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terça-feira, 29 de outubro de 2024

Um Olhar sobre o Amadora BD 2024


Um Olhar sobre o Amadora BD 2024



Um Olhar sobre o Amadora BD 2024
Entre os dias 17 e 27 de Outubro decorreu o Amadora BD, o maior festival de banda desenhada de Portugal. 

De um modo geral, acho que é comummente aceite que o Amadora BD tem vindo a solidificar a sua importância. Não tem arriscado muito nas últimas edições, é certo, mas tem sabido manter o que de bom tem vindo a ser feito desde que a atual Diretora do certame, Catarina Valente, passou a ser a pessoa responsável pelo mesmo.

Têm sido feitas algumas afinações, como a questão dos autógrafos, que melhorou substancialmente nesta edição, mas é justo dizer que aquilo que já era bom nas últimas duas, três edições se mantém como "bom", e o que era menos bom se reafirma ainda como um desafio para melhorar. E esse desafio é a questão do espaço. Não a do "local", mas a do "espaço". 

Mas vamos lá por partes, para ver se não me esqueço de nada.

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Amadora BD 2024 - Eis a programação de Lançamentos, Autógrafos e Workshops!



Como habitual, o Vinheta 2020 disponibiliza, de forma simples e de fácil acesso, a programação completa referente aos lançamentos, autógrafos e workshops que decorrerão no próximo Amadora BD.

Relembro que, em relação às exposições patentes no evento, já aqui dei nota.

O cartaz de autores internacionais inclui nomes como MikaëlAimée De Jongh, Christian Lax, Keum Suk Gendry-Kim, Alex Maleev, Joe Rubinstein, Henrique Magalhães, Marcelo d'Salete, Tainan Rocha, Matthias Lehmann, Ana Miralles Lopez, Emilio Ruiz, Bastien Loukia, Lucas Pereira, Mathieu Sapin, Stéphane Fert, Wilfred Lupano. Para além dos internacionais, poderemos contar com a presença de várias dezenas de autores portugueses.

Falando nesse tema, posso dizer-vos que poderão encontrar-me no festival em vários momentos.

No sábado, dia 19 de Outubro, às 14h00, farei a apresentação do meu livro Muitos Anos a Virar Páginas. Nesse mesmo dia, também farei as apresentações das obras Em Cada Rosto, Igualdade, de Henrique Magalhães, às 15h00; e, às 16h20, de Cogito Ego Sum - Edição Integral, de Luís Louro - com a presença de Rui Zink e João Marques.

No dia seguinte, domingo, dia 20, às 14h40, farei a apresentação de 25 Mulheres, de Raquel Costa, e no sábado seguinte, às 16h20, farei a apresentação de Espiga, de Bernardo Majer. No meio disto tudo, ainda estarei a autografar o meu livro Muitos Anos a Virar Páginas no primeiro sábado, das 14h30 às 16h00, e no segundo sábado, das 17 às 19h.

Uma coisa importante a não esquecer é que este ano há regras concretas para os autógrafos. Poderão saber quais, mais abaixo.

Sem mais demoras, convido-vos a ver, mais abaixo, a programação completa.

Vemo-nos por lá!

terça-feira, 1 de outubro de 2024

Já são conhecidos os Nomeados para os Prémios de BD da Amadora 2024!


A Câmara Municipal da Amadora acaba de divulgar, em nota oficial, quais são as obras nomeadas para os Prémios de Banda Desenhada da Amadora (PBDA). Eu, enquanto Presidente do Júri, obviamente já conhecia estes resultados, mas partilho-os convosco, agora que é informação oficializada pela Câmara. O restante júri foi composto por João Ramalho Santos e Paulo Monteiro.

Devo dizer que a eleição destas obras não foi "pêra doce", dado que houve muita e boa banda desenhada publicada durante o ano passado e este ano. Gostos pessoais à parte, parece-me que a qualidade das obras apresentadas legitimam bem as suas nomeações. 

Para que conste, relembro ainda que as obras elegíveis eram aquelas publicadas entre o segundo semestre do ano passado e o primeiro semestre deste ano. 

Antevendo algum do habitual "drama" que possa haver, refiro que, nas categorias de Melhor Fanzine e Melhor Obra de Autor Português, o jurado Paulo Monteiro se absteve-se de votar para evitar conflito de interesses (no drama, portanto). Além disso, na categoria Revelação, o júri considerou que Amor, de Filipa Beleza, por ser a primeira obra de BD da autora (pese embora a mesma já tivesse lançado álbuns de cartoons no passado) devia ser considerada na mencionada categoria (no drama, portanto). Quanto a outras questões ou dúvidas que possam existir, remeto os interessados para o regulamento dos prémios.

Mesmo assim, e pelo menos neste espaço, todas as opiniões são bem-vindas. Especialmente se bem fundamentadas.

Os vencedores serão agora revelados durante o Amadora BD, no próximo dia 20 de Outubro, pelas 18h, na Cerimónia de Entrega dos Prémios.

Mais abaixo, deixo-vos com a nota de imprensa divulgada esta manhã pelo Município.

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Já é conhecida a Programação do Amadora BD 2024!




Ainda falta um mês(!) para o arranque da próxima edição do Amadora BD, aquele que é o maior festival de banda desenhada em Portugal, e a Organização já partilhou a programação completa do evento!

Para além das exposições dedicadas aos 60 anos de Mafalda e Daredevil, e aos 25 anos de Naruto, também há exposições assentes nas obras de autores que marcarão presença no evento.

E o conjunto dos autores internacionais que estarão presencialmente presentes no Amadora BD já se apresenta bastante interessante: 

- Keum Suk Gendry-Kim

- Aimée de Jongh

- Mathieu Sapin
(autor de Edgar)

- Marcelo D’Salete
(autor de Cumbe e Angola Janga)

- Christian Lax

- Mikäel
(autor dos livros Giant e Bootblack)

- Alex Maleev e Joe Rubinstein 
(ambos, autores de diversas obras da Marvel)

É já um conjunto de autores muito interessante. Mesmo assim, ainda é possível que se juntem mais nomes. Mas saber, com um mês de antecedência, a programação e quais são os autores que estarão presentes, é algo muito positivo e que merece os meus louvores.

Eis, mais abaixo, a programação completa!

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Um Olhar Sobre o Amadora BD 2023


O primeiro fim de semana do Amadora BD já lá vai e, como tal, é tempo de olharmos para esta edição, sublinhando quer as coisas boas, quer as coisas menos bem conseguidas.

E se há algo que, com justiça, tem de ser dito, é que desde que a nova/recente Organização tomou conta do evento, em 2021, cada edição tem superado, de forma geral, a edição anterior em termos qualitativos. A edição de 2022 já havia sido melhor do que a edição de 2021 e a edição deste ano também supera a edição do ano passado. 

Terá o Amadora BD alcançado a perfeição? Não, ainda há várias coisas a melhorar, especialmente ao nível do lineup dos autores internacionais – mas já lá irei. Não obstante, é ponto assente que as coisas têm vindo a melhorar. E isso revela abertura da Organização em ouvir críticas construtivas e na vontade de fazer mais e melhor.

Foi na quinta-feira, dia 19 de Outubro, que o evento arrancou oficialmente, com a inauguração dos três espaços onde decorre o certame: o Ski Skate Parque, a Bedeteca da Amadora e a Galeria Municipal Artur Bual.

Mais abaixo, falo de forma genérica sobre os vários aspetos do evento.

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Amadora BD anuncia programação!



A organização do Festival Internacional de Banda Desenhada - Amadora BD apresentou a sua programação ao nível das exposições e workshops que estarão patentes no certame, naquela que será a 32ª edição e que decorre entre os dias 21 de Outubro e 1 de Novembro.

Para além disso, revelou que a edição deste ano será marcada por uma forte aposta em exposições com uma base curatorial, uma área comercial consolidada e especializada, sessões de autógrafos, lançamentos de livros, encontros com autores nacionais e internacionais e uma programação paralela de oficinas e ateliers temáticos.

A principal novidade, para já, é que o evento mudará de lugar, conforme já aqui foi revelado. Em vez de ocorrer no Fórum Camões, como já era tradição nos últimos anos, o Amadora BD contará com um espaço renovado, com um núcleo central no Ski Skate Amadora Park, e dois núcleos paralelos, na Bedeteca da Cidade e na Galeria Municipal Artur Bual.


AMADORA BD 2021
21 outubro 2021 a 1 novembro 2021


EXPOSIÇÕES

NÚCLEO CENTRAL | SKI SKATE AMADORA PARK




80 Anos de Diana, a Mulher-Maravilha: Guerreira e Pacifista

Oito décadas depois da sua criação pela imaginação do psicólogo estadounidense, William Moulton Marston, a Princesa Diana da Ilha de Themyscira, mais conhecida como Mulher-Maravilha, continua tão ou mais relevante do era quando apareceu, em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial. Desde cedo, o aspeto conflituante e paradoxal da sua origem tornou-se numa marca indelével de difícil escrutínio. Diana (uma das maiores guerreiras do universo fictício da DC Comics) era uma Amazona
incumbida, pelos deuses da mitologia grega e pelas suas irmãs, de trazer a paz e fraternidade ao Mundo Patriarcal e de defender os princípios democráticos e pacifistas da cultura helenística e da sociedade feminista da sua terra-natal. Esta natureza dicotómica, que serviu de inspiração a muitos artistas de banda desenhada para explorar a sua personalidade ambivalente e determinação na sua missão utópica, foi essencial para preservar a personagem ao longo de oito décadas. Graças à matriz criada por Marston, vários autores foram (com diferentes graus de sucesso e respeito pela matriz) adicionando camadas à mitologia e à personalidade de Diana. O que era uma estranha mistura de Guerra e de Paz, transformou a Mulher-Maravilha num dos mais poderosos arquétipos do Universo DC, ao lado do SuperHomem e do Batman, perfazendo a Santíssima Trindade da editora de BD dos EUA. A acompanhar esta exposição retrospetiva, marcam presença no Amadora BD 2021 alguns dos mais conceituados ilustradores da DC Comics que se destacam pelo trabalho desenvolvido com a personagem: o catalão Álvaro Martínez Bueno e os portugueses Miguel Mendonça e Daniel Henriques.




75 Anos de Lucky Luke. Os Herdeiros de Morris

No ano em que comemora o seu 75º aniversário, o cowboy mais popular da história da banda desenhada
regressa ao Amadora BD com uma exposição que homenageia os autores que tiveram a “ingrata” missão de suceder ao criador do personagem. Após o falecimento de Morris em 2001, Achdé deu
continuidade ao desenho da série clássica e outros criadores (como Matthieu Bonhomme, Bouzard e Mawil) desenvolveram abordagens mais pessoais do cowboy que dispara mais rápido do que a sua própria sombra. São estas diferentes visões do icónico personagem que irão estar em destaque nesta exposição que trás ao Amadora BD 2021 Achdé e Mawil.




A História do Mangá

Originalmente Japonês, o termo “mangá” refere-se a todo o universo da banda desenhada. No entanto, no Ocidente, a designação é utilizada para identificar uma categoria de banda desenhada de características muito próprias: a banda desenhada criada ao estilo japonês. De facto, as primeiras histórias desenhadas em sequência foram criadas no Japão, no século VIII, utilizando rolos de pintura que se iam desenrolando para contar histórias com textos e imagens. Mais tarde, ainda no Japão mas já no século XVIII, a essência da Banda Desenhada ganha forma com o aparecimento dos kibyoshis (livros ilustrados – com o tradicional estilo de pintura e estamparia japoneses – com narrativas cómicas / satíricas ou românticas que misturavam-se desenhos em sequência com palavras para contar histórias). Em meados do século XIX, Charles Wirgman (inglês residente no Japão), cria o jornal satírico The Japan Punch e introduz pela primeira vez balões de fala nas suas histórias em sequência. Influenciados pelas publicações do The Japan Punch, dois artistas japoneses (Kanagaki Robun e Kawanabe Kyosai) criam a primeira revista de mangá em 1874: a Eshinbun Nipponchi. A partir desta data, a presença de artistas europeus no Japão (e a consequente difusão da banda desenhada de origem europeia e estadunidense) contribuiu decisivamente para a formação de uma série de autores nipónicos e “nasce” a banda desenhada japonesa, criada na tradição ocidental, mas sem esquecer as suas características tradicionais: o ocidental e tradicionalmente denominado, “mangá”.



Michel Vaillant: o (próximo) desafio

Michel Vaillant é, desde 1957, um nome incontornável no universo da banda desenhada europeia e no mundo do automobilismo. O seu criador, Jean Graton, concebeu um universo verosímil em torno de uma grande família de construtores automóveis, de que Michel é o seu mais destacado elemento, por ser também o principal piloto da escuderia com o mesmo nome. Por isso, o percurso de Michel Vaillant e de Jean Graton confundem-se e são, muito justamente, inseparáveis. Mas Michel Vaillant é também motivo de grande interesse dos seus novos autores, como Benjamin Beneteau e Marc Bourgne, que
este ano marcam presença no Amadora BD. A presente exposição dá-nos ainda a conhecer as particularidades que justificam a designação, por Miguel Gusmão, do “aportuguesamento” da série durante algum tempo no Estado Novo (de que Major Alvega é o exemplo mais paradigmático). As aventuras de Michel Vaillant passadas no nosso país, como Rally em Portugal, O Homem de Lisboa ou Encontro em Macau (território chinês então sob administração portuguesa), bem como as publicações e as editoras que deram à estampa as suas aventuras (Editorial Ibis, Livraria Bertrand, Distri Editora, Meribérica-Liber, AutoSport e Edições ASA) fazem parte desta exposição que marca o regresso do Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora ao modo presencial.



Corvo V: Inimigos Íntimos

Luis Louro – vencedor do Prémio de Melhor Obra de BD de Autor Português, na edição de 2020 do Prémios de Banda Desenhada da Amadora – apresenta-nos nesta exposição o quinto volume das aventuras do seu mais icónico personagem, criado em 1994: o Corvo. O Corvo V – Inimigos Íntimos é uma viagem (intensa e surpreendente) pela (sub)consciência de Vicente e que nos conta como personagens e traumas do passado fizeram nascer o herói mais inconsciente de todos os tempos. (Quase) sempre com a noite da sua Lisboa como cenário, o Corvo combate os seus temíveis inimigos alados e os malfeitores mais inesperados. Será Vicente capaz de encontrar ajuda para enfrentar os seus
próprios demónios? Conseguirá ele escapar à tentação? Vamos finalmente descobrir o segredo das chamuças do Corvo?



Verões Felizes

Todos os anos o mesmo ritual: Pierre (o pai), a sua esposa e as 4 crianças põem-se a caminho do sul… para um verão feliz. Durante este mês, é para esquecer o quotidiano, no entanto, o casal passa por uma crise conjugal e a doença da tia Lili também não ajuda… Momentos preciosos que tornam a vida desta família mais bonita. Rumo ao sul!





André Diniz e Marcello Quintanilha: visões brasileiras

Exposição retrospetiva do autor e ilustrador brasileiro, André Diniz (Rio de Janeiro, 1975), e do autor Marcello Quintanilha (Niterói, 1971). Argumentista e desenhador de Banda Desenhada e autor e ilustrador de livros infantojuvenis, André Diniz já viu o seu trabalho ser alvo de mais de uma dezena de prémios, de entre os quais se destaca o de Melhor Roteirista, Melhor Graphic Novel, Melhor Edição de Quadrinhos, Melhor Site de Quadrinhos, entre outros. Em 2012, conquistou o conceituado prémio HQ MIX, na categoria Melhor Roteirista Nacional, com o álbum Morro da Favela, editado em Portugal pela Polvo, em 2013. Nesse mesmo ano e em exclusivo para Portugal, editou (também pela Polvo), Duas Luas, com desenhos de Pablo Mayer. Marcello Quintanilha é um autodidata, que se tornou autor de banda desenhada ainda adolescente, nos anos 80, ao desenhar personagens e pequenas histórias de terror e de artes marciais para a editora Bloch. Nos anos 1990, passou a publicar as suas BD em revistas como a General, General Visão, Nervos de Aço, Metal Pesado, Zé Pereira e a Heavy Metal. Em 1991, foi premiado no Salão do Humor de Ribeirão Preto. Ainda nesse ano foi premiado na 1ª Bienal de Quadrinhos do Rio de Janeiro. E voltou a ser premiado na segunda edição da Bienal, em 1993. Em 1999, pela editora Conrad, lançou o seu primeiro livro de BD: Fealdade de Fabiano Gorila. 




Hoje não, de Ana Margarida Matos

Vencedor do concurso Toma Lá 500 Paus e Faz Uma BD (2021) promovido pela Associação Chili Com Carne, “Hoje Não” é um projeto autobiográfico que acompanha o registo diário desde o dia 16 de janeiro de 2021 até ao dia 26 de junho de 2021. Com o aumento dos números e um novo confinamento a chegar, o livro começa com a premissa de não se voltar a perder a noção do tempo, documentando tudo e qualquer coisa que aconteça no dia e resumindo o mais importante em apenas cinco linhas. Cada página corresponde a um dia onde se capturam os limites da identidade pessoal num momento tão atípico na história da nossa existência, através das rotinas diárias, das recorrentes crises existenciais, do que se vê passarse na sociedade, e de tudo aquilo que torna uma pessoa quem é. A realidade que conhecíamos era apenas uma ilusão, muito persistente. Entretanto, existimos.





Drácula de Bram Stoker, de Georges Bess

Veterano desenhador francês, conhecido sobretudo em Portugal pelas suas colaborações com Jodorowsky, Georges Bess atira-se à espinhosa missão de dar a sua visão em Banda Desenhada de um clássico da literatura que já tinha sido objecto das mais diversas interpretações, o Drácula de Bram Stoker. Recorrendo a um notável jogo de sombras e a uma assombrosa técnica de preto e branco, Bess cria uma versão que é simultaneamente extremamente fiel ao texto original e profundamente pessoal. Uma adaptação singular que transcende o Drácula de Stoker, transformando-o no Drácula de Georges Bess.




Comic Heart. Uma coletiva de autores portugueses.

O selo editorial Comic Heart nasceu do encontro de duas visões que criaram esta que é uma das marcas mais vitais da BD nacional. Bruno Caetano, editor de fanzines e comics, e com anos de experiência e trabalho com os maiores nomes da BD portuguesa (na sua actividade na área da animação) e José de Freitas, um dos mais experientes editores do mercado nacional da BD, que juntaram forças em 2017. Projecto generalista, capaz de editar primeiras obras ou livros de autores consagrados, obras comerciais ou mais alternativas, a Comic Heart já venceu cinco Prémios PNBD e cinco Galardões Comicon.




GALERIA MUNICIPAL ARTUR BUAL

O bom filho à casa torna. Retrospetiva de Jorge Miguel.

Nascido na Amadora, Jorge Miguel construiu a sua carreira na banda desenhada e ilustração. Desde 2012 – fruto da sua colaboração com a editora Humanöides Associés – o trabalho do desenhador é mais conhecido em França e nos E.U.A. do que no seu próprio país pelo que esta primeira exposição retrospetiva, na terra que o viu nascer, vem corrigir essa lacuna. Apresentar as diferentes facetas do trabalho de Jorge Miguel em artes gráficas, banda desenhada, ilustração e pintura é o objetivo desta mostra bem representativa da quantidade e qualidade da obra de Jorge Miguel. Na exposição, destaque para os seus dois últimos trabalhos para o mercado francês: Shanghai Dream (editado em Portugal em 2020) e Sapiens Imperium (a lançar no decorrer do Festival).




Marcello Quintanilha: Chão de Estrelas.

Marcello Quintanilha nasceu no Rio de Janeiro (Brasil) e iniciou a sua carreira em 1988 assinando, desde então, bandas desenhadas em publicações como O Estado de São Paulo, Le Monde, Heavy Metal, Internazionale, entre outras. Diretor de animação, colabora regularmente como ilustrador em jornais e revistas (como La Vanguardia, El País ou Playboy) e assina igualmente desenhos da série Sept Balles pour Oxford. É autor dos álbuns Fealdade de Fabiano Gorila, Tungstênio (obra também adaptada ao cinema), Talco de Vidro, O ateneu, Hinário Nacional, Luzes de Niterói, Folia de Reis lançados em Portugal pela editora Polvo Em 2021 lança Escuta, Formosa Márcia (Polvo Editora) e marcará
também presença na atual edição do Festival Amadora BD.




BEDETECA DA AMADORA | BIBLIOTECA MUNICIPAL FERNANDO
PITEIRA SANTOS



Desvio, de Bernardo P. Carvalho e Ana Pessoa
Obra vencedora do Prémio para Melhor Ilustrador Português, da edição de 2020 dos Prémios de Banda Desenhada da Amadora, promovidos pelo Amadora BD.
É verão. Os pais foram de férias e os seus amigos também… A namorada pediu-lhe um tempo e Miguel tem a casa só para si. Vê televisão, joga computador, lê o livro de código e o mundo parece suspenso no meio do calor. “Tudo o que quero é que nada aconteça. Que tudo permaneça como está. O planeta muito quieto. Com a sua lei da gravidade, as suas regras de trânsito.” Onde irá dar este desvio?









SINOPSES | WORKSHOPS

- Workshop de Papier Mâché, pela artista plástica Ana Sofia Gonçalves
Neste workshop, vamos criar uma forma em três dimensões através da técnica de papier mâché, com jornal e fita cola. Um workshop para dar uso à imaginação e descobrir uma técnica diferente de construção e modelação de volumes tridimensionais.

- Workshop de Ilustração 3D, pela artista plástica Ana Sofia Gonçalves.
Este workshop procura simular a tridimensionalidade através da ilustração e de técnicas de ilusão de ótica, com recurso a colagens de materiais e suportes diversificados.

- Workshop “O teu fanzine”, pela ilustradora Patrícia Guimarães 
O fanzine, enquanto publicação não profissional, (livre de restrições criativas ou editoriais), foi sempre objecto de experimentação. Um veículo para abordar vários temas, comunicar ideias, contar histórias, resultando em exemplares muito diferentes e inventivos. Nesta oficina vamos criar um fanzine e explorar um pouco essa liberdade criativa quer em termos de formato, quer em termos de conteúdo.

- Workshop “Que Monstro é esse?”, pela ilustradora Patrícia Guimarães
A Banda Desenhada é a arte de contar histórias através da imagem e da palavra. Na véspera do “Dia das Bruxas / Halloween” vamos descobrir a vida secreta das figuras fantásticas que assombram o nosso imaginário. Como será a bruxa quando ninguém a está a ver? Será que gosta de ouvir heavy metal ou bossa nova? E o zombie? Será que passa os dias sem fazer nada, ou entretém-se a jardinar? Vamos imaginar um outro lado destes monstros? Partindo de um conjunto de personagens e objectos, vamos dar asas à imaginação e criar a nossa banda desenhada!

- Workshop I – MANGÁ: uma introdução à banda desenhada japonesa, pela ilustradora Daniela Viçoso
A banda desenhada japonesa (ou mangá) tem vindo a ficar cada vez mais conhecida fora do Japão, e aqui não é exceção. A BD japonesa corresponde a um mercado variadíssimo e contém em si múltiplos estilos, públicos alvo, linguagens visuais e narrativas. Neste workshop será dada uma pequena introdução à mesma, passando pela sua história e culminando num exercício prático.

- Workshop II – O festival dos youkai, pela ilustradora Daniela Viçoso
Youkai são criaturas sobrenaturais do folclore japonês, semelhantes a espíritos, fantasmas, monstrinhos e demónios. Tomam muitas formas e assumem muitas caras, sendo alguns muito assustadores! Neste
workshop vamos aprender um pouco sobre alguns youkai mais famosos e aprender a desenhá-los.

- Oficina It’s a Book" ABC de Máscaras", pela ilustradora Carolina Celas 
Assustadoras, Brilhantes, Caricatas, Descomunais, Enfadonhas, Felizes, Grandes, Hipnóticas, Improváveis, Janotas, Lingrinhas, Monstruosas, Narigudas, Obscuras, Populares, Queridas, Radiantes,
Sábias, Tradicionais, Únicas, Versáteis, Xistosas, Zelosas Assim é o ABC das máscaras e assim vamos criar máscaras nesta oficina, através de recortes coloridos e geométricos.

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Novos eventos e livros nesta rentrée!


Foram várias as novidades de interesse para os leitores portugueses de banda desenhada que foram ocorrendo nas últimas semanas.

Faço aqui um apanhado geral dessas ocorrências que merecem destaque. Isto não invalida que nos próximos dias eu não vá vá fazendo referências maiores e mais detalhadas a todas estas novidades. Tentarei fazê-lo. Mas, por agora, um apanhado geral!

Em primeiro lugar, os eventos!

Depois de mais de um ano em que nenhum evento dedicado à banda desenhada ocorreu no nosso país, devido à célebre pandemia de covid-19, é tempo de voltarmos a ter eventos dedicados à 9ª arte!

E o primeiro deles é o Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja que decorrerá de 3 a 19 de Setembro, na Casa da Cultura de Beja. É um festival que tem crescido de ano para ano e cada vez é mais relevante no nosso país. Já por várias vezes tentei marcar presença neste evento mas nunca consegui comparecer - muitas vezes motivado por compromissos profissionais e/ou familiares que quase sempre me acontecem na altura do ano em que o evento geralmente sucede (Maio). Mas, este ano, o Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja ocorrerá no mês de Setembro, daqui a duas semanas e, desta vez, não faltarei. Nem deverão faltar todos aqueles que são apreciadores da banda desenhada. Até porque já se conhecem alguns dos nomes sonantes que marcarão presença no certame. Destaque para o facto de, no primeiro fim-de-semana do festival estarem presentes todos os autores das 13 exposições.



Também em relação a outro evento de grande relevância para a banda desenhada em Portugal, já se conhecem algumas novidades. Falo do Amadora BD (ou FIBDA - Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, para os mais antigos). O festival decorrerá de 21 de Outubro a 1 de Novembro e terá um novo local que será o Ski Skate Amadora Park. Confesso que estou curioso face a esta nova aposta da Organização em termos de localização. Mas, para já, um destaque muito positivo merece ser dado à introdução de um prémio pecuniário de 5.000€ para a Melhor Banda Desenhada de Autor Português. É sempre uma boa iniciativa promover-se (e apoiar-se) a criação portuguesa de banda desenhada!



A Feira do Livro de Lisboa também está de regresso, já a partir do próximo dia 26 de Agosto. Não sendo, propriamente, um evento dedicado à banda desenhada, mas sim a todo o tipo de livros, (também) é, por conseguinte, um evento obrigatório para que os amantes de bd possam passear e adquirir algumas raridades ou as novidades que as editoras prepararam para esta rentrée.




E, por falar nessas novidades, devo dizer que são várias e apetecíveis!

A Seita edita Concerto para Oito Infantes e Um Bastardo, do autor português Fernando Relvas. 

Concerto para 8 Infantes e 1 Bastardo
de Fernando Relvas

A mesma editora lança, em parceria com a Arte de Autor, a obra Os Olhos do Gato, da célebre dupla de autores Alexandro Jodorowsky e Moebius.

Os Olhos do Gato
de Moebius e Jodorowsky

Por sua vez, a Arte de Autor, acaba de publicar o terceiro volume de Verões Felizes, de Zidrou e Jordi Lafebre, que nos traz os tomos 5 e 6 da série, deixando-a integralmente publicada em Portugal; bem como mais dois tomos da coleção a preto e branco de Corto Maltese, de Hugo Pratt, nomeadamente A Juventude e Tango.

Verões Felizes 3 - A Fuga | As Giestas
de Zidrou e Jordi Lafebre


Corto Maltese - A Juventude
de Hugo Pratt

Corto Maltese - Tango
de Hugo Pratt


A Ala dos Livros também acaba de nos presentear com dois lançamentos: 
O quinto volume d' O Corvo, do português Luís Louro, cujo título da obra é Inimigos Íntimos. Depois de Os Covidiotas, este é o segundo livro que a editora publica de Luís Louro em 2021.

O Corvo V - Inimigos Íntimos
de Luís Louro


A mesma editora traz-nos também uma nova série intitulada Wild West . O primeiro número é Calamity Jane, de Lamontagne e Gloris. Trata-se de um western que nos revela as origens dessa personagem icónica do faroeste americano que foi Calamity Jane.

Wild West - 1. Calamity Jane
de Lamontagne e Gloris


Por sua vez, a Levoir volta a editar dois livros da sua coleção Clássicos da Literatura em BD. O primeiro - o 10º volume da série - é a adaptação da obra original de Alexandre Dumas, Os Três Mosqueteiros, por Fabrizio Lo Bianco e Andrés José Mossa. E o segundo álbum é a muito aguardada adaptação de Os Maias, de Eça de Queiroz, por José de Freitas e Canizales.

Os Três Mosqueteiros
de Fabrizio Lo Bianco e Andrés José Mossa

Os Maias
de José de Freitas e Canizales


Já aqui foi anunciado no Vinheta 2020 mas faço a nota de que a Gradiva lança agora o primeiro volume da série Tango, da autoria de Philippe Xavier e Matz, e a Escorpião Azul apostou n' A Aranha, de Carlos Pais. 

Tango - 1 Um Oceano de Pedra
de Xavier e Matz

A Aranha
de Carlos Pais


Também os portugueses Duarte e Henrique Gandum se preparam para lançar, numa co-edição da Mudnag com a Ego Editora, Amélia: Uma História do Congo.

Amélia: Uma História do Congo
de Duarte e Henrique Gandum

Para já, são estas as obras conhecidas mas certamente conheceremos algumas mais nos próximos dias. Fiquem atentos! 

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Uma Nota sobre o Amadora BD 2020




Uma Nota sobre o Amadora BD 2020

Está a decorrer, caso não tenham dado por isso (é possível), o Amadora BD - Festival de Banda Desenhada da Amadora. Este ano é um ano atípico a todos os níveis – bem o sei – e, por esse motivo, temos o festival a acontecer de forma virtual, com algumas conversas a sucederem de forma digital. 

Ora bem, podemos sempre dizer – e com alguma razão – que é melhor haver isto do que nada. A Organização poderia simplesmente ter cancelado a edição deste ano, tal como muitos outros eventos têm vindo a ser cancelados ao longo de 2020. Também podíamos dizer que organizar um evento destes, num formato tão diferente, é algo novo e sem precedentes por parte da Organização. Tudo isso é verdade. Estou de acordo.

Porém, olho para este evento com um certo sabor amargo pois parece-me que há pouco envolvimento da Organização para levar o Amadora BD a bom porto. Seja ele um porto "físico" ou "virtual". Porque mesmo tendo em conta todas as condicionantes que referi, é lamentável que os eventos sejam tão poucos, tão mal divulgados e tão pouco inspirados no seu cerne. A imagem do site, os materiais promocionais, a maneira como é feita a comunicação, a quantidade de conversas/entrevistas… é tudo muito fraco. Sinceramente, o Amadora BD deste ano parece-me um projeto de área-escola (ainda se usará este termo?) montado por um grupo de adolescentes do ensino secundário. 

E, tal como disse Saramago, “a oportunidade é como ferro: devemos batê-lo enquanto estiver quente”. É verdade que existem condicionantes para a organização do evento, mas também é verdade que existem oportunidades. E uma delas seria o convite de autores internacionais para as tais "conversas". Num ano em que, apesar de tudo, se lançaram tantas (e de tanta qualidade) obras em Portugal, nacionais ou internacionais, deveriam ter sido organizadas muito mais conversas com autores internacionais. Até porque se havia algo positivo é que não seria necessário gastar-se dinheiro com viagens e alojamento. Bastava contactar com antecedência os autores/editoras e, estou certo, isto seria possível. Se houvesse vontade, claro. São manifestamente insuficientes – não em qualidade, mas em número – as entrevistas propostas pela organização. Se não me enganei na contagem, apenas há 6(!) conversas/entrevistas e os dias do evento são 16! Ou seja, há mais dias em que não acontece nada do que dias em que acontece algo! 

Já para não falar nas editoras portuguesas e lojas de banda desenhada que, atravessando um período difícil, em que, devido ao confinamento a que a pandemia de covid-19 levou, tiveram que superar o problema das lojas estarem fechadas, se vêem relegadas para um plano mais que secundário por parte da Organização. Essas editoras e lojas que, ao longo dos anos, tiveram tanta responsabilidade e relevância para que o Festival tivesse sucesso e visitantes, pois muitas vezes eram os editores - e autores - que asseguravam as próprias exposições de vários espaços. Mais! Uma das principais causas de visita ao Amadora BD por parte dos visitantes, era o espaço de lojas que lá existia. Ora, mesmo não tendo uma existência física, bem que a Organização do evento poderia ter um espaço virtual, uma loja online que permitisse a compra dos livros por parte dos visitantes. Seria bom para os profissionais e para o público. Não era difícil, não era dispendioso e não demorava assim tanto tempo a fazer. Nem se dignaram a colocar links para os sites das editoras dos livros que estão a concurso! Ou, pelo menos, para as lojas que os vendem e que costumam marcar presença no evento. Incrível! 

E por falar em concurso. Este ano a Organização ainda teve a brilhante ideia de retirar algumas das categorias que faziam parte do concurso. Até 2018 existiam 11 categorias a concurso mas em 2020, optou-se por apenas se ter 6 categorias, deixando de fora categorias importantes e relevantes, quer para público, quer para autores. 

Ora, se tivermos em conta que não há prémio monetário para os vencedores, a Organização não lucra nada com a retirada destas categorias. E quem perde são os 1) autores e editores, que tinham nestes prémios a possibilidade de chegarem a um público maior e ganharem visibilidade; e 2) os leitores de banda desenhada e público em geral, que devido a estes prémios, poderiam conhecer novos autores e obras. Não se entende e não faz sentido. Será que há um vírus de preguiça a contagiar a Organização? 

Não é portanto de admirar que rapidamente tenha surgido uma petição online contra a Redução das categorias nos Prémios do Amadora BD. Naturalmente, já assinei a referida petição e convido todos os leitores do Vinheta 2020 a fazê-lo. 

E já nem vou tecer opiniões sobre a nomeação das obras Desvio e A Época das Rosas para os prémios de ilustração, quando são inequivocamente obras de banda desenhada. Enfim. 

Quanto tempo foi gasto no desenvolvimento da imagem do evento? 15 minutos? 

Quanto tempo foi gasto no desenvolvimento do website do evento? 2 horas? 

Quanto tempo foi gasto na preparação das conversas com os autores? 6 chamadas telefónicas de 5 minutos, convidando os autores? 

E ainda por cima, retiram categorias dos prémios? 

Como sou otimista, acho que é sempre preferível fazer do que não fazer… mas caramba! Pede-se mais. Há que fazer mais. A bandeira da promoção da banda desenhada por parte da Câmara Municipal da Amadora já é mais teórica do que, propriamente, prática. Termino com as palavras célebres do meu ídolo Elvis Presley: "A little less conversation, a little more action, please!". 



Abaixo, deixo os nomeados para os Prémios Nacionais de BD e Ilustração 2020




Banda Desenhada


Melhor Obra de BD de Autor Português 

Raizes - colectivo autores do The Lisbon Studio - A Seita 

Mindex - Fernando Dordio e Pedro Cruz - Kingpin Books 

Sentinel - Luís Louro - ASA 

Toutinegra - André Oliveira e Bernardo Majer - Edições Polvo 

Conversas com os putos e com os professores deles - Álvaro - Insónia 



Prémio Revelação 

Zé Nuno Fraga - Assembleia de Mulheres - A Seita 

Paulo J. Mendes - O Penteador - Escorpião Azul 

Jacky Filipe - “Relatividade”, antologia Apocryphus - Sci-Fi - Mighell Publishing 


João Gordinho - O Filho do Fuhrer - Escorpião Azul 




Melhor Obra Estrangeira de BD editada em Português 

Dois Irmãos - Fabio Moon e Gabriel Bá - G.Floy 

Criminal – Livro II - Ed Brubaker e Sean Philips - G.Floy 

O Homem que matou Lucky Luke - Mathieu Bohomme - A Seita 

Undertaker #1 - Xavier Dorison e Ralph Meyer - Ala dos Livros 

O Número 73304-23-4153-6-96-8 - Thomas Ott - Levoir 



Melhor Fanzine / Publicação Independente 

Tequila Shots - Cláudio Yuge e Juan Burgos - Comic Heart 

Apocryphus Sci-Fi - colectivo - Mighell Publishing 

H-alt #9 - colectivo - Sérgio Santos 







Ilustração 

Melhor Obra de Ilustrador Português 

Troca-Tintas - Gonçalo Viana 

O Protesto - Eduarda Lima 

Desvio - Bernardo P. Carvalho 

Fernão de Magalhães - O Homem Que Se Transformou em Planeta - António Jorge Gonçalves 

1.º Direito - Nicolau 



Melhor Obra de Ilustrador Estrangeiro 

Mvsevm - Javier Sáez Castán e Manuel Marsol 

Endireita-te - Rémi Courgeon 

Histórias da Mamã Ursa - Kitty Crowther 

HNHAM - Nuppita Pittman 

A Época das Rosas - Chloé Wary