quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Coleção de Novelas Gráficas da Levoir e do Público regressa hoje!


É hoje! É hoje que a coleção de Novelas Gráficas da Levoir e do Jornal Público volta a ver a luz do dia, depois de um interregno de mais de dois anos!

E, por toda a relevância que esta coleção tem tido, não só por nos trazer banda desenhada de autores consagrados, mas, também, e mais importante, por ter sido crucial na angariação e formação de novos leitores portugueses de banda desenhada, hoje é um dia a assinalar na edição de banda desenhada em Portugal.

Já aqui falei desta sétima coleção, em primeira mão, mesmo quando muitos achavam que este regresso ainda era uma miragem ou um wishful thinking.

Agora, deixo-vos com as capas e calendário dos lançamentos, bem como com a nota de imprensa referente à coleção e ao primeiro livro que sai hoje, a primeira parte de Moby Dick, de Chabouté. Um livro maravilhoso e um peso pesado que abre esta coleção.

Cada um dos livros custará 13,90€ e sairá às quintas-feiras.

Eis o plano de lançamentos:



Moby Dick 1, de Christophe Chabouté - 31 de Agosto



Moby Dick 2
, de Christophe Chabouté - 7 de Setembro



Assombrada, de Shaghyegh Moazzami - 14 de Setembro



Os Mares do Sul
, de Hernán Migoya e Bartolomé Seguí - 21 de Setembro



Uma Metamorfose Iraniana
, de Mana Neyestani, 28 de Setembro



Léa Não Se Lembra Como Funciona O Aspirador, de Gwangjo e Corbeyran - 5 de Outubro



Estampas 1936, de Felipe Hernández Cava e Miguel Navia - 12 de Outubro



Primo Levi
, de Matteo Mastragostino e Alessandro Ranghiasci - 19 de Outubro



Alexandra Kim, de Keum Suk Gendry-Kim - 26 de Outubro


O Regresso do Capitão Nemo, de Benoît Peeters e François Schuiten - 2 de Novembro

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Moby Dick - Volume 1, de Chabouté

A Levoir e o Público continuam a ser os editores com mais títulos publicados nesta categoria no mercado nacional. E foi aqui, nos livros distribuídos com o jornal Público, que tudo começou e é aqui que agora continua, com esta sétima série da colecção Novela Gráfica. Uma série marcada mais uma vez pela diversidade, que traz de volta nomes prestigiados como Chabouté, Bartolomé Seguí, Felipe Hernandéz Cava e Schuiten e Peeters, que confirmam a aposta na BD europeia, ao mesmo tempo que abre as portas a autores nunca antes publicados em Portugal. Autores oriundos de diversas latitudes e culturas, da Itália ao Irão, passando pela Coreia – incluindo uma inédita colaboração entre o argumentista francês Éric Corbeyran e o desenhador coreano Gwangjo – assinando histórias que, partindo da literatura ou da própria vida, abordam temas tão diversos como o Holocausto, a Guerra Civil Espanhola e a Revolução Russa, ou a situação das mulheres e os problemas de liberdade de expressão e da censura no Irão. Ou seja, todo um mundo para descobrir com o Público, todas as quintas-feiras, entre 31 de Agosto e 2 de Novembro.


Nesta sétima série não faltam títulos com uma importante ligação à literatura, sejam adaptações directas, biografia de escritores, ou trabalhos originais que remetem para obras literárias existentes, como simples homenagem, ou como ponto de partida para uma intriga autónoma. 

Composta por 10 volumes inéditos em Portugal, é apresentada como habitualmente em cuidadas edições de capa dura e com prefácios a cada uma das edições.

Regressam autores já conhecidos dos leitores: Chabouté, Benoît e Peeters, Bartolomé Seguí e Hernán Migoya, adaptando mais um romance de Manuel Vázquez Montalbán, e Felipe Hernández Cava, apadrinhando a estreia de Miguel Navia, numa história sobre a guerra civil espanhola.
Sendo o contingente europeu assegurado por autores de Espanha, França, Bélgica e Itália, esta sétima série traz-nos também livros de Mana Neyestani e de Shaghayegh Moazzami, dois autores iranianos, que mostram que a novela gráfica naquele país não se limita a Marjane Satrapi, a prestigiada autora e realizadora que já marcou presença por duas vezes nesta colecção com Frango com Ameixas e Bordados.

Mas o grande destaque nesta colecção vai para a presença, praticamente em estreia no mercado nacional, do Mahwa, a banda desenhada feita na Coreia do Sul, por Keum Suk Gendry-Kim, uma autora coreana, que adapta um romance do seu compatriota Jung Cheol-Hoon, Alexandra Kim, a biografia da revolucionária coreana que participou activamente na revolução bolchevique.

A Coreia também está representada pelo desenhador Gwangjo, que colabora com o argumentista francês Éric Corbeyran, em mais uma prova que a Banda Desenhada é cada vez mais um género sem fronteiras.

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A abrir a colecção, temos um velho conhecido, Chabouté e a sua obra em 2 volumes, Moby Dick, publicado originalmente em 2014 é a adaptação para banda desenhada do romance de Herman Melville, considerado um clássico da literatura americana.

A história passa-se no século XIX, no auge da indústria baleeira que operava na Nova Inglaterra. O narrador, Ismael, é um jovem que anseia por novas experiências o que o leva a embarcar no navio baleeiro, que está prestes a zarpar, o Pequod.  O misterioso capitão do navio, Ahab, tem como único objectivo vingar-se de Moby Dick a baleia branca que lhe arrancou uma perna. Toda a tripulação vai unir-se ao seu capitão em busca de vingança, tornando a viagem perigosa e doentia.
Além de uma narrativa de acção, Moby Dick, é uma obra sobre o confronto entre homem e natureza, abordando temas como religião, idealismo, pragmatismo e vingança. É uma obra atemporal, que consegue cativar o leitor de qualquer época.

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Ficha técnica
Moby Dick - Volume 1
Autor: Chabouté
Editora: Levoir
Páginas: 128, a preto e branco
Encadernação: Capa dura
Formato: 190 x 280 mm
PVP: 13,90€



4 comentários:

  1. Atenção à gralha na capa do livro Alexandra Kim, de Keum Suk Gentry-Kim.
    É uma autora e não duas (está como Keum Suk e Gentry-Kim). Avisa lá os senhores, sff.

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  2. Vou reservar a minha opção de compra desta 7ª série por razões que se prendem pela qualidade de impressão e acabamentos. A Levoir, infelizmente, nestes aspectos, revela grandes fragilidades. Lamento que uma obra com a dimensão de Moby Dick tenha que ser divida em 2 volumes quando em todos os mercados tem sido lançada num volume único. Lamento que esta obra não saia fora dos limites e constrangimentos de uma coleção com esta natureza porque, definitivamente, merecia. Quanto á coleção Hugo, em relação a esta 7ª série das Novelas gráficas, alguns dados interessantes:

    1 - Ds 10 obras anunciadas 9 (sim, nove…) são a 1 só cor, logo mais baratas em termos de produção, e apenas 1 a 4 cores (“Os Mares do Sul” ). Ainda não sabemos se ““Primo Levi” é a versão original p/b ou versão colorida, assim como não sabemos se “O Regresso do Capitão Nemo” incluirá pranchas coloridas.

    2 - 2 obras de autores iranianos (Shaghyegh Moazzami e Mana Neyestani).

    3 - 2 obras oriundas do mercado franco-belga (3, se considerarmos a obra conjunta de Corbeyran e Gwangjo): “Moby Dick” de Chabouté (em 2 volumes) e “O Regresso do Capitão Nemo” (ambos de autores já publicados na coleção NG).

    4 - 2 obras de autores espanhóis - “Os Mares do Sul” e “Estampas 1936” (ambos de autores já publicados na coleção NG). O “Os Mares do Sul” é o 3º volume das aventuras de Pepe Carvalho publicados por cá…

    5 - 2 obras com autores coreanos: Alexandra Kim (Keum Suk Gentry-Kim) e “Léa Não Se Lembra Como Funciona O Aspirador” (Gwangjo. Argumento do francês Éric Corbeyran)

    6 - Duas obras de autoras mulheres - Shaghyegh Moazzami e Keum Suk Gentry-Kim

    7 - 1 obra é uma récita gráfica (“O Regresso do Capitão Nemo”) mais próximo de um livro ilustrado do que uma BD

    8 - 1 obra de autores italianos “Primo Levi” e, mais uma vez, sobre um escritor.

    Pergunto aqui para quando uma edição local de excelentes autores como Igort (com 2 belíssimas obras sobre a Ucrânia - alô editoras…) Gipi, Roberto Poncionne, Liberatore, Massimo Mattioli, Cammamoro, Leila Marzocchi, Elisa Menini, Manuele Fior, só para citar alguns nomes importantes…?

    Pergunto igualmente para quando autores com mérito do médio oriente com Ruto Modan (israelita) ou Ersin Karabulut (turco) por cá?

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