Hoje apresento-vos os 10 livros mais relevantes que li da editora Kingpin Books e que foram lançados nos últimos 5 anos, período de existência do Vinheta 2020.
A Kingpin Books foi responsável pela produção e lançamento de muita da banda desenhada nacional - e não só - relevante que foi editada em Portugal nos últimos 15 anos. Infelizmente, a cadência editorial da editora portuguesa decaiu um pouco nos últimos anos, embora a qualidade dos livros editados continue a ser muito boa. Dito por outras palavras, são poucos, mas bons os livros que têm saído da fornalha da Kingpin.
Convém relembrar que este conceito de "melhor" é meramente pessoal e diz respeito aos livros que, quanto a mim, obviamente, são mais especiais ou me marcaram mais. Ou, naquela metáfora que já referi várias vezes, "se a minha estante de BD estivesse em chamas e eu só pudesse salvar 10 obras, seriam estas as que eu salvava".
Sem mais demoras, eis aqueles que considero que são os 10 melhores livros de banda desenhada editados pela Kingpin entre 2020 e 2025.
TOP 10 - A Melhor BD lançada pela Kingpin Books entre 2020 e 2025
Autor: Mário Freitas
Lançamento: Outubro de 2022
Este é um curto livro de 16 páginas em que o autor nos convida a uma divagação narrativa de teor onírico sobre a procura de uma identidade e a tentativa de ruptura com aquilo que é suposto ser, só porque é o pré-estabelecido. Aquilo que os outros esperam de nós e aquilo que nós mesmos queremos ser. É um bom mote, diria.
Há que dizer que Mário Freitas merece, em primeiro lugar, o meu louvor pela tentativa, pela coragem e pelo passo em frente que deu, ao atirar-se para fora de pé e proporcionar-nos esta primeira BD feita com o auxílio da Inteligência Artificial.
Em termos de argumento, e sabendo de antemão que foram as experiências visuais de Mário Freitas que o levaram a construir, posteriormente, uma história que ligasse todos os pontos, acho que este A Polaroid em Branco encerra em si um belo exercício criativo. Logicamente, isto também faz com que, de certo modo, a história possa parecer algo "amarrada" e que navega ao sabor da corrente visual.
A Polaroid em Branco vale mais pelo statement que traz consigo e por ser um livro que, aconteça o que acontecer, ficará na história da banda desenhada portuguesa como a primeira BD ilustrada com o auxílio da IA. Devido ao seu carácter experimental, não será um livro perfeito. Mas, tal como tudo aquilo que é pioneiro, traz consigo essa mesma valência de ser o primeiro em algo, o que, certamente, influenciará novas tentativas de outros autores no futuro. Que assim seja.
Análise completa a esta obra, aqui.
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Autores: Mário Freitas, Derradé e Beatriz Duarte
Lançamento: Setembro de 2023
Com apenas 16 páginas de banda desenhada, sendo este mais um lançamento da chancela Mario Breathes Comics, Mário Freitas aventurou-se numa história de humor e, para tal empreendimento, fez-se acompanhar de Derradé, um nome maior na banda desenhada nacional humorística, e da filha deste, Beatriz Duarte, que coloriu o livro. Há Quem Queira que a Luz se Apague é (mais) um exercício bem-vindo, especialmente direcionado à comunidade bedéfila portuguesa, por apresentar personagens e ideias que serão mais facilmente compreendidas pela mesma do que por alguém que seja fora do meio. As tais "inside jokes".
Alvitrando o perigo de uma sociedade cinzenta em que o humor é considerado como uma subversão que merece ser punido como crime, Há Quem Queira que a Luz se Apague apresenta-nos neste cenário distópico uma crítica social afiada em que Dário (Derradé) e Álvaro (outro relevante autor de banda desenhada portuguesa) são “os últimos humoristas vivos”, aprisionados num centro de detenção que procura inibir qualquer tipo de humor. A sátira proposta apresenta uma sociedade que teme o riso e a irreverência e onde há forças que tentam extinguir a criatividade, a originalidade e, em última análise, a empatia.
O desenho é bem ao estilo daquilo que Derradé já nos habituou, embora as cores de Beatriz Duarte sejam bem-vindas para dar luz e cor aos mesmos, tornando-os mais apelativos.
Embora considere que o curto formato de 16 páginas tenha sido insuficiente para melhor desenvolver a ideia desta obra e saber ligar algumas pontas soltas que a mesma deixa no ar, gostei do que li. Uma nova parceria, numa obra mais extensa, entre estes autores poderia ser muito bem-vinda.
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Autores: Nuno Duarte, João Lemos, Osvaldo Medina, Rita Alfaiate e André Caetano
Lançamento: Outubro de 2024
O Punhal junta nomes muito relevantes da banda desenhada nacional, como Nuno Duarte, João Lemos, Osvaldo Medina, Rita Alfaiate e André Caetano, e é dividido por quatro histórias - cada uma delas com argumento de Nuno Duarte e ilustrada pelos ilustradores supramencionados - que têm em comum o facto de orbitarem em torno de um objeto físico: o punhal que dá nome à obra.
Cada uma das histórias ocorre em tempos diferentes: em 1916, período em que o mundo estava (mais uma vez) dividido ao meio, devido à Primeira Guerra Mundial; em 1974, em vésperas do 25 de Abril, num Portugal ainda controlado pela PIDE; em 2001, no exato momento em que as Torres Gémeas, em Manhattan, foram alvo de um ataque terrorista; e em 2222, num futuro relativamente longínquo onde as (des)humanas relações entre os intervenientes são assunto principal.
Em cada uma destas histórias, constituídas escrupulosamente por 14 pranchas, o mesmo punhal marca presença. Gosto desta ideia de unir várias histórias, no tempo e no espaço, através de um artefacto físico, mesmo que essa união em termos de argumento não tenha sido, a meu ver, tão orgânica como poderia ter sido.
O Punhal prima especialmente por marcar o regresso de Nuno Duarte ao lançamento de nova banda desenhada e por este trazer consigo uma quase mão cheia de ilustradores. Fica um pouco aquém do enorme potencial que a premissa de usar um punhal como elemento agregador das quatro histórias teria, mas é, ainda assim, um interessante livro de BD que vale a pena conhecer.
Análise completa a esta obra, aqui.
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Autores: Miguel Peres e Majory Yokomizo
Lançamento: Outubro de 2021
Em O Pescador de Memórias, Miguel Peres assume-se como um argumentista notável e sensível, que sabe levantar questões e reflexões pertinentes nas suas obras.
Lethe, o protagonista desta história, sofre de Alzheimer. E está a perder as suas próprias memórias, de um momento para o outro, sem que o consiga evitar. Ainda se aventura a tentar pescar as memórias que nadam algures nesse imenso mar do esquecimento. Mas essa é uma tarefa que vai sendo cada vez mais difícil.
E se pensarmos que todos nós somos o resultado das memórias e vivências passadas, é fácil perceber como Lethe se encontra à deriva da sua própria vida e auto-conhecimento. Miguel Peres aborda com sensibilidade – mas sem se tornar lamechas – a questão da doença de Alzheimer.
Esta é uma história cheia de alegorias e metáforas, onde está presente uma grande (demasiada?) dose de simbologia que, se por um lado, revela-nos um Miguel Peres mais maduro e mais cuidadoso nos temas que aborda - e especialmente na forma como os aborda -, por outro lado, também torna a leitura demasiado livre a interpretações para quem a lê.
O Pescador de Memórias é um bom livro, onde Miguel Peres aparece, mais uma vez, bastante inspirado, a levantar questões relevantes e maduras nas entrelinhas do seu argumento. A arte visual não estando, a meu ver, ao mesmo nível da pretensão do argumento, consegue, ainda assim, decorar com belas cores esta história, que nos faz pensar de forma agridoce sobre a nossa vida. Merece ser lida.
Análise completa a esta obra, aqui.
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Autores: André Oliveira, Jorge Coelho, André Caetano, Filipe Andrade, Nuno Plati, Ricardo Cabral, Ricardo Tércio e Ricardo Drumond
Lançamento: Junho de 2023
Originalmente editada pela editora Polvo com o título Milagreiro, esta obra foi editada em Junho de 2023 pela Kingpin e na língua inglesa, com o título Miracle Worker. Esta nova edição foi feita em capa dura, num formato maior, com uma nova ilustração de capa, nova legendagem, cores melhoradas e um novo epílogo.
Miracle Worker é uma obra que mistura ação, fantasia e mistério, construída em cinco capítulos que formam uma narrativa coesa e intensa.
A história acompanha Aya, que após a morte enigmática do seu irmão Cyril, se vê forçada a enfrentar uma organização poderosa e sombria para descobrir a verdade. Com a ajuda de Heron, um assassino em vias de abandonar a sua carreira, Aya mergulha num percurso que a conduz até ao inferno, onde terá de lidar com forças maiores do que ela própria.
A questão que perpassa toda a obra é se os milagres existem, e até onde é possível ir para os alcançar.
Com tantos e tão bons ilustradores a contribuirem para este livro, um dos aspetos mais marcantes do mesmo é, está claro, a diversidade visual, com estilos distintos a interligarem-se de um modo muito interessante, o que enriquece o ritmo da história.
Miracle Worker confirma e reforça o imenso potencial de André Oliveira, que, quanto a mim - e mesmo que este não seja o meu livro favorito da sua autoria - é um dos melhores argumentistas nacionais.
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Autores: Mário Freitas e Alice Prestes
Lançamento: Outubro de 2023
É difícil falar da história de Vinil Rubro sem dar spoilers ou encaminhamentos involuntários para a compreensão da mesma, mas vou tentar: a história centra-se numa jovem mulher que trabalha de noite, como DJ, e vive sozinha com um gato. Parece estar à beira de uma valente depressão que é causada pela aparente ausência de uma relação passada. É na música, no vinho e nos momentos passados com o seu gato, que a protagonista parece encontrar a sua redenção. Ou a sua perdição.
Em Vinil Rubro, Mário Freitas parece andar a brincar com as palavras e com o leitor, não sendo claro nem óbvio para onde nos quer levar e, ao mesmo tempo, oferecendo-nos um texto poético e muito bem escrito que permite interpretações mistas. E é quando atingimos a última página do livro que somos levados a relê-lo, percebendo que talvez o relato não tenha sido tecido por quem parecia estar a comunicar com o leitor primeiramente. Este exercício narrativo não é único em banda desenhada, e muito menos o é no cinema, mas também não é algo assim tão comum e, portanto, acaba por ter um resultado fabuloso e gratificante neste livro.
Se o trabalho de Mário Freitas é notável, não o seria tanto se toda a componente visual criada por Alice Prestes não fosse tão singular, elegante e bela, com a capacidade de servir a tónica mais que certa para a história imaginada pelo argumentista. Com um estilo de desenho completamente diferente daquilo a que estamos habituados ao nível da banda desenhada nacional, Alice Prestes convence logo na primeira prancha. Ou melhor, na primeira vinheta.
Vinil Rubro é uma autêntica pérola que merece ser conhecida e lida por todos os amantes de uma bela narrativa em banda desenhada. Só peca mesmo por ser curto em dimensão, não obstante as variadas leituras que, para uma melhor compreensão da inteligente trama, pressupõe do leitor. Quero mais!
Análise completa a esta obra, aqui.
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Autores: Mário Freitas e Lucas Pereira
Lançamento: Maio de 2024
Em O Homem que Sonhou o Impossível, Mário Freitas e Lucas Pereira prestam uma sentida e documentada - embora não linear - homenagem a essa figura maior dos comics americanos - e, por arrasto, de toda a banda desenhada mundial - que foi Jack Kirby.
Para tal, Mário Freitas brinca com as próprias idiossincrasias da 9ª arte, fazendo um eficiente uso da própria linguagem da banda desenhada. E, quanto a mim, é essa a maior valência desta obra: a de, criativamente, tirar partido das oportunidades que um um meio como a banda desenhada possibilita.
A história que nos é proposta tem como pano de fundo um lar. É aí que decorre a ação. Jack King é um dos residentes habituais desse espaço de repouso. E, como em quase todas as velhices, o protagonista desta história também se encontra já longe do fulgor da sua jovialidade, em que as ideias fervilhavam e as opções pareciam infinitas. No tempo atual, Jack é apenas uma pálida sombra dessa existência e parece sucumbir gradualmente a essa ausência de sede de vida que outrora lhe escorria dos poros. Mas isso começa a mudar a partir do dia em que chega ao lar um novo auxiliar, Mike, que, pelo seu interesse na vida de Jack, acaba por lhe restituir alguma da sua chama de vida que se encontrava extinta. A partir deste ponto, vamos mergulhando na existência mundana que se vive no lar, onde, para os amantes de banda desenhada, não faltam personagens facilmente identificáveis.
Lucas Pereira oferece-nos belos desenhos "cartoonescos" que encaixam bem no espírito americano da obra, com uma planificação verdadeiramente dinâmica e cheia de ritmo visual. E isso, claro está, assenta bem no próprio cerne “americanizado” da obra. O desenho e as cores são muito do meu agrado e a capacidade de ilustrar diferentes tipos de desenhos para dar boa resposta ao musculado ritmo narrativo imposto por Mário Freitas, revelam a rica capacidade do autor brasileiro.
O Homem que Sonhou o Impossível consegue um belo equilíbrio entre ser um livro de clara homenagem a um dos principais criadores de banda desenhada de sempre - em que não faltam inúmeras referências ao universo da 9ª arte - e, ao mesmo tempo, oferecer-nos uma história que consegue funcionar per se e relembrar-nos da relevância que determinadas criações artísticas têm na sociedade, não deixando de ecoar na consciência coletiva, mesmo depois da morte dos autores dessas mesmas criações. Como se isso fosse um sonho impossível que alguém ousa sonhar.
Análise completa a esta obra, aqui.
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Autor: Osvaldo Medina
Lançamento: Outubro de 2022
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Kong The King 2 continua a história de Kong The King, embora, na verdade, os dois livros funcionem bem sozinhos, podendo até este segundo livro ser lido de forma isolada e, ainda assim, ser bem compreendido pelo leitor.
Se gostaram do primeiro livro, é ponto assente que gostarão do segundo. Talvez apenas pelo facto desta segunda história não nos trazer o fator surpresa – porque já tínhamos conhecido o primeiro álbum – ou por não ter, quanto a mim, um final tão bem tecido como o do primeiro livro, fique um "furinho" abaixo. Mas é apenas isso: “um furinho”. Porque a obra continua a ser maravilhosa e a fazer com que nos apeteça voltar à primeira página, logo depois de chegarmos à última.
Depois de tudo o que Kong, o jovem nativo, havia superado no álbum anterior, vê-se novamente na calmaria da sua vida na ilha, junto dos seus. Mas, mais uma vez, as forças do mundo urbano parecem reclamá-lo para que possa ser o objeto de admiração e espanto dos humanos e, por conseguinte, gere lucro a quem de Kong for dono. Afinal de contas, este é um conto sobre a ganância humana, que não olha a meios para atingir os seus fins. Sendo uma história relativamente simples, parecem-me claras as críticas apontadas pelo autor ao universo capitalista que nos controla e regula.
A história é-nos contada, uma vez mais, a preto e branco e de forma muda. Não há balões de texto neste livro. Sobre o desenho de Osvaldo, deixem-me dizer-vos que, uma vez mais, o autor se revela no pleno das suas capacidades. Todos os desenhos apresentam um traço bastante “cartoonesco” e rápido, mas não isento de deliciosos detalhes.
Kong The King 2 é um álbum maravilhoso que não se coíbe de nos surpreender. Se este livro não vender bem, a culpa não é da história, que é boa, ou das ilustrações, que são magníficas, ou mesmo da edição, que é excelente. A culpa é dos leitores, sinceramente. É que se nós, enquanto leitores, não abraçamos obras deste gabarito, estamos nós mesmos a desaproveitar algo português que é tão bem feito e que merece sucesso generalizado.
Análise completa a esta obra, aqui.
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Autor: Osvaldo Medina
Lançamento: Novembro de 2024
Depois de finda a leitura deste Fojo, uma coisa é certa: não só estamos muito provavelmente perante a obra mais madura e conseguida de Osvaldo Medina como, além disso, estamos perante um clássico instantâneo da banda desenhada portuguesa. Daqui a cinco, dez, quinze, vinte, trinta, quarenta, cinquenta, cem anos, Fojo continuará a ser uma obra marcante e emblemática da banda desenhada nacional. E é isso que define um clássico instantâneo.
O ambiente sombrio e opressivo de Fojo é um dos grandes trunfos da obra. Medina transporta o leitor para uma aldeia portuguesa isolada, perdida no tempo e num punhado de crenças e mitos. Se os elementos culturais afastam esta pequena aldeia da suposta modernidade urbana da(s) grande(s) cidade(s), também as condições climatéricas que a pequena localidade enfrenta, com rigorosos e gélidos invernos, onde a neve pinta o solo de brancura, deixam ainda mais isolada esta aldeia do restante Portugal.
A narrativa ganha força ao explorar os recantos mais sombrios da condição humana, revelando traumas, segredos e medos que são universais, mas apresentados com uma autenticidade profundamente enraizada na cultura e nas crenças locais. A aldeia assume-se, pois, como um pano de fundo perfeito para o mistério e para a tensão que dominam a história.
Fojo é muito mais do que uma história de mistério e suspense; é uma exploração crua e brutal da natureza humana, embalada numa narrativa visual de excelência. Osvaldo Medina, que volta a reafirmar-se como um dos maiores nomes da BD portuguesa, entrega-nos uma obra que é ao mesmo tempo perturbadora e fascinante, capaz de capturar a atenção do leitor do início ao fim. Trata-se de um marco significativo na banda desenhada portuguesa e uma leitura indispensável para os amantes da 9ª Arte. Do autor, espero apenas uma coisa: que nos continue a dar mais obras a solo deste gabarito!
Análise completa a esta obra, co-editada com as editoras Comic Heart e A Seita, aqui.
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Autores: Nuno Duarte e Osvaldo Medina
Lançamento: Outubro de 2023
Lançada originalmente em 2009, e em dois volumes, A Fórmula da Felicidade foi reeditada em Outubro de 2023, incluindo 16 novas páginas e um epílogo que soube dar profundidade à história original.
A premissa de se descobrir uma fórmula matemática da felicidade não só é profundamente relevante, original e inteligente para a condição humana, como é, além disso, um conceito complexo e audaz, quando aplicado ao tema central de um livro... de BD(!).
A escrita e argumento de Nuno Duarte apresentam-se, pois, profundos e marcantes; e as ilustrações de Osvaldo Medina - que aqui nos dá, à boa maneira de Blacksad, um mundo com personagens antropomorfizadas - são um autêntico deleite para os olhos.
Muito aprecio o trabalho de ambos os autores noutras das suas obras mas, a meu ver, esta continua a ser a melhor BD escrita por Nuno Duarte e a melhor BD desenhada por Osvaldo Medina. Já para não falar na própria premissa da história que é verdadeiramente inteligente e bem explanada por Nuno Duarte.
Esta é uma obra que depressa se tornou um clássico da banda desenhada nacional, quanto a mim. E, já agora, permitam-me dizer-vos que a obra envelheceu muito bem, conservando o mesmo apelo e beleza originais.
É uma das minhas bandas desenhadas portuguesas preferidas... de sempre!
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