Mostrar mensagens com a etiqueta Zé Burnay. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Zé Burnay. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

TOP 10 - A Melhor BD lançada pela Comic Heart nos últimos 5 anos!


Hoje apresento-vos aquela que foi a melhor banda desenhada editada pela Comic Heart nos últimos 5 anos. Bem sei que esta é uma chancela que, atualmente, pertence à cooperativa editorial A Seita, da qual já aqui fiz um TOP 10, mas tendo em conta o facto de a Comic Heart se especializar em banda desenhada de autores nacionais, faz sentido que se assinale quais as 10 melhores obras de banda desenhada que esta chancela lançou nos últimos 5 anos.

Até porque a Comic Heart tem no seu catálogo alguns dos nomes maiores da banda desenhada nacional, o que revela bem a importância que foi conquistando ao longo da sua história recente.

Convém relembrar que este conceito de "melhor" é meramente pessoal e diz respeito aos livros que, quanto a mim, obviamente, são mais especiais ou me marcaram mais. Ou, naquela metáfora que já referi várias vezes, "se a minha estante de BD estivesse em chamas e eu só pudesse salvar 10 obras, seriam estas as que eu salvava".

Deixo-vos então, mais abaixo, com as 10 melhores bandas desenhadas editadas pela Comic Heart nos últimos 5 anos:

quarta-feira, 15 de abril de 2020

TOP 10 - Os Melhores Livros Analisados no Vinheta 2020 (até agora)



O Vinheta 2020 que vai dando os seus primeiros passos na blogosfera nacional, relacionada com banda desenhada, continua a crescer exponencialmente, contando já com quase 5.000 visitas, em pouco mais de 3 meses de existência. Ainda não é muito, bem sei, mas são números muito interessantes para tão pouco tempo de vida.

E por isso, gostaria de agradecer a todos os leitores que passaram a acompanhar todas as notícias e análises de álbuns que aqui são feitas. Agradeço também às várias editoras - e autores - que passaram a colaborar com o blog, disponibilizando-me livros para uma leitura cuidada e posterior análise. Isso é fundamental para que muitos livros possam ser abrangidos e o blog ganhe em variedade de conteúdos.

Com efeito, terminado o primeiro trimestre de existência do Vinheta 2020, e tendo em conta que o blog já conta com 23 livros analisados, é lançado a partir de hoje um TOP 10 - Dinâmico com os melhores livros - aqueles que tiverem melhor classificação - à data. Ou seja, os 10 livros analisados com melhor pontuação. É natural e expectável que este top vá sofrendo alterações à medida que novos livros vão sendo analisados.
Funciona, digamos, como um hall of fame, ou um cabaz de recomendadíssimos que o Vinheta 2020 propõe a todos o que seguem este espaço. Este top poderá sempre ser visualizado na barra lateral direita do blog. ⇨

Como o ano zero deste blog é o ano 2020, e como terminámos agora o primeiro trimestre, estes primeiros 10 livros são aqueles que li, analisei e que considero melhores, desde que o ano começou. Não invalida que amanhã eu não leia um livro espectacular que salte logo para uma posição cimeira deste top. Veremos.

Entretanto, foi lançada a página de facebook (www.facebook.com/vinheta2020) e, mais recentemente, a do instagram (www.instagram.com/vinheta_2020). Sigam essas páginas para ficarem a saber as novidades do Vinheta 2020 nas redes sociais.

Mais adiante, estão preparados alguns Tops 10 sobre temas mais específicos que serão publicados em artigos especiais. Fiquem atentos.

E obrigado por me lerem.

domingo, 22 de março de 2020

Análise: Andrómeda ou O Longo Caminho para Casa



Andrómeda ou O Longo Caminho para Casa, de Zé Burnay

Há aquelas obras que parecem diferentes de tudo o que já lemos. Pelo desenho, pela narrativa, pelo mundo criado, pela orginalidade, por algo que a torne única. Andrómeda ou O Longo Caminho para Casa é uma dessas obras. Inquietante e maravilhosamente bela, é um regalo para a banda desenhada nacional. 

Esta é uma obra de arte no sentido literal da palavra, pois está carregada de uma arte maravilhosamente bem concebida, que não parece sequer ter sido feita para os outros. Ao invés, parece feita não só pelo mas também para o próprio autor Zé Burnay. E como uma boa obra de arte, aqui ficamos com a ideia que não há qualquer objetivo comercial por parte do autor, como se em vez de conceber um livro para ser lido pelos outros, Zé Burnay parecesse ter feito o livro para si mesmo e quiçá, partilhar com quem o quisesse ler (e ouvir). 

A capacidade de desenho com que Zé Burnay nos brinda, é majestosa. A meu ver, assume-se como um autêntico virtuoso do desenho em banda desenhada, tal como o Joe Satriani, o Steve Vai, o Eddie Van Halen ou o Yngwie Malmsteen o são, na guitarra-elétrica. A qualidade assombrosa da arte visual do autor é visível na sua capacidade para ilustrar expressões faciais ou na sua capacidade em transmitir emoções através da linguagem corporal das personagens. E também os animais, que abundam em número nesta obra, são desenhados de forma absolutamente linda, bem como as florestas e demais cenários que habitam esta obra. Basicamente, todas as ilustrações aqui presentes estão para lá de brilhantes. 

O seu traço a preto e branco é fino, extremamente detalhado e demonstra um perfecionismo impressionante. Calculo que cada pequeno desenho, devido ao pormenor que apresenta, tenha feito o autor perder muito tempo na sua concepção. Zé Burnay parece-me por isso comprometido com a sua arte como poucos o estão. “Impressionante” é a palavra que mais me ocorre para classificar os seus dotes de ilustrador.

A história acompanha um nómada que faz uma viagem surreal, como se estivesse dentro de um sonho. Embora, diga-se, a certa altura, parecemos penetrar num outro sonho, dentro do sonho original. Tal como Christopher Nolan nos mostrou no seu filme Inception. A paisagem é pós-apocalíptica, com uma peculiar casa, cenários desérticos ou florestas luxuriantes a servirem de pano de fundo a esta história, fruto de um imaginário bastante profundo. Somos então mergulhados numa história carregada de simbolismo e terror. 

Sendo difícil de classificar o género desta obra, diria que “terror”, poderia ser uma classificação possível – embora redutora. O protagonista da história vê-se muitas vezes rodeado por animais e por criaturas monstruosas, dignas de um filme de terror que assombram a existência da personagem. E a nossa.

O livro contém 3 capítulos: Bugonía, Uma Casa no Horizonte e A Nossa Mãe, a Montanha. Esses três capítulos foram reunidos num só volume após uma campanha de crowdfunding bem sucedida na Indiegogo, e lançados em inglês, através de uma edição de autor. Em boa hora, e com perfeito sentido de oportunidade, é lançado em Portugal pela Editora A Seita. 

Algo digno de destaque é que Zé Burnay, não se limitando a ser um ilustador de excelência, ainda nos brinda com uma banda sonora, da sua autoria, e concebida de propósito para Andrómeda, que nos permite uma experiência de leitura mais imersiva. Na minha segunda leitura da obra, fui acompanhado pela banda sonora e devo admitir que a minha experiência beneficiou com isso. Desta forma, se for possível aos leitores, recomendo que a leitura seja feita ao som da banda sonora, para que a experiência ainda fique mais cinematográfica, por assim dizer. A banda sonora pode ser encontrada aqui: andromedamusic.bandcamp.com

Numa obra com uma arte visual de um fulgor tão majestoso, o único problema que a mesma eventualmente poderá apresentar é que, sendo tão onírica, tão metafísica, acabe por ser demasiado aberta e surreal para muitos. Talvez por isso, não seja uma obra para toda a gente. Não é um livro que considere “fácil de ler”. Muito embora tenha pouco texto, obriga-nos a uma leitura cuidada, se quisermos mergulhar bem na mensagem que Zé Burnay nos pretende passar. E mesmo megulhando bem – no meu caso, fiz duas cuidadas leituras da obra – a mensagem e a narrativa estão sempre sujeitas a interpretação pois a conslusão subjacente não é exatamente clara ou óbvia. Podemos ter uma ideia, mas não saberemos se foi isso que o autor pretendeu. Porque, afinal de contas, não nos são dadas muitas pistas. No final da leitura poderá portanto persistir a dúvida: “Aonde me levou esta obra? Que respostas (ou perguntas) me ofereceu?”. Caberá a cada um dizer se estas questões ficaram devidamente bem respondidas.

Sem pôr em causa a excelência desta obra magnífica admito que, no futuro, gostaria de ver uma história mais mundana - porque não um romance? - assente numa narrativa mais acessível e clássica, ilustrada pelos skills extraordinários de Zé Burnay. A sua arte é demasiado boa para se ficar apenas neste estilo mais surreal, atrevo-me a dizer.

A edição da Editora A Seita é de qualidade superior. Um bonito papel baço e de boa gramagem, é tudo aquilo que a arte do autor necessita e é isso que esta edição nos dá. É um livro bonito de se possuir. No final, há ainda espaço para um dossiê com esboços e ilustrações do autor, bem como ilustrações de outros artistas convidados, entre eles a superestrela dos comics, Mike Mignola que, aliás, é um fã de Andrómeda, e classifica este trabalho como “belo e perturbador”. 

Na lombada do livro houve um erro de ortografia, lendo-se a palavra “Andrómneda” em vez de “Andrómeda”. A editora prontamente corrigiu este lapso com a impressão de uma contracapa que acompanha a obra. Na versão que me chegou, o problema já se encontra resolvido. Toco neste assunto, porque li bastantes críticas a este erro nas redes sociais – e embora concorde que é uma situação aborrecida – também acho que se dá demasiada importância a estes erros. Errar é humano e quando a editora prontamente toma ação para retificar um erro, já tem a minha total compreensão. Grave seria não terem feito nada após o lapso. Como gosto de dizer: “foca-te na solução e não no problema”. A Editora focou-se na solução e resolveu o problema. Chega de “sururu” sobre este tema, caros amigos leitores. Foquem-se na qualidade do livro em si, que é o que mais interessa.

Em conclusão, posso afirmar que a arte visual de Andrómeda ou O Longo Caminho para Casa é absurda, de tão boa que é. Uma obra que parece uma mulher perfeita na sua beleza, embora carregada de indefinições ou de mistérios. Zé Burnay é um virtuoso do desenho que nos deixa de boca aberta, da primeira à última página. E a ideia de saber que este livro é fruto de um autor português, faz-me sorrir e manter a esperança que todos saibamos valorizar a qualidade da banda desenhada nacional, que já vai sendo tão boa.

NOTA FINAL (1/10):
9.0

-/-

Ficha Técnica
Andrómeda ou o Longo Caminho para Casa
Autor: Zé Burnay
Editora: A Seita
Páginas: 128, a preto e branco
Encadernação: Capa dura

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Lançamento: Andrómeda ou o Longo Caminho para Casa

Andrómeda ou o Longo Caminho para Casa
Lançamento: Andrómeda ou o Longo Caminho para Casa
Acaba de chegar às bancas e às livrarias a obra-prima de Zé Burnay, Andrómeda ou o Longo Caminho para Casa.

Fiquem com a nota de imprensa da editora:

Andrómeda ou o Longo Caminho para CasaANDRÓMEDA ou O LONGO CAMINHO PARA CASA
Arte e argumento de ZÉ BURNAY

“Onírico. Ao mesmo tempo belo e perturbador.”
— Mike Mignola

Andrómeda é já uma das obras-primas da banda desenhada portuguesa, fruto de anos de trabalho do artista Zé Burnay, que a foi lançando em comics individuais, antes de os reunir num volume único, que é agora lançado na sua versão portuguesa.

Jornada do herói que acompanha um estranho nómada perdido numa viagem entre o iniciático e o surreal, Andrómeda é também a crónica de um regresso a um destino simultaneamente desejado e desconhecido, através de uma paisagem pós-apocalíptica ou perdida na antiguidade. Uma obra-prima da banda desenhada portuguesa, que mergulha o leitor no imaginário do seu autor, feito de mitos e lendas, terror, simbolismo e aventura.
Andrómeda ou o Longo Caminho para Casa
Andrómeda ou o Longo Caminho para Casa
Originalmente publicado em formato comic, em dois capítulos, Bugonía (2016) e Uma Casa no Horizonte (2017), e comercializado em festivais e vendas online em língua inglesa, a obra de Zé Burnay, enriquecida de um novo capítulo, A Nossa Mãe, a Montanha, foi editada em inícios de 2019 numa versão inglesa (Andromeda or The Long Way Home), que rapidamente se esgotou. É com orgulho que A Seita apresenta esta magnífica banda desenhada numa edição luxuosa em português, que inclui também o caderno de extras, esboços, etc... originalmente publicado na versão inglesa, e uma série de ilustrações de artistas convidados, entre os quais várias inéditas de artistas portugueses. Entre os artistas incluídos podemos citar o grande Mike Mignola, fã de longa data da obra de Zé Burnay, mas também ilustrações de Artyom Trakhanov, Matt Smith, Aaron Conley, entre outros, e dos portugueses André Caetano, André Pereira, Jorge Coelho e Mosi. Músico e compositor, Zé Burnay criou também uma banda sonora de música ambiente que acompanha o livro, para proporcionar uma experiência de leitura mais imersiva, que os leitores poderão ouvir aqui:

andromedamusic.bandcamp.com/

Ficha Técnica:
Andrómeda ou o Longo Caminho para Casa, de Zé Burnay
Editora: A Seita
128 páginas, preto e branco, capa dura, formato 19 x 28,50 cm, (c/sobrecapa)
ISBN 978-989-54574-2-7
PVP: 18€