Luís Louro prepara-se para lançar um dos seus livros mais aguardados! A esse propósito, o autor português revela algumas informações e, gentilmente, partilha com os leitores do Vinheta 2020 uma prancha inédita da sua nova banda desenhada!
Luís Louro publicou recentemente a capa do seu mais recente livro que se denominará Os Filhos de Baba Yaga e será uma história de grande fôlego, ambientada durante o período da Segunda Guerra Mundial, num cenário frio, com belíssimas paisagens pontilhadas de neve. O livro deverá ser extenso em dimensão, ultrapassando as 120 páginas, e assumindo-se como uma das obras mais sérias e profundas na muito vasta criação de Luís Louro.
Capa de Os Filhos de Baba Yaga, de Luís Louro
O livro será editado pel' A Seita, o que para mim, quando soube, foi uma surpresa, pois achava que uma obra deste fulgor seria lançada pela Ala dos Livros, à semelhança daquilo que foi feito com Dante, outra obra de grande fulgor de Luís Louro.
Este Os Filhos de Baba Yaga está a gerar muita expectativa e com razão. Posso dizer-vos que já tive a oportunidade de o "folhear" digitalmente, na casa do autor, e que, em termos gráficos, é um trabalho de deixar água na boca. Talvez o melhor de sempre até à data.
Prancha inédita de Os Filhos de Baba Yaga, de Luís Louro
Sobre a história não tenho muito para dizer, até porque me obriguei a não aferir demasiado sobre a mesma, sob pena de depois, quando o livro sair, eu já saber com o que contar. Coisa de que não gosto, pois prefiro ser tão surpreendido quanto possível quando me inicio numa nova leitura.
Espera-se que Os Filhos de Baba Yaga saia no próximo Coimbra BD, agendado para os dias 25, 26 e 27 de Abril. Já faltou mais... mas a espera está difícil!
Detalhe de vinheta de Os Filhos de Baba Yaga, de Luís Louro
Neste momento é incrível como a arte do Luís Louro vai sendo um turn-off completo para mim cada vez que ele mais digitaliza o seu processo criativo.
ResponderEliminarNo princípio dos anos 2000, com a facilidade dada pelo digital era normal surgirem muitas obras com este tipo de cor. E o que aconteceu, foi que a banda desenhada já parecia mais um video jogo mau, do que banda desenhada - lembro-me que surgiu uma versão recolorida do Incal que era incrivelmente má. Rapidamente se restaurou a antiga e passou a reeditar-se sempre a antiga.
Até 2007, o LL tinha um estilo clássico e acho que assentava bem sobre a sua forma de desenhar.
Depois do Dante, começou a meter modelos 3d nas páginas.
Naturalmente é a minha opinião que não vale muito, mas acho que um avião desenhado por ele tinha um valor narrativo muito maior.
Além disso, a BD tem uma parte de guia para os nossos olhos. Ou seja, algumas coisas devem ser mais importantes que outras para que os nossos olhos possam seguir narrativamente o que é mais importante para a história.
Na imagem debaixo, não percebo para que há tanta evidência nas sombras da árvore - será que são algum elemento narrativo importante? É que o destaque que têm é muito grande.
Confesso que nesta amostra é all, all over the place.
Sou adepto do menos é mais.
Vejamos do que será a história.
Olá Fernando, tudo bem?
ResponderEliminarObrigada pelas tuas palavras que considero sempre, como penso que já sabes.
Todas as críticas permitem aos artistas evoluírem, uma vez que cada opinião leva a que se reflicta sobre as questoes abordadas.
No entanto tenho de fazer uma correcção uma vez que o Luís nunca usou 3D, nem sabe.
Tudo é desenhado à mão inclusivé os aviões.
Considero depois do que li que é bom sinal o desenho ser tão bom que parece ter sido criado por uma técnica tão avançada.
Um grande beijinho e bom ano.
Bem, então diria que o tipo de cor utilizado não favorece as linhas do desenho manual.
EliminarColocar uma imagem 3d numa ilustração não é uma tecnica muito avancada. Alias, é algo que se utilizou muito há 20 anos e caiu em desuso.
Eu prefiro o desenho com menos efeitos de cor digital, um pouco como o llouro fazia.
Para mim quanto mais se veem as linhas do desenho, quando mais se ve o labor do artista melhor. Na minha opiniao a cor digital está a esconder o trabalho manual, por assim dizer.
Como valorizo mais o argumento que a arte e desconheco-o a 100% estou a comentar imagens soltas sem contexto.
Só depois de publicado poderei ter o contexto.
Cumprimentos
EliminarEspero que venhas a gostar da história, que posso adiantar, considero muito dura.
É giro saber as opiniões, e a título de curiosidade, o Luís nunca gostou do forte contorno a preto, daí vir caminhando no sentido inverso ao teu gosto, mas é assim mesmo a riqueza da diferença de gostos é uma coisa que acho muito saudável , e dar uma opinião só consigo interpretar como sinal de respeito.
Muito obrigada Fernando e beijinho.
Olá, Fernando. Olá, Luísa. Pois, o que temos aqui é uma questão de diferença de gosto. Tenho uma opinião diferente da tua, Fernando, em relação à evolução das ilustrações do Luís Louro. Acho que o domínio de luz, cor e efeitos da obra atual do Louro é tão gigante que até impressiona. E, tão ou mais importante, até abre o precedente - espero! - para que mais autores portugueses tentem esperar a este nível técnico. Acho também que os detalhes que o Luís Louro coloca nos seus desenhos, apenas aumentam as segundas leituras que se possam fazer, bem como tornam mais belas as ilustrações. Estou muito entusiasmado com este novo trabalho do autor.
Eliminar