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quinta-feira, 17 de abril de 2025

Análise: Intriga em Bagdade

Intriga em Bagdade, de Frédéric Brémaud e Alberto Zanon - Arte de Autor

Intriga em Bagdade, de Frédéric Brémaud e Alberto Zanon - Arte de Autor
Intriga em Bagdade, de Frédéric Brémaud e Alberto Zanon

O primeiro livro editado pela Arte de Autor neste ano de 2025 foi este Intriga em Bagdade que é parte intrigante daquela que é a maior coleção - em número - da editora portuguesa - a Coleção Agatha Christie - somando mais de uma dezena de livros até à data. E não deverá ficar-se por aí, visto que a série tem tido continuação em França.

Desta vez, não temos uma história dedicada a Hércule Poirot, o célebre investigador, mas antes uma intriga policial complexa que, quanto a mim, envelheceu muito bem, pois embora pudesse perfeitamente ser uma história policial feita no mês passado para o cinema, a verdade é que a história original de Agatha Christie foi originalmente publicada há mais de 70 anos, o que revela bem o cariz inovador, sem precedentes, do trabalho da célebre autora britânica.

Intriga em Bagdade, de Frédéric Brémaud e Alberto Zanon - Arte de Autor
Intriga em Bagdade
, dividido em dois álbuns, e que a Arte de Autor - e bem - publica num só volume, numa edição integral, é assinado pelo argumentista Frédéric Brémaud e pelo ilustrador Alberto Zanon que constituem a minha dupla favorita de autores desta coleção, sendo também responsáveis pelos livros Drama em Três Actos, Os Crimes do ABC e O Crime no Campo de Golf

A história centra-se na personagem de Victoria Jones, uma carismática jovem impulsiva e cheia de imaginação que, após ser despedida do seu emprego em Londres, decide viajar para Bagdade para reencontrar um homem por quem se apaixonou recentemente. No entanto, ao chegar à cidade, Victoria vê-se inesperadamente envolvida numa complexa conspiração internacional, quando um agente secreto morre no seu quarto de hotel, deixando-lhe uma desconcertante mensagem. À medida que tenta desvendar o mistério, Victoria acaba por se infiltrar num perigoso jogo de espionagem, onde interesses políticos e económicos se cruzam, tornando a sua simples aventura romântica numa corrida contra o tempo para impedir um atentado à paz mundial.

Intriga em Bagdade, de Frédéric Brémaud e Alberto Zanon - Arte de Autor
A narrativa deste Intriga em Bagdade transporta-nos para um cenário exótico e misterioso, onde várias personagens, aparentemente desconectadas, se cruzam no seio de uma teia de acontecimentos marcada pela intriga política, interesses económicos e motivações pessoais. É uma história que vai crescendo em complexidade à medida que se revelam as ligações entre as diversas tramas paralelas.

A escolha de adaptar esta história para banda desenhada em dois volumes, em vez de o fazer apenas num só livro, revela-se particularmente acertada, uma vez que estamos perante uma intriga densa, com múltiplos fios condutores e várias personagens que exigem espaço para se desenvolverem. Por isso, um único livro com as habituais 64 páginas dificilmente teria conseguido dar conta dessa ambição narrativa sem comprometer a clareza e o ritmo da leitura. Consequentemente, ao permitir que a trama se desdobre com algum espaço, os autores conseguiram ser mais fiéis à obra original e, também, criar um envolvimento mais eficaz com o leitor.

Intriga em Bagdade, de Frédéric Brémaud e Alberto Zanon - Arte de Autor
Cada uma das linhas narrativas que vamos acompanhando possui um tom e uma direção próprios, o que ajuda a manter o interesse ao longo da leitura. Esta construção complexa faz com que o leitor esteja constantemente a tentar montar o puzzle narrativo, o que confere ao álbum um certo carácter interativo.

Não obstante, e apesar da boa opção de se dar mais páginas a esta adaptação, é inevitável mencionar que a obra teria ganhado ainda mais força se tivesse sido um pouco mais extensa. Se em vez das 96 páginas, tivéssemos 128, por exemplo - o que seria o dobro do que habitual encontramos num só volume desta coleção. Digo isto porque há momentos em que sentimos que algumas personagens poderiam beneficiar de maior desenvolvimento e que certos arcos narrativos são resolvidos com demasiada rapidez. Essa limitação de espaço obriga a uma concentração de informação em algumas vinhetas, com balões algo carregados de texto, o que por vezes dificulta o fluxo da leitura. Embora a informação seja pertinente e a escrita de Brémaud eficaz, a sua densidade em certos momentos prejudica o impacto visual das pranchas.

Intriga em Bagdade, de Frédéric Brémaud e Alberto Zanon - Arte de Autor
Porém, esse desequilíbrio pontual é largamente compensado pelo belo trabalho gráfico de Alberto Zanon. O seu traço semi-realista confere um charme muito próprio às personagens e ao universo representado. A expressividade dos rostos e a linguagem corporal ajudam imenso a transmitir emoções e intenções, enriquecendo a leitura e dando vida à história para além das palavras.

As cores desempenham também um papel fundamental na construção do ambiente. Há uma paleta cromática quente e contrastada que evoca o calor e a tensão da cidade de Bagdade, conferindo coerência visual ao conjunto e acentuando os diferentes estados de espírito das cenas. 

A planificação das pranchas é outro dos elementos bem conseguidos. Longe de se limitar a uma grelha convencional, a obra aposta numa montagem variada, com vinhetas de diferentes tamanhos e formatos, o que contribui para um ritmo dinâmico e cinematográfico. 

A direção artística e a composição gráfica de Zanon demonstram, pois, um grande cuidado na construção da narrativa visual, tornando a experiência da leitura não apenas envolvente, mas também esteticamente gratificante.

Em termos de edição, o livro apresenta capa dura brilhante, com bom papel baço no interior. O trabalho de encadernação e impressão também é meritório. E, mais uma vez, sublinho a pertinência da opção da Arte de Autor em publicar a obra num volume integral que reúne os dois álbuns originalmente lançados.

Em suma, Intriga em Bagdade é um díptico ambicioso e bem conseguido, que se destaca pela sua complexidade narrativa, pelo apuro visual e pela boa gestão do suspense. Apesar de alguns desequilíbrios no ritmo e da sensação de que mais páginas teriam beneficiado a história, trata-se de uma adaptação bastante feliz ao formato da banda desenhada. O talento de Brémaud e Zanon é evidente, e juntos criam uma obra que merece ser lida.


NOTA FINAL (1/10):
8.5



Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020



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Intriga em Bagdade, de Frédéric Brémaud e Alberto Zanon - Arte de Autor

Ficha técnica
Intriga em Bagdade - Edição Integral
Autores: Frédéric Brémaud e Alberto Zanon
Adaptado a partir da obra original de: Agatha Christie
Editora: Arte de Autor
Páginas: 96, a cores
Encadernação: Capa dura
Formato: 210 x 285 mm
Laançamento: Fevereiro de 2025

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Arte de Autor lança o seu primeiro livro do ano!



A partir desta semana deverá chegar às livrarias portuguesas aquela que é a primeira aposta editorial da Arte de Autor para este ano de 2025!

Falo de Intriga em Bagdade, dos autores Frédéric Brémaud e Alberto Zanon, que está inserida na coleção dedicada a adaptações dos clássicos de Agatha Christie.

Chamo a atenção para a opção da Arte de Autor em publicar num volume integral esta obra que foi originalmente editada em dois volumes.

Fico especialmente motivado para ler este livro por dois motivos: porque me parece que, com mais páginas, a trama da história original pode ser mais bem explanada em banda desenhada e, por outro lado, Frédéric Brémaud e Alberto Zanon são os meus dois autores favoritos desta coleção. São eles que, a meu ver, têm feito os melhores livros.

Por agora, deixo-vos com a sinopse da obra e com algumas imagens promocionais.


Intriga em Bagdade, de Frédéric Brémaud e Alberto Zanon

A “Rainha do Crime” também teceu algumas tramas de espionagem, de que Intriga em Bagdad é um exemplo perfeito! Aventuras, reviravoltas, exotismo e história de amor: há de tudo isso neste romance… E ainda mais! Existe uma ligação muito estreita entre a vida da autora e os locais onde decorre a intriga.

Para Victoria Jones, nada se passa em Bagdad como ela teria desejado…
O seu «noivo» não compareceu ao encontro e ela tem de achar um meio de subsistência porque as contas acumulam-se… E agora, para cúmulo, um homem veio morrer no seu quarto de hotel! O que ela ignora é que, involuntariamente, está mergulhada num estranho caso, de que o mundo pode não recuperar!

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Ficha técnica
Intriga em Bagdade - Edição Integral
Autores: Frédéric Brémaud e Alberto Zanon
Adaptado a partir da obra original de:  Agatha Christie
Editora: Arte de Autor
Páginas: 96, a cores
Encadernação: Capa dura
Formato: 210 x 285 mm
PVP: 25,50€

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Arte de Autor lança BD natalícia!


A editora Arte de Autor prepara-se para lançar, já a partir da próxima semana, o seu mais recente livro da coleção dedicada à adaptação para banda desenhada dos Clássicos de Agatha Christie

Desta vez, a história é natalícia - embora tenha todos os ingredientes habituais de um conto de Agatha Christie - e tem, novamente, Hercule Poirot como personagem principal.

Os autores ao leme desta adaptação também são repetentes nesta coleção. Callixte ilustrou No Início, eram 10... e Morte no Nilo. Já Isabelle Bottier, foi responsável pelo argumento não só nesse mesmo Morte no Nilo, como também em A Morte Não é o Fim.

Mais abaixo, deixo-vos com a sinopse da obra e com algumas imagens promocionais. O livro já se encontra em pré-venda no site da editora.

Hercule Poitot - O Natal de Poirot, de Isabelle Bottier e Callixte

O que há de mais belo e romântico do que uma família reunida a poucos dias do Natal?

A oportunidade de se reverem, de compartilharem o calor de um lar enquanto a neve cai lá fora… 

Mas o velho Simeon Lee não é do tipo sentimental e, se reuniu os filhos à sua volta, é porque tem coisas para lhes anunciar, o que pode não agradar a toda a gente.

Não agradar a ponto de matar?

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Ficha técnica
Hercule Poitot - O Natal de Poirot
Autores: Isabelle Bottier e Callixte
Editora: Arte de Autor
Páginas: 64, a cores
Encadernação: Capa dura
Formato: 210 x 285 mm
PVP: 19,50€

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Análise: Hercule Poirot - Jogo Macabro

Hercule Poirot - Jogo Macabro, de Marek - Arte de Autor

Hercule Poirot - Jogo Macabro, de Marek - Arte de Autor
Hercule Poirot - Jogo Macabro, de Marek

Se há série de banda desenhada grande (em quantidade de volumes) que a editora Arte de Autor tem publicado entre nós, essa série é a Coleção Agatha Christie que adapta para a 9ª arte os clássicos da literatura da célebre autora. Com efeito, este Hercule Poirot – Jogo Macabro, o mais recente livro publicado por cá, já é o 13º tomo da coleção, o que faz com que esta seja a série mais comprida da Arte de Autor.

Admito que, devido a existirem naturais e expectáveis pontos em comum entre as diversas obras desta série, talvez o lançamento de mais um álbum (já) não seja uma notícia que nos faça rejubilar de alegria. Ainda assim, a verdade é que a leitura de cada volume acaba por ser sempre bastante agradável. O entretenimento é garantido. Como é o caso deste Jogo Macabro, da autoria de Marek.

Hercule Poirot - Jogo Macabro, de Marek - Arte de Autor
Desta vez, a ação passa-se numa ampla e nobre propriedade, onde é organizada uma festa com muitos jogos tradicionais e, em especial, um jogo estilo “escape room”, onde se procura descobrir o responsável por uma morte. Mas é tudo a fingir! É um género de misto entre um jogo “Cluedo”, jogado ao ar livre, e um peddy paper. Hercule Poirot é convidado pelos organizadores do concurso para entregar o prémio ao vencedor. Porém, as coisas começam por se complicar e tornarem-se mais reais quando acontece, de facto, um homicídio verdadeiro. Após a descoberta desse assassinato, também desaparece a esposa do dono da propriedade, o que aumenta ainda mais o mistério dos acontecimentos ali vividos. Como sempre, caberá a Hercule Poirot decifrar todo o mistério a envolver este estranho caso. E, também como sempre, nem tudo é o que parece, ficando a cargo do astuto investigador a capacidade para encontrar provas irrefutáveis nos mais leves e aparentemente insignificantes detalhes.

Se Encontro com a Morte, a outra obra desta coleção igualmente adaptada pelo mesmo autor Marek, até foi, quanto a mim, um dos volumes mais fracos da coleção, foi com satisfação que encontrei neste Jogo Macabro uma bela adaptação. Os textos originais de Agatha Christie para serem bem adaptados para banda desenhada, e tendo especialmente em conta o contido número de páginas para tal empreitada, precisam de retirar tudo aquilo que é acessório e assegurar, que o leitor fica "confundido" e "perdido" perante quem são os culpados pelos crimes que acontecem. E, claro, a "dificuldade", passa por conseguir embalar bem, ou não, em termos narrativos, o leitor.

Hercule Poirot - Jogo Macabro, de Marek - Arte de Autor
Marek dá-nos aqui um trabalho muito convincente, pois consegue fazer esta adaptação muito bem. Nunca senti que a história estivesse demasiado apressada nem, tampouco, demasiado superficial. Penso que as coisas são feitas na medida certa, conseguindo o equilíbrio necessário.

É, portanto, uma boa adaptação e acho que é daqueles casos em que (quase) podemos dizer que a banda desenhada cumpre tão bem o objetivo da narrativa original, que nem é preciso ler o original. Mas utilizo o termo “quase”, claro, porque, já se sabe, ler o original traz-nos sempre algo mais em comparação com aquilo que uma adaptação nos oferece.

Confesso que o final desta obra, me pareceu um pouco rebuscado e rocambolesco demais. Até mesmo para os padrões de Agatha Christie. E, claro está, essa a minha afirmação não se destina, portanto, à adaptação de Marek, mas sim ao próprio texto original de Agatha Christie.

Hercule Poirot - Jogo Macabro, de Marek - Arte de Autor
Abordando a parte visual desta obra, Marek volta a ser fiel ao que nos deu em Encontro com a Morte, se bem que também me parece que este novo álbum acaba por ser um pouco mais bonito em termos de ilustrações. 

Mas isso talvez se deva ao facto da paisagem e cenários deste Jogo Macabro serem mais verdejantes e apelativos do que a aridez de cenário onde decorre Encontro com a Morte. Mas, de resto, o estilo mantém-se fiel, por isso recupero o que já havia escrito na análise que fiz a esse primeiro livro de Marek: "o autor oferece-nos desenhos em linha clara, com uma boa dose de elegância, onde as caras das personagens apresentam traços "cartoonizados". Normalmente funciona sempre bem, mas, noutros casos, senti que essas caras mais "abonecadas" não estavam tanto em linha com o resto das ilustrações e, especialmente, com o tom da história."

Quanto à edição da Arte de Autor, não há muito a afirmar. O livro apresenta capa dura com verniz e, no interior, bom papel baço, boa impressão e boa encadernação. Esta tem sido uma boa aposta da editora portuguesa. No início, com o primeiro livro O Expresso do Oriente, até não fiquei especialmente bem impressionado com esta série, mas, passados já mais de 10 álbuns, tenho que dar o braço a torcer e admitir que estamos perante uma boa coleção.

Em suma, Jogo Macabro é uma adaptação para banda desenhada bastante competente de mais um dos clássicos da literatura da autora Agatha Christie. É óbvio e natural que esta coleção tenha alguns livros que são melhores do que os outros e, concretamente, olhando para este caso, acho que Jogo Macabro consegue entrar para a seleção dos melhores.


NOTA FINAL (1/10):
8.0

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Hercule Poirot - Jogo Macabro, de Marek - Arte de Autor

Ficha técnica
Hercule Poirot - Jogo Macabro
Autor: Marek
Editora: Arte de Autor
Páginas: 64, a cores
Encadernação: Capa dura
Formato: 210 x 285 mm
Lançamento: Julho de 2023


quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Arte de Autor lança nova adaptação de Agatha Christie!



A coleção das adaptações das obras de Agatha Christie, que a Arte de Autor tem vindo a publicar em Portugal, parece ir de vento em poupa!

A editora portuguesa prepara-se para lançar, já durante a próxima semana, Hercule Poirot - Jogo Macabro, cuja adaptação para BD é feita pelo autor Marek, que já foi o ilustrador de um outro título da mesma série, Hercule Poirot - Encontro com a Morte, mas que, neste segundo livro, assume a dupla tarefa de argumentista e ilustrador.

Este já é o 11º álbum da coleção portuguesa. De momento, existem mais dois álbuns publicados recentemente em França.

Mais abaixo, deixo-vos com as habituais sinopse da obra e imagens promocionais.

Hercule Poirot - Jogo Macabro, de Marek 

Uma caçada ao falso homicida, mas com um cadáver verdadeiro. Um cenário encantador e segredos de família. O desaparecimento da dona da casa e a chegada de um convidado surpresa. 

No centro de uma trama complexa, Hercule Poirot vê-se novamente confrontado com o mal. 

Mas para o detective belga, o crime não é coisa com que se brinque: utilizando todo o poder das suas pequenas células cinzentas, tudo fará para confundir o culpado.

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Ficha técnica
Hercule Poirot - Jogo Macabro
Autor: Marek
Editora: Arte de Autor
Páginas: 64, a cores
Encadernação: Capa dura
Formato: 210 x 285 mm
PVP: 18,95€

segunda-feira, 3 de julho de 2023

Análise: Hercule Poirot - Drama em Três Actos

Hercule Poirot - Drama em Três Actos, de Frédéric Brémaud e Alberto Zanon - Arte de Autor

Hercule Poirot - Drama em Três Actos, de Frédéric Brémaud e Alberto Zanon - Arte de Autor
Hercule Poirot - Drama em Três Actos, de Frédéric Brémaud e Alberto Zanon

A par de Corto Maltese, a coleção de BD dedicada à Agatha Christie, que a Arte de Autor tem vindo a editar, é a maior série, em número de volumes, da editora portuguesa. No total já são mais de uma dezena de álbuns editados por cá.

Este Drama em Três Actos é o terceiro livro que é adaptado pelos autores Frédéric Brémaud e Alberto Zanon, sendo que os álbuns anteriores desta dupla foram Os Crimes do ABC (o melhor de todos, quanto a mim) e O Crime no Campo de Golf.

Tal como uma peça de teatro, que é dividida em 3 atos, Drama em Três Actos também aparece assim dividido. No primeiro ato, somos confrontados com a morte do Reverendo Babbington que acontece durante uma receção na propriedade do famoso ator Sir Charles Cartwright, à frente de várias personalidades, que não parecem dar conta do sucedido. No segundo ato, é a vez do famoso Doutor Strange morrer em casa durante uma refeição com vários dos seus amigos presentes. Hercule Poirot até está presente no primeiro assassinato, mas está longe do segundo. Estarão os dois crimes interligados? No terceiro ato, caberá ao famoso investigador, decifrar quem está por detrás destes crimes.

Hercule Poirot - Drama em Três Actos, de Frédéric Brémaud e Alberto Zanon - Arte de Autor
A partir daí, somos levados a um intrincado quebra-cabeças de pistas, suspeitos e reviravoltas surpreendentes. Esta história tem a particularidade de relegar Poirot para uma posição mais secundária, já que a investigação vai sendo levada a cabo por outras personagens. Embora, claro está, seja depois Poirot o maestro que resolve o enigma final.

Frédéric Brémaud e Alberto Zanon continuam a bem desempenhar os seus papéis de argumentista e ilustrador. 

Brémaud consegue manter um bom ritmo na trama, embora me pareça que, por vezes, a história tenha ficado desnecessariamente mais confusa devido à introdução de algumas falas mais redundantes. Não obstante, também reconheço que este livro não seria tão fácil de adaptar como outros da coleção. Talvez por isso, e quanto a mim, seriam necessárias mais algumas páginas para que a fluidez da leitura e da trama funcionasse melhor. Talvez seja mesmo o ponto menos positivo do livro já que, de resto, funciona muito bem.

Hercule Poirot - Drama em Três Actos, de Frédéric Brémaud e Alberto Zanon - Arte de Autor
Quanto aos desenhos de Zanon, o autor dá-nos mais do mesmo. E isso continua a ser muito bom, já que o seu traço semi-caricatural bastante elegante, ilustra personagens bastante expressivas e belos cenários, que mantêm bem presente o ambiente clássico e elegante que Agatha Christie nos descreveu nos seus romances. Sendo verdade que, à medida que vamos conhecendo os vários livros de Zanon nesta coleção, comecemos a achar que, por vezes, há uma certa parecença visual com algumas personagens, especialmente as femininas, continuo a consider o autor como o ilustrador mais diferenciado – e, por isso, melhor – desta coleção de adaptações para banda desenhada dos clássicos da Agatha Christie que a Arte de Autor tem vindo a publicar.

Por falar em Arte de Autor, a editora faz aqui mais um bom trabalho de edição. O livro tem capa dura e brilhante, bom papel baço e uma boa impressão e encadernação.

Resumindo e concluindo, esta nova entrada na coleção de Agatha Christie, com este Hercule Poirot - Drama em Três Actos, revela-nos mais um livro competente, que capta bem a essência do universo da célebre autora britânica, oferecendo-nos uma leitura agradável, que consegue manter os fãs de mistério intrigados até ao fim. E esse, não esqueçamos, é a primordial característica e feito dos livros de Agatha Christie.


NOTA FINAL (1/10):
8.4



Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020


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Hercule Poirot - Drama em Três Actos, de Frédéric Brémaud e Alberto Zanon - Arte de Autor

Ficha técnica
Hercule Poirot - Drama em Três Actos
Autores: Frédéric Brémaud e Alberto Zanon
Editora: Arte de Autor
Páginas: 64, a cores
Encadernação: Capa dura
Formato: 210 x 285 mm
Lançamento: Março de 2023

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Drama em Três Actos é a nova BD da Arte de Autor!



A Arte de Autor está de regresso com mais um livro dedicado à bela adaptação para bd dos clássicos de Agatha Christie!

E estou especialmente empolgado com este lançamento, pois este livro é da autoria da minha dupla de autores preferidos desta série: Frédéric Brémaud e Alberto Zanon.

Ambos os autores já nos deram Os Crimes do ABC e O Crime no Campo de Golf, que são dois dos meus álbuns favoritos desta série. Gosto bastante do traço diferenciado de Zanon.

Com o lançamento deste Drama em Três Actos, a Arte de Autor aproxima-se da edição completa da série, ficando (à data) apenas a faltar o lançamento do mais recente álbum da série original, que dá pelo nome de A Extravagância do Morto (Poirot joue le jeu).
Drama em Três Actos deverá chegar às livrarias a partir do próximo dia 21 de Fevereiro. Por agora, já se encontra em pré-venda no site da editora.

Mais abaixo, podem encontrar a sinopse da obra e algumas imagens promocionais.


Hercule Poirot - Drama em Três Actos, de Frédéric Brémaud e Alberto Zanon

Acto I: O Reverendo Babbington morre durante uma recepção na propriedade do famoso actor Sir Charles Cartwright.

Acto II: o famoso Doutor Strange morre em casa durante uma refeição com amigos.
Qual a relação entre esses dois casos? 

É isso que Hercule Poirot e as suas pequenas células cinzentas se perguntam. Se é verdade que assistiu à primeira morte, estava bem longe quando a segunda aconteceu. Será obra de um serial Killer? Quem poderá ser o próximo da lista? Um caso muito estramho, que Poirot terá de resolver antes do final do terceiro acto…

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Ficha técnica
Hercule Poirot - Drama em Três Actos
Autores: Frédéric Brémaud e Alberto Zanon
Editora: Arte de Autor
Páginas: 64, a cores
Encadernação: Capa dura
Formato: 210 x 285 mm
PVP: 19,00€

sexta-feira, 20 de maio de 2022

Análise: Miss Marple - Crime no Hotel Bertram

Miss Marple - Crime no Hotel Bertram, de Dominique Ziegler e Olivier Dauger - Arte de Autor

Miss Marple - Crime no Hotel Bertram, de Dominique Ziegler e Olivier Dauger - Arte de Autor
Miss Marple - Crime no Hotel Bertram, de Dominique Ziegler e Olivier Dauger

A editora Arte de Autor tem conseguido a proeza de publicar com uma excelente dose de assiduidade os vários livros da Coleção Agatha Christie, que se baseia em adaptações para banda desenhada dos clássicos da celebre escritora inglesa. Com efeito, neste momento, a totalidade dos livros da coleção original da editora Paquet encontra-se publicada em Portugal. Ao todo, são já 10 livros.

E o último a ser lançado foi este Miss Marple - Crime no Hotel Bertram que é assinado pelos autores Dominique Ziegler e Olivier Dauger, que já haviam adaptado o outro título da dedicado à personagem de Miss Marple, que foi o álbum Miss Marple – Um Cadáver na Biblioteca.

Miss Marple - Crime no Hotel Bertram, de Dominique Ziegler e Olivier Dauger - Arte de Autor
Como tal, isso já será um ponto de partida para os leitores se orientarem quanto ao estilo de narração e ilustração de ambos os álbuns, que tem claras e naturais semelhanças. Assim, aqueles que gostaram muito de Um Cadáver na Biblioteca provavelmente também gostarão muito deste Crime no Hotel Bertram. Os que gostaram pouco também não deverão gostar muito deste livro. No meu caso, a minha experiência de leitura foi igualmente bastante satisfatória, embora até considere que não tenha ficado tão convencido com este novo livro.

E tal só acontece porque me parece que este Crime no Hotel Bertram é uma história mais complexa e intrincada que, por esses motivos, se torna mais difícil de (bem) adaptar para banda desenhada. Não li a obra original, confesso, mas esta história pareceu-me algo rocambolesca na forma como me chegou, através desta adaptação.

A história coloca-nos na Inglaterra dos anos 60, quando havia uma certa tensão social no país. É nessa altura que começa a haver uma enorme série de assaltos que abala o país. Estes roubos parecem ser feitos de forma meticulosa, não sendo cometidos erros pelos assaltantes que, suspeita-se, formem uma sociedade de crime organizado. E a característica comum a estes assaltos é que as testemunhas que presenciam os crimes, acabem sempre a indicar que uma pessoa que não era suposto ali estar – como um padre, um juiz ou um almirante – participou no ato criminoso. Ora, as provas e os testemunhos parecem não bater certo entre si e isto deixa, naturalmente, a polícia britânica de cabeça completamente perdida, sem que a onda dos assaltos pareça ter um fim à vista.

Miss Marple - Crime no Hotel Bertram, de Dominique Ziegler e Olivier Dauger - Arte de Autor
Até que Miss Marple que, curiosamente, até tinha decidido passar umas férias no Hotel Bertram, para aí recordar tempos felizes da sua infância, começa a ajudar a investigação. E fá-lo de uma forma quase irritante e metediça, há que admitir, presenciando certos comportamentos dos hóspedes que não fazem assim tanto sentido. Estes são os pressupostos basilares da história, mas depois Dominique Ziegler permite-se algumas liberdades criativas como a introdução, por exemplo, da presença dos Beatles, dos Rolling Stones ou do Jimi Hendrix. Já havia introduzido e alterado algumas coisas em Um Cadáver na Biblioteca e volta a fazê-lo aqui. Embora de forma mais comedida.

Em meras 64 páginas temos cenas de ação, com assaltos e crimes a serem feitos; temos a viagem de Miss Marple para Londres e para o hotel Bertram; temos mistério; temos o caso, propriamente dito, da polícia, em que nos vamos apercebendo da sua investigação (sem que Miss Marple comece por fazer parte dela); temos muitas personagens em número; temos eventos paralelos a ocorrer; e, claro, temos a investigação final (já com a ajuda de Miss Marple) no sentido de tentar desvendar todo o caso. 

Ao contrário de outras obras da autora, aqui a trama não me pareceu tão bem encetada e tão “redondinha”, na forma como nos é desvendada. Pelo contrário, pareceu-me até que a solução final acaba por ser algo aleatória e rebuscada. E isto é ainda mais acentuado pela balonagem excessiva do final do livro que, de alguma forma, tenta explicar ao leitor o que realmente aconteceu.

Miss Marple - Crime no Hotel Bertram, de Dominique Ziegler e Olivier Dauger - Arte de Autor
Mas não estou a dizer que não seja um livro bastante agradável para ler – porque o é. Estou apenas a dizer que, para ser mais marcante, este livro precisaria, quanto a mim, de mais páginas, de forma a que os momentos fossem melhor preparados, encadeados e ritmados ou, então que, na iminência de apenas ter 64 páginas para trabalhar, o argumentista Dominique Ziegler tivesse abdicado de alguns eventos e acontecimentos mais secundários, dando especial enfoque à trama principal. Mesmo assim, estou solidário com o argumentista porque, repito, não me parece que esta seja uma obra fácil de adaptar para 64 páginas.

Quanto ao desenho de Olivier Dauger, num traço elegante em linha clara clássica, deve-se dizer que, também como em Um Cadáver na Biblioteca, consegue captar bem a atmosfera britânica (e, em particular, do Hotel Bertram) e das personagens, dando-lhes o charme necessário e característico das histórias de Agatha Christie.

Tendo presente que o estilo de ilustração está muito em linha com o que o autor fez no anterior livro que desenhou para esta coleção, acho que faz sentido relembrar o que eu já tivera escrito sobre o mesmo: "a arte de Dauger funciona bem e capta o espírito e ambiente retratados nos livros de Agatha Christie. Por vezes, achei o desenho algo despido em termos de detalhes cénicos. Noutras ocasiões, as personagens e respetivas expressões faciais também me pareceram um pouco estáticas e a necessitar de um melhor cuidado, para que a noção de movimento fosse mais natural. Ainda assim, o desenho de Dauger é agradável e harmonioso, assegurando uma qualidade interessante a todo o conjunto."
Em termos de planificação da obra, merece ser dado um destaque à introdução de belas vinhetas que ocupam uma página inteira, onde o autor se demonstra virtuoso e inspirado.

A edição da obra é em capa dura brilhante e com papel baço de boa qualidade. Tudo feito em boa harmonia com a restante coleção da editora Arte de Autor.

Em suma, este é mais um bom livro que se junta a esta coleção de bandas desenhadas – que já vai longa – dedicada aos romances de Agatha Christie. Não estará entre os melhores, mas é, ainda assim, um bom livro que permitirá a muitos uma nova viagem ao universo da famosíssima autora inglesa.


NOTA FINAL (1/10):
8.0



Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020



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Miss Marple - Crime no Hotel Bertram, de Dominique Ziegler e Olivier Dauger - Arte de Autor

Ficha técnica
Miss Marple - Crime no Hotel Bertram
Autores: Dominique Ziegler e Olivier Dauger
Baseado na obra original de: Agatha Christie
Editora: Arte de Autor
Páginas: 64, a cores
Encadernação: Capa dura
Lançamento: Fevereiro de 2022

sexta-feira, 8 de abril de 2022

Análise: Hercule Poirot - Encontro com a Morte

Hercule Poirot - Encontro com a Morte, de Didier Quella-Guyot e Marek - Arte de Autor

Hercule Poirot - Encontro com a Morte, de Didier Quella-Guyot e Marek - Arte de Autor
Hercule Poirot - Encontro com a Morte, de Didier Quella-Guyot e Marek

Hercule Poirot - Encontro com a Morte foi o último lançamento da editora Arte de Autor durante o ano de 2021. De lá para cá, a editora portuguesa já lançou mais dois livros da coleção dedicada às adaptações dos romances de Agatha Christie, o que revela bem o comprometimento da editora portuguesa para com esta coleção.

Neste momento, a editora já publicou 10 dos 11 volumes lançados originalmente pela editora francesa Paquet. E se é justo dizer-se que, de um modo geral, há uma certa harmonia relativamente à qualidade média destas obras, também é verdade que, tendo em conta que são obras feitas por autores diferentes – embora alguns se repitam -, temos alguns altos e baixos na qualidade da edição. Os melhores álbuns seriam, na minha opinião, Os Crimes do ABC, Morte no Nilo, Crime no Campo de Golf e No Início eram Dez… Os menos bons, serão Crime no Expresso do Oriente, Miss Marple - Um Cadáver na Biblioteca e este Hercule Poirot – Encontro com a Morte, que passarei a analisar.

Hercule Poirot - Encontro com a Morte, de Didier Quella-Guyot e Marek - Arte de Autor
Mas, antes disso, permitam-me sublinhar que mesmo os livros menos bons conseguem assegurar uma qualidade, quer na adaptação e quer nas ilustrações, bastante aceitável. Talvez por esse motivo, esta seja uma série que tem vindo, gradualmente, a conquistar cada vez mais fãs. Incluindo a minha pessoa.

Os autores responsáveis por esta adaptação de Encontro com a Morte são Didier Quella-Guyot, ao nível da adaptação do argumento original para banda desenhada, e Marek nas ilustrações. Ambos fazem um trabalho razoavelmente bom embora não isento de algumas fragilidades.

A história coloca-nos num luxuoso hotel de Jerusalém, onde nos é dada a conhecer a Sra. Boynton, uma personagem que revela ser uma tirana, extremamente desagradável, para todos os que a rodeiam. Mas quando o seu cadáver é descoberto nas ruínas de Petra, todos aqueles com quem a Sra. Boynton conviveu de perto se tornam, à boa maneira de Agatha Christie, potenciais suspeitos do assassinato. Mas quem será a pessoa responsável pela morte desta desagradável personagem?

Hercule Poirot - Encontro com a Morte, de Didier Quella-Guyot e Marek - Arte de Autor
Isso é algo que, naturalmente, não revelarei neste texto para que não estrague, dessa forma, o prazer da leitura da obra aos meus leitores. De qualquer maneira, olhando para o trabalho de Didier Quella-Guyot, diria que a forma como a história é adaptada para banda desenhada, embora seja eficaz e decente na adaptação, não é a mais feliz. Especialmente porque, a meu ver, não gere tão bem os principais momentos e eventos da trama original. E acaba por "gastar" páginas em coisas não tão relevantes, deixando o fim demasiado condensado para as últimas páginas. Considerei também que há um certo excesso de texto ao longo das páginas, que vai ficando cada vez mais denso assim que nos aproximamos do final da leitura.

Outra coisa que me fez alguma confusão é que Hercule Poirot, o suposto protagonista da história só apareça - excetuando uma brevíssima aparição logo na primeira página - a partir da página 30 do livro. Ora, num livro de 60 páginas, parece-me que colocar o protagonista só em metade do livro faça com que a envolvência entre os factos e a investigação não funcionem de uma forma tão aliciante como noutros livros da série. Confesso que, neste caso, não li o livro original de Agatha Christie. E até pode ser que aconteça o mesmo e Hercule Poirot só apareça a meio da história. Se assim for, é mais compreensível que Didier Quella-Guyot tenha feito o mesmo na bd. Mesmo assim, acho que é uma das grandes causas para que o livro não seja tão marcante.

Hercule Poirot - Encontro com a Morte, de Didier Quella-Guyot e Marek - Arte de Autor
Note-se que tudo isto que menciono não são verdadeiros “problemas” que nos afastem de uma leitura agradável, mas acho que se estas pequenas imperfeições não existissem, estaríamos perante um livro com mais qualidade.

Relativamente à arte ilustrativa, os desenhos de Marek marcam uma certa diferença em relação ao estilo, mais detalhado, dos outros álbuns da série. O autor oferece-nos desenhos em linha clara, com uma boa dose de elegância, onde as caras das personagens apresentam traços "cartoonizados". Normalmente funciona sempre bem, mas, noutros casos, senti que essas caras mais "abonecadas" não estavam tanto em linha com o resto das ilustrações e, especialmente, com o tom da história. Ainda que, reconheço, isto seja uma sensação algo subjetiva.

O tipo de enquadramentos utilizados por Marek apresenta-se algo repetitivo, por vezes, o que não permite que a leitura possa respirar tão bem. Isso é consequência do tal excesso de texto que já referi mais acima. Uma coisa que gostei, porém, foi das páginas que abrem cada um dos capítulos, em que Marek nos brinda com uma ilustração que ocupa uma só página. Estas ilustrações permitem o tal tempo para respirar e para apreciar as belas ilustrações que, neste caso, Marek nos oferece.

A edição da Arte de Autor não foge ao tipo de edição dos outros livros da mesma coleção: capa dura envernizada, bom papel baço, boa encadernação e boa impressão. Como extra, este livro ainda oferece três ilustrações de Marek.

Em suma, Hercule Poirot - Encontro com a Morte fica uns furos abaixo em relação à maioria dos outros livros desta coleção dedicada às adaptações para bd dos clássicos de Agatha Christie. Não obstante, é um livro que se lê bem e que os fãs da série vão querer ler.


NOTA FINAL (1/10):
7.3



Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020



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Hercule Poirot - Encontro com a Morte, de Didier Quella-Guyot e Marek - Arte de Autor

Ficha técnica
Hercule Poirot - Encontro com a Morte
Autores: Didier Quella-Guyot e Marek
Adaptado a partir da obra original de: Agatha Christie
Editora: Arte de Autor
Páginas: 64, a cores
Encadernação: Capa dura
Lançamento: Novembro de 2021