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quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Análise: Stumptown - Vol. 2

Stumptown – Vol. 2, de Greg Rucka e Matthew Southworth - G. Floy Studio


Stumptown – Vol. 2, de Greg Rucka e Matthew Southworth - G. Floy Studio
Stumptown – Vol. 2, de Greg Rucka e Matthew Southworth
 

No espaço de poucos meses, a G. Floy Studio lançou o segundo volume da série Stumptown. O primeiro volume já aqui foi analisado e, na altura, a ideia que me deixou foi bastante positiva, embora a história me parecesse, por ventura, algo “morna” demais. Com este segundo volume, Greg Rucka consegue melhorar a história – que já era interessante no primeiro volume, diga-se – dando-nos uma personagem que vai sendo, cada vez mais, uma figura carismática. Admito pois, que tive ainda muito mais prazer do que no primeiro volume. Se anteriormente não estava totalmente convencido com esta série, posso dizer que, após a leitura de Stumptown – Vol. 2, estou a gostar muito do embalo da história e da construção das personagens por parte de Greg Rucka. 

E é, de facto, um embalo. Não sendo uma história com um ritmo muito rápido, nem com um tema muito pesado - o que é bem comum neste tipo de comics americanos que derivam do estilo de crime e detectives, diga-se - vai-nos conquistando aos poucos. Quando damos por nós, já criámos uma relação consistente com a personagem principal Dex Parios. E não deixa de ser interessante verificar que este tipo de “conquista ao longo do tempo” é uma coisa que, muitas vezes, também acontece nas séries televisivas. Por vezes, há séries que não se destacam logo ao princípio mas que nos vão conquistando ao longo do tempo. E, também por isso, é curioso que Stumptown tenha recebido uma adaptação televisiva, da ABC, com a atriz Cobie Smulders no papel de Dex. 

Stumptown – Vol. 2, de Greg Rucka e Matthew Southworth - G. Floy Studio

Na história deste segundo volume, intitulada O Caso da Bebé no Estojo de Veludo, Dex Parios irá investigar o desaparecimento da guitarra elétrica de eleição de Mim Bracca, a guitarrista da banda de rock Tailhook. E embora, à partida, o desaparecimento de um guitarra possa não parecer algo muito preocupante, a verdade é que há várias pessoas à procura do instrumento musical, para além da protagonista, Dex Parios. Há também aqui uma questão que Greg Rucka explora e que é pertinente: que possibilidades surgem às bandas de rock para, através dos seus equipamentos musicais, e das tours que fazem por todo o planeta, poderem ter um papel ativo no tráfico de droga? A temática deste segundo volume acaba por ser menos clichet do que no livro anterior, onde Dex é posta contra o chefe criminoso Hector Marenco, numa narrativa mais comum, diria. O volume 2 traz-nos uma história simples e linear, mas que funciona e respira muito bem. Algo na onda dos filmes de ação dos anos 70 ou 80. 

E, depois, este livro tem um grande bónus ao qual é impossível não se fazer referência: a fantástica cena de perseguição entre carros, que ocupa um capítulo inteiro(!) neste livro composto por 5 capítulos. Perseguições entre carros é um clichet no género policial, bem sei, e algo visto vezes sem conta no cinema – e até na banda desenhada. Mas posso dizer que há muito tempo não me sentia tão empolgado com uma perseguição automóvel enérgica e emocionante, como me aconteceu na perseguição deste Stumptown - Vol. 2. Matthew Southwort faz aqui um trabalho espetacular, digno de admiração. A opção por usar as páginas do livro, de lado, é certamente uma referência às perseguições entre carros dos filmes clássicos, em que o formato era em landscape. Fantástico, audaz e a grande jóia da coroa deste livro. 

Stumptown – Vol. 2, de Greg Rucka e Matthew Southworth - G. Floy Studio
Mas, se esperam que eu (apenas) enalteça o trabalho de Matthew Southworth, desenganem-se, pois os parágrafos seguintes são dedicados à “irritação” - julgo ser essa a melhor palavra – que este autor me causa. É que ele é aquilo que eu considero – e digo isto com todo o respeito, não me levem a mal – um ilustrador “calão”. Consegue o melhor e o “fraquito”. E explico o porquê desta irritação: é que, tão depressa encontro ilustrações fabulosas de Matthew Southworth, como encontro meros rabiscos feitos à pressa, onde as expressões faciais são demasiado pobres ou onde até a anatomia básica de certos corpos das personagens parece enviesada. E quero deixar uma coisa bem clara: o que me “irrita” nem é bem que existam desenhos mais simplistas. Considero-me um leitor bastante batido em vários estilos diferentes de ilustração. E há ilustrações simplistas e lineares de muitos autores, que muito me agradam e que servem bem a história. O que me “irrita” em Stumptown é a inconsistência do trabalho de Southworth.Tão depressa nos são dadas ilustrações lineares e pobres nas páginas 42 e 43, por exemplo, como, umas páginas à frente, nas páginas 66 e 67, ou 78 e 79, temos um trabalho de ilustração refinado e belo. Em que é que ficamos, afinal? Não tenho dúvidas de que Matthew Southworth consegue ser um ilustrador muito bom. Mas, aparentemente, só quando o quer. É por isso que, por vezes, o seu trabalho me parece "preguiçoso". 

Stumptown – Vol. 2, de Greg Rucka e Matthew Southworth - G. Floy Studio
Há um tema que não se fala muito quando o assunto é a banda desenhada mas que, em cinema, é fundamental. Que se trata da “continuidade” ou raccord. A continuidade é aquilo que torna credível uma história que nos é contada por cenas. Um exemplo clássico: se estivermos a ver um filme em que a ação decorre durante a noite, então não podemos ter imagens em que o céu fica mais claro em relação à cena anterior. Ou se vemos uma atriz a representar determinado papel, na cena seguinte não poderemos ver outra atriz – mesmo que seja parecida – a representar o mesmo papel. A não ser que isso seja um jogo narrativo. Tal como a falta de continuidade estraga os filmes, também a falta de continuidade pode estragar um bom livro de banda desenhada. Portanto, se Dex Parios aparece desenhada num mero rabisco básico numa página e, na página seguinte, aparece com um traço cuidado e bem polido, sem que narrativamente haja uma intenção lógica para tal feito, perdoem-me mas, a meu ver, é erro de continuidade. Erro de raccord

E esta é a minha grande queixa em Stumptown: a inconsistência. Repito que há ilustrações muito belas mas também há outras que puxam a obra para baixo. Que a prejudicam. Se eu disser que a arte de Southworth não tem momentos de grande beleza e inspiração, estarei a ser injusto. Há vinhetas que são muito bonitas. Por outras palavras, se me perguntarem como são os desenhos em Stumptown a minha resposta será: “tem desenhos muito bonitos e tem outros desenhos bem fraquinhos”. Já era assim no primeiro volume e continua a sê-lo neste segundo livro. Tanto quanto sei, Matthew Southworth será substituído por Justin Greenwood no próximo volume da série. Eventualmente, Stumptown poderá melhorar neste cômputo. Veremos. 

Stumptown – Vol. 2, de Greg Rucka e Matthew Southworth - G. Floy Studio
Em termos de cores, e talvez por esta função estar entregue a três artistas – Lee Loughridge, Rico Renzi e o próprio Matthew Southworth – em Stumptown – Vol. 2 temos um trabalho que também apresenta alguma inconsistência ao longo do livro. Se bem que não duma forma tão visível como a própria arte. As cores conseguem, apesar de tudo, manter um certo ambiente constante ao longo do livro. Em termos de design, tenho que dizer que Stumptown apresenta muita personalidade, num estilo muito grungy, tão em linha com a matriz da história de Greg Rucka. Separadores, menus, capas e contracapas, há uma identidade muito própria e muito bem encetada. E, claro, a G. Floy, volta a fazer aqui um bom trabalho com uma edição em capa dura, boa encadernação e papel baço de gramagem generosa. No final, há ainda espaço para 4 páginas dedicadas a extras. 

Em conclusão, para os que já gostaram do primeiro volume de Stumptown, ficarão felizes por saber que este segundo livro eleva a qualidade da série, relativamente ao argumento. Depois de um arranque morno, com o primeiro volume, estamos agora perante um livro mais quente e mais bem conseguido em termos de argumento e, principalmente, na construção do caráter de Dex Parios; enquanto que os desenhos, ora nos dão ilustrações de qualidade superior, ora se arrastam pela mediocridade. Estou muito curioso para com o tercerio álbum da série. Que venha ele! 


NOTA FINAL (1/10): 
8.6 


Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020


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Stumptown – Vol. 2, de Greg Rucka e Matthew Southworth - G. Floy Studio
Ficha técnica

Stumptown Vol. 2 - O Caso da Bebé no Estojo de Veludo 
Autores: Greg Rucka e Matthew Southworth 
Editora: G. Floy Studio 
Páginas: 114, a cores 
Encadernação: Capa dura 
Lançamento: Novembro de 2020

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Lançamento: Stumptown Vol. 2

Stumptown Vol. 2 - O Caso da Bebé no Estojo de Veludo, de Greg Rucka e Matthew Southworth  - G. Floy Studio Portugal


Stumptown Vol. 2 - O Caso da Bebé no Estojo de Veludo, de Greg Rucka e Matthew Southworth  - G. Floy Studio Portugal
Passados apenas alguns meses desde o lançamento do primeiro volume de Stumptown, a G. Floy brinda-nos com o lançamento do segundo volume desta série policial da autoria de Greg Rucka e Matthew Southworth.

Fiquem com a nota de imprensa da editora e respetivas imagens promocionais.


Stumptown Vol. 2 - O Caso da Bebé no Estojo de Veludo, de Greg Rucka e Matthew Southworth 

Uma série escrita por um dos nomes grandes do policial, Greg Rucka, e que, depois de ter sido nomeada para um Eisner para Melhor Nova Série, serviu de base à série de TV Stumptown da ABC, com Cobie Smulders no papel de Dex. 

Stumptown Vol. 2 - O Caso da Bebé no Estojo de Veludo, de Greg Rucka e Matthew Southworth  - G. Floy Studio Portugal
Dex Parios, proprietária das Investigações Stumptown, tem um escritório novo… e uma lista enorme de clientes que não pode aceitar por estarem ligados ao chefe criminoso Hector Marenco. 

Por isso, quando a estrela de rock Mim Bracca entra na sua vida com um caso que parece simples, de uma guitarra roubada, Dex decide aceitar, especialmente quando Mim propõe pagar adiantado. 

Mas Dex vai descobrir que não foi só a guitarra que desapareceu... e que não é a única à procura dela. 

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Ficha técnica
Stumptown Vol. 2 - O Caso da Bebé no Estojo de Veludo 
Autores: Greg Rucka e Matthew Southworth
Editora: G. Floy Studio
Páginas: 114, a cores
Encadernação: Capa dura
PVP: 16,00€ 

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Análise: Stumptown Vol. 1




Stumptown Vol. 1, de Greg Rucka e Matthew Southworth

Este primeiro volume da série Stumptown é mais um lançamento na linha de alguns romances noir – a fazer lembrar, com as devidas diferenças no estilo e na forma, Criminal, The Fade Out ou O Cemitério dos Esquecidos, também lançados pela G. Floy Studio – que faz com que a editora portuguesa tenha um catálogo cada vez melhor e mais maduro, que vale a pena conhecer.

A série Stumptown, com argumento de Greg Rucka e ilustrações de Matthew Southworth, chegou a receber a adaptação para uma série de televisão – que em Portugal passa na Fox Life – protagonizada pela atriz Cobie Smulders, da série How I Met Your Mother, que também participou em inúmeros filmes de super-heróis como The Avengers, Capitão América, ou o mais recente filme de Homem-Aranha. O facto da série televisiva Stumptown ter tido bastante sucesso e ter sido anunciado em Maio último que a mesma iria receber uma segunda temporada, atesta o bom sentido de oportunidade da G.Floy, que lança a série de bd no mercado português, com excelente timing. É também assinalável que esta seja a série que marca a estreia no catálogo da G. Floy de Greg Rucka.


Stumptown
é, na verdade, a alcunha dada à cidade de Portland, no Oregon, e é um policial noir contemporâneo, de estilo hard-boiled, que nos conta a história de Dex Parios, uma detetive privada viciada no jogo.

E, de facto, é esse vício ao jogo que acende o rastilho para que a história deste primeiro volume – entitulado a O Caso da Rapariga que Levou o Champô (mas deixou o carro) – se desenrole. Tudo começa quando uma maré de azar leva Dex Parios a contrair uma dívida de vários milhares de dólares no casino das Tribos Confederadas da Costa do Vento. Ficando a nossa protagonista sem capacidade de pagar a multa, Sue-Lynne, a directora do casino, sabendo das qualidades de Dex enquanto investigadora, sugere-lhe que passe a investigar o desaparecimento misterioso da neta de Sue-Lynne. Se a encontrar, a dívida de Dex perante o casino é eliminada. Não tendo grandes alternativas, a detetive privada aceita a proposta e começa a investigar. Mas logo percebemos que esta será uma demanda que mergulhará a protagonista numa teia de crime, que a coloca em grande perigo de vida. 


Não é de admirar que Greg Rucka seja unanimemente considerado como um mestre em ficção policial, já que o autor consegue montar bem a história, deixando o leitor agarrado à mesma. Não é uma história com um ritmo muito acelerado – como é comum em alguns policiais – e, admito, por vezes até achei que o ritmo estava um pouco lento demais. No entanto, o autor sabe dosear os bons momentos, oferecendo-nos uma investigação envolvente e que nos deixa a lançar as nossas próprias perguntas e a lançar suspeições a várias personagens. A ideia de começar o livro contando a história ao contrário em termos temporais, ou seja, do momento mais recente para o momento mais longínquo no tempo, é algo que aqui também funciona muito bem, para irmos conhecendo a protagonista bissexual que vive com o seu irmão, que tem necessidades especiais.

Dex Parios apresenta um singular e subtil sentido de humor que lhe dá carisma. A construção da personagem de Parios está muito bem conseguida, tornando-a numa mulher forte e com carácter mas muito real e credível. Na verdade, a história é ficcional mas poderia muito bem ser baseada em factos verídicos, tal é a verossimilhança das características de personalidade de Dex Parios. Diria até, que esse é o maior trunfo desta obra: o de conseguir criar uma personagem marcante. Não é apenas "mais uma detetive". E talvez por isso, seja uma leitura madura, mais para adultos do que para jovens. Podíamos talvez dizer que esta é uma história que tem algumas parecenças com Jessica Jones – também publicada em Portugal pela G. Floy – embora, claro está, Stumptown seja mais terra-a-terra e a protagonista não tenha super-poderes.


Em termos de arte ilustrativa, Matthew Southworth entrega-nos um bom trabalho, com um traço rabiscado e marcado com personalidade, que encaixa muito bem no tom da obra. A concepção dos ambientes e das personagens está muito bem conseguida. Há no entanto, algo que a meu ver não resulta tão bem. E que tem a ver com a aplicação das cores. Enquanto lia o livro, pensava que as mesmas não estavam a puxar pela qualidade das ilustrações. E pensei: "será que os desenhos de Stumptown não funcionariam melhor se fossem apenas a preto e branco?". Ora, qual não é o meu espanto quando, no final do livro, há uma pequena história bónus a preto e branco e que me parece visualmente muito mais apelativa do que a história principal? É curioso que o próprio volume tenha respondido de forma inequívoca à minha suspeição. Atente-se numa coisa: não é que as cores – a cargo de Lee Loughridge, Rico Renzi e do próprio Matthew Southworth - estraguem a obra. Não o fazem, de todo. Possivelmente até poderão existir alguns leitores que apreciem as cores da obra. Mas para mim, as cores simplesmente, não estão ao nível das ilustrações e da própria história. Há pranchas muito bonitas, sim. Mas há outras onde as cores me distraíram da história, pela negativa.

Assinalo ainda outro ponto negativo em relação à ilustração. Mesmo sendo verdade, como já referi, que a arte de Matthew Southworth é apelativa para os meus olhos, houve uma coisa que dificultou a fluidez na minha leitura. É que o desenho de algumas personagens está demasiado próximo entre si, o que não permite a clara distinção entre personagens. E isso está (mais) patente nas personagens de Isabella e Charlotte – mas não só. Felizmente, é um livro que não conta com uma grande quantidade de personagens diferentes. Se assim fosse, penso que esta incapacidade de diferenciar melhor as diferentes personagens poderia ter um maior peso negativo na obra.


Quanto à edição da G. Floy só posso repetir-me em relação ao que tenho dito a análises a outros livros do catálogo da editora: aqui impera a qualidade. Bom papel - baço e de gramagem generosa -, capa mais dura do que o habitual nas comuns "capas duras", e extras verdadeiramente apelativos para o leitor. Vou confessar uma coisa: penso que por vezes as editoras colocam extras que pouco ou nenhum interesse têm para o leitor. Parece que estão ali só para que se possa dizer: "atenção, este volume tem extras!". Aqui, não é o caso. Em Stumptown Vol. 1 os extras são verdadeiramente interessantes e oferecem real valor acrescentado à obra. Este livro traz os designs de Stumptown utilizados em t-shirts, posters que foram feitos para apresentações da série em eventos e, a cereja no topo do bolo, é-nos dada com o mini-comic de oito páginas, que foi originalmente impresso no formato de um cartão de visita, e que era acompanhado por uma lupa(!) para poder ser lido. Um autêntico mimo e que, ainda por cima, conforme já referi, veio atestar aquilo que já mencionei acima: esta série em preto e branco seria visualmente mais apelativa. 

Em suma, Stumptown é mais uma boa série adulta, totalmente direcionada para fãs de policiais, com personagens carismáticas, que a G. Floy acrescenta ao seu excelente catálogo. No final, e sabendo que existem mais volumes da série, fica-se com a vontade de continuar a ler os números seguintes. Resta esperar que a G. Floy continue a publicar os próximos Stumptown com a assiduidade e periodicidade com que publica outras séries.


NOTA FINAL (1/10)
8.5


Convite: Passem na página de instagram do Vinheta 2020 para verem mais imagens do álbum. www.instagram.com/vinheta_2020 


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Ficha técnica
Stumptown Vol. 1: O Caso da Rapariga que Levou o Champô (mas deixou o carro)
Autores: Greg Rucka e Matthew Southworth
Editora: G. Floy
Páginas: 160, a cores
Encadernação: capa dura
Lançamento: Junho de 2020