segunda-feira, 18 de agosto de 2025

TOP 10 - A Melhor BD lançada pela Comic Heart nos últimos 5 anos!


Hoje apresento-vos aquela que foi a melhor banda desenhada editada pela Comic Heart nos últimos 5 anos. Bem sei que esta é uma chancela que, atualmente, pertence à cooperativa editorial A Seita, da qual já aqui fiz um TOP 10, mas tendo em conta o facto de a Comic Heart se especializar em banda desenhada de autores nacionais, faz sentido que se assinale quais as 10 melhores obras de banda desenhada que esta chancela lançou nos últimos 5 anos.

Até porque a Comic Heart tem no seu catálogo alguns dos nomes maiores da banda desenhada nacional, o que revela bem a importância que foi conquistando ao longo da sua história recente.

Convém relembrar que este conceito de "melhor" é meramente pessoal e diz respeito aos livros que, quanto a mim, obviamente, são mais especiais ou me marcaram mais. Ou, naquela metáfora que já referi várias vezes, "se a minha estante de BD estivesse em chamas e eu só pudesse salvar 10 obras, seriam estas as que eu salvava".

Deixo-vos então, mais abaixo, com as 10 melhores bandas desenhadas editadas pela Comic Heart nos últimos 5 anos:




TOP 10 - A Melhor BD lançada pela Comic Heart entre 2020 e 2025


10. Uma Chama Imensa
Autor: Ricardo Venâncio
Lançamento: Julho de 2022




A história do protagonista, Yuri, podia passar-se em qualquer clube grande de futebol. Com 17 anos de idade, o jovem é considerado um trinco muito promissor e prepara-se para assinar o seu muito desejado primeiro contrato profissional com o Benfica, quando tem uma grave lesão que o retira dos relvados durante longos meses. Como "um mal nunca vem só", depois disso a sua mãe fica desempregada e Yuri ainda vê a sua namorada afastar-se de si. E, a juntar a tudo isto, o Benfica ainda contrata um novo jogador estrangeiro para a posição de Yuri. Uma Chama Imensa, mais do que ser um livro sobre o Benfica, é um livro sobre a procura de um sonho, sobre as adversidades que se atravessam na demanda por esse sonho e, bem… no amor pelo desporto-rei. 

O ponto mais alto nos desenhos deste livro são as partes mais oníricas, fruto da imaginação de Yuri, em que Ricardo Venâncio se presta a dar-nos belas imagens, bastante estilizadas e profundas, que certamente deixarão satisfeitos os adeptos de futebol. A magia de ter um estádio cheio de gente a torcer pelo clube para o qual jogamos, a sensação de raça, de ultrapassar os adversários, de triunfar, de vencer... está lá tudo nos desenhos que Ricardo nos dá! E que jovem português é que, algures na sua infância, não sonhou com isto? Diria que serão mais os que sonharam do que os que não sonharam. 

A história de Uma Chama Imensa pode parecer clichet a vários níveis, mas não deixa de ser uma narrativa que nos prende do primeiro ao último momento e onde Ricardo Venâncio consegue mostrar bem as suas belas qualidades enquanto ilustrador de BD. Recomendado para adeptos de BD ou de futebol. Quanto aos que são adeptos do Benfica – quer gostem de BD ou não – parece-me que Uma Chama Imensa é absolutamente obrigatório.

Análise completa a esta obra, aqui.


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9. A Assembleia das Mulheres
Autor: Zé Nuno Fraga
Lançamento: Abril de 2020


Sendo este A Assembleia das Mulheres uma adaptação da famosa peça de teatro grega, Ecclesiazusae, de Aristófanes, demarca-se de tudo o que já vi em termos de lançamentos de banda desenhada portuguesa. 

A história assenta num grupo de mulheres atenienses que se juntam de madrugada, vestidas com as túnicas dos seus maridos e munidas de barbas postiças, com o plano de reclamarem para si os destinos da governação do país. E, na manhã seguinte, fazendo-se passar por homens, marcam presença na assembleia dos homens e, com um discurso inflamado da sua líder Praxágora, acabam por conseguir instituir uma ditadura das mulheres.

O resultado não poderia ser outra coisa do que uma caricata situação, por vezes roçando o non sense, que nos leva a situações divertidas. E é aqui que a adaptação da peça grega à banda desenhada, por parte de Zé Nuno Fraga, encaixa que nem uma luva. As ilustrações do autor português são muito caricaturais, com expressões exageradas e divertidas, que facilmente nos colocam um sorriso na cara. Diria que é um casamento perfeito entre o texto e a arte. 

Eis um livro nacional que, com alguma pena minha, tem sido pouco referenciado, mas que é muito bem conseguido e totalmente recomendável.

Análise completa a esta obra, aqui.


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8. Bestiário da Isa
Autora: Joana Afonso
Lançamento: Outubro de 2022




Bestiário da Isa
dissipa as dúvidas de quem quer que fosse o cético que (ainda) não considerava Joana Afonso como uma das autoras de banda desenhada mais relevantes do país.

A história coloca-nos a seguir a vida da protagonista, Isa, que trabalha numa empresa de controlo de pragas. Mas não estamos a falar do tipo de pragas que conhecemos como as de baratas ou de ratos. Não. Estamos a falar, isso sim, de pragas a envolver monstros. O trabalho de Isa é, pois, o de capturar estes monstros, sempre que a sua empresa é chamada. No entanto, a personagem vive numa situação precária, com sentimentos mistos, pois o seu sonho era o de ser investigadora destes animais bizarros e míticos. Tendo de os caçar, Isa também nutre por estas criaturas um sentimento de admiração.

Devo dizer que Joana Afonso foi deveras inteligente ao saber colocar numa só história tudo aquilo que, através dos seus desenhos, tem revelado apreciar: os monstros e as figuras mitológicas, bem como as personagens humanas, com quem simpatizamos imediatamente. Está cá tudo em Bestiário da Isa!

Bestiário da Isa só surpreenderá aqueles que ainda não sabem que Joana Afonso é uma autora magnífica, carregada de originalidade e de um trabalho ímpar. Este é um livro que aponta para um público mais jovem, mas não é por isso que a obra não pode - e deve! - ser lida por toda e qualquer pessoa que goste de banda desenhada.

Análise completa a esta obra, aqui.

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7. O Mangusto
Autora: Joana Mosi
Lançamento: Maio de 2023




O Mangusto 
apresenta-nos a personagem de Júlia, que tem que lidar com uma enorme catástrofe quando se apercebe que a pequena horta que cultiva no seu jardim de casa, parece ter sido destruída por um mangusto. Não sabem o que é um mangusto? É um pequeno mamífero, semelhante a uma suricata, que pode ser encontrado em África ou na Península Ibérica, por exemplo. Mas, na verdade, não é o mangusto o ponto fulcral da história. O mangusto não passa de uma manobra de diversão. Quer para a personagem, quer para a autora, quer para os leitores. Na vida adulta, muitas vezes não admitimos a presença de elefantes nas nossas salas, de coisas que precisam (e têm) de ser alteradas, corrigidas, anuladas, ultrapassadas, esquecidas. 

O Mangusto é, acima de tudo, uma história sobre o luto e sobre como é difícil - e por vezes até parece ser impossível - que avancemos com a nossa vida depois de perdermos uma peça fundamental para a nossa existência. É, pois, comum que entremos em negação e procuremos não encarar o problema que temos à nossa frente. Após perder Paulo, Júlia fica num estado apático e alienado perante a vida, e toda a sua energia parece concentrar-se em encontrar e exterminar – de uma forma suave – este mangusto. Ela nunca o viu e até pode muito bem não existir, mas o foco neste pequeno bicho serve como um pretexto para a sua vida, naquele momento.

O nó no coração instala-se e é difícil que não nos identifiquemos com algo do que nos é dado. Ou que não nos lembremos daquela vez em que a vida nos tirou o tapete do chão e nos fez cair, ou das diversas vezes em que, sem capacidade de avançarmos, insistimos em desviar o olhar do verdadeiro problema e centramo-nos em coisas pequenas e sem importância do dia-a-dia.

Neste livro, Joana Mosi aparece quase irreconhecível em relação ao que tinha feito no passado e dá-nos a sua obra mais madura e de maior fôlego. É um livro que nos pede para pararmos para pensar na melhor forma de enfrentarmos os “elefantes na sala”, que todos temos, de uma forma ou de outra, mas aos quais fazemos vista grossa.

Análise completa a esta obra, aqui.

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6. Andrómeda
Autor: Zé Burnay
Lançamento: Janeiro de 2020



Há aquelas obras que parecem diferentes de tudo o que já lemos. Pelo desenho, pela narrativa, pelo mundo criado, pela originalidade, por algo que a torne única. Andrómeda ou O Longo Caminho para Casa é uma dessas obras. Inquietante e maravilhosamente bela, é um regalo para a banda desenhada nacional. 

A história acompanha um nómada que faz uma viagem surreal, como se estivesse dentro de um sonho. Embora, diga-se, a certa altura, parecemos penetrar num outro sonho, dentro do sonho original. Tal como Christopher Nolan nos mostrou no seu filme Inception. A paisagem é pós apocalíptica, com uma peculiar casa, cenários desérticos ou florestas luxuriantes a servirem de pano de fundo a esta história, fruto de um imaginário bastante profundo. Somos então mergulhados numa história carregada de simbolismo e terror. 

A arte visual de Andrómeda ou O Longo Caminho para Casa é absurda, de tão boa que é. Uma obra que parece uma mulher perfeita na sua beleza, embora carregada de indefinições ou de mistérios. Zé Burnay é um virtuoso do desenho que nos deixa de boca aberta, da primeira à última página. E a ideia de saber que este livro é fruto de um autor português, faz-me sorrir e manter a esperança que todos saibamos valorizar a qualidade da banda desenhada nacional, que já vai sendo tão boa.

Análise completa a esta obra, aqui.

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5. Boarding Pass
Autor: Ricardo Santo
Lançamento: Maio de 2024



A história de Boarding Pass centra-se em vários imigrantes que tentam a sua sorte na cidade de Barcelona, local que acolhe tanta gente vinda de fora da cidade e do país. A história foca-se-se especialmente em quatro mulheres que formam uma banda de rock feminista e têm, cada uma delas, os seus próprios problemas e dificuldades de subsistência numa cidade onde conseguir uma casa a custos decentes se torna cada vez mais uma miragem. A especulação imobiliária, os despejos, as demolições, a ocupação dos edifícios são uma constante e, neste Boarding Pass, essa é a fonte de todos os problemas, fazendo com que um submercado à margem da lei evolua cada vez mais. Paralelamente, acompanhamos também o percurso de Oumar, que ao procurar por uma melhor vida em Barcelona, se vê arrastado para (e por) uma rede criminosa. O destino de Ângela, a guitarrista da banda de rock, acaba por se cruzar com o de Oumar já que este também é músico.

A história adota um estilo slice of life, em que nos vão sendo dados vários capítulos nas vidas das personagens e na forma como os seus caminhos acabam, todos eles, por se entrelaçar. E Ricardo Santo é bem sucedido em deixar o leitor sempre ligado a estas personagens com que é fácil criar um relacionamento. 

Em termos de desenho, o autor parece (ainda) mais inspirado do que em álbuns anteriores. Todas as suas personagens são carismáticas e bem desenhadas, fazendo com que, só por olharmos para elas, possamos identificar características da sua maneira de ser e estar. As mulheres são bonitas (e apetecíveis), os homens têm carisma e os cenários são belos. 

Boarding Pass confirma o enorme potencial que existe em Ricardo Santo para ser um autor incontornável na banda desenhada portuguesa. 

Análise completa a esta obra, aqui.

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4. Sol
Autor: Diogo Carvalho
Lançamento: Maio de 2024




Se as ilustrações de Sol são belas, isso já não seria uma grande surpresa para aqueles que acompanham o trabalho de Diogo Carvalho. O que foi uma surpresa para mim, foi a qualidade do argumento deste livro. E quando falo na "qualidade do argumento", não me refiro a uma “história bonita” ou “história filosófica” ou “história intelectual”… Refiro-me, isso sim, a uma história bem arquitetada, bem montada, bem pensada. Sol tem isso tudo. Simples e até expetável, concedo, mas muito bem construída.

A história decorre num futuro longínquo, em planetas distantes. À boa maneira de um western clássico, a história arranca quando uma jovem misteriosa de nome Sol chega ao planeta Eve 979183, à cidade de East of Eden. A xerife Nia, que controla os desígnios dessa localidade, olha com desconfiança para Sol. E toda esta desconfiança resulta da forma como os humanos têm estado a explorar os planetas. De um modo usualmente humano, os recursos dos planetas vão sendo explorados sem eira nem beira, sendo depois, quando já não são bons assets para os humanos, votados ao esquecimento. Uma parte da população desses planetas permanece nos mesmos, ousando resistir e encontrar uma forma de vida. Neste caso, o planeta principal, ou central, é Ithaca e é aí que residem as classes mais ricas com mais capacidade para explorar os restantes planetas.

Sol está carregada de pormenores deliciosos e numerosas camadas que a tornam "complexamente simples" - ou "simplesmente complexa", como preferirem. E isso é algo típico nos filmes de culto que marcaram eras. Como tal, considero que Sol conquistará, com a passagem dos anos, a etiqueta de “BD de culto” nacional. No momento presente, esta afirmação pode soar a exagero, mas daqui a uns 10 anos, veremos se não tenho razão.

Análise completa a esta obra, aqui.

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3. Fojo
Autor: Osvaldo Medina
Lançamento: Novembro de 2024



Depois de finda a leitura deste Fojo, uma coisa é certa: não só estamos muito provavelmente perante a obra mais madura e conseguida de Osvaldo Medina como, além disso, estamos perante um clássico instantâneo da banda desenhada portuguesa. Daqui a cinco, dez, quinze, vinte, trinta, quarenta, cinquenta, cem anos, Fojo continuará a ser uma obra marcante e emblemática da banda desenhada nacional. E é isso que define um clássico instantâneo.

O ambiente sombrio e opressivo de Fojo é um dos grandes trunfos da obra. Medina transporta o leitor para uma aldeia portuguesa isolada, perdida no tempo e num punhado de crenças e mitos. Se os elementos culturais afastam esta pequena aldeia da suposta modernidade urbana da(s) grande(s) cidade(s), também as condições climatéricas que a pequena localidade enfrenta, com rigorosos e gélidos invernos, onde a neve pinta o solo de brancura, deixam ainda mais isolada esta aldeia do restante Portugal.

A narrativa ganha força ao explorar os recantos mais sombrios da condição humana, revelando traumas, segredos e medos que são universais, mas apresentados com uma autenticidade profundamente enraizada na cultura e nas crenças locais. A aldeia assume-se, pois, como um pano de fundo perfeito para o mistério e para a tensão que dominam a história.

Fojo é muito mais do que uma história de mistério e suspense; é uma exploração crua e brutal da natureza humana, embalada numa narrativa visual de excelência. Osvaldo Medina, que volta a reafirmar-se como um dos maiores nomes da BD portuguesa, entrega-nos uma obra que é ao mesmo tempo perturbadora e fascinante, capaz de capturar a atenção do leitor do início ao fim. Trata-se de um marco significativo na banda desenhada portuguesa e uma leitura indispensável para os amantes da 9ª Arte. Do autor, espero apenas uma coisa: que nos continue a dar mais obras a solo deste gabarito!

Análise completa a esta obra, aqui.

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2. Tu és a Mulher da Minha Vida, Ela a Mulher dos meus Sonhos
Autores: Pedro Brito e João Fazenda
Lançamento: Setembro de 2021




Há obras que pura e simplesmente parecem trilhar o seu próprio caminho de uma forma única e fluída. Que chegam até nós e, sem pedir licença, se afirmam comodamente como representativas de algo único e sofisticado. Como se tivessem vida própria e marcassem um meio artístico. É o caso deste Tu és a mulher da minha vida, ela a mulher dos meus sonhos. Um título grande e inspirado para uma obra cuja marca na banda desenhada nacional se fez sentir desde o seu lançamento original, então pela editora Polvo, em 2000, e se mantém intacta passadas mais de duas décadas.

Em termos de história, acompanhamos a vida de um casal, Tomás e Elsa, que se encontra em crise conjugal. Cada um dos elementos está cada vez mais afastado do outro. Os caminhos, interesses e paixões de ambos parecem estar a separar-se, sem que seja possível mudar esse rumo. Ela é artista plástica e ele é escritor. Um dia, Tomás compra a uma idosa uma planta que, julga ele, pode bem ser a sua musa inspiradora, já que há muito não se sente verdadeiramente inspirado para as suas escritas. 

Esta é uma daquelas obras que se mantém atual passados todos estes anos. E isso justifica-se, a meu ver, por duas razões: 1) a abordagem visual, de tão original e única, tem e terá sempre o seu espaço próprio, não sofrendo obsoletismos com a passagem dos anos; e 2) o próprio argumento, sendo mundano e focado nas relações humanas e respetivos problemas que enfrentamos, será sempre tema presente nas nossas vidas. 

Esta é uma obra original, marcante, e, até, seminal na sua abordagem à banda desenhada. Fica-se com aquela sensação de que nunca se leu um livro igual e, provavelmente, nunca se voltará a ler um livro igual. Nem mesmo no caso de serem os mesmos autores a tentarem esse feito. Imperdível e um dos melhores álbuns da banda desenhada portuguesa. De sempre.

Análise completa a esta obra, aqui.

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1. O Grande Gatsby - A Novela Gráfica Definitiva
Autores: Ted Adams e Jorge Coelho
Lançamento: Outubro de 2023



A história de O Grande Gatsby é sobejamente conhecida. Na verdade, o romance original de F. Scott Fitzgerald é considerado uma obra-prima da literatura americana (e mundial) e, tendo uma história ambientada no período dos loucos anos 1920, continua, ainda assim, a ter ressonância no mundo atual. 

Além de ser uma história de amor e tragédia, O Grande Gatsby também tem a valência de traçar uma crítica à sociedade americana do início do século XX. A trama é centrada em torno do misterioso Jay Gatsby e na sua obsessão por Daisy Buchanan. Fitzgerald, através do olhar perspicaz do narrador Nick Carraway, destaca as falhas de uma sociedade obcecada pela ostentação e pela superficialidade. Assim, a representação do "Sonho Americano" traz consigo uma crítica muito presente na obra.

A adaptação para banda desenhada deste magnífico livro ficou a cargo de Ted Adams, autor americano que nos dá uma adaptação bastante competente. . 

Já as ilustrações que nos são oferecidas pelo português Jorge Coelho são de tirar o fôlego. Se há castings perfeitos, julgo ser justo dizer que o autor português foi a escolha certa para esta adaptação! Ao longo de toda a obra, o seu estilo de ilustração mantém-se extremamente detalhado, com uma a atenção ao pormenor e uma desenvoltura técnica que chegam a ser impressionantes. Cada personagem, cada cenário, cada casa, cada automóvel, cada ambiente indoor ou outdoor é executado de forma maravilhosamente inspirada por Coelho. Há uma candura e elegância nas personagens, nos trajes das mesmas, na eloquência dos seus gestos e naquilo que a história procura passar.

Este O Grande Gatsby, de Jorge Coelho e Ted Adams, é bem capaz de ser a melhor BD desenhada por um português. De sempre! Absolutamente imprescindível! Para os que leem e para os que não leem banda desenhada, este é um livro obrigatório para comprar e/ou oferecer! 

Análise completa a esta obra, aqui.

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