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quinta-feira, 2 de junho de 2022

Análise: Little Tulip

Little Tulip, de Jerome Charyn e François Boucq - Ala dos Livros

Little Tulip, de Jerome Charyn e François Boucq - Ala dos Livros
Little Tulip, de Jerome Charyn e François Boucq

Depois de cerca de um ano e meio a pós o lançamento de New York Cannibals, a Ala dos Livros lançou finalmente uma das obras mais emblemáticas dos autores Jerome Charyn e François Boucq, que dá pelo nome de Little Tulip. E quando digo “finalmente” quero dizer que a espera ainda foi um pouco longa para aqueles que já tinham lido New York Cannibals que, de alguma forma, continua os eventos vivenciados em Little Tulip. As histórias são consideradas independentes – e, de facto, são-no, pois podem ser lidas de forma separada – mas a verdade é que depois de finalizada a leitura de Little Tulip decidi reler New York Cannibals e posso agora dizer que a leitura dos dois álbuns de forma seguida, valoriza as leituras de ambos. Portanto, é algo que recomendo.

Olhando agora, com detalhe para Little Tulip, é fácil entrar na bela história do consagrado autor Jerome Charyn. Para que um livro de banda desenhada seja bom – e por muito que o mesmo apresente belíssimas ilustrações – é necessário que a história e a própria narrativa também o sejam. E devo dizer que neste livro, Charyn demonstra a sua prolífica imaginação e boa capacidade para bem contar uma história.

Little Tulip, de Jerome Charyn e François Boucq - Ala dos Livros
Trata-se do percuso de vida de Pavel que passamos a acompanhar em duas linhas cronológicas diferentes: o tempo atual, em que trabalha num estúdio de tatuagens em Manhattan, e o tempo passado, desde a sua tenra infância em que ficamos a conhecer o seu percurso de vida. 

Quando os seus pais são condenados por espionagem e transportados num comboio com o destino de um campo de trabalhos forçados - conhecido como gulag - na Sibéria. Com apenas sete anos, e totalmente traumatizado por tudo aquilo a que tem de assistir, acaba por ficar separado dos seus pais e terá que lutar pela sua sobrevivência fazendo tudo ao seu alcance para o conseguir. É uma história de uma grande violência emocional que, sem dúvida, nos deixa com a boca seca ao presenciarmos todos os momentos a que Pavel terá que fazer frente. 

Ao mesmo tempo, essa narrativa do passado vai sendo entrecortada pelos momentos do tempo presente, em Nova Iorque, onde começa a aparecer uma vaga de assassinatos a mulheres indefesas que, aparentemente, são levados a cabo por um homem que esconde a sua identidade com um gorro natalício e, por isso, começa a ser apelidado de Bad Santa. Tendo aprendido a arte de fazer tatuagens quando ainda era criança no gulag, Pavel tornou-se, entretanto, num conceituado tatuador e desenhador em Nova Iorque e acaba por colaborar com a polícia no desenho de retratos robot. É, aliás, por esse motivo que Pavel passa a estar envolvido neste caso dos assassinatos do Bad Santa. É interessante porque são ambientes muito diferentes – o da Sibéria e o de Nova Iorque – e, portanto, aguçam a nossa curiosidade para ficar a saber quais os eventos que alteraram tanto a vida de um homem. Como é que ele conseguiu obter a sua vida tão pacata e normal em Nova Iorque se, em criança, teve todos aqueles traumas no gulag?

Little Tulip, de Jerome Charyn e François Boucq - Ala dos Livros
Devo dizer que gostei bastante de New York Cannibals mas considero Little Tulip uma leitura que, embora seja muito mais clássica e, por ventura, menos original que a outra, acaba por me parecer mais verosímil e, consequentemente, mais marcante. Se New York Cannibals é bastante bom, Little Tulip é verdadeiramente excelente.

Boucq aparece nesta obra em grande forma, oferecendo-nos desenhos muito inspirados, com fantásticas expressões e uma bela representação dos corpos das personagens, demonstrando saber oferecer à narrativa todo o apelo emotivo que ela precisa, quando estamos perante as tais partes mais angustiantes da história, mas também saber ilustrar cenas de ação de forma maravilhosa.

Posso dizer que a página 81 do livro, em que Azami trava uma feroz luta pela vida contra os homens do Conde, é das melhores pranchas de luta que me lembro de ter visto nos últimos anos. Porquê? Bem porque para além do fantástico e dinâmico "bailado de luta", em que se deteta uma ferocidade e urgência incríveis, a maneira como parece que Azami não luta bem contra os seus oponentes, mas sim, contra as criaturas que os mesmos têm tatuadas nos braços, é de uma poesia visual extrema. Maravilhoso na ideia e maravilhoso na conceção da mesma.

Little Tulip, de Jerome Charyn e François Boucq - Ala dos Livros
Todos sabemos o quão Boucq gosta de desenhar algumas coisas mais bizarras. E, com justiça se diga, normalmente fá-lo muito bem e tem nessa característica um traço comum do seu trabalho. Isso também acontece neste Little Tulip em alguns momentos que visualmente nos marcam pela sua bizarria, mas também é justo dizer que provavelmente este estará entre os livros mais comedidos do autor nessa vertente. Quer isto dizer que para aqueles que, por vezes, dizem: “hmm, este Boucq parece ser bom, mas só gosta de desenhar coisas estranhas”, este livro servirá, certamente, como uma possível porta de entrada para conhecerem o fantástico trabalho do autor. As cores também representam um papel importante na forma como a história nos é dada, sendo mais frias na Sibéria e mais quentes em Nova Iorque. O trabalho de Boucq acaba, pois, por ser sublime. 

Se me posso queixar de alguma coisa é da ilustração que o autor decidiu fazer para a capa do livro (e aqui ainda acrescento, também, New York Cannibals). Não é que sejam maus desenhos, nem nada que se pareça, mas acho que não mostram em nada o poderio visual e virtuosismo técnico do autor.

Quanto à edição, temos mais um belo trabalho da Ala dos Livros. Capa dura, excelente papel com a quantidade certa de brilho, boa impressão e encadernação. Nota ainda para o breve, mas belo, dossier gráfico, com três páginas, que nos oferece várias ilustrações e esboços de Boucq.

Em suma, Little Tulip é um livro fantástico, que nos conta a comovente história de um belíssimo protagonista, que retemos na memória já bem depois de finalizada a leitura do livro. E, claro, no topo de tudo isso ainda temos as sublimes ilustrações de Boucq, que contribuem para que este livro figure entre os melhores lançamentos de 2022. Muito bom, de uma ponta à outra!


NOTA FINAL (1/10):
9.4



Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020



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Little Tulip, de Jerome Charyn e François Boucq - Ala dos Livros

Ficha técnica
Little Tulip
Autores: Jerome Charyn e François Boucq
Editora: Ala dos Livros
Páginas: 96, a cores
Encadernação: Capa dura
Lançamento: Abril de 2022





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Mais abaixo, deixo o convite para a leitura da análise ao álbum que continua o percurso destas personagens:



segunda-feira, 2 de maio de 2022

Little Tulip é (finalmente) publicado em Portugal!



Little Tulip
, uma obra emblemática da dupla Jerome Charyn e François Boucq, prepara-se para chegar às livrarias portuguesas!!!

Por agora, a obra já pode ser comprada através do site da editora Ala dos Livros.

Relembre-se que os eventos relatados neste livro antecedem a história de New York Cannibals, da mesma dupla - e também da editora Ala dos Livros - que já aqui foi analisado. Pelo que, parece-me, o lançamento de Little Tulip até pode - e deve - despoletar uma maior procura pelo livro New York Cannibals.

Para já, deixo-vos com a sinopse da obra e com algumas imagens promocionais.

Little Tulip, de Jerome Charyn e François Boucq

Little Tulip é uma história de sobrevivência e de vingança pessoal, que se desenrola ao ritmo de misteriosos assassinatos que ocorrem em Nova Iorque.

Mas Little Tulip é, também, a história da vida de Pavel, vinte anos antes dos acontecimentos de New York Cannibals.

Feito prisioneiro ao mesmo tempo que os seus pais, a infância de Pavel chega ao fim quando, aos sete anos de idade, descobre o inferno do Gulag. Separado dos seus, é forçado a absorver as regras que regem o seu novo universo: a violência permanente e o poderio absoluto dos chefes dos gangues.
Convertido num temível lutador, Pavel consegue sobreviver como tatuador graças ao que aprendera com o pai e às lições do seu novo mestre de desenho. Com o decorrer dos anos, a fama de Pavel estende-se a todos os campos e o seu talento torna-se uma lenda. Prequela de New York Cannibals, lançada em Portugal também pela Ala dos Livros em 2020, ao mesmo tempo que em França, Little Tulip é mais uma brilhante obra de François Boucq na adaptação do escritor Jerome Charyn.

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Ficha técnica
Little Tulip
Autores: Jerome Charyn e François Boucq
Editora: Ala dos Livros
Páginas: 96, a cores
Encadernação: Capa dura
PVP: 24,00€

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Análise: New York Cannibals



New York Cannibals, de Boucq e Charyn

Como já tinha sido anunciado no Vinheta 2020, a Ala dos Livros surpreendeu o mercado ao lançar recentemente New York Cannibals, da dupla criativa Jerome Charyn e François Boucq. Este lançamento foi feito na mesma altura do lançamento mundial, para o mercado franco-belga, o que é algo de louvar por parte da editora portuguesa.

Nesta obra, Boucq e Charyn voltam a pegar nas personagens da obra Little Tulip, que foi originalmente publicada em 2014 e que, em 2021, deverá ter edição em português, também pela Ala dos Livros. Mas entre os acontecimentos de Little Tulip e New York Cannibals, passaram-se 20 anos e Azami, que havia sido adoptada por Pavel, o tatuador, é agora uma mulher extremamente musculada, que se tornou polícia. Um dia, encontra um bebé nos caixotes de lixo de um beco e decide adoptá-lo, já que o seu corpo, devido aos esteróides que toma, a tornam estéril para procriar. Regressam algumas personagens com quem Pavel já se havia cruzado no Gulag, que fazem agora parte de uma rede criminosa, cujo caminho vai-se cruzar com Azami e Pavel.


A minha principal consideração sobre esta obra tem de ser só uma: este é um livro com uma história verdadeiramente original! Sendo um leitor de banda desenhada e de literatura experiente, tendo visto mais de 2.000 filmes segundo o site IMDB, ou tendo jogado centenas de videojogos, por vezes acontece-me algo desagradável: parece que cada história já foi lida, vista ou jogada por mim, noutra altura. Como se houvesse uma constante reciclagem de ideias que não me permita encontrar algo verdadeiramente novo ou original. Na banda desenhada isso também acontece muitas vezes. Claro que cada livro é um livro e há sempre coisas novas, nuances específicas, que tornam uma obra em algo único e singular. Ainda assim, é cada vez mais raro eu encontrar uma história que me surpreenda realmente. Em que eu não perceba bem para onde estou a ser levado narrativamente. Felizmente, New York Cannibals é exatamente essa história. Sendo uma história totalmente diferente, lembrou-me da série Bouncer, que Boucq assina em parceria com Alejandro Jodorowsky e que é, igualmente, original, especialmente se tivermos em conta de que se trata de um western, que recicla tantas vezes as mesmas ideias. 

Há um grande sentido de urgência narrativa neste New York Cannibals, proporcionado, também, pelo ritmo muito bom da narrativa e pelas personagens principais, com quem o leitor facilmente estabelece uma relação empática. Se olharmos bem, todas as personagens – excetuando, talvez, Pavel – têm algo exuberante ou exótico nelas. Seja na maneira de ser ou na sua constituição física. No entanto, isso não as torna demasiadamente exageradas para serem credíveis. Dá-lhes carisma e faz com que pareça que as conhecemos desde sempre. Ou, talvez até melhor do que isso, parece que as guardamos para sempre na nossa memória.

E, talvez por isso, este New York Cannibals obrigou-me a fazer uma leitura compulsiva, tal não é o interesse que a história, da forma como está construída, desperta no leitor. As personagens algo exóticas e originais, a própria construção do argumento, o ritmo da narrativa, as situações criadas, tudo está bem feito. 


Também a cidade de Nova Iorque tem um tratamento muito especial convidando o leitor não a uma visita turística à cidade, mas antes a uma visita aos reais meandros da cidade. Não aparecem pois, os pontos emblemáticos da cidade como o Empire State Building, a estátua da Liberdade, o Central Park, a ponte de Brooklyn, o World Trade Center, a Wall Street, a Times Square, a 5ª Avenida, a Broadway, etc, mas aparecem os locais mais sujos e pouco tratados da cidade. A estes, é dado por Boucq uma caracterização gráfica excelente, com becos e vielas ornamentados por paredes pintadas com spray, que nos transportam automática e facilmente para a ambiência de Nova Iorque, e levando-me a considerar que o autor faz um trabalho irrepreensível na forma como utiliza a cidade nesta história, com uma utilização de luzes e cores audaz, que nos remete para os anos oitenta.

Como já referi, as personagens são daquilo que é mais inesquecível nesta obra. Muitas delas são andrógenas, havendo mulheres com corpos masculinos – como a protagonista Azami – ou homens com corpos femininos. Para além disso, há um certo desfile de horrores nesta obra, um verdadeiro freak show, com a aparição de temas algo pesados, sejam eles personagens sem pernas; bebés deixados no lixo; tráfico humano; uma sociedade secreta de lésbicas; canibais que procuram alimentar a sua paixão por sangue humano, através de um curioso e intrincado negócio que envolve vários quadrantes da sociedade civil… enfim, a história é bastante adulta nos temas que apresenta. Mas nem por isso, apresenta muita violência gráfica. Sublinhe-se ainda a maléfica e carismática vilã da história que, certamente, ficará na memória de quase todos os leitores. 

A única coisa que não gostei tanto nesta obra foi a parte final da história, que achei um pouco over the top. Foi pena porque, ao longo do livro, até considerei que os autores souberam dosear muito bem as partes mais simbólicas e oníricas do argumento. A meu ver, nem sempre essas partes funcionam bem, mas considero que, neste caso, como a aura do simbolismo é passada para o leitor através de algumas personagens – e não tanto dos autores da obra – se torna bastante digerível, mesmo para aqueles que não têm tanta paciência para argumentos mais metafísicos. E assim sendo, esta é uma obra, cujo argumento assenta numa premissa possível e realista para depois, mergulhar criativamente numa realidade obscura e maléfica. O que aqui é descrito até pode ser improvável e ficcional, mas consegue alicerçar-se de forma credível e bem explanada pelos autores.


Há aqui também uma crítica – ou, talvez, uma visão crítica – bastante subtil dos autores em relação à forma como os ricos e poderosos submetem os pobres e fracos, de forma a extrair deles o que quer que seja, para conseguirem realizar os seus desejos e caprichos pessoais.

Em relação à arte visual, trata-se de um trabalho fiel àquilo a que Boucq já nos habituou. E tal como em O Guardião ou Bouncer, o seu traço mantém-se fiel ao que já conhecemos. Trata-se de um estilo de desenho bastante realista, num curioso equilíbrio ente o desenho rabiscado e o desenho detalhado. E mesmo que, por vezes, algumas pranchas pareçam cruas e rudes na sua conceção, a verdade é que, se soubermos analisar e observar atentamente a sua arte, ficaremos maravilhados perante a precisão e detalhe com que Boucq preenche cada vinheta. Tem um claro e demarcado signature style. É fácil para qualquer pessoa olhar para um desenho de Boucq não identificado e perceber logo que se trata de um Boucq. Lembro-me que quando, há já vários anos, me deparei pela primeira vez com a sua arte – possivelmente no primeiro álbum de Bouncer – não me senti muito cativado à primeira tentativa. Mas, fui-me habituando ao seu estilo e hoje em dia, considero-o um ilustrador maravilhoso e de referência na banda desenhada. Um claro exemplo do “primeiro estranha-se, depois entranha-se”. 

Finalmente, quanto à edição da Ala dos Livros, estamos perante um trabalho de qualidade. Capa dura, papel brilhante de boa espessura, qualidade de encadernação. Está tudo bem feito e isso é algo a que a editora portuguesa nos tem habituado. Nota ainda para a capa que, mesmo não sendo necessariamente bonita, é forte na mensagem que passa. Daquelas capas que sobressaem facilmente numa livraria, junto a muitos outros livros.

Em conclusão, este New York Cannibals é um dos melhores livros de banda desenhada lançados em 2020, com uma arte magnífica e com um argumento excelente que, só pela forma como baralha e distribui as cartas narrativas, me convenceu desde a primeira até à última página. Totalmente recomendado!


NOTA FINAL (1/10):
9.1




Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020



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Ficha técnica
New York Cannibals
Autores: François Boucq e Jerome Charyn
Editora: Ala dos Livros
Páginas: 156, a cores
Encadernação: Capa dura
Lançamento: Setembro de 2020

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Lançamento: New York Cannibals





A Ala dos Livros anunciou recentemente (mais) um fantástico livro para o seu impressionante catálogo. Trata-se de New York Cannibals, de Jerome Charyn e François Boucq. Será um lançamento mundial, que a editora portuguesa assegura, juntamente com a editora original, em França. Algo que merece aplausos, claro está.

E como se isto não fosse já uma boa notícia, a Ala dos Livros ainda assumiu publicamente que Little Tulip - a obra dos mesmos autores que antecede New York Cannibals - também já está contratada pela editora e deverá chegar-nos em 2021.

Fiquem com a nota de imprensa e imagens promocionais.



New York Cannibals, de Jerome Charyn e François Boucq

Vinte anos após a conclusão sangrenta de Little Tulip, Azami tornou-se polícia. 

Ganhou corpo e tomou demasiados esteróides. Por isso, quando encontra numa ruela o bebé que a sua condição física a impede de ter, decide adoptá-lo, tal como Pavel outrora fizera com ela. 

Entretanto, o velho tatuador fora apanhado pelo seu passado. Os fantasmas do Gulag ameaçam engolir os seus, e ele terá de usar tudo o que aprendeu para os enfrentar: a força mística da sua arte… e essa violência surda, que permanece a mesma, da Sibéria a Nova Iorque.


Lançada em Portugal ao mesmo tempo que, em França, surge nas livrarias a edição francesa, e na linha de A Mulher do Mágico ou Boca do Diabo, New York Cannibals é a mais recente obra do desenhador François Boucq e do escritor Jerome Charyn.


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Ficha técnica
New York Cannibals
Autores: Jerome Charyn e François Boucq
Editora: Ala dos Livros
Páginas: 156 páginas, a cores
Encadernação: Capa dura
PVP: 28,90 Euros