sexta-feira, 1 de agosto de 2025

TOP 10 - A Melhor BD lançada pela ASA nos últimos 5 anos!


A propósito do 5º aniversário do Vinheta 2020, regresso hoje com mais um TOP 10 com a melhor banda desenhada lançada por uma das principais editoras de BD em Portugal nos últimos 5 anos!

E hoje, o enfoque é na editora ASA, pertencente ao grupo LeYa!

Esta é uma das editoras com maior tradição no lançamento de banda desenhada em Portugal. É verdade que esteve adormecida durante alguns anos, mas nos últimos tempos parece ter voltado à ribalta lançando muita banda desenhada de qualidade superior.

Convém relembrar que este conceito de "melhor" é meramente pessoal e diz respeito aos livros que, quanto a mim, obviamente, são mais especiais ou me marcaram mais. Ou, naquela metáfora que já referi várias vezes, "se a minha estante de BD estivesse em chamas e eu só pudesse salvar 10 obras, seriam estas as que eu salvava".

Faço aqui uma pequena nota sobre o procedimento: considerei séries como um todo e obras one-shot. Tudo junto. Pode ser um bocado injusto para as obras autocontidas, reconheço, e até ponderei fazer um TOP exclusivamente para séries e outro para livros one-shot, mas depois achei que isso seria escolher demasiadas obras. Deixaria de ser um TOP 10 para ser um TOP 20. Até me facilitaria o processo, honestamente, mas acabaria por retirar destaque a este meu trabalho que procura ser de curadoria. Acabou por ser um exercício mais difícil, pois tive que deixar de fora obras que também adoro, mas acho que quem beneficia são os meus leitores que, deste modo, ficam com a BD que considero ser a "crème de la crème" de cada editora.

Permitam-me esclarecer que uma das obras da minha lista foi lançada pela chancela Teorema. Não é ASA, eu sei, mas como a Teorema é uma chancela do Grupo LeYa e a obra em questão é absolutamente obrigatória, achei por bem colocá-la nesta lista. 

Portanto, sem mais suspense, eis, mais abaixo, a melhor banda desenhada lançada pela ASA/LEYA nos últimos 5 anos em Portugal.


TOP 10 - A Melhor BD lançada pela ASA/LEYA entre 2020 e 2025


10. As 5 Terras
Autores: Lewelyn e Jérôme Lereculey
Lançamento do último álbum: Junho de 2025




Esta é uma série composta por uma mistura de aventura, mistério e uma exploração profunda de mundos fantasiosos interconectados, numa saga épica que está pensada para ter 30 volumes, divididos por seis arcos narrativos. 

Quem gostou da célebre obra de George R. R. Martin, A Guerra dos Tronos, facilmente gostará de As 5 Terras, afianço. Em As 5 Terras (também) temos familiares distantes a lutarem entre si pelo trono; (também) temos relações amorosas proibidas e secretas; (também) temos mortes inesperadas; (também) temos casamentos arranjados; (também) temos personagens com vários segredos, (também) temos várias cenas de ação gutural. Enfim, sendo uma história com animais, dificilmente poderia ser mais humana.

As 5 Terras resulta, pois, de um casamento feliz entre A Guerra dos Tronos, na maneira de ser, e Blacksad, na parte visual. Estamos perante uma trama carregada de intriga, que nos deixa agarrados e a chorar por mais, e por um trabalho de ilustração muito bom, que dificilmente não agradará ao mais exigente leitor de banda desenhada. Tem tudo para (também) ser um sucesso em Portugal!

Análise completa aos vários álbuns da série, aqui.


Álbuns de As 5 Terras já publicados pela ASA.


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9. Hoka Hey!
Autor: Neyef
Lançamento: Março de 2025




Hoka Hey!
é uma obra absolutamente fantástica, que encanta desde a primeira página e transporta o leitor para uma narrativa intensa e visualmente deslumbrante. Trata-se de uma banda desenhada que combina de forma magistral a força da sua história com uma estética impressionante, resultando numa experiência imersiva e emocionante.

Se a história é boa e madura, os desenhos de Neyef são um espetáculo à parte. O traço do artista é gracioso e moderno, demonstrando uma clara influência de diferentes tradições da banda desenhada, desde a escola franco-belga até ao mangá ou aos comics americanos. Se olharmos com atenção, todas essas influências estão bem presentes neste livro. E, claro, essa fusão de estilos confere à obra uma identidade visual única e dinâmica, que se reflete tanto nas personagens quanto nos cenários, sempre expressivos e cheios de vida.

Hoka Hey! é absolutamente obrigatório (até mesmo para quem não tem o hábito de ler western) e um daqueles livros que deixam uma marca duradoura em quem os lê. Com desenhos belíssimos, cores vibrantes, uma história cinematográfica e personagens memoráveis, Neyef entrega uma obra-prima da banda desenhada contemporânea, que merece ser apreciada e revisitada inúmeras vezes.

Análise completa a esta obra, aqui.


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8. Não Me Esqueças
Autora: Alix Garin
Lançamento: Outubro de 2023



A história centra-se em Clémence, uma jovem adulta que após verificar que a sua avó, Marie-Louise, se encontra a definhar num lar de terceira idade, decide "raptá-la", levando-a a fazer uma longa viagem de carro, com o intuito de regressar à sua casa de infância. Isto porque, com uma galopante doença de Alzheimer, Marie-Louise parece ter apenas algumas memórias difusas e dispersas, nomeadamente a dos seus pais. Não há volta a dar: Marie-Louise sente-se uma criança e teme que os seus pais lhe ralhem por chegar tarde a casa. Clémence decide então embarcar com a avó nesta viagem inusitada.

É certo que Alix Garin nos apresenta uma história que assenta na doença de Alzheimer e como é difícil e desafiante lidar com a mesma. Mas os intuitos narrativos da autora não se findam apenas aí. Como tal, Alix Garin explora a relação da própria protagonista Clémence com a sua mãe. Porque se há coisas certas na vida, é que todos nós caminhamos para a velhice. Alguns não chegam lá, é verdade, mas a cada dia, cada semana, cada mês, cada ano que passa, estamos mais velhos e vividos. O tempo não deixa de avançar e não tem qualquer complacência por tudo aquilo que não é eterno. Como nós. E se nos deixarmos distrair, essa passagem do tempo pode minar as nossas relações e as nossas vidas. Poderá, então, a avó Marie-Louise servir como uma lembrança para o quão efémera é a vida e a sanidade mental? As perguntas deixadas pela autora e as reflexões que as mesmas nos incentivam a fazer, fazem de Não Me Esqueças uma obra muito madura em termos narrativos.

Por todos esses motivos, "não esquecerei" o quanto Não Me Esqueças é uma belíssima obra de banda desenhada. A história, os desenhos e as cores são belas, sim, mas a bomba de emoções que a obra perpassa para o leitor, onde imperam sorrisos, mas, acima de tudo, lágrimas e um nó na garganta, são o que de mais marcante fica connosco.

Análise completa a esta obra, aqui.




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7. Long John Silver
Autores: Xavier Dorison e Matthieu Lauffray
Lançamento do último álbum: Novembro de 2021




Long John Silver 
é uma série com um enorme fulgor narrativo e um desenho carregado de alma e emoção, a que os amantes de boa banda desenhada franco-belga terão dificuldade em resistir. Ambientada no tempo dos piratas, a história é como que uma continuação da vida do pirata Long John Silver, uma personagem originalmente concebida por Robert Louis Stevenson no seu clássico da literatura A Ilha do Tesouro.

O desenho de Lauffray é verdadeiramente maravilhoso! Ao princípio, até pode parecer um traço algo rude e rápido, sem o detalhe a que o género franco-belga já nos habituou, mas um olhar atento permitir-nos-á compreender toda a aptidão e virtuosismo do autor, no desenho de magníficas paisagens; de fantásticas personagens, cujas expressões não mais esquecemos; de um mar que parece ter vida própria e ser um personagem por si só; do barco Neptuno e da sua imponência e fragilidade; das brilhantes cenas de ação e luta, das condições meteorológicas que, ora adversas, ora calmas, contribuem - em muito! - para a veracidade e dinâmica da narrativa gráfica. 

Long John Silver tem tudo o que uma boa banda desenhada deve ter: uma boa história, muito bem contada, com personagens inesquecíveis, com um pendor histórico, embora ficcional, e desenhos maravilhosos que elevam a nossa experiência de leitura. E, já agora, que futuramente venham mais séries de BD com piratas. Gosto bastante de cowboys, mas para mim os verdadeiros “badasses” sempre foram os piratas!

Análise completa aos vários álbuns da série, aqui.


Álbuns de Long John Silver, série integralmente publicada pela ASA.



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6. O Árabe do Futuro
Autor: Riad Sattouf
Lançamento do último álbum: Maio de 2024




O Árabe do Futuro
é uma história biográfica do autor franco-sírio Riad Sattouf e leva-nos à infância do mesmo, oferecendo-nos uma perspetiva única sobre as vivências e experiências de um rapaz filho de pai sírio e de mãe francesa. Naturalmente, este mix numa França que, diga-se o que se disser, nunca superou/aceitou totalmente bem a presença de imigrantes no seio da sua sociedade, levou Riad a ter um conjunto de interações marcantes. Mais do que isso, esta dualidade revela bem como se pode tornar difícil – embora, por vezes, cómica – a vida de um jovem que advém de origens tão diferentes. Por um lado, o seu pai tem uma mentalidade que não se coaduna com a forma de pensar francesa. Por outro lado, a sua mãe, não pode fugir ao facto de ter uma postura perante a vida e os valores da família muito mais ocidentais no seu âmago. E o resultado acaba por fazer com que Riad não se sinta um sírio "a sério", nem um francês "a sério".

Se o pai de Riad nos faz rir muitas vezes, com os seus exageros e com a forma como reage a várias situações, também é verdade que sentimos um misto de emoções por ele, pois parece que, gradualmente, as suas convicções algo perigosas e radicais face ao mundo ocidental, começam a ganhar força e acabamos por não gostar assim tanto desta personagem. Mas, por outro lado, repito, também gostamos dele! Ou seja, é criada uma dicotomia brilhante e verdadeiramente real. Tal como na vida real, as pessoas não são unidimensionais e, portanto, estão povoadas de qualidades e defeitos. Assim são os pais de Riad. Especialmente o seu pai. E é maravilhosa a forma como o autor, numa banda desenhada que aparenta ser tão divertida e descomplexada, consegue este feito.

É uma obra fantástica! História pertinente, bem narrada, bem ilustrada e que nos vai prendendo às personagens. Se estive muitos anos cético quanto a ela, fiz bem em ceder ao meu preconceito!

Análise completa aos vários álbuns da série, aqui.


Álbuns de O Árabe do Futuro, série integralmente publicada pela Teorema, uma chancela do grupo LeYa, do qual a ASA também faz parte.


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5. Dias de Areia
Autora: Aimée de Jongh
Lançamento: Julho de 2024



Esta é uma obra muito forte a todos os níveis, pois combina uma narrativa histórica interessante - sobre um tema de que não se fala muito - com uma forte componente visual, enquanto nos dá conteúdo para reflexão. Não é apenas um livro histórico bem desenhado, é (bastante) mais do que isso!

A história passa-se durante a Grande Depressão nos Estados Unidos, mais especificamente durante o "Dust Bowl", um período de tempestades de areia devastadoras que atingiram o centro-sul dos EUA na década de 1930. Este cenário histórico é crucial para entender o ambiente e as dificuldades enfrentadas pelas personagens.

Se a história é bela, bem documentada e bem construída, os desenhos de Aimée de Jongh também são verdadeiramente bonitos! O seu estilo de ilustração é moderno e acessível para muitos gostos, apresentando um traço semi-caricatural, de aspeto muito franco-belga. As personagens exibem um código de expressividade muito bem desenvolvido. A própria conceção dos cenários também é verdadeiramente bela.

Dias de Areia é uma obra comovente que combina história, arte e narrativa de forma magistral. Aimée de Jongh cria uma experiência imersiva que não só informa, mas também toca o coração do leitor. É uma leitura recomendada para todos!

Análise completa a esta obra, aqui.


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4. Tananarive
Autores: Sylvain Vallée e Marc Eacersall
Lançamento: Março de 2024



Nem sempre, mas - felizmente! - várias vezes, acontece que surja uma obra que parece ter sido feita à nossa medida. Dizendo-nos aquilo que precisávamos de ouvir, mostrando-nos aquilo que precisávamos de ver e fazendo-nos sentir aquilo que precisávamos de sentir. Tananarive pode muito bem ser essa obra! 

Vou até mais longe e confidencio-vos que, para alguém que está sempre a ler tanta banda desenhada - e ainda que eu seja um confesso otimista que procura o lado positivo de cada obra - nem sempre todos os livros têm a capacidade e aptidão de nos tocarem de tal modo que, trazem consigo alguma mudança na forma como olhamos para o mundo e, por conseguinte, nos levam a mudar a nossa própria vida. Mas, claro, há obras que ainda nos conseguem surpreender. Tananarive é, pois, perfeito da primeira à última página, da primeira à última palavra. 

É uma obra que acaba de ganhar lugar de destaque na minha biblioteca pessoal! Eis um livro que me comoveu, divertiu e fez refletir como há algum tempo isso não acontecia. 

Sem dúvida uma obra que merece a minha chancela de “obrigatória” para todos os amantes de banda desenhada! E não só! Quem gosta de uma boa história também pode e deve mergulhar neste Tananarive!

Análise completa a esta obra, aqui.


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3. Um Oceano de Amor
Autores: Lupano e Panaccione
Lançamento: Fevereiro de 2025




Um Oceano de Amor conta a história de um pescador da Bretanha. Como tantos outros, todos os dias se levanta ainda de madrugada para se fazer ao mar, como forma de salvaguardar o seu ganha-pão. Mas há um dia em que o seu pequeno barco é acidentalmente pescado por um gigante navio-fábrica, daqueles que em poucos segundos arrastam cardumes inteiros para as suas enormes redes de pesca. Isso obriga a que o pescador não volte para casa onde a sua devota esposa está à sua espera. 

Este é o gatilho para que o leitor embarque nesta aventura que se divide em duas jornadas paralelas: a do próprio pescador, que tenta sobreviver num mar que raramente dá tréguas, e a da sua esposa que, corajosamente, põe mãos à obra de forma pró-ativa e vai tentar encontrar o seu marido onde quer que ele esteja. 

Este é um livro delicado, belo, poético, original, marcante e que, através de todas as sensações que evoca, nos consegue tocar de tal forma que ora vamos às lágrimas de comoção, ora vamos às lágrimas de riso.

Um Oceano de Amor revela-nos a quantidade de coisas que podemos dizer sem emitir qualquer palavra, a quantidade de sons que podemos emitir sem produzir qualquer ruído e a quantidade de amor, emoção e ternura que um conjunto de rabiscos coloridos - vulgo, desenhos - conseguem produzir no leitor. É magia aquilo que Lupano e Panaccione conseguem fazer neste livro, transformando-o numa obra prima da banda desenhada e num livro absolutamente obrigatório!

Análise completa a esta obra, aqui.


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2. Spirou - A Esperança Nunca Morre...
Autor: Émile Bravo
Lançamento: Março de 2024



Se Diário de Um Ingénuo funciona como um convite de entrada para o universo imaginado por Émile Bravo para a personagem de Spirou, este A Esperança Nunca Morre..., uma mini-série com quatro volumes, que continua a história de Diário de Um Ingénuo, mergulha-nos num enredo (mais) adulto, (mais) pesado, (mais) triste e que nos deixa sem rede perante a forma como uma criança, ou um jovem, enfrenta a dura realidade. A Esperança Nunca Morre bem que podia chamar-se “Como Perdem os Jovens a Esperança no Mundo”. Sim, é bom que a esperança nunca morra, mas aos olhos dos crimes de guerra que a humanidade perpetra sobre si mesma, essa esperança vai sendo cada vez mais ténue. 

A ação decorre em Janeiro de 1940, já durante a Primeira Guerra Mundial. Em Bruxelas, os habitantes debatem-se com um inverno rigoroso, enquanto vão assistindo à, cada vez mais inevitável, chegada da Grande Guerra. Fantásio alista-se no exército belga e Spirou mantém-se como o paquete do Hotel Moustic.

A maneira como Émile Bravo aborda esta icónica personagem, mergulhando profundamente nas suas origens, bem como nas célebres personagens que orbitam à volta do paquete de hotel mais famoso do mundo, é verdadeiramente única, bela e uma proposta irrecusável para qualquer amante de banda desenhada europeia!

Análise completa aos vários álbuns da série, aqui.


Álbuns de Spirou - A Esperança Nunca Morre..., série integralmente publicada pela ASA.


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1. Peter Pan
Autor: Régis Loisel
Lançamento: Março de 2024



Esta é a adaptação que Régis Loisel faz de Peter Pan, a obra original de J.M. Barrie que será, possivelmente um dos contos infanto-juvenis mais famosos de sempre. Conceitos como a terra do nunca, onde as crianças nunca crescem; a fada sininho; os meninos órfãos; o capitão gancho e o crocodilo que o persegue; os índios; as sereias; ou a habilidade de Peter para voar; passaram a fazer parte da cultura popular. E já nem falando no clássico de animação da Disney que tanto marcou o cinema e a sociedade. 

Mas este não é um Peter Pan para crianças. A história é adulta, negra e pesada e está repleta de cenas violentas aterrorizantes, inúmeras cenas de nudez e uma linguagem que, por vezes, até é ordinária. Loisel fez a tarefa prodigiosa de misturar o universo fantástico de J.M. Barrie com o ambiente de uma Londres suja e pobre, bem ao jeito das obras de Charles Dickens, mais concretamente da sua maior obra, Oliver Twist.

Onde este Peter Pan é verdadeiramente sublime é na abordagem de psicologia que traz consigo. Com efeito, sublinha-se a questão da infância enquanto uma idade que, contrariamente ao que todos nos parecem ensinar, é violenta e descaradamente marcante na vida dos adultos. Todos os adultos já passaram pela infância e todos eles, de forma melhor ou pior, acabaram por crescer. E crescer significa ganhar ou significa perder? Será a idade da infância o nosso mais fértil período? E, por esse motivo, o mais perigoso período? E serão os sonhos e a vida que temos na imaginação uma outra forma de realidade, já que condiciona de forma concreta a nossa vida, dita “real”? E qual a importância de uma mãe nas nossas vidas? Conceitos adultos e oriundos do universo da psicologia, como o complexo de Édipo, a maternidade não-assumida ou a violência infantil são trazidos por Loisel para esta adaptação.

Peter Pan é uma autêntica obra-prima da banda desenhada mundial e é obrigatório numa boa estante de banda desenhada. Não fica nada atrás das igualmente geniais versões original de J.M. Barrie ou da fabulosa adaptação pela Disney. Não é “mais uma adaptação”. Régis Loisel acaba por ser um verdadeiro génio ao serviço da banda desenhada: porque desenha e escreve (ou reescreve) de forma absolutamente magistral.

Álbuns de Peter Pan, série integralmente publicada pela ASA.

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