Tendo em conta que senti bastante continuidade em relação à primeira edição - quer nas coisas boas, quer nas coisas menos boas - remeto-vos para o artigo que escrevi a propósito da edição do ano passado.
O evento, cuja dimensão continua a ser humilde, desenrola-se no mesmo espaço, o Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira, onde há lugar para uma pequena, embora muito interessante, exposição, um mercado de BD, um espaço para autógrafos e uma boa sala de auditório onde decorrem as conversas e apresentações de livros. Tudo isso se manteve em relação ao que foi feito no ano passado.
Mesmo assim, houve algumas alterações, claro.
Em especial, ao nível da redução de dias dedicados ao Festival. No ano passado eram dois os fins de semana em que o LouriBD decorria, mas este ano o Festival apenas se desenrola num só fim de semana - além da relevante semana dedicada aos workshops com a escolas.
Parece-me uma boa notícia já que, desta forma, se consegue uma maior concentração de público e autores num só fim de semana. Vale mais um fim de semana em cheio do que dois a "meio gás". Digo eu.
Por outro lado, e talvez por uma questão de azar, ou de má pontaria, este ano o LouriBD decorreu no exato fim de semana da Comic Con. Os dois eventos são separados por 280 kms, o que torna praticamente inviável a participação em ambos. E como ninguém é ominpresente, o público viu-se forçado a escolher e a dividir-se entre um e outro evento.
"Liberdade de escolha é ótima e isto é sintoma do bom momento que a BD vive em Portugal". Sim, claro que sim. Mas também há que ter noção da real dimensão do nosso mercado. Se se marcam eventos na mesma data, as Organizações dos mesmos devem ter a priori noção de que, parte do público hardcore da BD, não poderá comparecer.
E isso sentiu-se no LouriBD como, sem dúvida, também se sentiu na Comic Con, na parte da banda desenhada.
Posso até dizer-vos que recebi convites para marcar presença na Comic Con de forma ativa, mas, com muita pena minha, não me foi possível lá estar porque já me tinha comprometido com o LouriBD.
E, a esse propósito, e como já aqui tinha dado conta, foi no sábado, às 22h, que lancei o meu livro de conversas sobre a edição de banda desenhada em Portugal, Muitos Anos a Virar Páginas.
Foi um bom momento para mim, pois sinto que o livro está a causar um burburinho constante, levantando muita curiosidade perante esta caixa de Pandora que, finalmente, alguém abriu.
Devo dizer também que uma data para o lançamento do livro em Lisboa está a ser preparada para as próximas semanas! Fiquem atentos!
Voltando ao LouriBD, tenho que dar uma palavra de agradecimento à Organização que é constituída por pessoas muito simpáticas e disponíveis e, por causa disso, já começo a sentir que este é um evento do mesmo género do Festival de Beja. Ou seja, um encontro entre fãs da banda desenhada, acima de tudo.
Foi com pena que tomei conhecimento que o autor italiano Andrea Ferraris, por motivos familiares e que, portanto, foram alheios à Organização, não pôde marcar presença no evento, fazendo com que o mesmo, por este motivo, se tenha mantido como certame nacional.
Uma palavra ainda para o Rui Alves de Sousa, do programa Pranchas e Balões, da Antena 1.
O Rui é espírito e vida do Festival. Uma autêntica máquina, bem oleada, que com o seu carisma, talento e simpatia faz do festival um evento cativante, sendo o anfitrião perfeito.
NOTA: As fotos que partilho são da autoria do próprio Município da Lourinhã.
Pena ninguém ter avisado que o luis louro também não pôde estar presente por motivos de saúde, ao que parece
ResponderEliminarBem lembrado! Sim, segundo pude apurar, foi por questões de saúde.
EliminarO espaço parece bom e o evento agradável. Agradeço a partilha do testemunho e das fotos.
ResponderEliminarE bastante agradável, sim! De nada! Um abraço!
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