Eis uma das notícias do ano que, naturalmente, impacta todo o meio da banda desenhada nacional!
O Governo vai criar um Prémio Nacional de Banda Desenhada no valor de 30.000€. Foi durante a visita ao Amadora BD que a ministra da Cultura, Margarida Balseiro Lopes, avançou esta notícia bombástica!
O objetivo do prémio é "reconhecer as pessoas, as obras e a inovação nesta expressão artística em Portugal".
A ministra revelou ainda que esta não deverá ser uma iniciativa isolada. Conforme noticiado pela agência Lusa, Margarida Balseiro Lopes defendeu que "o Estado, através do Ministério da Cultura, tem a obrigação de apoiar as áreas que precisem dessa maior valorização e promoção. E acresce a circunstância de esta nona arte ser muito popular entre os mais novos".
O prémio estará dividido em três categorias: um prémio carreira, para "alguém que ao longo do seu percurso se distinguiu na área da banda desenhada"; um prémio para uma obra que tenha sido publicada no ano anterior ao concurso; e um prémio que reconheça "um caráter inovador na banda desenhada".
O regulamento deverá ser publicado nas próximas semanas, sendo que as candidaturas deverão abrir no início de 2026.
O objetivo passará depois por anunciar os premiados a 18 de outubro, porque, desde 2024, se assinala nesta data o Dia Nacional da Banda Desenhada Portuguesa. Afinal de contas, o Dia Nacional da Banda Desenhada Portuguesa sempre serviu para alguma coisa, huh? 

Desculpe Hugo, se não partilho do seu entusiasmo. O Estado deve premiar? Não. Esse papel deve caber ás instituições, profissionais, pares, e outras pessoas diretamente ou indiretamente ligadas á actividade ou á divulgação. Cabe ao Estado, através de programas específicos ou em parcerias contínuas, apoiar a formação, produção, edição e, acima de tudo, a divulgação. Estas “esmolas” são acima de tudo sinal de má consciência do Estado e deste governo em particular, pela sistemático abandono a que têm votado a área. Deixava aqui um conselho á Sra Ministra - investigue as melhores práticas nesta área por essa Europa fora e actue.
ResponderEliminarCaro António, imagino que não será o Estado a premiar, mas antes um conjunto de especialistas a escolher quem são os vencedores.
EliminarFinalmente um apoio para quem dignifica a 9a arte e que nem sabe de bolsas e afins. Espero que não siga os mesmos e estafados modelos, em que reinam sempre os mesmos, num obscurantismo doentio.
ResponderEliminarPois, exatamente. Espero que seja algo bem feito desde a raiz.
Eliminar30.000 a dividir por apenas 3 pessoas! Que rica forma de desperdiçar dinheiro. Fez mais sentido há uns anos a bolsa de apoio à publicação de BD que possibilitou tantas boas obras nacionais a diversas editoras. Este dinheiro devia ser usado para apoiar iniciativas como um "BD Palop" com jovens autores portugueses ou iniciativas como o Atelier Toupeira de Beja ou mesmo um apoio a pequenas editoras que tenham como objectivo editar autores nacionais iniciantes ou instituições educativas que queiram dignificar esta arte com cursos profissionais para quem se queira profissionalizar nesta área. Isto não passa, provavelmente, de uma medida para gastar fundos que se não forem gastos até certa data teriam de ser devolvidos à UE.
ResponderEliminarCaro Diogo, as bolsas de apoio à publicação de BD da DGLAB mantêm-se ativas. Isto não substitui... acrescenta. Não obstante, concordo com as boas ideias que dá no seu comentário, de apoio à criação e formação em BD.
EliminarCasa onde não há pão... Aplaudo esta iniciativa. É sinal de reconhecimento efectivo para com a Nona Arte Nacional. Não será um prémio Pessoa ou um prémio Camões, ou outro prémio nacional dedicado a outra arte qq mas já é um princípio e uma maneira bastante honrosa de assinalar o Dia Nacional da Banda Desenhada Portuguesa. Vamos em frente.
ResponderEliminarNem é mais uma caça ao voto do Montenegro,nem nada 💡🤔
ResponderEliminarInfelizmente eu não sinto a mesma alegria que o autor deste texto, pois a minha experiência diz-me que a intervenção dos políticos nas artes se tem resumido a entregar avultadas quantias aos artistas arregimentados (afilhados do partido), pagas pelo contribuinte para que estes sejam “educados” (formatados) pelas obras (encomendas) que se limitam a reproduzir a doutrina partidária de quem as encomendou e a distinguir e promover artistas medíocres. Isto é assim desde que eu tenho memória e não apenas em Portugal, onde este problema é transversal a todos os partidos e a todos os poderes políticos autarquias, governos, instituições, presidentes disto e daquilo e a todas as formas de arte. Gostava de acreditar que desta vez vai ser diferente mas não consigo.
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