Desenhadas em Melhor Antologia e no XX Troféus Central Comics em Melhor Publicação Independente e Melhor Obra Curta, vencendo esta última categoria.

Abril, Cravos Mil – Histórias de Liberdade é apresentado dia 26 de Abril, às 18h00, no 2º Foyer do CinemaTeatro Joaquim d’Almeida (Montijo), integrado no programa de festas da Câmara Municipal de Montijo. Posteriormente, a antologia é apresentada no 6º CoimbraBD, de 25 a 28 de Abril, no Convento S. Francisco.

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Ficha técnica
Abril, Cravos Mil – Histórias de Liberdade
Edição: Câmara Municipal de Montijo
Produção: TágIIde
Autores: Mário André, José Macedo Bandeira, Maria João Claré, António Coelho, Patrícia Costa, Yves Darbos e Jorge Rodrigues
Autor convidado: Daniel Maia
Capa/Contracapa e Design: Susana Resende
Coordenção editorial: Daniel Maia e Eduardo Martins
Páginas: 48, a cores