Mostrar mensagens com a etiqueta Mariko Tamaki. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Mariko Tamaki. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 15 de abril de 2020

TOP 10 - Os Melhores Livros Analisados no Vinheta 2020 (até agora)



O Vinheta 2020 que vai dando os seus primeiros passos na blogosfera nacional, relacionada com banda desenhada, continua a crescer exponencialmente, contando já com quase 5.000 visitas, em pouco mais de 3 meses de existência. Ainda não é muito, bem sei, mas são números muito interessantes para tão pouco tempo de vida.

E por isso, gostaria de agradecer a todos os leitores que passaram a acompanhar todas as notícias e análises de álbuns que aqui são feitas. Agradeço também às várias editoras - e autores - que passaram a colaborar com o blog, disponibilizando-me livros para uma leitura cuidada e posterior análise. Isso é fundamental para que muitos livros possam ser abrangidos e o blog ganhe em variedade de conteúdos.

Com efeito, terminado o primeiro trimestre de existência do Vinheta 2020, e tendo em conta que o blog já conta com 23 livros analisados, é lançado a partir de hoje um TOP 10 - Dinâmico com os melhores livros - aqueles que tiverem melhor classificação - à data. Ou seja, os 10 livros analisados com melhor pontuação. É natural e expectável que este top vá sofrendo alterações à medida que novos livros vão sendo analisados.
Funciona, digamos, como um hall of fame, ou um cabaz de recomendadíssimos que o Vinheta 2020 propõe a todos o que seguem este espaço. Este top poderá sempre ser visualizado na barra lateral direita do blog. ⇨

Como o ano zero deste blog é o ano 2020, e como terminámos agora o primeiro trimestre, estes primeiros 10 livros são aqueles que li, analisei e que considero melhores, desde que o ano começou. Não invalida que amanhã eu não leia um livro espectacular que salte logo para uma posição cimeira deste top. Veremos.

Entretanto, foi lançada a página de facebook (www.facebook.com/vinheta2020) e, mais recentemente, a do instagram (www.instagram.com/vinheta_2020). Sigam essas páginas para ficarem a saber as novidades do Vinheta 2020 nas redes sociais.

Mais adiante, estão preparados alguns Tops 10 sobre temas mais específicos que serão publicados em artigos especiais. Fiquem atentos.

E obrigado por me lerem.

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Análise: Harley Quinn: Através do Espelho


Harley Quinn: Através do Espelho, de Mariko Tamaki e Steve Pugh


Harley Quinn: Através do Espelho, de Mariko Tamaki e Steve Pugh

Tenho que admitir que depois do maravilhoso Finalmente o Verão, também de Mariko Tamaki, as minhas altas espetativas para este Harley Quinn: Através do Espelho ficaram bastantes defraudadas, deixando-me desiludido. Bem, na verdade, não posso dizer que este seja um mau livro. Há bastantes coisas interessantes nesta nova abordagem a Harley Quinn. No entanto, depois de ler Finalmente o Verão, publicado pela Planeta Tangerina e que, curiosamente, também se destina a um público mais jovem, a verdade é que este Harley Quinn fica alguns furos abaixo e tem alguns tropeços ao longo do seu próprio caminho.

Mas vamos por partes. 

Começando, desta vez, por abordar a arte em primeiro lugar, posso afirmar que o trabalho de Steve Pugh neste Harley Quinn: Através do Espelho é absolutamente impressionante, o que me leva a dizer que a sua escolha foi uma aposta totalmente ganha neste livro. O seu desenho elaborado, num traço realista, a preto e branco (embora numa escala de azuis) - e, por vezes, colorido com algumas cores fortes - é verdadeiramente impressionante. A sua técnica de ilustração é por demais elaborada e, sinceramente, não há um único defeito que eu lhe consiga apontar. Caracterização das expressões faciais e anatomia das personagens, noção de espaço, detalhe nos cenários interiores e exteriores, planificação de páginas, uso de enquadramentos diversificados, a inteligência e sensibilidade na utilização das cores, enfim... acho que Steve Pugh faz tudo excecionalmente bem, neste livro. Se fosse apenas pela arte, acho que este livro mereceria nota máxima. É bonito de olhar e de observar.

Já Mariko Tamaki, faz um papel bastante convincente na criação da linguagem e do discurso de Harley Quinn. Ao longo do livro, a história é-nos narrada pela protagonista, na primeira pessoa, relatando os seus dilemas, as suas opiniões e, acima de tudo, permitindo-nos entrar dentro da sua mente e perceber como funciona o seu cérebro - por vezes demasiado infantil, por vezes demasiado ingénuo, por vezes cheio de boas intenções. E nisto, Tamaki faz um grande trabalho. A personagem de Harleen Quinzel é bem trabalhada pela autora e está verdadeiramente em linha com o que poderíamos esperar.

Onde as coisas não funcionam tão bem é na própria criação da história e em algumas personagens que habitam na órbita de Harley. E ainda que este seja um livro destinado a adolescentes que a DC lançou na sua linha DC Ink, o que pressupunha uma abordagem mais leve de toda a história, a narrativa acaba por ser uma mão cheia de nada.

A história remete-nos para uma Harley Quinn adolescente que acaba a viver com uma Drag Queen de Gotham City. Harley é ingénua e procura ferozmente por uma integração na sociedade que a envolve. Esta é uma premissa que sempre gostei na personagem de Harley. Ela, na verdade, está cheia de boas intenções mas, ao procurar fortemente a interligação com alguém ou algo, acaba por escolher (quase) sempre os maus caminhos. Até porque também é bastante influenciável. Isso já foi muito bem explorado em Harleen, de Stjepan Šejić, e aqui volta a ser bem explorado por Tamaki, embora de forma mais ligeira. O que se compreende, tendo em conta que é um livro destinado a adolescentes e jovens adultos.

No liceu, Harleen Quinzel começa a relacionar-se com Ivy, uma adolescente afro-americana que tem já uma consciência social bastante desenvolvida e não se coíbe de fazer manifestações, sempre que há algo no liceu, ou na sociedade, que considera injusto ou castrador das classes trabalhadoras. Esta versão da Ivy ativista até é interessante, embora não tenha gostado tanto que o aspeto da personagem original tenha mudado de ruiva, de pele branca, para uma rapariga afro-americana. Logicamente, não digo isto por questões raciais porque esta Ivy até está brilhantemente desenhada por Steve Pugh (mas neste livro, tudo está brilhantemente desenhado, sublinhe-se!) e, por isso, tem um aspeto com bastante carisma e beleza. Contudo, não gosto que uma personagem de um universo com o qual os leitores já têm tanta ligação, veja as suas características físicas básicas, completamente alteradas. Se assim é, porque não fazer Harley Quinn, um asiática, obesa, de óculos de massa? Seria incongruente e estranho, não é? Lá está! É o que se passa com esta Ivy. Podemos simplesmente não a ligar a Poison Ivy - mas, nesse caso, porquê chamar-lhe Ivy e fazer a alusão ao respeito pelas plantas? Mas se a ideia da autora era que, efetivamente, ligássemos esta Ivy a Poison Ivy, devia ter havido mais cuidado para que a coerência não se perdesse. Digo eu.

Mas Ivy nem é o principal problema neste livro. O principal problema é Joker. De todas e quaisquer formas. Em primeiro lugar, o conceito visual da personagem – embora, mais uma vez, bem desenhado por Steve Pugh – está completamente fora do sítio. Se, no recentemente publicado Harleen, também da Levoir, eu realcei algumas críticas a um Joker demasiado superficial no aspeto, nem sei o que diga sobre o Joker deste livro. Mesmo dando a benesse de, como as personagens são mais adolescentes, o Joker ser eventualmente adolescente também e, por esse motivo, não ter ainda a sua personalidade e aspeto desenvolvidos, o Joker que nos é dado neste Harley Quinn: Através do Espelho é bem capaz de ser a pior versão de Joker que já tive a oportunidade de ler. E a única ligação gráfica ao Joker que todos conhecemos será, por ventura, o cabelo verde, o fato roxo e as luvas brancas. Porque neste livro, a sua cara é toda ela coberta por um trapo branco, com um nó na nuca, com um sorriso desenhado em papel e aparentemente colado à cara e uns óculos de sol(!), estilo rayban. Não é assustador, não tem um estilo cool... é apenas piroso, ridículo e demasiado mau para ser verdade. No topo da cabeça, há ainda espaço para um cabelo verde à Justin Bieber sobressair. Muito mau. E há mais, o próprio livro mostra-nos a verdadeira identidade deste Joker mascarado e é uma revelação que pouco ou nada teria a ver com o Joker que todos conhecemos. “Ah, mas isto é uma realidade paralela”, dir-me-ão alguns. Pois mas, mesmo sendo uma realidade paralela, ou alternativa, deve ser mantida uma linha de coerência entre as identidades (físicas e mentais) das personagens que todos nós conhecemos. Pelo menos, na minha opinião. Com Harley Quinn isto até foi bem conseguido. Mas com as outras personagens, especialmente Joker e Ivy, as liberdades criativas que foram tomadas, simplesmente não correram bem. Destaque para o aparecimento de Batman, ainda como Bruce Wayne, que é introduzido de forma tímida mas interessante.

A restante história parece-me algo desinspirada e cliché também. Temos a comunidade queer à volta de Harley Quinn que acaba por nos dar algumas personagens simpáticas mas que não contribuem assim tanto para a profundidade da história. Temos a luta pelos direitos femininos de Ivy, que, embora pertinente, me pareceu demasiado ligeira e afastada dos reais problemas que afetam as mulheres na sociedade. E temos uma empresa ultra-capitalista que está a controlar a cidade. Tudo muito cliché, repito.

A arte é “fantabulástica”, como diria Harley Quinn. Curioso é verificar que a razão que inicialmente prendeu o meu interesse neste livro foi Tamaki mas acabou por ser Pugh que me deixou verdadeiramente satisfeito. Ser um livro para jovens adultos não justifica um certo desrespeito pelo aspeto original de personagens míticas e uma narrativa desinspirada. A própria Mariko Tamaki já o provou no fantástico Finalmente o Verão que, mesmo sendo igualmente direcionado para jovens, tem uma força e uma profundidade narrativas impressionantes.

Em conclusão, as ilustrações são maravilhosas. A história e a narrativa é mediana. É um daqueles casos em que a fantástica arte visual, salva o livro.

NOTA FINAL (1/10):
7.5

-/-

Ficha Técnica
Harley Quinn: Através do Espelho
Autores: Mariko Tamaki e Steve Pugh
Editora: Levoir
Páginas: 200, a cores
Encadernação: Capa dura

segunda-feira, 30 de março de 2020

Lançamento: Harley Quinn: Através do Espelho



Saiu há alguns dias mais um livro da Editora Levoir, dedicado a Harley Quinn. Da autora que nos deu o fantástico Finalmente o Verão, que já recebeu uma análise no Vinheta 2020, e de Steve Pugh (responsável pelos Flintstones), esta é mais uma boa opção para os dias de quarentena.

Fiquem com as imagens e nota de imprensa disponibilizados pela editora:

Harley Quinn: Através do Espelho, de Mariko Tamaki e Steve Pugh

Harley Quinn: Através do Espelho é a história da adolescente Harley Quinzel uma miúda esquisita de Gotham. A 20 de Março a Levoir lançou a história criada por Mariko Tamaki, vencedora de um prémio Eisner (Finalmente o Verão) e pelo artista Steve Pugh (The Flintstones).

Harley Quinn: Através do Espelho é ao mesmo tempo um conto para os leitores clássicos da Harley que a conhecem e amam, e é uma história sincera sobre as escolhas que os adolescentes fazem e como eles podem definir – ou destruir – as suas vidas. Este é o primeiro título da nova linha de romances gráficos da DC para jovens adultos.

Harley é uma jovem de 15 anos, franca, rebelde sem rodeios e excêntrica. Com a separação dos pais é mandada com 5 dólares no bolso, para casa da avó em Gotham, uma das cidades mais perigosas do mundo. Desconhecendo que a avó tinha morrido fica a viver num apartamento em ruínas por cima dum cabaré de karaoke, propriedade de “Mamã”, a melhor drag queen de Gotham, que a toma sob a sua protecção.

Harley parece ter encontrado um sítio para crescer e descobrir o seu verdadeiro eu no liceu de Gotham, com a sua melhor amiga Ivy.  Mas a sorte vai voltar a mudar quando o cabaret do “Mamã” se torna na nova vítima da onda de gentrificação que está a submergir a vizinhança. Agora, Harley está furiosa. Quer transformar essa fúria em acção, mas tem duas opções: juntar-se a Ivy e à sua campanha para tornar o bairro num sítio melhor; ou juntar-se ao Joker, que planeia deitar Gotham abaixo.

Esta é uma  história  de amadurecimento, justiça, progresso e de como  uma  miúda estranha da parte mais pobre da cidade de  Gotham  cresceu,  e  das  escolhas  e consequências  que  teve  de  fazer  e  aceitar  para definir o seu mundo.

-/-

Ficha Técnica
Harley Quinn: Através do Espelho
Autores: Mariko Tamaki e Steve Pugh
Editora: Levoir
Páginas: 200, a cores
Encadernação: Capa dura
Preço: 19,90€

quarta-feira, 4 de março de 2020

Análise: Finalmente o Verão


Finalmente o Verão, de Jillian Tamaki e Mariko Tamaki

Numa altura em que a Levoir se prepara para lançar o bastante aguardado Harley Quinn – Através do Espelho, da autora canadiana Mariko Tamaki, é tempo de olhar (novamente) para o seu trabalho em Finalmente o Verão, que foi lançado em Portugal, em 2015, pela editora Planeta Tangerina. 

Esta obra com argumento de Mariko Tamaki e cujas ilustrações ficam a cargo da sua prima, Jillian Tamaki, acabou mesmo por ganhar um Eisner para Melhor Álbum Gráfico, entre vários outros galardões. Mas, prémios à parte, que valem o que valem, uma coisa é certa sobre este livro: é absolutamente maravilhoso. Uma autêntica obra de arte da banda desenhada.

A história é simples, real e permite a quase todos os leitores poderem encontrar nela, algo com que se relacionam. 

Relatam-nos as férias das amigas Rose e Windy, duas adolescentes que, desde muito cedo, passaram juntas as férias de verão, ao longo dos anos. Rose é ligeiramente mais velha que Windy e, no verão concreto, relatado nesta obra, essa pequena diferença de idade entre elas começa a ganhar relevância. Ao contrário dos verões anteriores, em que faziam todo o tipo de brincadeiras juntas, neste ano Rose começa a não ter tanta paciência para as brincadeiras e comportamentos mais infantis de Windy, e a ter outro tipo de interesses que surgem na puberdade: o interesse em fazer amizades com jovens mais velhos mas também o interesse em observar com verdadeira atenção os adultos e as relações que eles têm entre eles. 

De facto, todas as crianças observam os adultos mas é só a partir de uma certa idade, na adolescência, que começam a "dissecar" o comportamento adulto, reunindo dúvidas, colocando questões e começando a ganhar consciência de como poderão ser enquanto adultas. Ou como não quererão ser. Ora, isto é um paradigma que poucas vezes se vê num livro de banda desenhada, tendo em conta a sua profundidade. Mas isso também não faz com que Finalmente o Verão seja um livro demasiado técnico, do ponto de vista sociológico. 

Na verdade, esta é uma obra que se concentra em narrar eventos que até podem parecer mundanos e banais mas, aqui e ali, vão levantando o véu para assuntos mais sérios e maduros, que ficam subtilmente subentendidos na narrativa. À semelhança do clássico da literatura infanto-juvenil O Principezinho, de Antoine Saint-Exupéry, este é um livro que pode muito bem ser lido por uma criança mas que, no entanto, será o adulto que perceberá melhor os significados nas entrelinhas da narrativa. E por esse motivo, acaba por ser uma história soberba. 

Através da mera narração do dia a dia de Rose e Windy e de como ocupam as suas férias, Mariko Tamaki vai-nos mostrando as mudanças de interesses que acontecem forçosamente a todos nós, durante o período da adolescência. Tendo em conta que a narrativa versa sobre as férias, acentuando este amadurecimento natural dos jovens, poderia dizer que Verões Felizes, de Zidrou e Lafebre, (publicado em português pela Arte de Autor) ou mesmo Uma Irmã, de Bastien Vivès (publicado em português pela Levoir, na sua coleção Novelas Gráficas), me vieram à memória embora, deva salvaguardar que, quer em termos narrativos, quer em termos de ilustração, cada uma destas três obras traça o seu próprio caminho.

Mas não é só ao nível narrativo que este Finalmente o Verão brilha. Também ao nível gráfico esta obra surpreende e encanta. As ilustrações são-nos dadas a preto e branco, ou melhor a "azul e branco", o que permite à obra conquistar uma tonalidade cromática muito suave, com maravilhosos sombreados a azul, chegando por vezes a parecerem ter sido feitos com o recurso à esferográfica, que percorrem todo o livro, pautando de forma singular o aspeto gráfico da obra. 

O desenho de Jillian Tamaki apresenta influências quer do comic americano, quer do manga japonês, quer da banda desenhada franco-belga. Este misto de tantas influências permite à autora apresentar um estilo de desenho que acaba por ser original e apresentar a sua própria assinatura em termos estéticos. Diria que pode remeter para o estilo de desenho de Craig Thompson, autor de Blankets e Habibi (ambos publicados em Portugal pelo selo Biblioteca da Alice, da Devir), embora a arte da autora canadiana tenha a sua própria personalidade. Em termos de planificação de páginas, encontramos nesta obra bastante diversidade também. Por vezes temos páginas inteiras ocupadas com uma só ilustração mas também temos páginas ocupadas com inúmeras vinhetas. Foi uma opção inteligente se tivermos em conta que o ritmo da ação possa ser lento para alguns leitores. Mas não confundamos ter um ritmo lento com ser entediante. Isso nunca acontece. A arte é sempre bonita para se apreciar e a história é sempre interessante para acompanhar.

Em suma, tudo o que é do foro gráfico parece pensado ao pormenor: os desenhos, a componente cromática, os próprios balões de diálogo, o tipo de letra, a capa em si, a lombada do livro… enfim, para aqueles que, como eu, apreciam o livro (também) enquanto objeto físico, este Finalmente o Verão é um livro lindíssimo e extremamente recomendável. Só é a pena que a encadernação tenha sido em capa mole porque parece-me que merecia, claramente, uma capa dura. Mas, nem isso melindra a beleza deste livro.

Uma obra de arte da banda desenhada, repito. 



NOTA FINAL (1/10): 
9.4


-/-

Ficha Técnica
Finalmente o Verão
Autoras: Jillian Tamaki e Mariko Tamaki
Editora: Planeta Tangerina
Páginas: 332, a preto e branco
Encadernação: Capa mole