No passado fim de semana, foi inaugurado mais um IlustraBD, no Barreiro. Este é um evento dedicado à banda desenhada e à ilustração mas, neste caso, o enfoque é praticamente total na banda desenhada. Coisa que, "puxando a brasa à minha sardinha", aprecio, claro está.
Nesta que é a sua 5ª edição, o IlustraBD mantém-se patente no Auditório Municipal Augusto Cabrita até 31 de Julho. Mesmo assim, o dia com maior atividade foi especificamente o sábado passado, em que tive a oportunidade de participar e moderar o único painel em que, perante um auditório cheio, se falou sobre diversos e variados temas relacionados com a edição de banda desenhada, e que contou com a presença dos editores Jorge Deodato (Escorpião Azul) e Amaia Iglesias (Iguana). Falou-se também com André Mateus e Filipe Duarte, autores do recente livro E Depois do Abril, e, claro, sobre o meu livro Muitos Anos a Virar Páginas.
Tendo em conta que esta quinta edição do evento seguiu muito o fio condutor da edição passada, convido-vos a (re)lerem o artigo que escrevi há um ano a propósito do certame, pois continua bastante atual e pertinente.
De qualquer maneira, e sintetizando, devo dizer que o IlustraBD é um evento que passei a acarinhar. É pequeno e simples, mas apresenta já algumas coisas boas, bem como espaço para melhorias e crescimento.
Do lado dos pontos fortes, há que dizer que o local é muito aprazível e arejado, o que permite que as exposições tenham espaço para respirar. Pode-se circular à vontade, com tempo para analisar com detalhe os trabalhos expostos. Na verdade, além das quatro exposições que estão patentes e que, das quais já falei há uns dias, até considero que, futuramente, talvez haja espaço para mais uma ou duas exposições.
A qualidade das exposições também é muito interessante. O espaço dedicado à Mafalda estava particularmente agradável, com um bom trabalho cénico. As exposições referentes aos 11 anos da Escorpião Azul, com vários originais expostos, ao livro Mulher Vida Liberdade e ao livro E Depois Do Abril estavam agradáveis de ver, também.
Quando cheguei ao espaço, pareceu-me que havia poucos visitantes a circular por ali. No entanto, à medida que nos aproximávamos do meio da tarde, as pessoas foram aparecendo, chegando mesmo, conforme já referi, a lotarem o auditório dedicado à conversa que moderei. Talvez pudesse haver mais público, sim, mas acabei por achar que o número de visitantes era, pelo menos, aceitável.
E para, em edições futuras, a Organização conseguir chamar mais público, penso que há, entre outras iniciativas, uma coisa simples e relativamente fácil a fazer: conseguir ter um conjunto alargado de autores para sessões de autógrafos. É verdade que estavam presentes alguns autores, mas eram em pequeno número. E nem sequer havia um espaço para mesa de autógrafos. Os autores faziam os seus autógrafos onde calhava. Sabemos que há um conjunto relevante de leitores que vão especialmente a este tipo de eventos para tentarem obter autógrafos para os seus livros. Como tal, acho que a Organização tem aqui uma opotunidade para melhroar no próximo ano, promovendo sessões de autógrafos.
Acredito que um conjunto de apresentações e conversas sobre banda desenhada mais alargado, poderá trazer mais pessoas ao evento.
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