Desta vez, estive à conversa com a editora Devir. Admito que estive quase para não publicar esta entrevista. Mas acabei por fazê-lo. Tenho a dizer que lamento bastante que a editora se mantenha tão pouco aberta perante os meios de comunicação.
Considero que o anúncio das novidades só traz coisas boas para as próprias editoras. Começa-se a gerar hype à volta de um livro ainda antes do mesmo sair. E isso será mau? Não me parece, se tivermos em conta que o objetivo de uma editora é vender os livros que publica. Mas são posturas. E há que aceitá-las.
Não é uma questão de falta de disponibilidade ou respeito da editora, assinale-se. A Devir, através da sua Managing Editor, Ana Lopes, tem-se mostrado sempre disponível para responder às minhas questões.
Mas não abre - ou não tem autonomia para abrir, não sei - o jogo no que toca a novidades. Algo está (muito) errado quando, numa entrevista tão breve, as perguntas têm mais palavras do que as respostas.
Seja como for, e por respeito às respostas que me foram enviadas, e por quem as enviou, partilho-as mais abaixo.
Entrevista
1. Como foi este primeiro semestre do ano editorial de 2021 para vós? Editaram tudo o que tinham planeado ou houve títulos que foram adiados para o segundo semestre de 2021 (ou mesmo para 2022)?
Sim, temos mantido o plano de lançamentos desejado.
2. Sei que ainda é cedo para aferir este tipo de resultados mas, para já, com base na informação e perceção de mercado que vão tendo, que título lançado em 2021 está a ser uma agradável surpresa de vendas?
Death Note Black Edition está a correr muito bem.
Não é exatamente uma surpresa, mas como já há muitos leitores que colecionam o Death Note, não esperávamos que este livro também fosse tão bem aceite.
3. E que obra é que está a vender mais devagar do que aquilo que tinham planeado?
Temos coleções que sabemos que vendem mais devagar, não é de agora, são coleções mais antigas, com um público menos jovem.
4. Quais são os vossos lançamentos agendados para o segundo semestre de 2021?
Vamos continuar com lançamentos das nossas coleções a correr, que é a estratégia que estamos a seguir para tentar avançar coleções e ficarmos mais a par do que está a sair no Japão e nos outros países da Europa.
[Frase recolhida já depois de uma insistência minha para que fosse partilhada mais informação]: Continuaremos a editar os nossos autores de graphic novel e temos uma novidade na calha, espero que ainda este ano. Mas mais do que isso não temos. Estamos mais focados no mangá :)
[Entretanto, e ainda que sejam lançamentos que já estão disponíveis a partir deste mês de Junho, não tendo qualquer informação sobre os próximos livros da editora, partilho as suas obras mais recentes.]
Blue Exorcist #21
de Kazue Kato
Demon Slayer #2
de Koyoharu Gotouge
Assassination Classroom #18
de Yusei Matsui
My Hero Academia #9
de Koheu Horikoshi
5. Há algum título novo que queiram avançar, em primeira mão, aos leitores do Vinheta 2020, mesmo que seja uma novidade a ser preparada apenas para 2022?
Ainda não temos contratos aprovados para 2022 e embora andemos em negociações com novos títulos, sem termos a certeza de que são aprovados, não podemos avançá-lo.
;)
Lamentável a falta de abertura da Devir Portugal relativa à divulgação de futuras edições. Lamentável, igualmente, a falta de interesse ou empenho na edição de obras que não sejam MANGA, ao arrepio do do que se passa na sua congénere brasileira.
ResponderEliminarPois, é pena que a editora não se abra mais. Só tinha a ganhar com isso. E sim, gostaria muito que voltasse a pegar noutras obras para além dos mangás. A Devir chegou a editar obras de grande qualidade na sua chancela "Biblioteca da Alice".
EliminarAcabar Paper Girls é que nem com co-edição Brasil??
ResponderEliminarManga nao me interessa nada de nada.
Pois... há obras "penduradas" para já, que deveriam ser terminadas. Esperemos que isso ainda aconteça.
Eliminar"3. E que obra é que está a vender mais devagar do que aquilo que tinham planeado?
ResponderEliminarTemos coleções que sabemos que vendem mais devagar, não é de agora, são coleções mais antigas, com um público menos jovem"
A quantos anos saiu a ultima Paper Girls e Lazaruz atirem a culpa parta o publico nao eles!!???
Pois...
EliminarÉ por essas e por outras que a devir é das editoras que menos me interessa por cá, ao contrario da Ala dos livros, Arte de autor, Gfloy, A Seita,... entendem-me!
ResponderEliminarConsidero que é positivo que as editoras tenham diferentes tipos de catálogo, mesmo que não sejam as minhas preferências de gostos. No entanto, a questão de se ser fechado é que já não é tão positivo para os leitores e mercado. Goste-se ou não do catálogo da editora.
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