É já amanhã, no Dia Internacional da Mulher, que a Levoir lançará com o jornal Público a sua nova banda desenhada.
Trata-se do livro Uma Mulher, um Voto, das autoras espanholas Alicia Palmer e Montse Mazorriaga, tal como já havia avançado aqui no Vinheta 2020, há uns meses.
Embora este seja um livro que nos conta sobre o acesso das mulheres espanholas ao voto, merece realce o facto da versão portuguesa desta obra, incluir um capítulo inédito sobre os direitos das mulheres e sobre a história do sufrágio feminino em Portugal, com argumento de Pedro Moura e ilustrações de Matilde Feitor. Parece-me uma boa inicitiva por parte da editora Levoir que, desta forma, aproxima a obra que vai lançar à própria realidade social local. Neste caso, a realidade portuguesa.
Mais abaixo, deixo-vos com a sinopse da obra e com algumas imagens promocionais.
Uma Mulher, Um Voto, de Alicia Palmer e Montse Mazorriaga
Uma Mulher, Um Voto, de Alicia Palmer e Montse Mazorriaga
No Dia Internacional da Mulher, 8 de março, a Levoir e o Público editam Uma mulher, um voto, o romance historiográfico da escritora Alicia Palmer e da artista Montse Mazorriaga.
A edição portuguesa apresenta também uma história complementar, criada de propósito para o efeito, com argumento de Pedro Moura e com arte de Matilde Feitor, em que se condensa a história paralela das lutas pelas mulheres portuguesas em nome do seu direito à representação política, acima de tudo, o voto.Esta novela gráfica atravessa as primeiras décadas do século XX e descreve o complexo processo político através do qual as mulheres conquistaram este direito em Espanha, em 1931, bem como a personalidade e o papel desempenhado pela advogada e deputada Clara Campoamor nesta conquista e a consciência política e o percurso pessoal de Mari Luz uma jovem da província, que chega a Madrid para trabalhar como cigarrera na Real Fábrica de Tabacos. Ali conhece Justi que a vai introduzir na luta pelos seus direitos, entre eles, o direito de voto das mulheres.
A documentação apresentada que inclui numerosas capas e páginas de jornais, numa entrevista diz Montse: apoiámo-nos muito nas fontes digitais do Arquivo Nacional de Jornais, que, graças ao grande trabalho de recuperação de documentos de todas as épocas, permite encontrar jornais, recortes de jornais, fotografias...
O prefácio de Joana Fernandes sublinha também a história do sufragismo português na pessoa de Carolina Beatriz Ângelo, uma das primeiras médicas licenciadas no país e a primeira a operar no Hospital de São José, chefe de família, por viuvez, e com uma filha menor a cargo, dirigiu um requerimento para que o seu nome fosse incluído nos cadernos eleitorais. O pedido foi indeferido, mas ela recorreu, e o juiz João Baptista de Castro deu-lhe razão. Assim, no dia 28 de maio, Carolina foi a primeira mulher a votar em Portugal e no sul da Europa, num gesto de coragem sem igual na sua época.
O prefácio de Joana Fernandes sublinha também a história do sufragismo português na pessoa de Carolina Beatriz Ângelo, uma das primeiras médicas licenciadas no país e a primeira a operar no Hospital de São José, chefe de família, por viuvez, e com uma filha menor a cargo, dirigiu um requerimento para que o seu nome fosse incluído nos cadernos eleitorais. O pedido foi indeferido, mas ela recorreu, e o juiz João Baptista de Castro deu-lhe razão. Assim, no dia 28 de maio, Carolina foi a primeira mulher a votar em Portugal e no sul da Europa, num gesto de coragem sem igual na sua época.
Uma, mulher, um voto é uma homenagem a todas as mulheres que lutaram pelo voto feminino.
Uma Mulher, Um Voto
Autoras: Alicia Palmer e Montse Mazorriaga
Editora: Levoir
Páginas: 192, a preto e branco
Encadernação: Capa mole
Formato: 170 x 240 mm
PVP: 13,90€
Super! Muito legal.
ResponderEliminarParece-me uma boa iniciativa, sim!
EliminarAparentemente temas relacionandos com feminismo, direitos das mulheres e sua história, emponderamento feminino, etc estão na moda e diversas editoras/autores aproveitam a vaga. Fico a aguardar uma avaliação crítica do verdadeiro interesse da obra. A arte parece-me fraquinha...
ResponderEliminarAparentemente mulheres terem direitos é uma moda aqui para o comentador António. Se calhar avalie o seu comportamento machista e porque é que estes títulos o irritam tanto.
EliminarA história moderna e contemporânea portuguesa em BD é ainda muito pouco abordada, com excepções aqui e ali. Os meus parabéns à editora, porque bastou o comentário do usuário acima para demonstrar o porquê de precisarmos de lembrar estas lutas mais do que nunca. Sendo hoje até o dia da mulher e tudo.
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