segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Análise: Spaghetti Bros - Vol. 3

Spaghetti Bros - Vol. 3, de Trillo e Mandrafina - Arte de Autor

Spaghetti Bros - Vol. 3, de Trillo e Mandrafina - Arte de Autor
Spaghetti Bros - Vol. 3, de Trillo e Mandrafina

Se houve apostas bem conseguidas por parte da editora portuguesa Arte de Autor, a aposta na série Spaghetti Bros foi uma delas. Mesmo que, e estou a falar sem ter confirmado dados junto da editora, as vendas de exemplares fiquem aquém do esperado. Porque, até nesse caso, e espero que os leitores portugueses tenham o bom senso de dar, pelo menos, uma hipótese a esta série, a qualidade da aposta mantém-se. Dito por outras palavras, até mesmo quando determinada série não tem sucesso comercial, isso não invalida que a aposta da editora não tenha sido legítima e ancorada na qualidade intrínseca da obra em questão.

Este já é o terceiro volume de Spaghetti Bros – de um total de quatro – e posso dizer que, terminada a leitura da obra - que reúne os tomos 9, 10, 11 e 12 –, a sensação com que fico é a mesma de quando terminei de ler os volumes anteriores (qual Oliver Twist no refeitório do orfanato): “Quero mais, por favor! Quero mais!” Sabendo que, neste momento, a série já vai em três terços e já só falta publicar o último volume, não deixa de ser uma sensação agridoce.

Spaghetti Bros - Vol. 3, de Trillo e Mandrafina - Arte de Autor
E tudo isto porque Spaghetti Bros – que eu não conhecia até a Arte de Autor ter apostado na série – enche as minhas medidas de leitor de bd de uma forma tão simples como esta: é muito bem desenhada, tem um argumento muito inspirado e divertido e, em último lugar, mas não menos importante, tem personagens que ficam connosco, no nosso imaginário, anos depois de finda a leitura. 

A família Centobucchi, completamente amoral, e tão fora do politicamente correto, acaba por ser uma lufada de ar fresco nos tempos atuais! E há nestes cinco irmãos algo profundo e tão eticamente errado que todos nós, estou certo, acabamos por admirar, como se fosse um guilty pleasure. “O fruto proibido é sempre o mais apetecido”, não é assim que é dito? 

Amerigo, o irmão mais velho, é um mafioso clássico sem escrúpulos. Muito ao jeito de Don Corleone de O Padrinho. Franck, é um padre que saltita entre o certo e o errado, entre o casto e o devasso, entre o bem e o mal. Maravilhoso! E provavelmente a minha personagem favorita de toda a série. Depois ainda há as irmãs, Catarina, uma atriz de Hollywood que tudo faz para (re)alcançar a fama e o estrelato; e Carmela, mãe de dois filhos, que ganha a vida a assassinar homens que seduz até ao seu leito. Por fim temos, Tony, um polícia que, mesmo podendo parecer, “o mais certinho”, acaba por ter de confrontar os seus próprios demónios, enquanto ama a mulher do seu irmão mais velho, Amerigo, que acaba por engravidar. Portanto, Tony é pai, tio e padrinho do filho de Mena! Pode-se não adorar uma trama destas? A mim parece-me que até o nosso Eça de Queiroz, autor que tanto adorava um bom e malandro enredo, haveria de gostar destes Spaghetti Bros! Como não?

Spaghetti Bros - Vol. 3, de Trillo e Mandrafina - Arte de Autor
E se há um humor que se apoia nas situações caricatas e exageradas, também é verdade que, por vezes, e neste terceiro volume isso está mais patente ainda, o argumentista Carlos Trillo, nos deixa espaço para refletir. E logo a segunda história deste livro, Freaks, será um ótimo exemplo desta afirmação, quando, através dos olhos de uma criança, nos é permitido ver o quão nefasta pode ser a violência e "o errado" para uma criança. Fantástica forma como, entre risos, Trillo consegue revelar noção da sua própria história.

De resto, neste terceiro volume continuamos a acompanhar as peripécias que vão acontecendo aos cinco irmãos. Neste tomo, a irmão Catarina, a atriz conhecida por Gipsy Boone, recebe mais destaque do que nos livros anteriores, à medida que vamos vendo tudo aquilo que ela está disposta realizar, com o objetivo primordial de alcançar o sucesso cinematográfico, numa altura em que o cinema deixa de ser mudo para passar a ser sonoro. Como pano de fundo histórico, temos o crash da bolsa de Wall Street que deixou na miséria milhões de pessoas.

Com alguma pena minha, a sensual Carmela está um pouco mais ausente neste volume embora, mesmo assim, seja curioso ver como a sua experiência profissional inexistente, a impede de encontrar um trabalho justo e honesto, das 9 às 5. A única coisa onde ela é realmente boa é em ceifar as vidas dos seus amantes. E de resto, Amerigo, Tony e Franck também têm algumas peripécias marcantes que acontecem neste volume.

Spaghetti Bros - Vol. 3, de Trillo e Mandrafina - Arte de Autor
Acima de tudo, para além de uma história divertida, carregada de humor negro, que se lê muito bem, penso que é no conjunto de personagens marcantes, cheias de carisma e personalidade, que reside o segredo de ser tão bom ler Spaghetti Bros. Acontece exatamente isto em boas séries de televisão, em filmes, em romances ou, até, em videojogos quando as personagens são impactantes. E nesta série de banda desenhada não é apenas uma, nem duas, as personagens que nos marcam. Todos os 5 irmãos têm carisma suficiente para merecerem uma série só para si. E é por isso mesmo, que é uma série que considero tão rica.

E ainda nem falei da arte que Mandrafina nos proporciona! Verdadeiramente deliciosa! Tal como escrevi, por ocasião da análise ao primeiro volume, e repeti na análise ao segundo volume da série, o traço de Mandrafina “é ágil, habilidoso e permite-lhe uma caracterização fiel e extremamente bem executada quer dos locais, quer das personagens. A sua capacidade para caracterizar as expressões faciais dos irmãos Centobucchi e das restantes personagens, é de um talento raro e maravilhoso. O seu traço é elegante e clássico, fazendo lembrar as ilustrações de Will Eisner, com as devidas diferenças, claro. Visualmente é uma obra incrível que dificilmente não agrada a um amante de banda desenhada.” 

Spaghetti Bros - Vol. 3, de Trillo e Mandrafina - Arte de Autor
Ilustrações verdadeiramente bem executadas. Mas a tal aptidão incrível para a boa reprodução das expressões das personagens, é a grande mais valia de Mandrafina, diria, porque, por muito que o argumento de Trillo fosse bom, sem o trabalho visual de Mandrafina para dar (tão bem) corpo a estas personagens e histórias, não estaríamos perante uma banda desenhada tão interessante.

Só em termos de conceção de capa é que Mandrafina não consegue, a meu ver, resultados tão bons. Ainda que esta seja a melhor capa dos três livros publicados até agora, acho que bastaria que as sombras tivessem um preto compacto para que a capa funcionasse melhor. Mesmo assim, é a melhor capa até agora, sem dúvidas.

A edição da Arte de Autor continua impecável, como já o havia sido nos anteriores livros da série. Capa dura, com textura aveludada, bom papel baço e boa encadernação. Faço uma pequena nota sobre um pormenor que me fez um pouco de confusão na tradução que foi a expressão “filho DE puta”. Eu nunca tinha ouvido essa expressão em 37 anos de vida. E fez-me um bocado confusão. Mesmo que alguém use a referida expressão, diria que 99,9% dos portugueses diz “filho DA puta” e não “DE”. Não estraga minimamente o prazer da leitura, e isto é só uma minúcia minha, mas como é uma coisa que acontece em muitas vezes, recebe aqui o meu comentário.

Bem vistas as coisas, e concluindo, Spaghetti Bros é verdadeiramente delicioso e apetecível. O magnífico desenho de Mandrafina e o excelente argumento de Trillo fazem desta série uma aposta de grande nível que é obrigatório conhecer. Que venha o quarto livro tão depressa quanto possível!


NOTA FINAL (1/10):
9.4



Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020



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Spaghetti Bros - Vol. 3, de Trillo e Mandrafina - Arte de Autor

Ficha técnica
Spaghetti Bros - Vol. 3
Autores: Trillo e Mandrafina
Editora: Arte de Autor
Páginas: 196, a preto e branco
Encadernação: Capa dura
Lançamento: Fevereiro de 2022

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Análise: Macho-Alfa - Vol. 1

Macho-Alfa - Vol. 1, de Filipe Duarte Pina e Osvaldo Medina - A Seita e Comic Heart

Macho-Alfa - Vol. 1, de Filipe Duarte Pina e Osvaldo Medina - A Seita e Comic Heart
Macho-Alfa - Vol. 1, de Filipe Duarte Pina e Osvaldo Medina

Este ano, o Amadora BD trouxe uma certa avalanche de lançamentos por parte da editora A Seita que lançou 8(!) obras durante o evento! E entre esses vários livros, encontra-se este Macho-Alfa, da autoria de Filipe Duarte Pina e Osvaldo Medina – um dos meus ilustradores favoritos em Portugal.

Este é o primeiro de quatro volumes. Dizendo assim, o apelo comercial dos que me lêem pode ficar algo refreado, mas deixem-me dizer-vos que, segundo os editores, o volume 2 já está concluído e os autores até já estão a trabalhar no terceiro volume da série. Não tenham, portanto, “medo” que a série fique a meio como, infelizmente, já aconteceu em tantas ocasiões como, aliás, na fantástica série BRK, por exemplo, que também é da autoria de Filipe Duarte Pina, e que ficou “pendurada”.

Macho-Alfa - Vol. 1, de Filipe Duarte Pina e Osvaldo Medina - A Seita e Comic Heart
Faço ainda uma nota ao facto de Macho-Alfa ter recebido bastante aclamação por parte da crítica nacional ou não figuraria entre os nomeados para as categorias de Melhor Álbum de Autor Português ou Melhor Argumento de Autor Português nos prémios VINHETAS D’OURO 2021.

Macho-Alfa conta-nos a história de um super-herói português que, munido de uma imensa força sobre-humana, acaba por testemunhar o lado negro de ter mais poderes do que aquilo que, eventualmente, desejaríamos. Ou, por outras palavras, o lado negro de se ser super-herói. E embora a história, pelo menos com base neste primeiro volume, pudesse ser ambientada em qualquer outro ponto do planeta, os autores foram felizes na perspetiva que adotaram para causar uma reflexão em relação à existência de um super-herói na sociedade atual.

É certo que já vários autores suscitaram reflexões semelhantes noutras obras relevantes. Estou a pensar em Watchmen, de Alan Moore e Dave Gibbons, ou Kick-Ass, de Mark Millar e John Romita Jr., ou mesmo, O Corvo, de Luís Louro. Ainda assim, Macho-Alfa tem a sua própria singularidade e as reflexões que levanta trazem uma boa dose de frescura ao tema. Se em crianças sonhámos ser super-heróis, para lutar contra o mal e recolher a admiração dos outros, será que a experiência seria assim tão abonatória para todos, caso existisse mesmo, entre nós, uma pessoa com superpoderes?

Macho-Alfa - Vol. 1, de Filipe Duarte Pina e Osvaldo Medina - A Seita e Comic Heart
Filipe Duarte Pina, o argumentista, parece, pelo menos com base naquilo que nos dá a conhecer neste primeiro tomo, discordar desse lado romântico de se ser super-herói. O protagonista David Ferreira, que pesa 980kgs e é 100 vezes mais forte do que o normal, está à beira de uma depressão. A sua força é tanta que ele até já evita dar apertos de mão ou abraços, com o medo de magoar ou destruir aqueles que o rodeiam. E, além disso, é desempregado e a sua situação amorosa encontra-se em crise, também. Já para não falar nos processos judiciais que lhe começam a ser impostos devido à destruição e violência que, embora levadas pela vontade de fazer o bem, as suas ações têm causado.

Entretanto, e esta talvez seja a coisa de que mais gostei no argumento, o autor serve-se bem da sociedade atual e da forma como a mesma cultiva o mediatismo fácil, através dos reality shows e das redes sociais, em que se procura dar destaque ao imediato e ao chocante, sem grandes pudores ou noções éticas. Muito bem lembrado, Filipe Duarte Pina. Isto vai fazer com que a trama ganhe uma boa dose de verosimilhança e que torne a tal reflexão, já levantada com a existência de um super-herói na sociedade em que vivemos, ainda mais profunda a um segundo nível de interpretação.

Macho-Alfa - Vol. 1, de Filipe Duarte Pina e Osvaldo Medina - A Seita e Comic Heart
O argumento está, pois, muito bem pensado e mantém o leitor colado à história da primeira à última página. Aprecio especialmente o facto de ser uma narrativa que se disfarça de leve e fácil, mas que, lá bem no fundo, é muito mais pesada e trágica do que aquilo que parece. Pelo menos, neste primeiro livro, claro. Estou a falar sem saber qual o rumo que, entretanto, os autores darão aos volumes vindouros.

Quanto às ilustrações, o trabalho de Osvaldo Medina – um dos meus ilustradores preferidos nacionais, não me canso de dizer – traz consigo uma certa garantia de qualidade, originalidade e dinamismo. O protagonista tem bastante personalidade, do ponto de vista conceptual, e as cenas de ação, violentas e gory, são um mimo para os olhos. Na variedade de planos de câmara e nos enquadramentos, o autor também demonstra ser um especialista.

Como crítica menos positiva, diria que, de uma forma global, já vi trabalhos mais impressionantes de Osvaldo Medina. Embora reconheça que haverá, certamente, uma possível tentativa de adoção de um traço mais dinâmico e cru, pareceu-me que certas expressões faciais das personagens e linguagem corporal das mesmas, poderiam ter recebido mais aprumo na conceção. Ou que as mesmas foram feitas com uma certa “pressa”. Posso estar a ser um bocado injusto pois, ainda assim, é um livro muito bem ilustrado e cheio de personalidade. Mas, lá está, de autores muito competentes “exigimos”, por vezes, e de forma algo injusta, reconheço, mais. Não obstante, a qualidade de Osvaldo Medina está lá, mas num registo mais cru, diria.

Macho-Alfa - Vol. 1, de Filipe Duarte Pina e Osvaldo Medina - A Seita e Comic Heart
E penso também que a colorização da obra não ajuda a mesma a ser mais marcante e apelativa. As cores parecem-me demasiado digitais (if you know what I mean), com as luzes e sombras a apresentarem-se pouco orgânicas e muito de "plástico". É certo que é uma escolha dos autores e que, pelo menos, é um estilo que se se nos oferece coerente da primeira à última página. Ainda assim, parece-me que as cores tornam o desenho menos bonito e apetecível.

Sei que se traça de uma afirmação bastante subjetiva mas é curioso que, olhando para a arte final de Osvaldo Medina a preto e branco - que é partilhada nos extras do livro -, faz-me desejar que o livro fosse a preto e branco. Afinal de contas, já todos vimos as maravilhas visuais de que Osvaldo Medina é capaz, a preto e branco, em Kong The King, por exemplo. Todavia, também compreendo que este tipo de histórias – de super-heróis – a piscar o olho aos comics americanos receba cores vivas por uma questão de identidade.

Em termos de edição, o trabalho d’A Seita e da Comic Heart continua muito bom. O livro é em capa dura, com bom papel, adequado à arte e ao tipo de história, e uma boa encadernação e impressão. Traz ainda um caderno de extras, muito pertinentes, em que nos é mostrado o processo de composição de três vinhetas, em quatro fases, desde o esboço inicial até à arte final. Há ainda espaço para esboços que funcionaram como estudos de personagens e duas páginas –a preto e branco - que servem como teaser para o tomo 2.

Concluindo, Macho-Alfa surpreende pelo argumento refrescante e desenho dinâmico que nos oferece e deixa-nos com água na boca para o que aí pode vir nos próximos 3 volumes da obra. Os alicerces para que esta seja uma das (mini) séries mais interessantes da banda desenhada nacional estão bem assentes. Agora resta apenas que haja uma boa cadência temporal no lançamento dos próximos 3 álbuns e que a história e os desenhos dos mesmos façam justiça a tudo o que foi (bastante bem feito) neste primeiro volume. Recomenda-se.


NOTA FINAL (1/10):
8.4


Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020


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Macho-Alfa - Vol. 1, de Filipe Duarte Pina e Osvaldo Medina - A Seita e Comic Heart

Ficha técnica
Macho-Alfa Vol. 1
Autores: Filipe Duarte Pina e Osvaldo Medina
Editora: A Seita e Comic Heart
Páginas: 80, a cores
Encadernação: Capa dura
Lançamento: Outubro de 2021

Monstress está de volta às livrarias portuguesas




A editora Saída de Emergência prepara-se para lançar, a partir do próximo dia 3 de Março, o sexto e novo volume da saga Monstress, da autoria de Marjorie Liu e Sana Takeda.

Esta é uma série que tem conquistado muitos fãs por todo o mundo.

A editora portuguesa mantém o seu comprometimento na boa cadência de lançamentos da série.

Mais abaixo, deixo-vos com a sinopse da obra e algumas imagens promocionais.

Monstress #6 - A Promessa, de Marjorie Liu e Sana Takeda

Não há banda desenhada mais satisfatória e maravilhosamente complexa do que MONSTRESS.
A guerra tomou conta do Mundo Conhecido e Maika Meiolobo está no seu epicentro. Enquanto a jovem e os seus amigos tentam lidar com as consequências das suas ações, segredos do passado e reencontros há muito aguardados ameaçam transformar as suas vidas.

Neste sexto volume, Maika e Kippa partilham as memórias de infância que as transformaram no que são atualmente. 

Quando esse passado complicado colide com o presente tumultuoso, Maika terá de escolher sabiamente os seus aliados, num equilíbrio delicado — e mortal — entre a confiança e a prudência.


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Ficha técnica
Monstress #6 - A Promessa
Autoras: Marjorie Liu e Sana Takeda
Editora: Saída de Emergência
Páginas: 184, a cores
Encadernação: Capa mole
PVP: 18,80€

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Gradiva lança mais um número de O Guardião!



Ainda nem tive a oportunidade de pegar no volume 3 da série O Guardião - embora já esteja na minha "pilha" de livros para ler - e já a Gradiva colocou o volume 4 da série nas livrarias portuguesas!

O ritmo de lançamentos da editora tem estado a ser a toda a velocidade! Se, por um lado, isso pode congestionar o mercado editorial de banda desenhada em Portugal, por outro lado, tem o condão de permitir aos leitores que não fiquem muito tempo à espera dos novos tomos.

A ver vamos, se a estratégia é bem sucedida por parte da editora. Faço votos para que sim, naturalmente!

O quarto volume, intitulado A Persistência do Passado, continua a acompanhar o percurso de Vince, um agente secreto que trabalha para o Vaticano. A série é da autoria de Yves Sente e François Boucq.

Abaixo, podem encontrar algumas imagens promocionais e a sinopse da obra.


O Guardião #4 - A Persistência do Passado, de Yves Sente e François Boucq

Vince, o terceiro Guardião, persegue os dirigentes da «Ordem da Renovação do Templo» e tenta opor-se aos seus planos interessando-se pelas atividades do cardeal Dri Origio. 

Para isso, tem de mergulhar nas páginas mais negras da História… e da sua própria vida!
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Ficha técnica
O Guardião #4 - A Persistência do Passado
Autores: Yves Sente e François Boucq
Editora: Gradiva
Páginas: 56, a cores
Encadernação: Capa dura
PVP: 15,00€

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Análise - 1984 (de Xavier Coste)

1984, de Xavier Coste - Relógio d'Água

1984, de Xavier Coste - Relógio d'Água
1984, de Xavier Coste

Desde que a obra do autor consagrado George Orwell passou para domínio público que, expetavelmente, os lançamentos e relançamentos dos seus romances têm acontecido assim “meio de enxurrada”. E em termos de banda desenhada, o fenómeno tem sido o mesmo. Só em Portugal já se contam 3(!) edições de 1984, a obra-prima de Orwell, e mais umas quantas versões de A Quinta dos Animais. As duas versões em banda desenhada de 1984uma pela Alfaguara, outra pela Cavalo de Ferro (20|20 Editora) - já aqui foram analisadas. Resta-me então elaborar uma análise à terceira versão da obra em banda desenhada que me chegou às mãos, há uns meses. Neste caso, falamos da versão de Xavier Coste, editada por cá pela Relógio D’Água.

1984, de Xavier Coste - Relógio d'Água
Não procurarei fazer comparações entre edições pois tenho em mente fazer um comparativo, daqui a alguns dias, entre as três adaptações. Por ora, interessa apenas o enfoque na versão de Coste que é, comummente aceite pela crítica, como uma adaptação excelente, tendo recebido muitas nomeações para prémios estrangeiros e, até mesmo, tendo vencido o Prémio Uderzo.

A meu ver, estamos perante uma versão de grande fôlego visual, onde o autor se transcende no universo austero e totalitário de Orwell. Afirma-se como uma quase carta de amor à obra original, num trabalho que acaba por ser mais uma homenagem do que uma “adaptação”, no sentido lato da palavra. E porquê? Porque o livro que Coste nos dá parece ter sido feito para aqueles que já conhecem 1984. A esses, o autor brinda com um piscar de olhos ao mundo de 1984, com ilustrações bonitas e inspiradas, de classe superior, e que ainda recebem belas e artísticas paletas de cor, que nos permitem mergulhar – ao de leve – em 1984, por intermédio de uma breve reflexão nos pressupostos político-sociais que a obra original levanta. 

1984, de Xavier Coste - Relógio d'Água
Não obstante, para os que não conhecem a distopia original criada por Orwell, esta adaptação acaba por ser algo parca. E bastante superficial. Estão a ver quando alguém vos conta uma história “por alto”, não vos dando muitos pormenores?

Portanto, se me perguntarem: “Achas que para alguém que nunca leu 1984, a adaptação de Xavier Coste funciona para captar o essencial da obra original?” A minha resposta será um redondo “não”. E explico porquê: 1984 é uma obra complexa onde parte – para não dizer o todo – da sua genialidade é na explicação do modo de funcionamento dos procedimentos desta sociedade autocrática, onde são subvertidos todos valores basilares das sociedades contemporâneas ocidentais. O processo de explicação de uma distopia costuma ser, convenhamos, algo obrigatório. E este 1984 de Coste não perde muito tempo com a tal explicação desse universo, que considero ser crucial para a boa compreensão e imersão na história. Conceitos como a novilíngua, o duplo-pensamento, o tele-écran, os Ministérios da Verdade, do Amor, da Riqueza ou da Paz, a Oceania, a Eurásia e a Lestásia, entre muitas, muitas outras coisas, essenciais à total compreensão da obra original, obviamente marcam presença nesta adaptação mas sem qualquer explicação/introdução. Funcionando apenas como referências para quem já entende o universo Orwelliano. Sim, é por isso que 1984 será uma das obras mais difíceis de adaptar para banda desenhada. Ou se coloca muito texto, como Fido Nesti fez na sua adaptação, ou colocando pouco texto, como Xavier Coste aqui faz, perde-se muito daquilo que tornou a obra célebre.

1984, de Xavier Coste - Relógio d'Água
E, sendo verdade que a ausência de texto neste 1984 de Coste nos remete para uma boa reflexão na história e – principalmente – no ambiente da mesma, a sensação assume-se como algo vaga. Embora marcante. E para isso contam as fantásticas ilustrações que são, sem sombra de dúvida, aonde esta adaptação mais brilha.

Olhando, pois, para os desenhos, e sublinhando o que já referi mais acima, o trabalho de Coste é muito bem conseguido e impressiona em muitos pontos. O ambiente por si criado é frio, desolador, destruído e, ao mesmo tempo moderno e próximo da nossa realidade, quase dando a impressão da obra ter sido escrita e elaborada no tempo presente. Porém, o autor também teve o bom senso de não levar esta ideia à letra. Ou seja, dá-nos apenas essa sensação de contemporaneidade, mas sem se comprometer com a mesma.

1984, de Xavier Coste - Relógio d'Água
Os edifícios, os cenários e as próprias personagens estão muito bem recriados pelo autor. O seu traço cru, lembrando esquissos, é depois pontuado por uma paleta de cores, em tons monocromáticos, que vai sendo alterada ao longo do livro, como que para acompanhar o percurso de Winston, o protagonista. Deveras bonito de se observar.

Em termos de planificação, também é uma obra muito airosa que dá tempo a que certos momentos narrativos possam respirar bem, recorrendo a ilustrações bastante grandes, que, por vezes, até ocupam duas páginas. E se há vinhetas que são autênticas obras de arte! Com um trabalho de desenho e cor magníficos!

Quanto à edição, quer parecer-me que este livro mereceria uma edição em capa dura, por parte da Relógio D’Água. Não obstante, há que dizer que, ainda assim, esta é uma edição com boa qualidade, com um excelente papel – com o brilho certo – e um formato quadrado, que faz com que o livro pareça um álbum de fotografias ou um livro-catálogo. Bem feito.

Em suma, 1984, pelas mãos de Xavier Coste, é de uma beleza gráfica muito grande que os conhecedores da obra original de Orwell apreciarão certamente. No reverso da medalha, há que dizer que a adaptação da história peca por defeito, já que a trama, não sendo contextualizada, acaba por perder muita da sua genialidade e complexidade racional.


NOTA FINAL (1/10):
8.9


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1984, de Xavier Coste - Relógio d'Água

Ficha técnica
1984
Autor: Xavier Coste
A partir da obra original de: George Orwell
Editora: Relógio D’Água
Páginas: 248, a cores
Encadernação: Capa mole
Lançamento: Agosto de 2021

O mais recente Astérix acaba de receber uma versão em mirandês!



À semelhança daquilo que vem sendo feito nas últimas três edições de Astérix, o mais recente álbum da série, intitulado Astérix e o Grifo, que já aqui foi analisado, também recebeu uma versão em mirandês (a segunda língua oficial portuguesa que muitos até parecem esquecer que existe) que já pode ser encontrada nas livrarias portuguesas e que tem o nome Asterix I L Alcaforron.

Este é, pois, o sexto volume da série que pode ser encontrado na língua mirandesa, depois de Asterix L Goulés, L Galaton, L Papiro de César, Asterix an Eitália e La Filha de Bercingetorix.

Abaixo, deixo-vos com a nota de imprensa da editora ASA e com a ficha técnica do livro.

Asterix I L Alcaforron - Edição em Mirandês, de Jean-Yves Ferri e Didier Conrad

ASTERIX I L ALCAFORRON é o sexto título da série em mirandês e chega esta semana às livrarias após o lançamento mundial em outubro do ano passado da versão original e de algumas outras versões linguísticas, entre as quais Astérix e o Grifo, também editado pela ASA.

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Ficha técnica
Asterix I L Alcaforron
Autores: Jean-Yves Ferri e Didier Conrad
Editora: ASA
Páginas: 48, a cores
Encadernação: Capa dura
PVP: 12,90€




Há um programa de rádio sobre BD na Antena 1!

 



Fantásticas notícias! 

Começou ontem, na Antena 1, o programa de rádio Pranchas e Balões, da autoria de Rui Alves de Sousa, que será difundido às terças-feiras, a seguir às notícias das 20h. Exceção feita aos dias em que haja futebol.

Não podia estar mais contente com esta notícia e aproveito para dar os parabéns ao Rui Alves de Sousa por toda a sua entrega e (bom) trabalho, em prol da banda desenhada.

Longa vida a esta fantástica iniciativa! Para tal, também cabe a todos nós, fãs da 9ª arte, ouvirmos este programa. Mesmo que não o consigamos fazer quando o programa está a ser transmitido, podemos sempre ouvi-lo depois, através do RTP Play.


Deixo-vos com uma breve apresentação sobre o programa:

Uma viagem pelo mundo da Banda Desenhada. Todas as semanas, Rui Alves de Sousa traz as novidades que chegaram às livrarias, os clássicos, os grandes temas da atualidade da nona arte e as entrevistas com os artistas mais conceituados da BD feita em Portugal.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

A Seita e a Arte de Autor preparam-se para causar impacto no mercado da BD em Portugal!


E se a Devir tem excelentes propostas para reforçar o seu catálogo editorial, que dizer, também, da parceria entre as editoras A Seita e Arte de Autor?!

As duas editoras anunciaram na passada sexta-feira as novas obras que se preparam para co-editar ao longo dos próximos meses!

E, meus amigos, preparem-se para livros verdadeiramente apetecíveis!!!

Em primeiro lugar, teremos a publicação do segundo - e último - tomo de O Combate Quotidiano, que apresenta, desde já, a capa mais bonita de todas as que conheço dos vários tomos e edições integrais da série.

Teremos também a reedição de Fado Ilustrado, de Jorge Miguel, autor das obras Shanghai Dream e Sapiens Imperium, ambas publicadas por cá, pela parceria A Seita/Arte de Autor, para além da obra O Cavaleiro do Unicórnio, de Stéphane Piatzszek e Guillermo Gonzalez Escalada, que não conheço mas que aparenta ter uma arte ilustrativa verdadeiramente impressionante.

Para além disso, teremos o novo livro, intitulado Noir Burlesque, do autor Marini, um dos meus ilustradores favoritos, e, também, duas obras de Zidrou, um dos meus argumentistas favoritos de banda desenhada: Naturezas Mortas e Emma G. Wildford!

Se todas estas obras me deixam com um apetite de leitura voraz, tenho que confessar que Dentro da Cabeça de Sherlock Holmes é a obra que mais me deixa empolgado! E não falo apenas em relação a este conjunto de fantásticas obras d'A Seita/Arte de Autor. Falo em relação a todos os livros de banda desenhada que foram lançados nos últimos anos. Daquilo que já pude investigar sobre a obra e sobre a edição, este é um daqueles livros que tem tudo para ser "um dos livros da minha vida". Sim, a minha expetativa é tão grande que até tenho medo de sair defraudado. Mas, ou muito me engano, ou tal não vai acontecer. Resta-me esperar para que chegue rapidamente a altura em que me poderei deliciar com esta obra.

Abaixo, deixo-vos a nota emitida pelas editoras que explica melhor quais as novidades editoriais do seu esforço conjunto:


Plano editorial Arte de Autor e A Seita

Como muitos fãs de banda desenhada portugueses sabem, a Arte de Autor e A Seita iniciaram há um pouco mais de um ano uma colaboração algo inédita no mercado português, para co-editar livros de BD, principalmente de franco-belga. Essa cooperação nasceu de uma conversa fortuita durante o Festival de BD de Angoulême, em Janeiro de 2020, em que nos demos conta de que estávamos a tentar comprar os direitos dos mesmos livros. Dessa conversa surgiu a ideia de, em vez de competirmos e entrarmos numa espécie de leilão, podíamos colaborar e co-editar esse livro. E nasceu o nosso primeiro livro em conjunto, “Shanghai Dream”, de Jorge Miguel e Philippe Thirault, e a intenção de editar outros livros, consoante os projectos editoriais de cada uma das editoras. Em 2021 continuámos essa colaboração: mais um livro do Jorge Miguel, desta feita “Sapiens Imperium” (com Sam Timel), bem como “Os Olhos do Gato”, de Moebius e Jodorowsky, e “O Combate Quotidiano” de Manu Larcenet (o primeiro volume).

Esta colaboração vai continuar este ano, a experiência foi boa e tem havido um bom entendimento entre as duas editoras. Queremos continuar os projectos que nos propusemos começar, claro: continuar a editar a obra de Jorge Miguel em Portugal, e concluir “O Combate Quotidiano”, mas decidimos juntar forças para mais uma série de livros em 2022 e 2023!

E o nosso primeiro anúncio vai para “Noir Burlesque” de Marini, um policial negro e pulp, ambientado nos anos 1950, que junta paixão, crime, ciúme e vingança numa história que é, como o diz o Le Figaro, “a sua homenagem pessoal ao cinema de Hollywood dos anos 50”. Um álbum magnífico a preto e branco e… vermelho! Antecipamos o lançamento do primeiro álbum (de dois) durante o último trimestre do ano.

Noir Burlesque, de Marini

E a verdade é que somos todos fãs de Zidrou, os (muitos!) sócios d’A Seita, e a Vanda da Arte de Autor, e entre “Verões Felizes” e “A Fera” já temos editados alguns livros escritos por este fabuloso argumentista belga. E então... porque não uma colecção Zidrou? Pois bem, foi o que decidimos fazer. Zidrou tem inúmeras histórias completas, pequenos (ou não tão pequenos) romances gráficos, e já no final do ano lançaremos “Naturezas Mortas”, com arte do espanhol Oriol,

Naturezas Mortas, de Zidrou e Oriol


(...) a que se seguirá em inícios de 2023 “Emma G. Wildford”, ilustrado por Edith. São duas histórias maravilhosas, e um convite a que mais leitores portugueses descubram a obra de Zidrou.

Emma G. Wildford, de Zidrou e Edith

Temos também para o final do ano um álbum completo, uma história fechada, “O Cavaleiro do Unicórnio”, uma saga medieval com toques de fantástico e em tons de alegoria sobre a violência, com argumento de Stéphane Piatzszek e arte (deslumbrante!) de Guillermo Gonzalez Escalada.

O Cavaleiro do Unicórnio, de Stéphane Piatzszek e Guillermo Gonzalez Escalada 


E, finalmente, com lançamento previsto para inícios de 2023, temos um álbum que foi um dos grandes sucessos em França nos anos mais recentes, e que é um dos livros de BD mais originais que já vimos: “Na Cabeça de Sherlock Holmes” de Cyril Liéron e Benoit Dahan, um álbum que reúne os dois primeiros volumes da série num livro com mais de 100 páginas que apresenta “O Caso do Bilhete Escandaloso” numa integral com a qual mergulhamos (literalmente!) na cabeça do detective de Conan Doyle.

Na Cabeça de Sherlock Holmes, de Cyril Liéron e Benoit Dahan


Como já dissemos acima, a estes livros juntam-se “O Fado Ilustrado”, a re-edição de uma interessante obra de Jorge Miguel, que segue a história e os meandros da Lisboa do fim do século 19 no célebre através do quadro “O Fado” de Malhoa; 

O Fado Ilustrado, de Jorge Miguel
(Provavelmente a capa será diferente da edição original da Plátano Editora)


(...) e, claro, o segundo volume (e final) “O Combate Quotidiano” de Manu Larcenet, uma das obras-primas deste grande autor franco-belga contemporâneo.

O Combate Quotidiano - Volume Dois (de dois), de Manu Larcenet


São sete livros, distribuídos entre o segundo trimestre do ano (o “O Fado Ilustrado” e “O Combate Quotidiano” serão editados entre Abril e Junho) e o último trimestre de 2022 e primeiro de 2023 (para os outros), que esperamos possam satisfazer os nossos leitores e fãs com mais e melhor BD!

Devir reforça o seu "plantel" com 5 estrelas: Monster, One Piece, Sunny, Venus in The Blind Spot e Jujutsu Kaisen!


Agora que os VINHETAS D'OURO 2021 estão arrumados, é tempo de eu começar a pôr ordem aqui na casa, fazendo referência a algumas novidades que aí vêm e fazendo, também, as muitas análises em relação às inúmeras leituras que fiz e que ficaram em standby até esta parte, por causa do muito trabalho que os VINHETAS D'OURO me deram.

Com efeito, hoje (re)começo com uma grande novidade que, certamente, muitos já se terão dado conta: a editora Devir tem uma nova e refrescante aposta em novas séries de manga, que são direcionadas para um público (um pouco) mais adulto!

Numa recente entrevista, a editora Ana Lopes confirmou 5 novas séries! São elas Monster, de Naoki Urasawa, One Piece, de Eiichiro Oda, Sunny, de Taiyo Matsumoto, Jujutsu Kaisen, de Gege Akutami e a obra Venus in the Blind Spot, de Junji Ito! Devo dizer que conheço as duas primeiras obras, Monster e One Piece, e considero Monster como um dos melhores mangás de sempre. Pelo menos daqueles que pude conhecer porque, já o disse várias vezes, não considero que eu domine muito o universo dos mangás.

Portanto, só o lançamento de Monster, já seria um dos acontecimentos editoriais do ano, quanto a mim! Esta série será lançada em 9 volumes duplos que, salvo erro meu, apresentará a fantástica beleza das capas da edição japonesa. Ora, vejam lá, mais abaixo, se o desenho formado pelos 9 livros não é um detalhe maravilhoso?



Depois, teremos a série One Piece que, confesso, me apanhou desprevenido. É indiscutível a sua relevância no universo mangá, pois é das séries mais amadas por todos. E, nesse sentido, é uma aposta certeira já que, não tenho dúvidas, venderá bem. No entanto, e tendo em conta o tamanho da mesma, que ultrapassa os 100 volumes, diria que muitos leitores poderão não ter o "estômago", leia-se coragem, para apostar na série por esta ser grande demais. Mas, acredito que a Devir, tenha feito esta análise melhor do que eu. E não deixa de ser uma excelente notícia para os fãs de One Piece!



Os restante títulos, conheço de nome e sei que são obras de culto, também, o que mantém vivo o meu interesse em relação às mesmas. 

Sunny é composto por 6 volumes, sendo publicado por cá em volumes duplos, ou seja, em três volumes, no total. Esta está a despertar muito o meu interesse, com base naquilo que já pude apurar sobre a série. 




Venus in the Blind Spot é uma compilação de contos de terror com 272 páginas.



Jujutsu Kaisen, que conta com 18 volumes, será, provavelmente, lançado em álbuns duplos.




Passatempo Especial VINHETAS D'OURO 2021 - já temos vencedor!


Já temos o vencedor do passatempo especial, a propósito da Gala dos VINHETAS D'OURO 2021!

Devo dizer que acho bastante piada a este passatempo pois traz consigo um verdadeiro "jogo" entre os leitores do blog, assim um bocado ao jeito de um "Totobola", em que se tentam adivinhar quem serão os vencedores.

Por acaso, este ano, foram poucos os leitores que tentaram arrecadar o prémio, que era composto pelas três obras Desvio, D.A.D. e o mais recente Michel Vaillant - Pikes Peak! E o que, por ventura, poderá explicar isso, é uma insuficiente divulgação da minha parte.

Ainda assim, foram 10 os leitores que tentaram vencer este passatempo que foi apoiado pelas editoras Planeta Tangerina, Suma de Letras e ASA.


E, embora tenha havido um equilíbrio entre os participantes que, em média, acertaram em 4 das 10 categorias, devo dizer que o grande vencedor é:


O Estranho


Que acertou em 5 das 10 categorias. Igual feito foi alcançado por Scrat27, que também adivinhou 5 das 10 categorias. Mas, como contava a ordem de participação em caso de empate, os livros vão mesmo seguir para o leitor O Estranho.

Muitos parabéns!

E obrigado a todos pelas participações!

Fiquem atentos a novos passatempos!