Numa simpática conversa com o editor, Jorge Deodato, fiquei a saber de algumas obras que a editora está a preparar e que me deixaram intrigado e com vontade de melhor as conhecer.
Foi uma boa conversa, também, para perceber que efeitos reais tem tido esta pandemia, não só na Escopião Azul como no mercado editorial de Portugal.
Sem mais demoras, deixo-vos com a entrevista.
Entrevista
O ano editorial que acabou não deixou saudades. Decorreu na sua generalidade abaixo das nossas expectativas iniciais, visto que o primeiro semestre foi muito fraco devido ao confinamento que se deu e que ninguém estava à espera.
Os eventos que se realizaram presencialmente na segunda fase foram uma fonte de oxigénio para a nossa editora e talvez para outras casas editoriais. De fato continuou a ser um ano bastante atípico.
2. A editora viu-se forçada a passar para 2022 alguns livros que estavam inicialmente previstos para 2021? Quais?
Com efeito, fomos forçados a reduzir o número de títulos a sair. No plano editorial tínhamos uma previsão de 12 obras para lançar, mas das quais só saíram 7. Não vou referir os títulos em público mas vão ficar obras pendentes para serem editadas numa altura mais apropriada e outras que ficaram pelo caminho e que não serão editadas.
O nosso campeão de vendas foi o Júpiter integral, do Ricardo Lopes.
4. E qual o livro em que as vendas ficaram aquém do esperado?
Para nosso espanto foi o Vazio, do Carlos Páscoa. É uma pérola escondida dos nossos leitores, que a têm de descobrir.
5. A Escorpião Azul tem-se focado, principalmente, no lançamento de obras de autores nacionais. No entanto, também aposta, amiúde, em autores estrangeiros. Como é feita esta escolha de autores estrangeiros?
A escolha dos autores é feita consoante os nossos gostos. Gostamos de autores diferentes daquilo que se publica no nosso país.
Tal como fazemos com a bd feita por autores portugueses completamente desconhecidos, também queremos mostrar novas histórias, novos desenhadores, novas visões da banda desenhada que se faz na Europa.
6. Que obras tem a Escorpião Azul agendadas para lançar durante o primeiro semestre de 2022?
Já no mês de Janeiro temos Ekko, do Agonia Sampaio, que retrata um pouco a pandemia porque temos passado num futuro longínquo.
Ekko
No mês de Fevereiro vai sair Urlo, da dupla italiana Luca Conca (desenho) e Glória Ciapponni (argumento), uma grande aposta por parte da nossa editora no género terror/suspense para o inicio do ano.
Urlo
Em Março vai sair a obra do João Amaral com o título Rattlesnake, um western um pouco diferente do normal.
Rattlesnake
No mês de Maio iremos lançar a série Ermal num único volume, com uma série de extras.
Ermal (Integral)
Existem outras obras em perspetiva, vamos ver como corre a 1ªa fase do ano vindouro.
7. E para o segundo semestre? Podem levantar o véu em relação a alguma(s) obra(s)?
A única coisa que posso revelar para o 2º semestre é que vamos lançar editar o Cyberfreak, do Miguel Ángel Martín, que era suposto sair em 2021.
Cyberfreak
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