Mostrar mensagens com a etiqueta Blake e Mortimer. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Blake e Mortimer. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

ASA anuncia 3 novas BDs para 2026! E todas elas são obras premiadas!


Foi durante a tarde de ontem que, num evento fechado aos media e a algumas das principais livrarias do país, a ASA anunciou o seu plano editorial para os próximos meses.

Relativamente às novidades apontadas ao que falta do ano 2025, não houve novidades, mas a confirmação daquilo que já tinha sido anunciado, em primeira mão, aqui no Vinheta 2020.

Relembrando essas novidades, teremos, então, a sair durante este mês, os livros Impenetrável, de Alix Garin, e O Homem de Negro, de Panaccione e DiGregorio. O mês de Outubro será inteiramente dedicado a Astérix na Lusitânia - o primeiro dos Astérix que ocorre em terras lusas. O mês de Novembro irá trazer-nos a publicação do primeiro integral (de quatro), de Tintin; a edição comemorativa dos 70 anos de Tintin e O Caso Girassol; Blake e Mortimer - A Ameaçã Atlante; Blake e Mortimer - Dupla Exposição e Henri Vaillant, que será um livro que reunirá 3 tomos sobre a vida do pai da personagem Michel Vaillant.

Mas foi no levantamento do véu para o primeiro trimestre de 2026 que a ASA anunciou três belas novidades, todas elas vencedoras (ou finalistas) dos últimos prémios de Angoulême, que muito empolgado me deixaram, e que passo a citar:

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Análise: Blake e Mortimer - Assinado “Olrik”

Blake e Mortimer - Assinado “Olrik”, de Yves Sente e André Juillard - ASA - LeYa

Blake e Mortimer - Assinado “Olrik”, de Yves Sente e André Juillard - ASA - LeYa
Blake e Mortimer - Assinado “Olrik”, de Yves Sente e André Juillard

Blake e Mortimer - Assinado "Olrik" é o mais recente álbum da clássica série franco-belga criada por Edgar P. Jacobs, que desta vez nos é servida pelas mãos dos autores Yves Sente e André Juillard. Infelizmente, este é um álbum que se torna emblemático por funcionar como uma despedida ao ilustrador André Juillard, um nome grande da banda desenhada europeia - e mundial - que faleceu recentemente e que tem neste livro o seu último trabalho. Talvez por isso, fica uma sensação agridoce após a leitura deste Assinado "Olrik": por um lado, é sempre bom termos uma última oportunidade para mergulhar em mais alguma obra de um artista relevante que nos deixa, por outro lado, convenhamos que este é um dos piores Black e Mortimer da história da série.

Blake e Mortimer - Assinado “Olrik”, de Yves Sente e André Juillard - ASA - LeYa
A história desenrola-se na Cornualha, com o Rei Artur e a sua famosa espada Excalibur como tema central que, infelizmente, acaba por ser parcamente explorado. Um grupo independentista da região está a protestar contra o fluxo de novos migrantes económicos ao mesmo tempo que tenta encontrar o lendário tesouro do Rei Artur. A Blake, é incumbida a missão de desmantelar esta organização, enquanto Mortimer se encontra a apresentar a sua nova invenção revolucionária: uma escavadora a que dá o nome de The Mole. No meio de tudo isto, Olrik assume um papel relevante ao aliar-se ao grupo independentista para, claro está, usufruto pessoal, enquanto tenta deitar mãos à invenção de Mortimer. E tudo isto fazendo um acordo com os protagonistas da série.

Dito assim, estas breves linhas até nos podem fazer acenar a cabeça de forma positiva. No entanto, a história revela-se verdadeiramente desinspirada, com pouco ritmo, pouco encadeamento dos acontecimentos e com um enredo que depressa se torna fastidioso. 

Depois de um lamentável O Grito do Moloch - decididamente o pior álbum da série - até tenho que reconhecer que os álbuns O Último Espadão e Oito Horas em Berlim tinham sido bastante coesos e interessantes. A série parecia num melhor momento. Porém, com este Assinado "Olrik", a franquia volta a dar um passo atrás. Às tantas, já não sei se é boa ideia lançar estes livros - especialmente tendo em conta os nomes sonantes dos autores que os encabeçam. É que: 1) não são livros suficientemente bons para entrada de novos leitores na série e 2) muito menos são estes livros interessantes para os leitores da série clássica. Acredito que só mesmo os mais nostálgicos leitores de Blake e Mortimer - e à boleia de uma certa carolice ou "fanboyismo" - podem realmente apreciar este livro.

Não é algo que seja impossível de ler ou nada que se pareça, mas é uma leitura olvidável, que pouco acrescenta, e que se apresenta muitíssimo datada. Nem consegue ter o brilho do passado, nem consegue recriar-se, adaptando-se ao tempo atual. A trama proposta por Yves Sente carece, pois, de originalidade e desenvolve-se de modo forçado, sem o lado inventivo ou a presença de mistério característicos das melhores histórias de Edgar P. Jacobs. 

Blake e Mortimer - Assinado “Olrik”, de Yves Sente e André Juillard - ASA - LeYa
Mesmo o trabalho de André Juillard, que se assume como eficaz, não está com o refinamento a que o autor já nos habituou. Verifica-se que há vários desenhos que parecem ter sido feitos à pressa ou sem o aprimoramento necessário. Também os cenários, normalmente um ponto forte na série, aqui não possuem o mesmo nível de detalhe e sofisticação de alguns álbuns anteriores. 

Enfim, talvez esta sensação menos positiva seja justificada pela condição de saúde do autor, o que é compreensível. Não posso dizer que a ilustração seja o elo fraco da obra - esse será o argumento - mas deixo a nota.

O que também é bastante fraca é a capa do livro. Possivelmente, a mais fraca da série.

A edição da ASA está em consonância com os livros da mesma coleção - capa dura brilhante com bom papel baço no miolo - sendo que, desta vez, também saiu uma edição especial, em formato horizontal (ou italiano). Como o livro acaba por ter mais páginas - cerca de 300 - devido a esta opção de formato, também é mais caro. Ideal para colecionadores, mas não tanto para os leitores mais casuais, dado que a obra não foi originalmente concebida para o formato horizontal e, por esse motivo, a leitura do mesma, desse modo horizontal, pode não funcionar tão bem.

Em suma, Blake e Mortimer - "Assinado Olrik" assume-se como uma obra esquecível dentro do cânone da série. O argumento pouco inspirado, as ilustrações apressadas e a falta de dinamismo fazem com que o álbum não consiga capturar a essência da saga original. Para os fãs mais exigentes, é uma leitura frustrante que falha tanto no desenvolvimento da história quanto no aspeto visual.


NOTA FINAL (1/10):
6.0



Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020


-/-

Blake e Mortimer - Assinado “Olrik”, de Yves Sente e André Juillard - ASA - LeYa

Ficha técnica
Blake & Mortimer - Assinado “Olrik”
Autores: Yves Sente e André Juillard
Editora: ASA
Páginas: 64, a cores
Encadernação: Capa dura
Formato: 310 x 238 mm
Lançamento: Novembro de 2024


sexta-feira, 15 de novembro de 2024

ASA prepara-se para lançar o novo livro de Blake e Mortimer!



O novo livro da série Blake e Mortimer, intitulado Assinado "Olrik", chegará às livrarias a partir do próximo dia 26 de Novembro pelas mãos da ASA!

Este novo livro é da autoria de Yves Sente e André Juillard e já se encontra em pré-venda no site da editora.

Haverá uma edição especial, em formato horizontal, com o triplo das páginas da edição normal e cm uma capa diferente.

Falando da capa deste novo álbum, acho-a francamente má. Lembro-me de muita gente ter torcido o nariz à capa do anterior álbum da série, Oito Horas em Berlim. Mas comparando essa capa com a capa deste Assinado "Olrik", parece-me que a capa deste novo álbum é infinitivamente pior do que a de Oito Horas em Berlim.

Mas enfim, mais abaixo deixo-vos com a sinopse da obra e com algumas imagens promocionais.


Blake & Mortimer: Assinado: “Olrik”, de Yves Sente e André Juillard

Um novo grupo independentista da Cornualha, o Free Cornwall Group, está a operar na pequena cidade de Sainte Corineus. Enquanto protestam contra o fluxo de novos migrantes económicos, o grupo procura o lendário tesouro do Rei Artur e a sua famosa espada, Excalibur.

Blake é então enviado para o local para desmantelar a organização e impedir o triste desígnio do seu líder, um certo “Grande Druida”.

Ao mesmo tempo, no Centro de Investigação Científica e Industrial de Londres, o Professor Mortimer apresentou uma das suas novas invenções revolucionárias: uma escavadora de bolso, “The Mole”. 

Para testar a resistência deste feito tecnológico, a imprensa britânica anuncia que “a Toupeira” será enviada para a Cornualha.

Neste novo álbum, Blake e Mortimer procuram frustrar os ataques de um pequeno grupo independentista com a ajuda de um aliado essencial e inesperado... o próprio Coronel Olrik! 

Mas podemos confiar nele para “amigo”?




-/-

Ficha técnica
Blake & Mortimer: Assinado: “Olrik”
Autores: Yves Sente e André Juillard
Editora: ASA
Páginas: 64, a cores
Encadernação: Capa dura
Formato: 310 x 238 mm
PVP: 15,90€

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Análise: A Arte da Guerra - Uma Aventura de Blake e Mortimer em Nova Iorque

A Arte da Guerra - Uma Aventura de Blake e Mortimer em Nova Iorque, de Jean-Luc Fromental, José Louis Bocquet e Floc'h - ASA - Leya

A Arte da Guerra - Uma Aventura de Blake e Mortimer em Nova Iorque, de Jean-Luc Fromental, José Louis Bocquet e Floc'h - ASA - Leya
A Arte da Guerra - Uma Aventura de Blake e Mortimer em Nova Iorque, de Jean-Luc Fromental, José Louis Bocquet e Floc'h

Foi já no final do ano passado que a ASA nos trouxe aquele que é o mais recente álbum da série Blake e Mortimer. Bom, julgo que considerá-lo da série Blake e Mortimer não será a afirmação mais correta da minha parte, visto que este livro se trata, na realidade, de um “Blake e Mortimer de Autor”, não pertencendo, portanto, à série canónica. Algo como foi feito pelos autores Jaco Van Dormael, Thomas Gunzig, François Schuiten e Laurent Durieux, com Uma Aventura de Blake e Mortimer - O Último Faraó, vá. Mesmo assim, estamos perante um Blake e Mortimer, naturalmente.

O argumento foi escrito pelos autores Jean-Luc Fromental e José Louis Bocquet, que já tinham sido os argumentistas responsáveis pelo recente Oito Horas em Berlim.

Desta feita, a ação toma lugar nos Estados Unidos, em Nova Iorque. Philip Mortimer e Francis Blake viajam para a “Big Apple”, pois Blake tem como missiva um discurso, em nome do Reino Unido, na Conferência Internacional da Paz, na sede da ONU. Esta Conferência tem como intuito primordial a diminuição da tensão que se faz sentir entre o Oriente e o Ocidente. Importa a todo o custo conservar a paz mundial que se encontra ameaçada.

Porém, logo na primeira noite em que Blake e Mortimer chegam a Nova Iorque, um evento que aparenta ser de cariz político, causa tumulto quando um homem é preso por vandalizar, no MET- Metropolitan Museum of Art, o famoso artefacto egípcio Cippus of Horus, deixando inscrita na peça a enigmática mensagem “Par Horus Dem”.

A Arte da Guerra - Uma Aventura de Blake e Mortimer em Nova Iorque, de Jean-Luc Fromental, José Louis Bocquet e Floc'h - ASA - Leya
Ora, devido ao envolvimento de Blake e Mortimer no caso da Grande Pirâmide, estes são chamados pelas autoridades locais para darem o seu apoio ao caso. E é então que descobrem que o homem que invadiu o MET é um velho conhecido. A partir deste ponto, a trama desenvolve-se numa narrativa plena de ação onde, curiosamente, não há muito texto, como é apanágio da série canónica. O que acaba por ser refrescante, permitindo ao leitor focar-se noutras questões que, normalmente, não consegue apreciar na série clássica.

Não me canso de dizer que sou bem mais adepto da vertente mais policial da série Blake e Mortimer – daí o meu álbum preferido de sempre ser, de longe, O Caso do Colar – do que da vertente de ficção científica que, quanto a mim, é demasiado kitsch e sensaborona. Mas é uma opinião muito pessoal, claro. E partindo deste pressuposto, devo dizer que até apreciei que a trama montada por Fromental e Bocquet não tivesse nada de ficção científica –ou quase nada - e que tentasse ser, de facto, um policial clássico, com suspense e conspiração polícia à mistura.

Mas se isso é uma boa notícia para os meus gostos, e admitindo que a história tem alguns méritos, esta história acaba por ser um pouco “sem sal”. Os autores tentam colocar na narrativa um certo sentido de urgência, próprio do género thriller, mas para que isso pudesse ser bem sucedido, seria necessária uma maior dinâmica no relato ou no texto. A história não é má, mas também está longe de ser fantástica. Já para não dizer que o final e o caminho para que a história caminha, começa a adivinhar-se várias dezenas de páginas antes.

Quanto às ilustrações, este é um álbum em tudo diferente dos álbuns da série canónica que todos conhecemos. A componente visual poderá ser chocante para leitores experienciados na série e, de facto, tomei conhecimento que foi partilhada viralmente na web, não só em Portugal, como em vários países europeus, uma certa insatisfação perante a arte do autor Floc'h. Porém, estas reações negativas parecem-me exageradas. Até porque, sendo os desenhos de Floc'h diferentes daquilo que encontramos habitualmente na série Blake e Mortimer, são, ainda assim, muito mais próximos e parecidos do que o álbum desenhado por François Schuiten que, se bem me lembro, não chocou ninguém.

A Arte da Guerra - Uma Aventura de Blake e Mortimer em Nova Iorque, de Jean-Luc Fromental, José Louis Bocquet e Floc'h - ASA - Leya
Mas também depreendo que pode ser por esta mesma razão que a arte de Floc'h tem sido pouco aceite. É que a mesma é bastante diferente, mas, ao mesmo tempo, talvez não seja demasiado diferente. E, com efeito, a sua linha clara simplificada ao extremo, onde cada traço é limpo e sem espaço para sombras, parece um Blake e Mortimer normal, mas com menos detalhes.

É o estilo do autor e, como tal, é completamente legítimo. E esta opção do autor traz algumas coisas positivas e outras negativas. Por um lado, dá uma certa frescura à série – que se tem tornado bastante repetitiva nos últimos anos, temos que admitir. O estilo do autor, com vinhetas grandes e onde há pouco espaço para os célebres balões de fala carregados de texto, permitem um maior enfoque na ação e na própria componente visual da obra.

Todavia, por outro lado, com esta opção estético-visual, nem tudo são rosas. O facto de as ilustrações apresentarem um estilo bastante simplista e serem, ao mesmo tempo, grandes em dimensão, faz com que haja, quanto a mim, uma certa pobreza visual. Em particular nas expressões faciais das personagens – que parecem sempre muito sorumbáticas e algo artificiais – e nos cenários que são limitados às suas linhas de contorno. Também nas cenas de ação, quer os veículos, quer as personagens me parecem sempre muito estáticos, sem que haja a dinâmcia necessária. Normalmente sou adepto de formatos de livros de BD tão grandes quanto possível, mas, neste caso, talvez um formato menor tivesse funcionado melhor. Ou, mantendo o mesmo formato, talvez a utilização de vinhetas menores ou em maior número, fosse uma melhor opção.

Em termos de edição, este é um bom trabalho da ASA. O livro apresenta capa dura baça, com uma boa espessura. No miolo, encontramos bom papel baço e um bom trabalho ao nível da impressão e da encadernação. Destaca-se também o facto de o lançamento nacional ter sido feito praticamente em simultâneo com o lançamento mundial da obra. Isso é sempre algo que merece os meus louvores, pois é bom sabermos que não estamos sempre em atraso em relação ao que vai sendo lançado na Europa.

Em suma, se visto como um álbum de respeitosa homenagem ao melhor que a série Blake e Mortimer, de Edgar P. Jacobs, nos ofereceu, este A Arte da Guerra até tem os seus méritos. Respeita o legado da série e sabe, ao mesmo tempo, inovar. Contudo, e olhando a frio, quer em termos de história, quer em termos de ilustração, este é um álbum olvidável em poucos dias.


NOTA FINAL (1/10):
6.9



Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020


-/-

A Arte da Guerra - Uma Aventura de Blake e Mortimer em Nova Iorque, de Jean-Luc Fromental, José Louis Bocquet e Floc'h - ASA - Leya

Ficha técnica
A Arte da Guerra - Uma Aventura de Blake e Mortimer em Nova Iorque
Autores: Jean-Luc Fromental, José Louis Bocquet e Floc'h
Editora: ASA
Paginas: 124, a cores
Encadernação: Capa dura
Lançamento: Novembro de 2023

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

ASA lança novo Blake e Mortimer de autor!



A ASA prepara-se para lançar um novo Blake e Mortimer da autoria de Jean-Luc Fromental, José Louis Bocquet e Floc'h!

Para que conste, este não é um Blake e Mortimer típico da série canónica. Trata-se de um Blake e Mortimer "de autor" que, à semelhança do que já foi feito para a mesma série pelos autores Jaco Van Dormael, Thomas Gunzig, François Schuiten e Laurent Durieux, com Uma Aventura de Blake e Mortimer - O Último Faraó, desta feita é a vez de os autores Jean-Luc Fromental, José Louis Bocquet e Floc'h darem-nos a sua versão mais alternativa para a série.

Note-se que os argumentistas desta empreitada, José-Louis Bocquet e Jean-Luc Fromental, também foram os responsáveis pelo argumento do mais recente álbum da série principal, Oito Horas em Berlim.
Nota de louvor para a ASA por acompanhar, praticamente em simultâneo, o lançamento mundial da obra. O livro deverá chegar às livrarias no próximo dia 21 de Novembro.

Mais abaixo, deixo-vos com a sinopse da obra e com algumas imagens promocionais.


A Arte da Guerra - Uma Aventura de Blake e Mortimer em Nova Iorque, de Jean-Luc Fromental, José Louis Bocquet e Floc'h

Philip Mortimer e Francis Blake viajam até Nova Iorque, onde o Professor Blake irá falar em nome do Reino Unido no último dia da Conferência Internacional de Paz na sede da ONU nova sede ao lado do East River. 

O propósito da Conferência é diminuir a tensão entre Oriente e Ocidente que ameaça a paz mundial. 

O objetivo é louvável mas é frustrado na mesma noite em que os homens chegam, quando a polícia prende um homem por vandalizar o famoso Cippus of Horus, a estrela exposta na arte egípcia Departamento do Museu Metropolitano.

O lema "PAR HORUS DEM", esculpido numa estela de pedra de 2.000 anos traz de volta memórias dolorosas para Blake e Mortimer; e quando descobrem que o vândalo não é outro senão o Coronel Olrik, que perdeu sua própria memória, o espanto deles transforma-se em apreensão.


-/-

Ficha técnica
A Arte da Guerra - Uma Aventura de Blake e Mortimer em Nova Iorque
Autores: Jean-Luc Fromental, José Louis Bocquet e Floc'h
Editora: ASA
Paginas: 124, a cores
Encadernação: Capa dura
PVP: 20,90€

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Análise: Blake & Mortimer #39 - Oito Horas em Berlim

Blake & Mortimer #39 - Oito horas em Berlim, de José-Louis Bocquet, Jean-Luc Fromental e Antoine Aubin - ASA - Leya

Blake & Mortimer #39 - Oito horas em Berlim, de José-Louis Bocquet, Jean-Luc Fromental e Antoine Aubin - ASA - Leya
Blake & Mortimer #39 - Oito horas em Berlim, de José-Louis Bocquet, Jean-Luc Fromental e Antoine Aubin

Assim dito de rajada, considero que os leitores que compram Blake e Mortimer têm todos mais de 40 anos. É bem verdade que esta série, originalmente criada por Edgar P. Jacobs, ainda é das que mais vende no mercado franco-belga, mas, ainda assim, e perdoem a minha teimosia, custa-me muito a crer que seja uma série que apela a um público jovem. Parece fechada no seu próprio tempo. Ao contrário de outras séries de banda desenhada franco-belga, que ainda conseguem ter, de uma forma melhor ou pior, relevância para algumas camadas mais jovens, como Astérix, Lucky Luke ou Spirou, Blake e Mortimer parece não ter esse appeal. Será o público mais maduro aquele que compra esta série, estou certo.

Mas porquê esta minha introdução? Bem, porque a obra mais recente de Blake e Mortimer, intitulada Oito Horas em Berlim, é o álbum mais recente da série, tendo sido editado pela editora ASA, no final de 2022. E, portanto, mesmo admitindo que é uma série com poucas armas para apelar a um público jovem, tem vindo a alcançar uma qualidade bastante aceitável nos últimos dois volumes. Falo deste Oito Horas em Berlim e de O Último Espadão, já que O Grito do Moloch foi dos álbuns mais fracos da série, quanto a mim.

Blake & Mortimer #39 - Oito horas em Berlim, de José-Louis Bocquet, Jean-Luc Fromental e Antoine Aubin - ASA - Leya
Em Oito Horas em Berlim, da autoria de José-Louis Bocquet, Jean-Luc Fromental e Antoine Aubin, somos colocados na Primavera de 1963 onde, algures no território soviético, uma missão arqueológica descobre sete caixões que albergam cadáveres cuja pele do rosto foi arrancada. Nesse mesmo instante, em Berlim, um homem é assassinado por tentar atravessar o muro que divide o mundo ocidental do mundo oriental. Antes de jazer morto, o homem pronuncia a estranha palavra: "Doppelgänger". Os dois acontecimentos, que parecem independentes entre si, acabam por se revelar relacionados, por estarem ligados a Julius Kranz, um cirurgião alemão, que se ocupa com experiências e manipulações eletrocirúrgicas no cérebro humano. E - adivinhem só! - os nossos velhos conhecidos Mortimer e Blake vão acabar por se cruzar com este cientista maquiavélico.

O argumento bem que podia ser de um filme de Indiana Jones, pois reúne história, espiões, aventura, mistério, ação, misticismo e ficção científica. Devo dizer que achei bastante satisfatória a forma como o argumento é pensado e desenvolvido, mesmo que, tenho que dizer, haja depois um conjunto de facilitismos para tornar a história acessível a todos e para melhor caber nas 64 páginas que compõem o livro. Havendo possibilidade para mais umas 20 páginas, onde certas mudanças de cena poderiam ser feitas de forma menos abrupta, ou onde certos elementos da história poderiam ser melhor explicados, estaríamos perante um livro ainda melhor. Mesmo assim, a obra cumpre bem. Para que a história não se perca em si mesma, também ajudam o (sempre presente) excesso de texto e balonagem. Mas, lá está, também é algo comum aos livros da série e, portanto, não é nada que surpreenda.

Como o álbum é mais sobre espiões do que sobre questões do foro fantástico – embora as mesmas também cá estejam, mesmo que de forma mais tímida – acaba por funcionar bastante bem e ser um dos melhores Blake e Mortimer dos últimos anos. A par do último volume, O Último Espadão, que já mencionei, que também me agradou bastante.

Blake & Mortimer #39 - Oito horas em Berlim, de José-Louis Bocquet, Jean-Luc Fromental e Antoine Aubin - ASA - Leya
Em termos de desenho, estamos perante um excelente trabalho, que faz jus à célebre linha clara de Jacobs, onde há espaço para inúmeros detalhes que agradam ao olhar e dão personalidade ao universo gráfico da série. Não sendo eu, presumivelmente, um leitor tão exigente como certos puristas nesta questão, considero que o trabalho do ilustrador Antoine Aubin (mais que) dá conta do recado. Não foi Jacobs quem desenhou este livro, mas bem que poderia ter sido.

Gostei particularmente das cores, também, que são asseguradas por Laurence Croix.

Quanto à edição, este é um típico livro da ASA. A capa é dura e brilhante, o papel é bom e baço, e a encadernação e impressão são de boa qualidade, também. As lojas FNAC tiveram direito a uma capa exclusiva, como já tem vindo a acontecer nos álbuns passados da série. É sempre, na minha opinião, uma boa iniciativa e que aumenta o cariz colecionável dos livros, mesmo que, neste caso concreto, a capa alternativa da FNAC me tenha parecido mais fraca do que a capa dita “normal”.

E por falar em capa, li várias críticas à capa “normal” e como a mesma é mal conseguida e desinspirada, mas não partilho da mesma opinião. Acho que é uma capa bem conseguida e equilibrada, que nos remete para o universo de Blake e Mortimer. Não vou dizer que é uma capa espetacular, mas considero que está longe de ser má. Muito piores capas tiveram outros álbuns da série como A Armadilha Diabólica, S.O.S. Meteoros, As 3 Fórmulas do Professor Sato ou O Grito do Moloch. Mas, enfim, são gostos.

Em suma, Oito Horas em Berlim é um álbum bastante aceitável, que se lê bem, e uma agradável surpresa se tivermos em conta que, para muita gente, Blake e Mortimer é uma série que não tem caído em graça há já vários anos. Não é o melhor álbum da série, claro, mas está longe de ser o pior e recomenda-se para os adeptos de banda desenhada europeia.


NOTA FINAL (1/10):
8.3



Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020



-/-

Blake & Mortimer #39 - Oito horas em Berlim, de José-Louis Bocquet, Jean-Luc Fromental e Antoine Aubin - ASA - Leya

Ficha técnica
Blake & Mortimer #39 - Oito horas em Berlim
Autores: José-Louis Bocquet, Jean-Luc Fromental e Antoine Aubin
Editora: ASA
Páginas: 64, a cores
Encadernação: Capa dura
Formato: 16 x 23,6 cm
Lançamento: Novembro de 2022

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Novo Blake e Mortimer já está à venda!




Saiu, na semana passada, juntamente com o lançamento mundial, o novo álbum da clássica série de Blake e Mortimer, que continua a ser publicada em Portugal pela ASA.

Desta vez, os autores ao comando desta nova aventura, intitulada Oito Horas em Berlim, são José-Louis Bocquet, Jean-Luc Fromental e Antoine Aubin.

Destaque para o facto de, tal como tem vindo a ser feito nos álbuns anteriores, haver uma capa exclusiva para as lojas FNAC.

Mais abaixo, deixo-vos com a sinopse da obra e com algumas imagens promocionais da mesma.

Blake & Mortimer #39 - Oito horas em Berlim, de José-Louis Bocquet, Jean-Luc Fromental e Antoine Aubin

Primavera de 1963.

Algures nos montes Urais, no coração do Império Soviético, uma missão arqueológica descobre sete caixões, no interior dos quais jazem cadáveres cuja pele do rosto foi arrancada. 

Na mesma altura, em Berlim, um homem é morto ao atravessar o Muro que divide a cidade ao meio. Antes de sucumbir, consegue pronunciar uma estranha palavra: Doppelgänger. 

Em princípio, estes dois acontecimentos não estão relacionados. 

Mas a verdade é que existe uma ligação entre a macabra descoberta e o desertor abatido, e essa ligação dá pelo nome de Julius Kranz, um cirurgião da Alemanha de Leste especialista em manipulações eletrocirúrgicas no cérebro humano. 

Mortimer e Blake vão ambos cruzar-se com este cientista maquiavélico e terão a desagradável surpresa de se depararem com um aventureiro sem escrúpulos, que se prepara para montar a maior mistificação da história da humanidade…

-/-




Ficha técnica
Blake & Mortimer #39 - Oito horas em Berlim
Autores: José-Louis Bocquet, Jean-Luc Fromental e Antoine Aubin
Editora: ASA
Páginas: 64, a cores
Encadernação: Capa dura
Formato: 16 x 23,6 cm
PVP: 15,90€

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Análise: Blake e Mortimer: O Último Espadão

Blake e Mortimer: O Último Espadão, de Jean Van Hamme, Teun Berserik e Peter Van Dongen - ASA

Blake e Mortimer: O Último Espadão, de Jean Van Hamme, Teun Berserik e Peter Van Dongen - ASA
Blake e Mortimer: O Último Espadão, de Jean Van Hamme, Teun Berserik e Peter Van Dongen

[Antes de avançar nesta análise, permitam-me uma nota pessoal: estou bem ciente de como nos últimos tempos tenho escrito menos análises de banda desenhada aqui no Vinheta 2020. Sei que as análises de bd são a principal razão de ser deste blog, bem como o primordial motivo para as muitas visitas que o Vinheta 2020 recebe, diariamente. Não pensem que tenho lido menos bd nos últimos tempos. Na verdade, até tenho lido mais banda desenhada do que noutras alturas do ano. Mas, simplesmente, por vários motivos, em que destaco o lançamento do novo disco de uma das minhas bandas (Alves Baby) mas, também, e principalmente, a preparação da Gala dos VINHETAS D'OURO, que me tem ocupado muitas horas, não tenho tido tanto tempo para escrever. Mas, não se preocupem, tenho muitos livros já lidos e prontos a serem analisados. E espero voltar ao meu normal durante os próximos dias. Obrigado pela compreensão. Passemos, agora, à análise ao mais recente livro da série Blake e Mortimer.]

Blake e Mortimer: O Último Espadão, de Jean Van Hamme, Teun Berserik e Peter Van Dongen - ASA
Depois do último volume de Blake e Mortimer, O Grito do Moloch, da autoria de Jean Dufaux, Christian Cailleaux e Étienne Schréder, que aqui analisei, há cerca de um ano, e que considerei medíocre, tendo-me deixado profundamente desiludido com a obra, confesso que não estava com um apetite muito voraz para este novo lançamento da série Blake e Mortimer. Mas, felizmente, devo confessar que fiquei amplamente convencido com este regresso da série.

Antes de mais, há que dizer que também é normal que a experiência de leitura entre este O Último Espadão e O Grito de Moloch seja diferente, se tivermos em conta que as equipas criativas também são outras. Mesmo assim, confesso que não estava à espera de uma diferença qualitativa tão grande entre ambas as obras. É que, se O Grito de Moloch foi verdadeiramente medíocre, com uma história mal concebida e desenhos preguiçosos, O Último Espadão, é totalmente o oposto, com uma história simples, mas lógica e bem estruturada, e um desenho que faz uma boa homenagem à série originalmente criada por Edgar P. Jacobs.

E note-se que a premissa base deste livro, de servir como continuação para o álbum inaugural da série, O Segredo do Espadão, até me fez franzir a testa inicialmente, pelo simples facto de me parecer uma abordagem algo gratuita e totalmente focada na vertente comercial, por parte dos autores. Estava errado. E ainda bem! Sendo uma boa homenagem ao livro original da série, este 28º livro traz algumas ideias próprias, conseguindo um balanço muito interessante entre o clássico e o moderno. E, embora sejam invocados alguns eventos de O Segredo do Espadão, a verdade é que este livro funciona bem, se lido sem conhecimento prévio do primeiro livro. Algumas coisas poderão não ser tão bem assimiladas pelos leitores que não conheçam a obra seminal, mas a grande maioria da história será bem-apanhada, sem dificuldades.

Blake e Mortimer: O Último Espadão, de Jean Van Hamme, Teun Berserik e Peter Van Dongen - ASA
A história arranca com uma boa cena, bastante cinematográfica, quando, algures numa estrada em Inglaterra, um veículo circula em direção ao aeroporto militar de Hasley e, no seu interior, encontra-se o major Rupert Humbletweed, a quem o governo britânico confiou uma missão secreta. Enquanto isso acontece, também o capitão Francis Blake confia ao Professor Philip Mortimer uma operação da mais alta importância: deslocar-se ao Paquistão para alterar o código de ativação dos cinco Espadões estacionados na base de Makran, de forma a permitir a sua transferência para Inglaterra. 

Entretanto, a organização IRA prepara um ataque sem precedentes a Londres, procurando estabelecer parcerias com velhos inimigos da dupla Blake e Mortimer. Com efeito, estamos perante uma história bem arquitetada por Jean Van Hamme. Pode não ser maravilhosa ou ser um livro que nos vai marcar para o resto da vida – não o é, seguramente – mas é indiscutível que é um dos bons livros da série Blake e Mortimer. Quiçá, um dos melhores dos últimos anos. E, então comparado com O Grito do Moloch, este O Último Espadão é poesia a todos os níveis: no da história, no da narrativa e até no do desenho.

Blake e Mortimer: O Último Espadão, de Jean Van Hamme, Teun Berserik e Peter Van Dongen - ASA
O desenho, de Teun Berserik e Peter Van Dongen, é extremamente bem conseguido para os adeptos do estilo de linha clara, com uma boa dose de pormenores, de Edgar P. Jacobs. É simples e clássico, mas, ao mesmo tempo, e talvez por ser um estilo não tanto utilizado nos dias de hoje, traz uma certa sensação de frescura e modernidade, embora, claro está, não deixe de ser fiel ao estilo original da série – como deveria ser. As cores também o tornam um bonito álbum. Os fãs da série vão adorar, certamente.

Claro que, depois, e gostemos ou não, temos todas as idiossincrasias que poderíamos esperar de um livro de Blake e Mortimer: a balonagem, o excesso de texto por prancha, o tipo de planos utilizados, o comportamento demasiado "british" das personagens, etc. Se bem que, não esqueçamos, há algumas vinhetas de maior dimensão que os autores utilizam muito bem para deixar a história e o texto respirarem um pouco. É, por ventura, um dos traços de maior modernidade deste livro.

Em termos de edição, toda ela está ao nível dos padrões a que a editora ASA já nos habituou nas suas séries de banda desenhada. E em especial na de Blake e Mortimer: capa dura com acabamento em verniz, bom papel baço e boa encadernação e impressão. Nada a objetar, portanto. Nota para o facto da edição da loja FNAC ter, como já vem sendo hábito, uma capa exclusiva. 

Em conclusão, finalmente passados tantos anos de "tiros ao lado", li um Blake e Mortimer que me encheu as medidas. História simples, mas interessante, narrativa com bom ritmo e um desenho muito bem conseguido. Tudo bem feito, de forma a prestar uma boa homenagem ao legado de Jacobs. Não será, repito, um livro magnífico ou perfeito… mas é um bom livro para juntarmos à série. Ideal para os fãs de Blake e Mortimer e bastante indicado como porta de entrada para novos leitores, que não conheçam a série e tenham curiosamente em conhecê-la.


NOTA FINAL (1/10):
8.4



Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020



-/-

Blake e Mortimer: O Último Espadão, de Jean Van Hamme, Teun Berserik e Peter Van Dongen - ASA

Ficha técnica
Blake e Mortimer: O Último Espadão
Autores: Jean Van Hamme, Teun Berserik e Peter Van Dongen
Editora: ASA
Páginas: 64, a cores
Encadernação: Capa dura
Lançamento: Novembro de 2021

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Blake e Mortimer estão de volta!




A célebre dupla criada por Edgar P. Jacobs está de volta para mais uma aventura. Desta vez, são os autores Jean Van Hamme e Peter Van Dongen que comandam os desígnios da série neste novo volume, intitulado O Último Espadão, que é publicado pela ASA.

O livro deverá estar disponível nas livrarias a partir de amanhã, 23 de Novembro. Na rede de lojas FNAC haverá uma capa exclusiva, que apresento aqui, no lado esquerdo.

Abaixo, deixo-vos com algumas imagens promocionais e nota de imprensa.

Blake e Mortimer: O Último Espadão, de Jean Van Hamme e Peter Van Dongen
Neste 28º volume da coleção «As Aventuras de Blake e Mortimer», Jean Van Hamme imagina uma continuação para o álbum inaugural da série. Esta vibrante homenagem a Egdar P. Jacobs conta com o desenho muito “jacobsiano” de Teun Berserik e Peter Van Dongen, e chega às livrarias já no próximo dia 23 de novembro de 2021.

Algures numa estrada em Inglaterra, um veículo circula em direção ao aeroporto militar de Hasley e, no seu interior, encontra-se o major Rupert Humbletweed, a quem o governo britânico confiou uma missão secreta. Entretanto, no Centaur Club (Londres), o capitão Francis Blake janta um roastbeef bem passado com o seu amigo, o Professor Philip Mortimer, a quem confia uma operação da mais alta importância: deslocar-se ao Paquistão para alterar o código de ativação dos Espadões estacionados na base de Makran, de forma a permitir a sua transferência para Scaw-Fell, em Inglaterra.
Blake, que acaba de assumir o comando do MI 5, tem por sua vez de partir imediatamente para o Ulster, já que, segundo um dos seus agentes, o IRA estaria a preparar um ataque de grande envergadura contra Inglaterra…

Ideal para os apreciadores de BD, os fãs de Blake e Mortimer certamente não quererão perder este novo volume que conta com os desenhos de Teun Berserik e Peter Van Dongen, os mesmos desenhadores de «O Vale dos Imortais» (nºs 25 e 26). 

Esta conhecida série de BD franco-belga foi lançada em 1946 e constitui, ainda hoje, um verdadeiro fenómeno editorial, estando traduzida em 17 línguas, e contando com vendas mundiais acumuladas que ultrapassam os 12 milhões de exemplares!





-/-

Ficha técnica
Blake e Mortimer: O Último Espadão
Autores: Jean Van Hamme e Peter Van Dongen
Editora: ASA
Páginas: 64, a cores
Encadernação: Capa dura
PVP: 15,90€

quarta-feira, 7 de julho de 2021

À Conversa Com: Edições ASA - Novidades para o 2º Semestre de 2021



A ASA já deu a conhecer ao Vinheta 2020 algumas das suas novidades para os meses que se avizinham.

E há aqui alguns títulos interessantes que até podem apanhar vários leitores desprevenidos! Outros livros serão, naturalmente, já esperados pelos leitores portugueses.

Atente-se que relativamente a lançamentos de séries de bd feitas em conjunto com o jornal Público, serão anunciadas novidades brevemente aqui no Vinheta 2020.

Fiquem atentos.

Para já, fiquem com a breve conversa que tive com o editor Vítor Silva Mota.


Entrevista 



1. Como foi este primeiro semestre do ano editorial de 2021 para vós? Editaram tudo o que tinham planeado ou houve títulos que foram adiados para o segundo semestre de 2021 (ou mesmo para 2022)?
Fomos forçados a adiar a saída de alguns livros no período em que estivemos em confinamento, mas reajustámos o nosso plano de forma a lançá-los todos ainda em 2021.


2. Sei que ainda é cedo para aferir este tipo de resultados mas, para já, com base na informação e perceção de mercado que vão tendo, que título lançado em 2021 está a ser uma agradável surpresa de vendas?
O vol. 9 da coleção «Michel Vaillant – Nova temporada», intitulado Duelos

Foi um dos que, depois de ter estado planeado para janeiro, teve de ser adiado, tendo finalmente sido lançado em abril.


3. E que obra é que está a vender mais devagar do que aquilo que tinham planeado?
Pode dizer-se que está tudo a correr de acordo com as expetativas.


4. Quais são os vossos lançamentos agendados para o segundo semestre de 2021?
Em Setembro:

Murena #11 - Lemúria
de Jean Dufaux e Theo Caneschi


Os Banquetes de Astérix
de Thibaud Villanova e Nicolas Lobbestaël
Coleção «Astérix – Fora de Coleção»


Em Outubro:

Astérix e o Grifo - #39
de Jean-Yves Ferri e Didier Conrad
Lançamento mundial a 21 de Outubro de 2021
      

Michel Vaillant #10 - Pikes Peak
de Denis Lapière, Benjamin Benéteau e Vincent Dutreuil


L' Intégrale des Jurons du Capitaine Haddock [Título original]
de Albert Algoud



Em Novembro:


Asterix i l Alcaforron (Edição em Mirandês de Astérix e o Grifo)
de Jean-Yves Ferri e Didier Conrad

Blake e Mortimer #28 - O Último Espadão
de Jean Van Hamme, Teun Berserik e Peter van Dongen
(capa da edição francesa "Bibliophile")


5. Há algum título novo que queiram avançar, em primeira mão, aos leitores do Vinheta 2020, mesmo que seja uma novidade a ser preparada apenas para 2022?
Impõe-se naturalmente destacar a novidade Astérix, que – como é sabido – constitui o maior fenómeno editorial da BD a nível mundial.