sexta-feira, 10 de março de 2023

Um olhar sobre os VINHETAS D'OURO 2022


Foi ontem que a Gala dos VINHETAS D'OURO 2022 foi transmitida!

Naquela que foi a 3ª edição deste evento virtual, foi a primeira vez em que a Gala foi transmitida em direto. Como tal, é compreensível que nem toda a gente a tenha podido visualizar no exato momento em que a mesma era difundida.

Como tal, convido-vos a ver este evento porque será certamente melhor do que se eu estiver aqui a falar do mesmo. É só carregarem no link abaixo e poderão assistir à Gala.





A Gala

Estou bastante satisfeito com esta Gala pois parece-me que foi a mais bem conseguida até agora. Não só ao nível de produção que, sendo naturalmente amadora, evoluiu bastante face à primeira Gala, mas também ao nível de participação na mesma. 

Para além de mim, houve mais 7 criadores de conteúdos - o Bruno Miguel, do Dialeto Nerd; a Cristina Alves, do Rascunhos; o Hélder Archer, do Otakupt, o José Vítor Silva, do Bedeteca Portugal; Patrícia Caetano, do Bookaholic Kingdom, Pedro Cleto, do As Leituras do Pedro e Rui Alves de Sousa, do programa de rádio Pranchas e Balões - a apresentarem esta Gala. Coisa que contribui para que este seja um programa mais apetecível de visualizar.

A participação dos vencedores também foi bastante positiva. Todos os autores portugueses vencedores participaram e chegámos a contar com a participação de 3 autores internacionais: Thierry Joor, Régis Loisel e Jean-Louis Tripp. O que me deixa muito agradecido e orgulhoso, ao mesmo tempo.

Foi, também o ano em que o painel de jurados mais cresceu - de 11 para 17 jurados - aumentando, desta forma, a representatividade, idoneidade e heterogeneidade desta atribuição de prémios. Aumentámos também, em quatro, o número de categorias a concurso, com o objetivo de tornar os prémios o mais completos possível.

E, claro, as reações não deixaram de se fazer notar! Tenho estado a receber muitas mensagens de apoio e de parabéns por esta Gala. Quer por autores e editores, quer pelo público que já viu o programa. Deixa-me feliz, claro!

Nesse sentido, convido todos os que lerem este artigo a manifestarem mais abaixo, nos comentários, tudo aquilo que acharam desta 3ª Gala. O que mais gostaram, o que menos gostaram. Não se acanhem porque qualquer comentário é bem-vindo!




Os Vencedores

Aproveito para dar os parabéns a todos os nomeados e vencedores desta 3ª edição dos prémios. Mais! Dou também os parabéns aos autores e editoras envolvidos nas obras que, não chegando a ser nomeadas, foram consideradas como dignas de Menção Honrosa.

Fiquem a conhecer os vencedores para cada uma das categorias, aqui:

















Quanto ao Prémio Carreira, a personalidade que este ano o Painel de Jurados decidiu homenagear foi, a título póstumo, o autor e editor João Paulo Cotrim.

Para enviar uma mensagem de agradecimento, contámos com a participação do autor Nuno Saraiva, que era amigo próximo de João Paulo Cotrim.




Análise à Estatística dos Prémios

Este ano torna-se claro que a grande vencedora foi a editora Arte de Autor que, estando nomeada em 8 categorias, arrecadou 6 VINHETAS D'OURO! Julgo ser um record nestes prémios!

De resto, Luís Louro e a sua editora Ala dos Livros, voltaram a sair vencedores destes prémios, reclamando para si o mais desejado prémio de Melhor Álbum de Autor Português. Neste caso, com a obra Dante.

Mas houve mais vencedores. A Seita arrecadou os VINHETAS D'OURO 2022 para Melhor Argumento e Melhor Ilustração Portuguesas, com as suas obras O Infeliz Pacto de George Walden e Bestiário da Isa.

Também foi um ano bom para a G. Floy Studio pois ganhou aquela que é, a par da categoria de Melhor Álbum de Autor Português, a categoria mais desejada. Falo do VINHETA D'OURO para Melhor Álbum de Autor Estrangeiro que a editora ganhou com a obra Monstros.

A editora Devir alcançou o seu primeiro VINHETA D'OURO, na categoria de Melhor Mangá, com a sua obra Coleção de Contos Best of Best, de Junji Ito. 

Como era a terceira edição dos prémios, e já há alguns dados interessantes a recolher das três edições, apresentou-se na Gala, pela primeira vez, a Hall of Fame destes prémios, que passo a partilhar mais abaixo.

Antes disso, deixem-me realçar que se torna claro o domínio que, quer ao nível de prémios vencidos, quer ao nível de nomeações, Luís Louro apresenta, junto dos autores nacionais. Quanto aos autores estrangeiros há um maior - e expectável - equilíbrio, com Jordi Lafebre a dominar o número de prémios e nomeações.

Olhando para as editoras nacionais, fica claro que a concorrência é feita a três: Arte de Autor, Ala dos Livros e A Seita. São estas as três editoras que, à semelhança do Big Three do Ténis - constituído por Federer, Nadal e Djokovic - dominam os prémios e as nomeações alcançadas ao longo destes três anos de prémios.

Termino, dizendo duas palavras a todos os envolvidos: PARABÉNS e OBRIGADO.





 

4 comentários:

  1. Teve uma dinâmica muito boa e foi muito bom ver e ouvir tantos intervenientes do universo BD. Nunca fui a nenhum festival de BD e esta foi uma oportunidade de "conhecer" alguns. Venham mais vinhetas pró ano!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá, Ricardo! Que belas palavras! Muito obrigado pelo feedback! Um abraço

      Eliminar
  2. Foi a primeira vez que assisti e gostei bastante fez lembrar por vezes os Oscares :-) Parabéns pelo excelente trabalho e devoção á causa da BD em Portugal... Já tive a oportunidade de dar os Parabéns ao Helder Archer (mais conhecido por Bushido) pela participação e que acompanho á muitos anos no Otakupt

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Muito obrigado pelas simpáticas palavras! Sim, o Hélder foi uma ótima "contratação" para os VINHETAS D'OURO! :)

      Eliminar