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terça-feira, 29 de março de 2022

Qual das três adaptações para bd de "1984", de George Orwell, comprar?


TOP 3 - Há 3 adaptações para BD de 1984, de George Orwell. Que livro comprar?

Chamei TOP 3 a este artigo, mas bem que lhe podia ter chamado, apenas, as "3 adaptações para BD de 1984, publicadas em Portugal, enumeradas da melhor para a pior".

Bem, mas esse título também não me deixou muito satisfeito. Até porque, como veremos mais abaixo, não me parece justo que, no caso concreto, haja uma obra que se demarca muito, pela positiva ou pela negativa, em relação às demais.

Mas já lá irei.

Por agora, relembro que a grande causa que originou que, em cerca de um ano, surgissem no nosso pequeno mercado de banda desenhada, não uma, nem duas, mas três (!) adaptações da icónica obra 1984, de George Orwell, foi o facto da obra do escritor inglês ter entrado em domínio público recentemente.

Quer isto dizer que as editoras são agora livres de publicar a obra sem as habituais condicionantes e regras dos direitos de autor. A obra passou a ser do público, portanto.

E que obra ela é! Já o disse aqui, creio eu, que coloco 1984 numa restrita lista dos melhores livros que li na minha vida. Pela sua audácia, pelo facto de ser uma obra visionária e porque, em jeito de distopia futurista, nos permite ver tanto do que está errado nas sociedades contemporâneas e que riscos daí poderão advir no futuro. De quantas obras podemos nós dizer isto, não é?

Mas focando o meu texto nas bandas desenhadas que foram publicadas pela Alfaguara, pela Cavalo de Ferro (20|20 Editora) e pela Relógio d’Água, posso dizer que temos obras para todos os gostos. Ou, por ventura, para todo o tipo de leitores. Acho até que esse será o principal ponto.

É que, sendo uma adaptação da obra de Orwell, todas estas adaptações cumprem os requisitos mínimos de o ser, mas, claro está, com resultados e abordagens bastante diferentes entre si.

Sei também que a escolha de qual será "a melhor" dependerá muito dos gostos de cada um. Mas, não obstante, olhando para as características inerentes das obras, até não é muito difícil percecionar as diferenças.

A mim, enquanto leitor, parece-me que a obra que globalmente é mais bem conseguida é a versão de Fido Nesti. Acredito que não será uma opinião muito consensual, já que este livro sofreu bastantes críticas – não só em Portugal, como lá fora – por ter demasiado texto e de não ter conseguido abreviar bem a obra. Meus caros, permitam-me discordar nesse ponto. 1984 é uma daquelas obras que tem que ser explicada para que possa ser (melhor) percecionada. E é isso que Fido Nesti aqui faz. 

Se é verdade que também eu achei que, por vezes, há demasiado texto – incluindo páginas de texto em prosa! -, não deixa de ser verdade que, para quem conhece bem a obra original, como é o meu caso, esta será a versão das três que melhor – e de forma mais completa – tenta ser uma adaptação completa. Dito por outras palavras, é – das três opções – o livro que me parece mais completo e, portanto, mais recomendável para quem não conhece, ou para quem conhece mal, a obra original de George Orwell. 

No entanto, parece-me claro que, graficamente falando, a obra mais espetacular das três, é a de Xavier Coste.

Esta adaptação tem, aliás, sido alvo de muito mais louvores e aceitação do que a de Fido Nesti. O problema que esta tem, quanto a mim, é que quase nem parece uma adaptação, mas mais uma homenagem à obra. E porquê? Bem, porque tentando não ter tanto texto e deixar mais espaço para que os desenhos e os momentos possam respirar melhor – e isso é, de facto, conseguido – acaba por explicar de uma forma bastante incompleta quem foi Winston e o mundo de 1984

Se a obra de Fido Nesti tinha muito texto, esta tem demasiado pouco texto. E se a adaptação de Nesti é a que considero pertinente para alguém que nunca leu a obra original, e quer fazê-lo através de uma novela gráfica, esta adaptação de Xavier Coste é completamente adequada para quem já conhece a obra original e/ou para aqueles que são leitores mais batidos de bd e procuram um álbum com ilustrações maravilhosas.

Finalmente, a adaptação da dupla de autores Sybille Titeux de la Croix e Amazing Améziane situa-se no meio termo. Nem os desenhos são tão bonitos como os de Xavier Coste, nem a adaptação é tão bem elaborada como a de Fido Nesti. Acaba, por isso, por ser a obra mais superficial das três e a menos memorável. 

Mas isto também não quer dizer que não seja um livro com vários pontos interessantes, quer do ponto de vista narrativo, quer do ponto de vista visual. Para quem aconselharia eu esta versão? Bem, para aqueles vossos amigos que não lêem banda desenhada habitualmente e que também só querem uma leitura mais leve e fácil da obra.

Quanto às edições, todas elas são em boa qualidade, com um bom trabalho de encadernação por parte das respetivas editoras. As da Alfaguara e da Cavalo de Ferro apresentam capa dura, enquanto que a versão da Relógio d’ Água é em capa mole.

Em suma, e abreviando aquilo que escrevi mais acima, esta é a minha consideração sobre as três obras, quando comparadas entre si: 


1984, de Fido Nesti
(Alfaguara) – destina-se aos que não conhecem bem a obra original e querem passar a conhecê-la através da banda desenhada. É a adaptação mais completa da história original.


1984, de Xavier Coste
(Relógio d’Água) – destina-se aos que já são leitores de bd e procuram um álbum muito belo em termos de ilustrações e, também, aos que já conhecem, pelo menos por alto, a obra original.


1984, de Sybille Titeux de la Croix e Amazing Améziane
(Cavalo de Ferro – 20|20 Editora) – destina-se aos leitores que habitualmente não lêem banda desenhada e querem apenas ficar com uma breve ideia da obra original de Orwell.








Como disse, há opções para todo o género de leitores.

A mim, enquanto leitor, diria que as minhas preferências recaem algures entre a edição de Nesti e a de Coste. Nenhuma das duas me deixa totalmente satisfeito, mas ambas são bastante boas. E, eventualmente, tenho uma ligeira preferência pela edição de Nesti, diria. Não tem desenhos tão bonitos, mas é um livro mais completo para uma história tão complexa como 1984.

Para saberem mais sobre cada uma destas obras, convido-vos a visitarem os artigos que escrevi para cada livro, mais abaixo.



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Fichas técnicas

1984 - A Novela Gráfica 
Autor: Fido Nesti
A partir da obra original de: George Orwell
Editora: Alfaguara 
Páginas: 224, a cores 
Encadernação: capa dura 
Lançamento: Outubro de 2020
Análise à obra, aqui.


1984
Autor: Xavier Coste
A partir da obra original de: George Orwell
Editora: Relógio D’Água
Páginas: 248, a cores
Encadernação: Capa mole
Lançamento: Agosto de 2021
Análise à obra, aqui.


1984: Novela Gráfica
Autores: Sybille Titeux de la Croix e Amazing Améziane
A partir da obra original de: George Orwell
Editora: 20|20 (Cavalo de Ferro)
Páginas: 240, a cores
Encadernação: Capa dura
Lançamento: Agosto de 2021
Análise à obra, aqui.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Análise: 1984 - A Novela Gráfica

1984 - A Novela Gráfica, de Fido Nesti


1984 - A Novela Gráfica, de Fido Nesti
1984 - A Novela Gráfica, de Fido Nesti 

De todas as obras da literatura que já devorei, o clássico 1984, de George Orwell, depara-se-me como uma das obras mais difíceis de adaptar à banda desenhada. É daquelas empreitadas com potencial para ser um “tiro no pé”, dada a dificuldade inerente a adaptar uma história tão complexa, com um mundo tão intricadamente construído, e em que só a explicação desse mesmo mundo distópico – a forma como o mesmo necessita ser explicado ao leitor – é, por si só, uma tarefa complexa. Mas o autor brasileiro Fido Nesti - que, em 2015, também já foi responsável pela adaptação para BD de Lusíadas, de Luís de Camões – dá a volta por cima e constrói uma adaptação grandiosa, bem executada e que está ao nível dessa obra-prima intemporal da literatura. 

1984 é um dos meus livros preferidos de sempre. Escrito em 1949 pelo génio George Orwell, apresenta-nos uma visão distópica de como o mundo seria no ano de 1984. Estamos em Londres, uma província do estado de "Oceania", que está em guerra perpétua com um dos outros dois Estados que compõem o mundo. Os habitantes de Oceania vivem uma realidade em que a vigilância governamental está sempre presente e em que o Estado manipula, a seu proveito, os factos e até mesmo o passado. Há uma língua própria - a "Novilíngua" – e noções como individualismo ou liberdade de expressão são veemente perseguidas pelo Estado, através da sua "Polícia do Pensamento". Não é, pois, de admirar que vários sejam os “tele-écrans” que supervisionam constantemente cada indivíduo e que estão dispersos por toda a cidade de Londres. Estes tele-écrans funcionam como câmaras, mas também permitem a emissão de imagem. Este Estado autoritário é liderado – e simbolizado - pelo "Grande Irmão" que é adorado por todos os habitantes. 

1984 - A Novela Gráfica, de Fido Nesti
Acompanhamos o protagonista da novela, Winston Smith, que é membro do Partido Externo e que trabalha para o "Ministério da Verdade", onde é controlada toda a propaganda do Estado e onde se faz também uma revisão histórica, moldando o passado de acordo com as pretensões do Regime. Assim, se algo do passado não é conveniente, esse passado é reescrito, de modo a que pareça que se vive num mundo perfeito. E embora Winston seja um excelente trabalhador, começa interiormente a questionar o Estado e a odiar o Grande Irmão. Entretanto, desenvolve de forma secreta um romance com Julia. Ambos alugam o primeiro andar de uma loja de antiguidades, de forma a que este espaço, livre de tele-écrans do Governo, possa ser o seu refúgio. Mas, entretanto, a sua “rebelião” - se é que assim pode ser chamado o ato de se querer ter privacidade do Estado – vai fazê-los ser descobertos pelo Regime que, posteriormente, lhes administrará o seu tratamento através de um processo de lavagem cerebral, de forma a que Winston e Julia mudem os seus próprios ideais. Conseguirá o Governo mudar uma coisa tão livre e intangível como a liberdade de pensamento? É essa a grande questão que esta obra levanta. 

É uma obra triste, inteligente, original, extremamente pesada no seu conteúdo, mas que faz uma reflexão muito clara e alarmante sobre o perigo subjacente a uma sociedade que fica refém de um regime autoritário assente numa ditadura, que consegue controlar o próprio pensamento dos cidadãos, e onde não há espaço para a intimidade ou para a individualidade. 

1984 - A Novela Gráfica, de Fido Nesti
E se, por ventura, aquando o seu lançamento, a obra terá parecido demasiado ficcionada e exagerada, a verdade é que, à medida que o tempo vai avançando, este 1984 parece cada vez mais atual na amplitude da sua reflexão. O que acaba por ser algo praticamente único na ficção futurista. É que, com o passar do tempo, as obras que procuram traçar um retrato de como será o mundo no futuro, parecem, muitas vezes, “chutar ao lado” nas suas previsões, o que faz com que gradualmente vão perdendo algum do seu charme e relevância originais. 1984 é o oposto. Quanto mais tempo passa, mais a obra parece atual. E não só isso é impressionante como, por outro lado, nos leva a poder considerar George Orwell como uma das mentes mais brilhantes do século passado. 

Mas 1984 não é apenas magnífico por ser uma distopia que, tão antecipadamente, conseguiu perceber para onde o mundo estava (ou pode estar?) a caminhar. A verdade é que também é uma obra muito bem conseguida do ponto de vista narrativo. Era fácil, diria, que este livro se tornasse demasiado político, demasiado frio, demasiado pesado e, consequentemente, uma obra direcionada, apenas e só, para uma elite intelectual. Mas, ao saber dosear a história com um romance, que dá (alguma) cor à tal frieza burocrática que a obra pode parecer apresentar, o autor conseguiu que a sua obra chegasse às massas. E isso, a meu ver, é igualmente fantástico. Na música, é algo semelhante a quando se consegue fazer uma canção que reinventa o género, mas que consegue, ao mesmo tempo, ser comercial e passar nas rádios, chegando a muita gente. Uma coisa é ser-se conceituado junto da elite intelectual e nos livros do género. Outra coisa é ser-se conceituado (também) junto do Grande Público. Nunca mais um autor é esquecido quando o fruto da sua criação passa a habitar a memória e consciência coletiva. George Orwell e o seu 1984 - e, também, a sua outra obra O Triunfo dos Porcos, já agora - nunca mais serão esquecidos pela consciência coletiva da humanidade.

1984 - A Novela Gráfica, de Fido Nesti
Posto esta nota sobre esta obra incrível, regresso ao início do meu texto. Era extremamente difícil adaptar este romance para banda desenhada sem o tornar demasiado vazio ou, por oposição, sem o tornar demasiado complexo. E Nesti conseguiu fazê-lo. Porque mesmo admitindo que é uma banda desenhada que pode parecer complexa a muita gente, também é detentora de um texto muito simples que procura que não falte nada para que os leitores possam mergulhar convenientemente neste universo. Talvez por isso, a grande maioria do texto desta novela gráfica nem sequer é dada através de diálogos, mas sim através da "voz" do narrador. Por vezes é verdade que existem algumas vinhetas possuidoras de muito texto mas, tendo em conta, uma vez mais, a obra que temos em mãos, penso que era a única forma de o fazer, não desvirtuando 1984. E além disso, como é um livro com mais de 200 páginas e em que, quase sempre, cada uma dessas páginas apresenta 8 ou 9 vinhetas, a tal abundância de texto é-nos dada com alguma contenção, permitindo-nos a entrada nesta distopia enquanto abarcamos esse universo visual que caracteriza esta bd. 

E falar deste 1984 de Fido Nesti é, acima de tudo, afirmar claramente que o autor soube adaptar de forma maravilhosa esta obra enorme da literatura mundial. Tal como o livro, temos a história a ser dividida entre os 3 grandes capítulos. O primeiro capítulo serve para nos apresentar este universo distópico e algumas das dúvidas que começam a surgir na mente de Winston. O segundo capítulo é o mais leve da história. É quando Julia entra na vida de Winston e ambos parecem viver uma história de amor, erotismo e liberdade em plena clandestinidade. O terceiro capítulo é o mais pesado e mostra-nos, com frieza, como uma máquina estatal bem oleada consegue vergar qualquer ideia. Num mundo em que, cada vez mais, as nossas vidas são expostas para que estranhos possam aceder a ela ou onde os Governos têm as ferramentas para, se assim quiserem, saberem tudo sobre nós enquanto indivíduos - o que somos, como somos, do que gostamos, do que não gostamos, os nossos receios, as nossas valências - 1984 continua assustadoramente atual e é uma boa reflexão para os dias que vivemos. 

1984 - A Novela Gráfica, de Fido Nesti
Em termos visuais, Fido Nesti soube dar-nos a arte perfeita para ilustrar a obra. É um estilo de desenho eficaz, não demasiado detalhado, que procura não roubar o protagonismo em relação ao texto escrito, mas antes, servir o próprio texto com uma componente visual muito em linha com o mesmo, que nos oferece um casamento perfeito entre componente textual e imagética. As personagens de Nesti apresentam caras tristes, desiludidas, maquinais e de olhares vazios. A cidade de Londres é feia, escura e muito cinzenta. Aliás, cinzento é uma cor que habita toda a história que, por vezes, aparece salpicada por tons avermelhados, o que dá uma certa beleza cromática ao trabalho de Nesti. 

E toda esta desolação física e cénica que Nesti nos oferece na sua arte ilustrativa, é tudo o que o texto de Orwell pediria. Vou até mais longe: o grande trunfo de Nesti é ter conseguido dar a esta bd, o exato ambiente criado na mente dos leitores – pelo menos, a sua grande maioria – quando leu a obra original. Já vos aconteceu verem um filme, depois de terem lido o livro original, e terem dito: “Não era nada assim que tinha imaginado isto”? E já vos aconteceu o oposto? “Era exatamente assim que tinha imaginado isto”? Este último cenário é pois o que me aconteceu com esta novela gráfica de Nesti. Para isso talvez tenha contado uma das adaptações cinematográficas da obra, com John Hurt no papel de Winston, e da qual Nesti também parece ter tirado ideias. 

1984 - A Novela Gráfica, de Fido Nesti
A editora Alfaguara estreia-se pois na edição de banda desenhada, com uma obra maravilhosa, de enorme fulgor e que recebe o carimbo de recomendada por parte do Vinheta 2020. A edição é boa, em capa dura e com papel de boa gramagem. Em edições de bd futuras deverá ser dada uma maior atenção à legendagem pois verifiquei que o texto aparece fora das legendas e balões 3 ou 4 vezes. Não é nada que estrague a obra, mas é, seguramente, algo que poderia ter sido evitado na revisão para se assegurar uma edição perfeita. Destaque positivo para o apêndice final que permite aos leitores mergulharem de forma mais profunda na Novilíngua, de forma a perceberem como a mesma é uma estrutura basilar na criação do mundo de 1984

Em conclusão, o clássico de George Orwell, 1984, tem nesta magnífica aposta da Alfaguara, a merecida adaptação a banda desenhada. Fido Nesti faz um trabalho memorável e o universo visual por si criado - opressivo, triste, cinzento - é exatamente o universo visual que imaginei quando li a obra original pela primeira vez. Mas mais que ser uma obra visualmente relevante, o que também é fantástico é a forma como o autor soube adaptar o romance original. Parece que nada fica por dizer neste brilhante livro. Altamente recomendável. 


NOTA FINAL (1/10): 
9.3 



Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020



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1984 - A Novela Gráfica, de Fido Nesti
Ficha técnica
1984 - A Novela Gráfica 
Autor: Fido Nesti (adaptado da obra de George Orwell) 
Editora: Alfaguara 
Páginas: 224, a cores 
Encadernação: capa dura 
Lançamento: Outubro de 2020

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Lançamento: 1984 - A Novela Gráfica




Já está disponível nas livrarias a adaptação para banda desenhada do clássico da literatura, 1984, da autoria de George Orwell. O autor desta obra é o brasileiro Fido Nesti e a edição portuguesa está a cargo da editora Alfaguara.

Tendo em conta que 1984 é um dos meus livros de literatura favoritos de sempre, estou com bastante expectativa em relação a esta banda desenhada.

Abaixo, fiquem com a nota da editora e imagens promocionais.


1984 - A Novela Gráfica, de Fido Nesti

A BD oficial da obra mais célebre de George Orwell, uma distopia absolutamente genial.

No ano 1984, Londres é uma cidade lúgubre, em que a Polícia do Pensamento vigia de forma asfixiante a vida dos cidadãos. O mais grave dos crimes é ter uma mente livre.

Winston Smith é um peão nesta engrenagem perversa e a sua função é reescrever a História para adaptá-la ao que o Partido considera a versão oficial dos feitos. É o que faz, até decidir questionar a verdade do sistema repressor. Na ânsia de liberdade e verdade, arrisca a vida, ao apaixonar-se por uma colega, a bela Julia, e rebelar-se contra o poder vigente.

Publicada originalmente em 1949, a obra mais poderosa de George Orwell é adaptada à banda desenhada, no traço do artista brasileiro Fido Nesti, que capta magistralmente os rostos, corpos e cenários de um mundo que, cada dia, é menos difícil de imaginar.

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Ficha técnica:
1984 - A Novela Gráfica
Autor: Fido Nesti (adaptado da obra de George Orwell)
Editora: Alfaguara
Páginas: 224, a cores
Encadernação: capa dura
PVP: 21,90€