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quinta-feira, 15 de maio de 2025

Arte de Autor prepara-se para lançar segundo volume integral das Fábulas das Terras Perdidas!



No próximo dia 23 de Maio, chega-nos o segundo volume integral da série Fábulas das Terras Perdidas, que a editora Arte de Autor tem vindo a lançar.

Este é o segundo de um total de quatro volumes que são esperados. Este segundo integral da série intitula-se Os Cavaleiros do Perdão e inclui quatro tomos, começando e concluindo um ciclo inteiro.

Os desenhos deste ciclo ainda são executados pelo autor Delaby, se bem que as ilustrações do quarto tomo do ciclo são da autoria de Jérémy. Esta edição inclui um caderno de esboços enquanto conteúdo extra.

O livro deverá receber uma exposição dedicada durante o Maia BD onde o argumentista Jean Dufaux também marcará presença.

Mais abaixo, deixo-vos com a sinopse da obra e com algumas imagens promocionais.


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Fábulas das Terras Perdidas - Ciclo 2 - Os Cavaleiros do Perdão - Edição Integral, de Jean Dufaux, Delaby e Jérémy

 As lendas celtas atravessam esta saga mítica para a tornar ainda mais maravilhosa.

Na Idade Média, um grupo de marinheiros desembarca nos pântanos perdidos de uma ilha nos mares do Norte. Estes “Cavaleiros do Perdão” pretendem libertar a terra das garras de uma bruxa, a última das cruéis Moriganes que sobreviveram. Dotado de poderes sobrenaturais, o mais jovem de entre eles é o único capaz de expulsar esta criatura maléfica, que deixa atrás de si cadáveres horrivelmente mutilados. Após uma ausência de 5 anos, regressa este novo ciclo, com Dufaux no argumento e Delaby em sumptuosas ilustrações a cores diretas. As Moriganes, bruxas cruéis, quase desapareceram das densas florestas que assombravam e enfeitiçavam. Mas Sill Valt, líder dos “Cavaleiros do Perdão”, está convencido de que uma das mais temíveis se refugiou nas charnecas de Glen Sarrick. Apenas um dos seus companheiros lhe pode dizer com certeza: o jovem Seamus, que tem uma estranha relação com um misterioso cisne negro e que permite que tanto os bons como os maus presságios cheguem até ele.

1 - Moriganes
Para provar que é digno de confiança, Seamus deve submeter-se a um ritual e oferecer um pouco do seu sangue a Mornoir, uma vidente cujo corpo emaciado jaz no fundo de um poço conhecido como o “Buraco de 0rgast”. Ela confirma a bravura do jovem e prevê-lhe um futuro extraordinário. Mas avisa que, quando ele amar, o seu reflexo trai-lo-á a ele e à sua família! Seamus recusa-se a aceitar esta previsão. Confiante na sua retidão e coragem, acompanha Sill Valt e os cavaleiros até às terras de Glen Sarrick. Infelizmente, chegam tarde demais: a feroz Morigane passou por ali, deixando atrás de si um rasto de cadáveres horrivelmente mutilados. Os camponeses afirmam tê-la visto, descrevendo-a como uma jovem mulher de cabelo vermelho que voa sobre a charneca.
Sill Valt recruta os aldeões mais corajosos para o ajudarem a neutralizar esta criatura maléfica.

2 - Guinea Lord
Seamus e Sill Valt têm de voltar a perseguir os Moriganes, as bruxas que destroem pessoas e terras. A batalha do bem contra o mal! A luta dos Cavaleiros do Perdão contra almas sombrias e cruéis!

3 - Fada Sanctus
No caminho para as terras perdidas, encontramos Sill Valt e Seamus, o jovem noviço que se tornou Cavaleiro do Perdão. Ambos estão envolvidos numa batalha impiedosa contra as forças do Mal para salvar Sanctus, o Morigane que se tornou uma Fada. Enquanto Sill Valt persegue o Senhor da Guiné, mestre do Submundo, Seamus enfrenta Eïrell, o amigo que o Demónio transformou em inimigo. Conseguirá o jovem cavaleiro cumprir a sua missão? A vida do seu primeiro amor e o destino da ilha dependem disso...

4 - Sill Valt
O quarto e último volume do ciclo dos Cavaleiros do Perdão das Fábulas das Terras  Perdidas. Enquanto Seamus segue a fada Sanctus até às ilhas Keruan, Sill Valt quer descobrir o segredo do nascimento do Senhor da Guiné. Para o fazer, tem de enfrentar a mãe do Senhor da Guiné, a Senhora de Arminho: um confronto tórrido e assustador. Jean Dufaux dedica um magnífico álbum à batalha final de um mestre, o último álbum de Philippe Delaby. Como um digno herdeiro, Jérémy presta a Delaby a melhor das homenagens, encerrando este álbum de forma brilhante.

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Ficha técnica
Fábulas das Terras Perdidas - Ciclo 2 - Os Cavaleiros do Perdão - Edição Integral
Autores: Jean Dufaux, Delaby e Jérémy
Editora: Arte de Autor
Páginas: 232, a cores
Encadernação: Capa dura
Formato: 235 x 310 mm
PVP: 49,00€

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Análise: Os Cavaleiros de Heliópolis: Rubedo e Citrinitas (2º Álbum Duplo)





Os Cavaleiros de Heliópolis: Rubedo e Citrinitas, de Jodorowsky e Jérémy

Quando, em 2019, a Editora Arte de Autor nos presenteou com o lançamento do primeiro volume de Os Cavaleiros de Heliópolis, da autoria de Jodorowsky e Jérémy, que continha os dois primeiros tomos desta série, Nigredo e Albedo, depressa considerei esse livro como o terceiro melhor álbum de 2019.

Recentemente, e apesar do período conturbado que vivemos, a Arte de Autor, lançou o segundo livro, que reúne os tomos III e IV, Rubedo, a Obra ao Vermelho e Citrinitas, a Obra ao Amarelo, respetivamente, e que, portanto, deixa os portugueses com esta série completa. Que maravilha de trabalho, por parte da Editora que, em pouco mais de um ano, completa em português uma série de autores conceituados da banda desenhada. E, se não me engano, Jéremy – esse mago da ilustração! – ainda nem sequer estava publicado em Portugal.

Falar de Os Cavaleiros de Heliópolis sem falar da qualidade da edição por parte da Editora, também é quase impossível. Estes livros enquanto objeto, são dos livros mais bonitos que uma estante de bd pode ter. As capas têm um textura macia e agradável, que as imagens na internet não conseguem demonstrar. É necessário passar-se as mãos pela capa para se perceber do que falo. Além disso, há ainda a questão de ser um álbum duplo. Confesso que gosto bastante da opção por álbuns duplos que as editoras, e em especial a Arte de Autor, têm vindo a adotar. E acho que resultam especialmente bem na banda desenhada franco-belga, em que cada número de uma série não costuma ir além das 62 páginas, fazendo com que os livros se leiam muito depressa. Com álbuns duplos, o prazer é portanto redobrado e a leitura – e consequente imersão numa obra – parece sair melhorada com esta opção dos álbuns duplos. Já para não falar que, mesmo que os preços destes livros sejam normalmente acima dos 20€, a verdade é que, se fizermos as contas, até não saem nada caros, tendo em consideração que têm o dobro das páginas.

Incidindo agora neste segundo livro, posso dizer que a história a partir do ponto onde o primeiro livro termina. O primeiro tomo Nigredo (o meu preferido) já nos tinha apresentado a origem e background da personagem protagonista Asiamar e o segundo tomo, Albedo, deixou-nos a meio da missão de Asiamar, que incluía a figura histórica de Napoleão Bonaparte. O terceiro tomo, Rubedo, que abre este segundo livro, continua e termina a história com Napoleão, sendo que o quarto e último tomo, Citrinitas, nos leva até Londres, aos tempos de Jack, o Estripador.

E isto é algo que aprecio muito na série: o facto de nos fazer viajar no tempo. Fazendo-me lembrar, até, a série de videojogos Assassin's Creed, que também nos faz viajar na barra cronológica, levando-nos ao encontro de personagens históricas que marcaram os períodos dourados das civilizações egípcias, gregas, romanas, entre outras. Em termos narrativos, esta opção temporal abre imensas possibilidades e, nesse sentido, Os Cavaleiros de Heliópolis são pois, uma série carregada de elementos históricos, onde personagens como Napoleão Bonaparte, Luís XIV, Nostradamus, Imhotep, entre outros, aparecem. No entanto, considero que não devemos classificar a série como sendo “histórica” porque, à boa maneira do autor Jodorowsky, as voltas são-nos trocadas várias vezes e o autor faz uma interpretação totalmente livre dos factos históricos, tal como Quentin Tarantino fez, por exemplo, no seu aclamado filme Inglorious Basterds.

Acima de tudo, esta é uma história de cariz esotérico, onde o protagonista Asiamar, sendo hermafrodita e beneficiando de todas as possibilidades que essa característica lhe confere, continua a sua caminhada para a obtenção de imortalidade e para a ingressão num restrito grupo de imortais, uma irmandade provida de poderes sobrenaturais, com base em conhecimentos de alquimia, que procura salvar o mundo de líderes que são uma ameaça para a humanidade. 

A narrativa do autor é interessante porque é um pouco imprevisível. Não sabemos bem que destino será dado às personagens e à história e isso é revigorante para o leitor. Não obstante, acho que o autor por vezes toma decisões narrativas demasiado disruptivas para a história e (até) pouco justificáveis. Goste-se ou não, é o seu estilo e há que aceitá-lo, mesmo que certas opções pudessem, a meu ver, ter uma base mais sólida e coerente. É um "pau de dois bicos", como já referi: oferece imprevisibilidade à história mas fá-lo sacrificando, várias vezes, a coerência e, por vezes, até a lógica. No entanto, face a outras obras, devo admitir que Jodorowsky até está relativamente contido nestes Cavaleiros de Heliópolis. Este segundo livro tem algumas excentricidades narrativas, mas, ainda assim, mantém a maioria das coisas boas que marcaram o primeiro livro. Uma coisa é certa: Jodorowsky é one of a kind enquanto autor e, nesse sentido, merece o respeito de todos os amantes de banda desenhada.

Se a narrativa do mestre das histórias originais Jodorowsky, nos prende, a arte de Jérémy agarra-nos – para sempre – a estes Cavaleiros de Heliópolis. Aliás, faço até uma pequena nota para que as editoras portuguesas tenham em atenção a espetacular série Barracuda, também do autor Jéremy que, infelizmente, ainda não está publicada em português. O desenho de Jérémy roça a perfeição. É detalhado, realista e com uma utilização de perspetivas de “câmara” dinâmicas e arrojadas. A fisionomia e anatomia das personagens é tratada com todo o cuidado e perfeição. Às tantas, as personagens são tão bem desenhadas que até uma personagem “feia” acaba por ser “bonita” devido a ser tão bem desenhada. Jéremy assume-se, pois, como um autor completo: cenas de romance, de ação, de caracterização de ambientes, de cenários da natureza ou de uma arquitectura requintada, planificação dinâmica, caracterização das personagens... tudo é feito com extrema qualidade e elegância. O difícil mesmo é arranjar algo para criticar – se é que é possível fazê-lo. Com todo o respeito por Jodorowsky, que tantos fãs tem em todo o mundo, é Jérémy quem mais brilha nesta série. É ele a estrela da companhia com o seu trabalho incrível e impressionante nesta série. Uma nota para as cores, asseguradas por Felideus, que também são de elevada qualidade e que dão a esta série uma beleza acrescida.

Em suma, olho para a série Os Cavaleiros de Heliópolis como olho para uma qualquer coisa de qualidade premium, seja um hotel de 5 estrelas, um iate, um restaurante com estrelas Michelin ou um Rolls-Royce. E faço-o porque considero que, tal como estes exemplos, esta série de banda desenhada parece ser luxuosa em todos os aspetos: tem uma arte visual espetacular a todos os níveis possíveis (desenho, cor, dinâmica, ritmo); tem uma história que considero “fora da caixa” e que, por isso, é extremamente original; tem ilustrações de capa (e contracapa!) magníficas e, em cima disto tudo, ainda tem uma edição por parte da editora Arte de Autor do mais luxuoso possível. É caso para perguntar, exclamando com alguma indignação: “Tu, oh amante de banda desenhada franco-belga que me lês... já compraste esta coleção? Então estás à espera de quê?”.
Imprescíndível. E mais um dos lançamentos do ano.


NOTA FINAL (1/10):
9.1

Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020

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Ficha técnica
Os Cavaleiros de Heliópolis: Rubedo e Citrinitas
Autores: Jodorowsky e Jérémy
Editora: Arte de Autor
Páginas: 112, a cores
Encadernação: Capa dura

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Lançamento: Os Cavaleiros de Heliópolis: Rubedo e Citrinitas - 2º Álbum Duplo



Analisando o que de melhor aconteceu à banda desenhada em 2019, o Vinheta 2020, considerou o primeiro volume de Os Cavaleiros de Heliópolis (Nigredo e Albedo) como o 3º melhor álbum do ano 2019 lançado em Portugal.

Agora, é com bastante satisfação e respeito da nossa parte, que observamos a Arte de Autor a lançar mais um álbum duplo, constituído pelos números Rubedo e Citrinitas, os episódios 3 e 4 desta saga, que fica assim integralmente publicada em português.

Este trabalho de Jodorowsky e Jérémy é altamente recomendado.

Fiquem com a nota de imprensa e com as imagens já disponibilizadas pela editora.

Os Cavaleiros de Heliópolis: Rubedo e Citrinitas, de Jodorowsky e Jérémy
O destino de Luís XVII, que morreu aos 10 anos nas masmorras da prisão do Templo, é, com o Homem da Máscara de Ferro, um dos maiores mitos da História de França. Um destino romanesco que o genial Jodorowsky rescreveu com galhardia numa grandiosa fábula iniciática e esotérica. O traço virtuoso de Jeremy dá a Os Cavaleiros de Heliópolis a força de um fresco épico, onde se cruzam os segredos da alquimia e os arcanos da História.

III – RUBEDO – A OBRA AO VERMELHO
Não o deixaram tornar-se rei de França

Diante de Napoleão, Asiamar não conseguiu decidir-se a realizar a sua missão até ao fim. Embora pudesse ter mudado o curso da história com um golpe de espada, mostrou-se excessivamente bondoso. Preferiu deixar que a parte feminina da sua dupla identidade se exprimisse e beijou o Imperador. Hoje, por causa desse fracasso, comparece diante dos Cavaleiros de Heliópolis. Porque, para cumprir o seu destino, um verdadeiro Alquimista deve também saber mostrar-se cruel. Aprender a domar essa crueldade, é a essência mesma de Rubedo, a obra ao vermelho, a terceira prova alquímica. Talvez a mais difícil de todas. Será Asiamar capaz de a superar?

IV – CITRINITAS – A OBRA AO AMARELO
A alquimia reserva-lhe um destino mais grandioso.

1888. No refúgio dos Cavaleiros de Heliópolis, Asiamar prepara-se, aos cento e dez anos de idade, para levar a cabo o último ritual da sua iniciação, Citrinitas, a obra ao amarelo, que lhe permitirá reencontrar a juventude e viver por mil anos. É agora tempo de conhecer também o segredo dos Cavaleiros, guardado pelo seu mestre. Porque este precisa do poder de todos seus discípulos para salvar a humanidade. Mas, antes disso, encarrega Asiamar de uma missão: enfrentar a última grande ameaça à sua ordem. Um mutante assassino de mulheres que assola as noites enevoadas de Londres, a capital do mundo moderno: Jack, o Estripador!


Ficha técnica:
Os Cavaleiros de Heliópolis: Rubedo e Citrinitas
Autores: Jodorowsky e Jérémy
Editora: Arte de Autor
Páginas: 112, a cores
Encadernação: Capa dura
PVP: 24,50€